abril 29, 2009

O novo Clint Eastwood...

Nunca falei antes aqui, mas talvez o meu ator predileto seja Clint Eastwood. Para ser mais exato não seria o ator, mas os personagens todos que ele fez. Nunca assisti a um filme ruim dele. Tenho ouvido falar muito bem de Gran Torino, e espero em breve ir ao cinema vê-lo, antes que saia de cartaz...

Mas a cada episódio que assisto de CSI: Miami tenho a impressão de estar vendo um “novo Clint Eastwood” aparecer: David Caruso, o tenente Horatio Caine. E ele parece ser tão durão quanto o agente Dirty Harry Callahan... O pior de tudo que parece ele ensinar a ser durona também a agente Calleigh Duquesne (Emily Procter). Além do jeito western de Caine, a ironia e a forma de falar - baixa e em tonalidade ameaçadora - lembra em muito vários – para não dizer todos – os personagens de Eastwood. Não sei se alguém já escreveu sobre isso, pois não freqüento nenhum fórum e não acompanho muito análises sobre séries de televisão – nem de cinema. Mas parece que temos um novo Clint Eastwood!

5 listinhas...

Não sei por que resolvi entrar no Facebook, que é mais um site de relacionamento, semelhante ao Orkut, entre outros tantos que existem por aí. Mas hoje descobri um “desenvolvedor de listas”; e me diverti muito por pouco mais de uma hora. Não foi tempo perdido, pois fazer uma lista é complexo, ainda mais com somente 5 posições. Os temas que não foram, assim, muito interessantes.

A primeira lista me referi a 5 cantores que mais gosto. Eu entendi por cantores e não cantoras, e quem sabe faça uma listinha sobre as cantoras. Mas coloquei 5 nomes que não tenho tanta certeza que fariam parte mesmo dos 5 melhores. Mais: todos estão vivos e em atividade. Resolvi optar por estes critérios, levando em conta que pelo menos nos últimos 5 anos escutei coisas novas desses cantores. São eles:

- Rob Halford; escutei dele a sua volta ao Judas Priest, com Nostradamus. Em forma e cantando muito bem.

- Jeff Scott Soto; escutei um single dele por estes dias e não é mesma coisa da época em que cantou com Yngwie Malmsteen, mas continuo a achar ele um dos melhores que já pude ver ao vivo.

- Sammy Hagar; tenho o álbum ao vivo Hallelujah (2003). Não está mais em forma, uma pena. Mas por ter gravado músicas incríveis e um álbum como Balance (1995), tenho que dizer que é um dos meus preferidos. Há pouco falei de um disco dele no Van Halen (aqui).

- David Coverdade; assim como Hagar, não está mais em forma. Seu último álbum Good To Be Bad (2008) não me chamou a atenção. Mas gravou músicas e disco maravilhosos durante a vida toda. Não poderia faltar. Poderia ter colocado Gleen Hughes em seu lugar, mas acho Coverdale melhor compositor, me agrada mais.

- Eric Adams; Manowar é uma das bandas que mais tocam alto no mundo. Uma voz como a de Eric Adams e a energia vocal, depois de mais de vinte anos de carreira, não há como não aparecer numa lista de vocalistas que gostam de Heavy Metal... Claro, é quase um sacrilégio colocá-lo e não por antes dele Dio. Mas tenho meus motivos e o principal é a banda do Dio.

Outros como Robert Plant, eu nunca colocaria. Não gosto dele e não gosto de Led Zeppelin. Então, nunca estaria na minha listinha de preferidos... Outros que poderiam constar, como Freddy Mercury, mas, pelo critério de não estar mais entre os vivos...

Bem, passamos para a próxima lista. Os 5 melhores álbuns de todos os tempos. Foi uma dificuldade. Como poderia colocar um álbum, por exemplo, de Eric Clapton, se de seus álbuns nunca gostei do “todo” e sim de partes? Então, músicas e músicos que mais escuto, não vão constar dessas duas listas... Vamos aos meus escolhidos:

- Rising Force – Yngwie Malmsteen (1984). Um álbum que foi tão marcante que nem sei que palavras usar para listar. Uma vez escrevi algo sobre ele (aqui).

- Burn – Deep Purple (1974). Outro álbum que teria horas a falar... Mas o que falo principalmente é que é o primeiro álbum com David Coverdale no Deep Purple. São músicas que não se escuta mais, o Deep Purple não toca mais, o Whitesnake também não e mais recentemente nem o Blackmore toca...

- Fly By Night – Rush (1975). Um álbum que ao escutar pela primeira vez já tive uma “paixão” inexplicável. As músicas parecem a cada faixa trazer múltiplos sentimentos. Não tenho palavras para descrever, ou melhor, teria que escrever páginas...

- Stranger in This Town – Richie Sambora (1991). Este álbum está aqui por ser uma dos álbuns mais bem feitos e bem cantados da história e ao mesmo tempo uma das piores vendas. Tem a participação de Eric Clapton e é de um ex-integrante de um dos grupos mais famosos da década de 1980 - Bon Jovi. Uma jóia rara... Estaria na lista dos discos que você não ouviu (se esta lista tivesse sido feita em 1991...). Ao fazer Undiscovered Soul (1998) não obteve o mesmo resultado.

- Stranger in Us All – Ritchie Blacmore´s Rainbow (1995). O ultimo álbum do Rainbow. Conseguiu trazer toda a experiência dos anos 1970 e 1980 ao mesmo tempo, num disco de qualidade incrível em todas as faixas. Também poderia perder páginas para falar deste álbum, mas, aí teria de falar de outros clássicos do Rainbow, como Ritchie Blackmore´s Rainbow (1975), Rising (1976) e Long Live Rock ´n Roll (1978)...

Quantos outros ainda poderiam colocar? É uma das mais difíceis listas que já fiz. Nesta fui extremamente restritivo... Faltaram tantos...

A terceira listinha tratava de um tema que absolutamente não sou nenhum conhecedor. Mas tenho, nos últimos 5 anos, apurado o gosto para tentar fazer a lista das 5 cervejas preferidas. Comecei com as cervejas que venho apreciando cada vez mais, de trigo, as weissbier. Nisso a lista começa com a Paulaner Helles e a Erdinger. Depois a cerveja belga Stella Artoirs, que anda sendo comum nos bares brasileiros. Depois pus a minha pilsen predileta nos Estados Unidos, a popular Budweiser. Logo acompanhada da minha segunda predileta, a Coors Light. Poderia ainda colocar outras, como a Bush, a Calsberg ou mesmo a Original. Mas estas são mais marcantes, para mim... Lembram-me fases da minha vida...

A quarta listinha é uma que já falei a respeito aqui e aqui, a dos arquitetos preferidos. A única coisa que poderia colocar é o quanto venho me interessando pela obra de Renzo Piano, no últimos tempos, a ponto de colocá-lo já entre os meus dez prediletos, o que não acontecia a cerca de dois anos, por exemplo. A lista ficou com Jean Nouvel, Renzo Piano, Paulo Mendes da Rocha, Antoine Predock e Álvaro Siza. Esta foi mais fácil devido a ter pensado nela já. Mas lembro bem de como foi difícil chegar a um resultado á época.

A última lista é sobre as atrizes prediletas, que daria para escrever horas, já que é um tema que falo pouco e gosto muito. Coloquei com dificuldade algumas, que não sei se trocaria agora:

- Sandra Bullock; não lembro de ter falado dela nenhuma vez. Mas é uma atriz cujo trabalho sempre gostei. Teve até uma época que alugara todos seus filmes. Talvez seja uma das poucas atrizes que assisti tantos filmes. Gosto muito de muita coisa até meio bobinha, mas é a vida. Ela tinha que estar entre as minhas prediletas...

- Katherine Heigl; esta é uma atriz que nos últimos anos venho prestando atenção. Assisti alguns bons filmes com ela, e da mesma forma que Bullock, vem trazendo a cada personagem algo novo. Não assisto Grey´s Anatomy, para fazer mais uma avaliação de seu trabalho, mas esta na minha listinha...

- Catherine Zeta Jones; outra que assisti uma boa quantidade de filmes. Nada também de filmes de autor. Para ser exato talvez não goste de filmes de autor... Mas acho ela uma atriz interessante que ainda está a fazer um filme grandioso.

- Kristen Bell, a Veronica Mars. Não vi seu papel na série Heroes, mas acredito que ela é uma das atrizes que poderiam estar numa melhor posição. Bem, acho que tende a ser a atriz com menos de trinta anos de idade entre as minhas escolhidas. Talvez também esteja na minha lista por precipitação. Como disse, eu sabia que era a lista mais falha das que fiz hoje.

- Salma Hayek; talvez a maior atriz das que separei dentre estas cinco. Seu papel em Frida até hoje m emociona. Ao lado de Penélope Cruz, outra que poderia estar nesta lista, é a atriz mexicana que mais gosto no momento.

Bem, como disse a lista é bem falha. Falta a Julia Roberts e a Nicole Kindman, por exemplo. Além de outras que poderia por como Meg Ryan, a já citada Penélope Cruz e a francesa Audrey Tautou. Esta lisinha ainda terá uma versão melhorada...

abril 26, 2009

Das indicações...

Como recorrer ao seu próprio blog para suas anotações? Fácil. Basta ter como objetivo entender o que estão te passando, assim, sem nenhuma cobrança. Estava lendo um texto e este continha dois livros, que vão estar ou estão já a venda, em português, e que são de autores que constam de um livro que li há um tempo. Ficava pensando em como conseguir os tais textos para entender mais do que tratava. Mas por que o meu interesse nesses textos desses autores e não em outros? Simplesmente que estes são autores que interessam por falar de cultura, de uma forma mais geral. Assim como o livro Dentro da Baleia, de George Orwell, organizado por Daniel Piza, os textos tratam de falar sobre crítica de literatura, de tentar entender momentos e tentar fazer uma breve classificação das coisas. Mas estes textos são perdidos no tempo e a junção deles num único livro dá acesso rápido. Os dois livros que me refiro são O Livro dos Insultos, de H. L. Mencken e a coletânea de ensaios de George Steiner, da revista New Yorker. Onde acharia estes textos se não por indicação? Como sempre um ensaio faz aparecer um novo autor sempre. Mas isso só tem interesse para quem um dia pretende escrever um ensaio.

Numa aula, um tempo atrás, lia um ensaio que tinha citações de outros autores que felizmente conhecia. Isso é ótimo. Dá segurança por se basear num pensamento que já conhece e mais, num pensamento que já teve certa identificação. E o contrario também: citação de um autor que não concordo e, portanto, logo não se vai poder concordar, a não ser que a articulação seja melhor e faça explicar algo que não se conseguiu do original. Voltando, isso só serve para quem tem interesse em se aprofundar. Logo, um maior conhecimento de vários autores faz formar uma visão muito mais livre. Como Fernando Henrique Cardoso coloca, “(...) a liberdade depende da informação. Não há liberdade sem que a pessoa tenha acesso para poder escolher. No fundo é isso, liberdade sem escolha não é liberdade. E essa escolha muitas vezes depende de haver canais culturais, canais de informação que permitam que cada um faça por si próprio a avaliação daquilo que lhe parece melhor.
Isso só é possível agora. Inclusive, creio que a famosa discussão sobre a mídia que vai dominar tudo, que vai influenciar, vai ser diferente. Porque hoje, com o bombardeio de informações que existe, não há mais quem possa ter o monopólio da interpretação. Há uma valorização do indivíduo, do cidadão, neste mundo que parece ser monstruoso, que é feito para esmagá-lo. Mas ele pode escolher os canais que ouve, a forma de juntar a informação. Isso depende não só da informação, mas da formação, da educação. (...)” (CARDOSO, F. H. - 1999).

Rooooooooooooo!! No Estadão...

Não posso dizer mais (aqui):

GOLAÇO

Mas o momento mais marcante da partida ainda estava por vir. Aos 31 minutos, Ronaldo recebeu passe de Elias e mostrou por que foi três vezes eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo. Em um lance de genialidade, ele viu Fábio Costa adiantado e encobriu o goleiro para dar números finais ao marcador.

O golaço do atacante corintiano praticamente aniquilou as forças santistas, que não conseguiu mais chegar com perigo ao gol de Felipe. No fim da partida, festa da pequena parcela da torcida do Corinthians que ocupou pouco mais de mil lugares na Vila Belmiro neste domingo.

Rooooooooooooo!! Timão 3 x 1 Santos – 2º tempo

Para Felipe ser considerado um goleiro espetacular, além de continuar fazendo as defesas que sempre faz, precisa parar de tomar gols bobos como o de hoje. Também não entendo o porquê quando um time conquista o placar 2 x 0 pára de jogar (sim pára do verbo parar tinha acento e continuo a escrever com acento...). Não entendo. Eu como jogador, se um dia tivesse sido, ia querer fazer 5 x 0 e ser sempre um “açougueiro” dos gramados... Mas deixando essa característica do futebol atual – a de “administrar” resultados – o Corinthians começou a dormir no final do primeiro tempo, acordando só depois de Ronaldo ter feito um dos gols mais bonitos do campeonato. E continuou “administrando” resultado, mas pelo menos com certa competência. Chicão, que tomou cartão amarelo e está pendurado, será uma falta para o jogo da final no Pacaembu, mas, para o Santos ganhar de mais de dois gols de diferença no invicto time do Corinthians, será algo um tanto difícil; parece surgir o campeão. Meu sonho é ver Ronaldo pedindo música no Fantástico (todo jogador que faz numa mesma partida três gols pode pedir uma música na apresentação dos gols do Fantástico... E neste jogo isso poderia ser possível se não fosse o “sono” do time).

Rooooooooooooo!! Timão 2 x 0 Santos – 1º tempo

Esta é a postagem de número 580 em mais de dois anos de blog, completados dia 6 deste mês, e, acredito, nunca fiz uma postagem em tão alto astral como esta. Não só porque meu time está ganhando uma final de campeonato; aquele Timão que me 2007 foi rebaixado a segunda divisão do Campeonato Brasileiro; campeão da segunda divisão em 2008 e sua maior novidade de 2009 foi ter Ronaldo no time, este se recuperando de uma lesão gravíssima pela segunda vez na sua vida. A presença dele é maior que todo o time do Corinthians. Sua recuperação é mostra de superação dificilmente vista. Não vou entrar nos méritos de questões financeiras, de “marmeladas”, de exposição, etc. É óbvio que tudo isso também conta, mas ninguém vai dizer que o Santos entregou o jogo... Ou, por que um time que foi campeão duas vezes nos últimos três campeonatos e está na final de mais um faria isso? Temos um segundo tempo. Volto após.

Live from Abbey Road

Estava esperando por começar um programa de televisão quando ao passar pelo Sony Entertainment Television me deparo com o programa Live from Abbey Road. Neste programa estava se apresentando Sheryl Crow. Como sempre um pitada de country music e rock, sempre com uma sonoridade que me encantou muito nos meados dos anos 1990. Na seqüência The Strokes. Ao lado de White Stripes, The Strokes são as bandas dos anos 2000 que mais me chamam atenção. Até outro dia estava pensando em que bandas eu me interessei, e saíram umas três ou quatro. E mais: não as conheço em profundidade – além de serem duas bandas que tem uma pitada nostálgica dos anos 1970. Mas, para terminar, o programa ainda trouxe Diana Krall. Simplesmente um programa que não há como por qualquer defeito. Três tendências diferentes, mas, coincidentemente, três artistas que gosto muito.

abril 25, 2009

Marcelo Tas

Não lembro se já falei alguma vez sobre o CQC, mas se o fiz foi breve e não será agora a falar deste programa, que anda sendo a novidade entre os humorísticos. Para ser mais exato o melhor humorístico de todos foi o TV Pirata. Depois, e só depois, aconteceu o Casseta & Planeta. E mais recentemente o Pânico na TV, que se comporta mais como um programa de celebridades ao contrário, sem muita qualidade indo para o lado da anti-televisão, fórmula do antigo Fausto Silva de Perdidos na Noite. O CQC vem se afirmar num nicho mais próximo à política, com uma qualidade maior e com tiradas inteligentes.

Falo do CQC porque este é o programa onde Marcelo Tas está no momento. Não prestava muita atenção nele até ler um texto de Reinaldo Azevedo no livro Contra o Consenso. Não conhecia o Ernesto Varela, e era sobre ele que tratava o texto de Reinaldo Azevedo. Aquele Reinaldo que sinto enorme falta e já tive a oportunidade de falar a ele. Porém são momentos que não vivi. Lembro do Tas da TV Cultura e depois do programa no canal 21. Após ler o texto sobre Tas, em 2007, e em 2008 com o início do CQC, vem ganhando projeção nacional e chove uma tonelada de críticas. A minha é ele ser santista...

Acho importante ter uma figura como Tas atuando na mídia nacional. Acho estranho que a crítica ainda não aconteceu em setores da sociedade esclarecida. Tenho lido e lembrado de vários textos dos finais dos anos 1980 e começo dos anos 1990, principalmente dos recentes lançamentos das antologias de Casseta Popular e Planeta Diário, onde já existia um humor de uma liberdade incrível. Parece-me que a inteligência anda sendo postergada por algum objetivo. Maus tempos estes em que a liberdade é represada por cegueira ideológica e “patrulhamento”... Onde até bom humor pode ter “algo por trás”. Mas a figura de um Marcelo Tas trás de volta a esperança de ter novas personagens na crítica cultural nacional. E o CQC só é uma ponta disso. Ao mesmo passo que Jô Soares não consegue mais cativar seu público, por não mais saber renovar seu programa, Tas fala para um público de várias faixas etárias. Assim começo a ver que aquele pensamento dos anos 1960 começa a desaparecer como pauta permanente e se inicia um novo momento. Sempre que um novo pensamento começa a ganhar corpo na sociedade ocorre certa “crise” e há muito chiado. Basta pensar naqueles anos 1980, que o pensamento dos anos 1960 chamava de “era perdida”...

abril 24, 2009

Paralamas, Titãs e Engenheiros...

Não poderia colocar outras bandas para falar do que hoje ainda gosto daquele rock nacional dos anos 1980. Poderia abrir uma exceção ao Ultraje a Rigor, mas somente pelo bom humor de suas letras a atualidade. Até mesmo Titãs poderia retirar desse tópico sendo bastante crítico. E já escrevi aqui sobre meus dias de Titãs e deles não acrescentaria mais nada, talvez a minha fase atual de gostar cada vez mais de Nando Reis. Mas eles são ao lado dos Paralamas do Sucesso e RPM foi o meu começo na música. Mas neste texto meu objetivo será o detalhar o que até hoje me faz separar Paralamas e Engenheiros de um universo que poderia acrescentar outras tantas bandas e, mais, quero fugir um pouco da idéia de recordação daqueles anos, o que pretendo retomar noutro texto, e ver o que ainda hoje me faz pensar sobre essas duas bandas em especial.

Neste outro tópico posso voltar a falar desse começo e de bandas como Legião Urbana, Capital Inicial, Irá!, RPM, Kid Abelha, Blitz, Lulu Santos e Camisa de Vênus, bandas que escutava naqueles anos e de bandas como Skank e Cidade Negra que acrescentei a partir dos anos 1990. Mas o que hoje quero falar é justamente do que ainda me influencia nos Paralamas do Sucesso e Engenheiros do Hawaii.

Nunca escondi aqui, muito pelo contrário, o quanto ainda gosto das composições – principalmente das letras – de Humberto Gessinger. Diria que é uma das bandas que mais conheço e tenho identificação com certas leituras de Gessinger, como Albert Camus e Jean-Paul Sartre. Diria ser uma das bandas que ainda escuto o material novo com entusiasmo. E Paralamas a banda cuja sonoridade até hoje me encanta. Com simplicidade, acho que as melodias dos Paralamas geniais. Quanto às letras, não sou um fã convicto, mas algumas tenho grande identificação. Mas a questão maior são as boas formações melódicas com as letras e os arranjos. Muitas vezes simples, mas de um bom gosto incrível. O que tiro então dessas três bandas até hoje é a rebeldia e inovação dos discos dos Titãs, a melodia dos Paralamas e as letras de Gessinger.

Outro dia alguém me perguntou se eu gostava das letras de Renato Russo na Legião Urbana, tentando fazer um paralelo pelo meu gosto por Engenheiros. Muitas delas são interessantes, mas, como algumas dos Paralamas, música de protesto não me interessa. Se uma música de protesto é conceitual, como Desordem e Polícia dos Titãs, ou que tenha uma questão “metafísica” (fui longe demais com esse termo) como Metamorfose Ambulante, de Raul Seixas, ou Balada do Louco, dos Mutantes, há uma completa diferença. E também melódica. Mas músicas como Faroeste Caboclo, não nada tem além de uma boa letra. E isso só não me basta. Assim como num livro, a música tem que conceber uma imagem.

Certa vez comecei um texto dizendo que: O fascismo é fascinante, pois deixa gente ignorante fascinada, ao mesmo tempo em que Fidel e Pinochet tiram sarro de você, que não faz nada além de ficar aí parado olhando. E mesmo prestando atenção no que eles dizem, eles não dizem nada além de coisas abstratas, das quais você começa a achar normal que algum boçal atire bombas na embaixada... Mostrando o quanto uma música do primeiro disco dos Engenheiros do Hawaii continha um texto que pode ter um desdobramento incrível. Via isso também na música da Legião, mas não com a mesma profundidade, e talvez por não me convencer pela música. Sem contar que certos versos, assim como alguns de Cazuza, nunca me empolgaram. Talvez esteja na temática, não sei. Já músicas dos Paralamas conseguem passar sentimentos mesmo numa letra simples como a de Romance Ideal, além de uma melodia incrível. São estes detalhes que até hoje me fazem “prestar atenção no que eles (continuam) a dizer”. Mais ainda, acho que os Paralamas continuaram a experimentar e Humberto a escrever, mesmo depois de suas fases de maior fama. E Titãs não fica fora disso justamente por terem feito incrível projeto junto aos Paralamas, onde claramente dá para perceber que com conceitos semelhantes pode-se produzir música diferente.

Eis o porquê nunca gostei de dar a este rock em português uma característica única, como se fosse uma expressão massificada. Na simplicidade dessas três bandas estão contidos pormenores que as diferenciam em muito, mais importantes aos que aparecem nas bandas atuais, que são pura “atitude” e quase nenhum conceito. E isso em tempos onde há uma mídia e um sistema de divulgação muito maior. São escolhas que estas bandas fizeram e que conseguiram superar com suas opções coisa que outros só gritaram sem conseguir ser ouvidos. Como em Além dos Outdoors, (...) você sabe o que eu quero dizer / não ta escrito nos outdoors / por mais que a gente grite / o silêncio é sempre maior (...).

E sobre O Aprendiz...

Nem sei ao certo o porquê do meu interesse nesta edição, talvez por olhar para trás, quando fui estudante, e ver como é incrível que realmente o melhor conselho que alguém pode dar a um jovem é o de Nelson Rodrigues: Envelheçam! E mais por ver a relação entre as pessoas e o que Justus fala a respeito. Puro entretenimento.

Mas o que eu fiquei curioso é por saber o que o próprio Justus fala de seu programa. Não assisti às duas primeiras temporadas, em 2004 e 2005. Estas duas estão descritas na sua autobiografia, da qual nunca li. Mas agora minha curiosidade aumentou. Fico bastante curioso por saber a forma como pensa e principalmente os momentos que o levaram a ser o escolhido para ser “o chefe” de O Aprendiz. E eu que achei que não ia passar do terceiro... E pelo lançamento dessa autobiografia, Construindo uma Vida, no ano de 2006, achei que realmente era o final. Quem sabe um dia sairá um livro sobre o balanço geral deste programa.

A Demissão

Na edição desta quinta-feira, 23, do programa O Aprendiz, Roberto Justus nem sequer fez a segunda parte da reunião, demitindo o candidato João. Tendo deixado falar o que pensava – e como nada pensava – demitindo-o na seqüência de seus poucos argumentos mal estruturados.

A principal motivação foi sua contestação de que havia uma proteção ao outro grupo. Sendo um daqueles candidatos que simplesmente não apareceram nas tarefas anteriores, ao liderar simplesmente não mostrou nada além de desconfiança tola. Não que eu ache que Justus não tenha suas preferências - esta é uma parte do programa: ganhar a simpatia do selecionador – mas, a forma como ele propôs faz ver que não entendeu o espírito do programa. Para Justus disparar a frase “seu inimigo esta ao seu lado”, faz sentir falta de Pedro, que soube ter a humildade de entender onde errou, e do alegre e risonho primeiro demitido desta temporada. Faz ver que João era mesmo um “moita”, conforme definiram no programa – pessoa que fica atrás das ações de outros. Mesmo na saída ainda tentava contestar o programa. Como se não fosse o cliente um dos maiores definidores do resultado desta tarefa...

Foi uma tarefa que não achei interessante, mesmo notando que ocorreram erros dos dois lados, o grupo perdedor foi mesmo pior em mais quesitos. E o produto, o Palm Centro, não foi tratado da melhor forma e eis a decisão do cliente. Para os ganhadores, nada melhor que ir passar uns dias em Miami Beach, naquele maravilhoso hotel. Sorte da participante Karina, que fora mudada de grupo, já sendo vitoriosa em 4 tarefas consecutivas. Ou seja, foi para Aruba, Roma, Rio Grande do Sul e agora para Miami, além de ter vencido na tarefa em que foi líder. Esta pode ser a contratada.

PS.: Notaram que já estou sabendo o nome dos participantes? À medida que o programa vai caminhando vou tomando conhecimento dos nomes e também porque menos nomes a cada programa...

abril 22, 2009

Mais inquietações...

Rafael Moneo escreveu há pouco tempo o livro Inqueietação Teórica e Estratégia Projetual – na obra de oito arquitetos contemporâneos. Na verdade as aulas que geraram este livro aconteceram em 1995 e não se havia certeza que o livro seria feito. Em 1996 Rafael Moneo recebeu o prêmio Pritzker de arquitetura. Neste livro fala da obra de oito arquitetos, com uma ordem não cronológica, mas talvez por importância na cronologia dos trabalhos. O que é uma nova inquietação que praticamente todos os arquitetos estudados no livro receberam o prêmio Pritzker, à exceção de Peter Eisenman. Na seqüência do livro os arquitetos estudados são James Stirling, laureado em 1981, Venturi & Scott Brown, onde somente Robert Venturi recebeu o prêmio em 1991, Aldo Rossi, laureado em 1990, Peter Eisenman, Álvaro Siza, laureado em 1992, Frank O. Gehry, laureado em 1989, Rem Koolhaas, laureado em 2000 e a dupla de suíços Jacques Herzog e Pierre de Meuron, laureados em 2001, onde pela primeira vez o prêmio foi dado aos dois arquitetos, o que deveria ter acontecido com Robert Venturi e Denise Scott Brown e, claro, diferente de 1988, quando Oscar Niemeyer e Gordon Bunshaft foram laureados cada um com um prêmio.

De certo modo o livro de Moeno estuda exatamente as tendências da arquitetura mais influentes na década de 1990. Mais que tudo seu livro foi profético em saber que mais cedo ou mais tarde todos seriam laureados pelo Pritzker, o que pode implicar que num futuro Eisenman seja laureado. O livro é fascinante e cada tempo tenho que parar e voltar a estudar alguns detalhes que no livro são passados rapidamente. O livro tem em si um tamanho muito maior e é ótimo que ele tenha saído.

NCIS

Já faz duas semanas que acompanho um seriado que nunca tinha ouvido falar: NCIS. Que trata de investigar crimes ligados de alguma forma com oficiais da Marinha Americana – Naval Criminal Investigative Service. Tem uma grande similaridade com o CSI, com um caráter investigativo, menos científico e muito mais engraçado, pelo fato de ter a agente forense com visual gótico como a Abby. Simplesmente incrível!

Compraria um carrinho de algodão doce cor-de-rosa?

Na edição de ontem do programa O Aprendiz 6, os participantes teriam que vender vários itens, entre eles alguns inusitados como uma carranca, uma camiseta do São Paulo Futebol Clube autografada, um cachorro e um carrinho de algodão doce cor-de-rosa. Foi uma tarefa que tinha por objetivo testar o poder de negociação dos participantes. Mas eu achei mais difícil que a tarefa de programas anteriores, de comprar itens inusitados por São Paulo. A tarefa de vender é mais difícil que a de comprar, pelo menos para mim. Porém alguns itens até que eram fáceis de vender, como a televisão LCD, a própria camiseta do time, a jóia e a passagem para Espanha, entre outros de que não faço a menor idéia, como a barraca de camping e o jogo de pneus. Mas, como sempre digo, a venda depende muito de sorte.

O grupo vencedor conseguiu vender o carrinho de algodão doce, até com certa facilidade. Para o grupo perdedor este foi o item mais complexo em termos de estratégia de vendas. O grupo demorou muito a pensar noutra forma de venda. E isso foi colocado na melhor parte do programa: a sala de reunião. O prêmio do grupo vencedor foi uma viagem para o Rio Grande do Sul, onde dormiriam em barracas térmicas. Ou seja, o grupo que perdeu as duas últimas tarefas, que foram viajar para Paris e Aruba, ganha a estadia em Porto Alegre...

Na sala de reunião Justus inovou. Mas a pobre candidata tinha um histórico que não a ajudava e ela mesma não se ajudou na tarefa. Mesmo assim a líder quase faz suicídio tentando se fazer de boazinha. Esta já está na mira dos que não passam de mais três programas. O fato de perguntar se podia simplesmente levar uma pessoa para a sala de reunião rendeu uma das melhores respostas de Justus. Uma resposta mortal: ao levar somente uma pessoa suas chances de demissão aumentam de 33,3% para 50%. A outra lição aprendida na sala de reunião, com o suicídio da candidata demitida, foi que em toda venda obrigatoriamente o preço é um dos fatores mais importantes. Pois, ao chamar individualmente cada candidata para tentar vender o carrinho de algodão doce, o conceito de venda foi colocado em questão, principalmente quando a líder foi colocada contra a parede sobre suas vendas inferiores ao outro grupo e o pouco conhecimento sobre a raça de cachorro – que a candidata diz possuir um exemplar. Achei uma ótima sala de reunião, mesmo que a tarefa não tenha me animado muito. Para ser mais exato, achei bastante confusa edição da tarefa apresentada, tinha horas que achei ser o mesmo grupo tentando vender duas vezes. Mas isso deve ser impressão minha, que até agora só consigo identificar duas ou três participantes pelos nomes...

abril 21, 2009

Uma busca pela curiosidade

Estava outro dia pensando a respeito de certos questionamentos que tenho feito, em relação às artes - livros, cinema, música – e tenho sempre parado naquela impossibilidade de uma pesquisa científica, ou pelo menos um aprofundamento teórico. Estava lembrando de vários críticos e dos ensaios pouco empolgantes sobre estética que li na faculdade e até mesmo nas escolhas feitas pelas professoras de história da arte em relação aos textos e às escolhas em aula dos temas tratados. Cheguei à conclusão que havia algo ali que nunca se encaixou. Até outro dia, na aula da pós-graduação, ainda este tema sobre estética ainda não está bem resolvido. Mas, felizmente, encontrei alguns novos caminhos num filosofo que desde 2007 vinha me interessando e que agora tenho reservado mais tempo a estudá-lo. Desde um texto que iniciava com uma citação do livro Adão no paraíso e outros ensaios de estética, venho estudando o filósofo Jose Ortega y Gasset mais profundamente. Não é fácil, principalmente que ele fazia já uma grande influência sobre arquitetos modernistas. Uma citação de A Rebelião das Massas abre os trabalhos do CIAM de 1951, no texto do arquiteto Josep Lluís Sert. Se há uma questão maior devo descobrir, um dia.
Minha curiosidade se dá mais por desanimo com o que já havia estudado do que com verdadeira curiosidade. Ortega y Gasset está sendo um incentivo nesse caso. É diferente, pois quase sempre é minha curiosidade que faz descobrir alguns autores e textos e ultimamente sendo maior até que as indicações. O fato de conseguir juntar isso tudo não só é um trabalho bastante difícil como também fico um pouco sem foco, já que a cada tempo aparecem novas questões e a abordagens que torna em complemento a questão contrária. Já havia falado de Ortega y Gasset, mas ele volta à discussão com mais importância, toda vez.

abril 19, 2009

E a F1?

Esta temporada de 2009 da Fórmula 1 está um tanto quanto estranha. Para dizer a verdade, ver Rubens Barrichello ganhar é algo totalmente sem sentido... O que mais escuto é “ele é muito bom, mas não tinha espaço”. Não tinha espaço na Ferrari? E vai ter aonde? Só nessa fase estranha da F1 isso poderia acontecer... Pode ter certeza que após o acerto nos carros, na temporada européia, pode ver que Rubens não ganhará mais nada... E se eu estiver errado? Será porque está temporada as coisas mudaram mesmo na F1...
E isso tem um lado bom e um lado ruim. Ou melhor, teria que dizer que talvez o lado bom disso, que é a volta da competição de várias equipes, seja a derrota total de todas as equipes. Seria o fim da Ferrari, da McLaren etc. O que já vinha acontecendo...

Até o São Paulo comemorou a final do Corinthians!

Claro que é brincadeira. Mas a atitude da torcida do São Paulo de apoiar seu time numa partida ruim (em duas, para dizer a verdade) é louvável. Mas isso prova que a torcida do São Paulo está começando a amadurecer e sair daquele ponto onde só repetem que o time é campeão sei lá quantas vezes... Uma torcida que não respeita seus adversários aprende da pior forma (essa foi para todos os amigos são-paulinos que falaram mal do Ronaldo).

Mas voltando ao jogo, os dois times fizeram uma partida muito melhor que a primeira e o segundo tempo do Corinthians foi realmente muito superior. Foi um jogo menos violento que o primeiro e acredito que o erro do São Paulo foi entrar com três atacantes (igual ao Corinthians, que faz isso há mais jogos). Não acho que a derrota do São Paulo na Libertadores tenha deixado o time menos motivado, mas com certeza não é uma das melhores fases.

Quando aos jogos de Santos e Palmeiras, eu tinha leve inclinação para torcer pelo Santos. Não estava certo que o Palmeiras de Luxemburgo iria perder. Praticamente me surpreendi. Não assisti a nenhuma das duas partidas, mas fiquei até surpreso com a derrota do verdão. Luxemburgo já foi técnico tanto do Santos, quanto do Palmeiras e ganhou os três últimos campeonatos paulista Também já foi técnico do Corinthians e ganhou também o Campeonato Paulista. É realmente uma surpresa não estar na final... E tentar seu nono título.

abril 17, 2009

For Unlawful Carnal Knowledge

The dream is over – Van Halen (1991)
(…) Oh, we're the lost generation
I hold fate from a string
Lookin' for a direction
Reachin' out for anything

So, dream another dream
This dream is over
Dream another dream
This dream is over
Dream another dream (Dream another dream)
This dream is over
Over, yeah
So dream another dream!(…)

O álbum For Unlawful Carnal Knowledge (1991) é para mim um dos momentos mais interessantes do Van Halen. Também tenho que dizer que mal conhecia o Van Halen de Sammy Hagar quando escutei pela primeira vez F.U.C.K.. Ainda tinha aquela visão de 1984, com David Lee Roth, e os sons de sintetizadores de Jump. Right Now foi a primeira música a se tornar um hit. Eram aqueles primeiros anos de MTV e o hard rock não era de maneira alguma “a moda” daquele momento. Eram tempos de Nirvana e os sons de Seatle. Esse disco destoava e não fez uma legião de fãs, que ainda vibravam muito mais com David Lee Roth nas vozes. Foi por causa de FUCK que comecei a escutar Van Halen. Conheci o fenômeno Eddie Van Halen, de músicas como Eruption e Panama. Mas sou obrigado a dizer que a partir de Balance, Sammy Hagar para mim se tornou um “marco”. Já escrevi outras vezes sobre o red rocker (aqui também) e continuo a gostar de sua música, mas tudo começou com este álbum...

Sem palavras... Dilma é "EMO"

Do blog de Reinaldo Azevedo:

O legado da TV Manchete. Believe it or not!

A TV Manchete foi inaugurada por volta de 1983. Eu tinha sete anos de idade e o programa que mais lembro é Acredite se quiser (Believe it or not), apresentado por Jack Palance, que se não me engano, permaneceu na grade por alguns anos. Não que o programa fosse a “melhor coisa que já vi”, mas era engraçado e curioso ao mesmo tempo, principalmente por ser real. Eram histórias bizarras coletadas ao redor do mundo por Robert Ripley, por volta dos anos 30 e 40. Uma das inúmeras boas lembranças que tenho da TV Manchete, que fechou as portas por volta de 1998, 1999 (se não me engano, novamnete).

O que me faz voltar a falar da TV Manchete é justamente a recente reapresentação no SBT de Dona Beija, a primeira telenovela de sucesso da emissora. A novela que lançou Maitê Proença para o estrelato. Ta bom que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, mas Dona Beija também marcou o horário depois da novela da Globo. Como disse Cristiane Padiglione, “foi a produção que começou a marcar posição para a boa teledramaturgia (...) e para a criação do hábito (...)”. (aqui) Depois de Beija, vieram Kananga do Japão, Pantanal – o maior sucesso da TV Manchete -, Ana Raio e Zé Trovão e a última que me lembro, Chica da Silva. Uma produção de teledramaturgia que já foi reprisada no SBT e na Bandeirantes (Mandacaru). Uma pena não reprisarem uma minissérie, cujo nome não lembro, que Ingra Liberato era uma sereia... Bons tempos...

O Aprendiz: o líder que não lidera

O demitido desta última quinta-feira, 16, foi o líder da prova. Segundo a opinião de Roberto Justus, foi o líder que não liderou. Os três que foram parar na sala de reunião mereciam estar lá. Ou melhor, mereciam estar fora do programa. Não vou citar nenhum nome, pois ainda não consigo identificá-los e, mais, não vou ficar “xeretando” no site para saber o que pensam. De que adianta saber, se o que apresentam é completamente diferente? O que vale é o fato de como foi executada a tarefa. Era simples, com conteúdo bastante fácil de entender: fazer uma matéria jornalística sobre os 15 anos do programa fidelidade da TAM. Um grupo fez o que tinha que ser feito e ganharam uma viagem para Roma. Como disse, o melhor do programa O Aprendiz são as viagens de prêmio. Na última prova foi uma viagem para Aruba, no México. Assim a vida fica muito melhor...

Voltando ao líder que não lidera, o rapaz ainda pouco experiente, o que não é nenhum demérito, não conseguiu gerir as habilidades de todos e partiu para uma ação com pouco planejamento. O problema é que o grupo não sabia o que fazer e isso impediu um maior destaque para qualquer um do grupo. A opinião de Walter Longo foi a de um líder que pecou por ação e por omissão. Foi bem dura. Eu teria pensado como Cláudio Forner, porém, é compreensível que Justus tenha escolhido pelo líder. Afinal, os outros dois eram acessórios nessa tarefa. Este grupo perdedor já mostra sinais de estar rachado. Vamos ver na terça-feira, se numa nova derrota o grupo vai rachar de vez...

abril 15, 2009

Arquitetura do prédio do CSI: Miami

Sempre tive curiosidade em saber qual era o edifício que aparece nas filmagens do seriado CSI: Miami. O primeiro aspecto interessante deste edifício é que ele não fica em Miami, Flórida... Mas em Hawthorne, na Califórnia.

O escritório responsável pelo projeto é o Nadel, fundado em 1973, com vasta experiência em projetos residências, comercias e estudos urbanísticos. É um edifício high-tech bastante comum para os padrões americanos. Mas a forma é interessante. No site não tem data de projeto e nenhum dado técnico sobre o edifício FAA First Federal Credit Union.

CSI: The Who!

Assisto ao CSI há um bom tempo e nunca falei aqui da banda dos temas de abertura. As músicas do Who são Baba O´Riley, Won´t Get Fooled Again e a minha predileta Who Are You? Agora por que fazer uso de músicas de uma banda hoje praticamente sem atividade e muito influente nos anos 1960 e 1970? Por exemplo: Who Are You? foi a última música escrita por Keith Moon. Só tenho a dizer que achei ótimo. Muito melhor que estas bandas novas que na maioria das vezes fazem músicas bem pouco interessantes – exceção feita aos Dandy Warhols (Veronica Mars) e The Rembrandts (Friends).

As Demitidas...

As demitidas e Roberto Justus

E na noite de terça-feira Roberto Justus surpreendeu demitindo ao mesmo tempo duas pessoas na sala de reunião. A sala de reuniões é o momento mais interessante sempre do programa O Aprendiz 6 - Universitário. Já havia visto isso numa determinada ocasião onde existia uma questão ética. Mas a questão desta feita foi “disciplina”. Justus quis disciplinar uma possibilidade de “complô” a respeito do grupo contra uma pessoa. Mas, dessa vez, o dia seguinte, no programa Hoje em Dia, foi bem menos interessante. Assisti ao vídeo disponibilizado no site e achei a conversa com o primeiro eliminado muito mais interessante. Mas é um ótimo recurso este de trazer logo no dia seguinte os eliminados. Mais um acerto da Record.

Uma curiosidade: a música tema de O Aprendiz é For The Love Of Money, de uma banda chamada O´Jays...

abril 14, 2009

Veronica Mars

A música tema dos Dandy Warhols – We used to be friends – inicia aquela que seria uma série adolescente para substituir Buffy. Mas não. Passaram do limite e fizeram da primeira temporada de Verônica Mars uma das séries mais instigante e cheia de detalhes “anos 80” que não agradou aos fãs da pequena Buffy...

Não sei direito em que momento comecei a gostar de Verônica Mars, cuja 1ª temporada acabou de chegar às lojas. Acredito que seja pela boa escolha de Kristen Bell como atriz principal, agora também em Heroes. Mas depois de ter dado uma breve lida num artigo de Stephen King, tinha certeza que estava certo em gostar da pequena Veronica. E neste artigo King ainda fala sobre outros seriados... Um espetáculo!

Existe um livro em que foi baseado o seriado – Neptune Noir, de Rob Thomas, também criador da série. Este nunca chegará a ser traduzido para o português, acredito. No Brasil não há mais o hábito de ler estes pequenos romances, esta literatura de fácil acesso. Aqui por estas bandas acham que só com Machado de Assis se fazem leitores...

Já escrevi muitas vezes que tudo nasce da literatura, de certa forma, claro. Um seriado de TV, um filme, um roteiro de cinema ou até mesmo uma telenovela, tem as letras por trás. E seria legal se tivéssemos mais escritores médios, sem pretensões de se tornarem “Machados de Assises”, e não emulassem tanto outros escritores. Teríamos assim uma chance de aumentar o número de leitores medianos. Com muitos leitores médios, que lêem desde Stephanie Meyer e romances policiais, teríamos a sorte de ter alguns mais avançados a encarar os clássicos com outra postura.

Também por outro lado não sei se vale a pena escrever contos, livros, romances, se não há um público para lê-los. Ao mesmo tempo fico indignado com as pseudo-biografias que vão desde o mundo dos negócios a bandas de rock. Eu já li várias e algumas não respeitam questões temporais, principalmente quando escritas pelos próprios agentes. Hoje acho mais fácil uma banda de rock dar mais certo que um bom escritor. E este espaço que antes era preenchido por esta literatura média, está hoje sendo preenchido pelas séries (normalmente estrangeiras) e filmes sem muita preocupação além de um bom tema (comercial). Não sei se é ruim, a imaginação continua a ser alimentada, mas a criação do cenário mental e as palavras, as formações das frases, as nuances de mudança, como em Eça de Queiros, onde o adjetivo precede o substantivo, o ponto-e-vírgula e outras pausas, não são mais tão perceptíveis.

Mas voltando às séries, a Rede Globo tem tido sucesso na produção nacional. Fernanda Young, autora das séries Os Normais e Minha Nada Mole Vida, entre outros, também é autora de romances. Acredito por sua exposição na mídia, assim como Arnaldo Jabor, tem a maior possibilidade de ser lida. Jabor já fez uma junção de inúmeros artigos seus publicados na Folha de São Paulo e lançou em livro. É interessante ver a sua influência de Eça de Queiros e Nelson Rodrigues, porém seus escritos de ficção não são conhecidos. Chico Buarque é outro que tem a mídia à disposição. Mas ainda falta um bocado para conseguirmos realizar filmes, séries, especiais, baseados nos contos e romances nacionais médios. Ou ao contrário: não temos a menor idéia de quem escreve as telenovelas. Não faço idéia dos textos de Janete Clair, por exemplo. É nítido que as regravações de suas novelas são feitas com certa freqüência nestas duas últimas décadas, mas se perdem as idéias originais, as nuances da autora, morta em 1983. Não tenho como comparar, já que eu não assisti às originais. É interessante que mesmo após 20 anos de sua morte ainda e lembrada e relembrada (sem dizer claramente “copiada”).

Mas voltando a minha pequena Veronica Mars, não creio que a série venha a ficar na mente das pessoas, algo que compartilho com Stephen King. Para muitos é simplesmente uma série adolescente, e era para ser mesmo e em muitos momentos é um tanto. Mas quem disse que isso é ruim? A parte que atrai bastante são os pequenos mistérios, que sempre parecem ter a forma de uma grande conspiração (e em muitos casos, como do diretor da escola, é). Ao tocar em alguns preconceitos, a série também tem um lado dramático, além do espírito cômico e um tanto irônico da personagem. Uma série que junta mistério, drama, temáticas sociais e ainda tem um tom cômico e adolescente não pode ser ruim. E é por isso que fiquei vidrado na televisão querendo ver os próximos episódios.

Os intelectuais e o futebol

Estava assistindo no canal Globo News entrevista de José Miguel Wisnik. Entre outras questões falou de sua juventude em São Vicente indo assistir aos jogos do Santos, na época de Pelé. Daniel Piza escreve uma coluna semanal – Boleiros – no jornal O Estado de São Paulo. Sempre achei que era são-paulino, mas não é. Escreveu um livro sobre as copas do mundo de 1998 e 2002 – Ora, Bolas. Luís Fernando Veríssimo se diz um torcedor do Internacional de Porto Alegre. Nada mais li sobre futebol de sua pena. (também, não o leio...). Chico Buarque joga até hoje uma pelada. Toquinho já fez música para o Corinthians. E o tema futebol várias vezes já entrou nas temáticas musicais como Fio Maravilha, de Jorge Ben Jor, ou É Uma Partida de Futebol, do Skank. Nelson Rodrigues era uma dos maiores cronistas do futebol. (Esse é até apelação para justificar o gosto pelo futebol). E o palmeirense Mário Prata escreveu um livro que foi parar no cinema: O Casamento de Romeu & Julieta (2004), onde Romeu (Marcos Ricca) era um corintiano e a Julieta (Luana Piovani) era palmeirense.

Poderia continuar com esta descrição por horas. Podia ainda falar de Eric Clapton ou mais alguns outros astros internacionais que são amantes do ludopédio. Ou Lamartini Babo, que compôs o hino do América Futebol Clube, ou Jô Soares, um tricolor fluminense. Mas o que realmente faz tanta gente desde artistas populares até grandes intelectuais gostarem tanto de futebol?

Não sei a resposta, obviamente. Mas o que acho que está por trás é a juventude, onde temos um time, um jogo, um esporte. E desde então mantemos isso como parte da nossa vida. Se há algo mais, não sei. Mas é a vida...

Rivais...

Meu amigo Felipe, em seu blog Confraria de Heróis, postou há alguns dias uma das melhores notícias que já li no futebol brasileiro: o respeito entre grandes clubes rivais. Só lendo Rivais. E só Rivais. poderão entender o que estou a falar (já devem ter notado que sempre uso o “a falar” do que “falo” constantemente; é uma “influência” de Eça de Queiros na minha escrita... E mais: na minha fala...).

Felipe estava meio sumido do blog e é muito bom poder lê-lo outra vez. Principalmente falando de uma das maiores rivalidades do Brasil: o Internacional e o Grêmio. Se fosse eu escolher um, claro, ficaria com o Inter, que acabou de completar 100 anos de existência. Mas como sou única e exclusivamente corintiano, considero o Grêmio e o Inter meus rivais. E só rivais...

A Semifinal

Hoje soube que Rogério Ceni, goleiro do São Paulo, não vai poder disputar o segundo jogo da semifinal do Campeonato Paulista e nem o restante da competição da Copa Libertadores da América, devido ao rompimento dos ligamentos do pé. Uma pena; seria a segunda vez em que estaria no time adversário de Ronaldo.

Bem, o Corinthians segue em frente na semifinal e tem a chance de empatar o jogo para a disputa final, assim como o Santos. Não pude escrever antes, devido a inúmeros problemas de várias ordens, mas fiquei muito feliz com a semifinal ser disputada entre os quatro grandes clubes do estado. Ao que me consta, não fui verificar, desde 1993 Santos, São Paulo, Palmeiras e Corinthians não estavam nas semifinais juntos. O Santos ganhou em 2007, o Palmeiras em 2008, conforme este blog documentou. Estou já fazendo alguma tradição...

Gosto do campeonato Paulista, mas este ano não o acompanhei. Nem muito menos venho acompanhando a Copa Libertadores. Minha torcida andou sendo para Ronaldo. Para se recuperar e jogar muito! Um amigo falou que ele com uma perna joga mais que todos os artilheiros da última temporada do campeonato Brasileiro... E eu, como bom corintiano, tendo a endossar o que o amigo fala.

Isso aqui é seu!

Ontem, 13 de abril, estive no lançamento do livro Isso aqui é seu!, do jornalista Zeca Camargo. Foi na Livraria Saraiva do Shopping Pátio Higienópolis.

Inicialmente queria falar um pouco da arquitetura da nova livraria que substitui a livraria Siciliano. Um projeto interessante, agora com mezanino de forma orgânica e com o mobiliário escuro (madeira escura quase preta ou folha de cor preta) trazendo muito das livrarias americanas mais tradicionais com certa pitada européia, já que o espaço não é muito grande. E eis por ser o espaço não muito grande que houve certo acúmulo de pessoas ao redor da mesa de autógrafos. Fora isso um bom buffet com espumantes e refrigerantes, além de pequenos petiscos e claro, um Starbucks Coffee junto da livraria, que se localiza logo na entrada pela Avenida Higienópolis.
Com o ambiente descrito e um Zeca Camargo bastante receptivo, nada melhor que relembrar dos tempos em que ele apresentou o FestValda e dos tempos de MTV. Tive quase nenhum contato com ele naqueles tempos e ainda hoje. Porém ele me acompanha nos últimos 15, 16 (ou seria 17?) anos. Como já disse outras vezes aqui, eu torcia um pouco o nariz para ele naqueles tempos de MTV, mas depois, na Rede Globo, só tenho elogios. Não posso dizer nada sobre o reality show No Limite, pois sua exibição foi exatamente quando estava nos Estados Unidos pela primeira vez (mas não morro de amores por reality shows). No livro De A-ha a U2 foi uma das primeiras vezes que se materializava em livro momentos da música que Zeca Camargo fez parte. Era ali que comecei a prestar bastante atenção em tudo que produziu antes e depois.
Este é o quinto livro de Zeca Camargo, que considero um dos meus três jornalistas culturais prediletos. O primeiro livro foi A Fantástica Volta ao Mundo (2004), onde narra sua volta ao mundo de reportagens acontecidas no programa Fantástico. Interessante é que Isso aqui é seu! (2009) também trata de uma volta ao mundo. Ou seja, Zeca já deu duas voltas ao mundo! Um é o complemento do outro, com diferenças, claro. Lembrando que em 1998 Zeca Camargo visitou todos os países que falam a língua portuguesa (outra quase volta ao mundo). O segundo livro foi De A-ha a U2 (2006), onde já escrevi acima, uma autobiografia musical. O terceiro livro trata de outra série do Fantástico: 1000 lugares fantásticos no Brasil (2006). O quarto livro, Novos Olhares (2007), outra série do Fantástico, trata de novos pontos de vista sobre o cotidiano. É talvez o mais dramático de todos. Neste livro, Zeca Camargo é o organizador.

Daniel Piza em Jornalismo Cultural (2003) escreve sobre a revista New Yorker, a qual Zeca Camargo é assinante desde os anos 1980. Praticamente nenhum jornalista cultural pode deixar de saber da importância de New Yorker. E Zeca a comenta constantemente. É interessante que em termos de cultura pop, arte moderna, exposições, música pop, moda e mais um turbilhão de coisas, Zeca Camargo é um profundo conhecedor, além das inúmeras indicações literárias. Como se declara - um leitor voraz que está se transformando em escritor - diz numa postagem em seu blog que não tem tempo para se dedicar da forma que é necessária para produzir literatura. E olha, que bagagem para escrever têm e terá e muita. Bem, ao conseguir trocar poucas palavras com Zeca ontem, fico feliz de elegê-lo um dos meus três jornalistas culturais prediletos, mesmo ele me perguntando quem eram os outros... Esse mistério devo elucidar num próximo texto.

A primeira noite de um homem

Quando assisti ao filme A primeira noite de um homem (The graduate, 1967) não sabia que era um dos primeiros filmes do ator Dustin Hoffman. Não fazia idéia. Adorei a trilha sonora de Simon & Grafunkel e até escrevi aqui. Mas neste final de semana acabei por assistir um programa sobre a carreira de Hoffman. E lá encontrei mais um grande ator do qual conheço umas míseras partes. E o que conhecia não conseguia juntar numa única personagem...

Como não sou conhecedor de cinema, acabo por ver filmes sem me atentar aos detalhes, como atores, diretores, etc. Sempre acabo por gostar da fotografia e principalmente da história narrada. Quando era criança ainda prestava mais atenção aos carros (Gran Torino me espera!). Mas sei lá eu porque A primeira noite de um homem me marcou tanto. Claro, a música. Outra, uma Loa Angeles, Santa Mônica, etc. dos anos 1960. O que não me impressionava era aquele Alfa Romeo vermelho. Mas de todo modo foi um momento estranho ver aquele Hoffman e comparar com Entrando numa fria maior ainda (Meet the Fockers, 2004). No documentário biografico afirmava ser aquele Hoffman o verdadeiro Hoffman. Fiquei pensando em quanto aquilo era caricatural e não podendo ser o verdadeiro Hoffman. Não que estaja duvidando do documentário, mas simplesmnete continuo na mesma opinião: que alguns críticos de cinema são exagerados e deixam sentimentos de lado e passam a ser meros racionalistas do cinema. E em arte dramática a única coisa que não se pode perder é a sesibilidade...

Peter Zumthor – The Pritzker Prize 2009

No dia 13 de abril deste ano foi divulgado o nome do laureado com o maior prêmio da arquitetura mundial. Este ano foi o suíço Peter Zumthor, autor de um número relativamente pequeno de obras e em sua maioria construídas na Suíça. Porém, mesmo sendo em pequeno número é uma obra bastante significativa.

Em 2006 conheci um pouco de sua obra. Desde então venho tentando descobrir um pouco mais sobre sua arquitetura. Tem alguns livros publicados e em português pela Gustavo Gili: Atmosferas, que traz uma conferência sobre arquitetura e outro livro é Pensando a Arquitectura, o qual é um conjunto de textos, trazendo, como dizem algumas resenhas, uma filosofia da arquitetura. Não li ainda nenhum dos dois livros, que tem preço ainda pouco acessível, porém, espero que sejam publicados no Brasil em breve. Acredito que com o Prtzker isso possa acelerar a publicação.
Já havia falado do Pritzker este ano (aqui), e até eles resolveram deixar para abril a divulgação do laureado. Os outros laureados já havia postado aqui. E o laureado de 2008 - Jean Nouvel - aqui.

Justus e os universitários

No primeiro episódio desta sexta temporada de O Aprendiz, Justus não foi mais maleável por serem universitários os concorrentes. Na verdade não vi também muita diferença nas atitudes dos universitários em relação aos concorrentes anteriores. Alguns dos participantes anteriores eram realmente mais experientes, mas alguns não passavam de recém-formados com algum MBA ou alguma pouca experiência. Algo que não havia identificado nas edições anteriores, destacando que comecei a assistir na terceira edição. O mais interessante é que os universitários parecem, pode ser impressão, mais dispostos a fazer as tarefas, diferente dos outros que já pareciam os preparados dos preparados.

Acompanharei, ou melhor, tentarei acompanhar, esta edição com mais entusiasmo que as duas últimas, onde a questão do sócio era muito, mas muito, chata. Nunca vi um sócio que mais parecia um funcionário padrão... Pelo menos agora é a grande chance que qualquer universitário gostaria: a de entrar numa grande empresa com o melhor salário que há no mercado (para um recém-formado).

O mais interessante é que um amigo meu, da área executiva, me disse que o programa é um nada. E deve ser mesmo. Não me importo em “aprender” ou como alguns participantes anteriores já falaram que “este programa vale por um MBA”, mas estou interessado na atividade humana entre as pessoas, as questões éticas, as fragilidades. Fico sempre no aguardo das empatias e simpatias entre os participantes, sem ter que ficar vendo intrigas bobas como num Big Brother, onde as pessoas não fazem nada e ainda acabam brigando. Acho que um participante de O Aprendiz deve sair de lá igual ou melhor do que entrou, já num Big Brother... O que acho mais incrível é que o Big Brother ainda esteja no ar. Assisti ao primeiro e ao segundo, isso lá pelos idos de 2002. Não vejo como alguém pode ainda prestar atenção àquilo depois de tanto tempo.

Como já escrevi aqui, acredito que o público seja diferente - e muito menor – o que assiste ao Aprendiz em relação ao Big Brother. Sem contar que a sala e a não participação do público deixa a interação praticamente nula. É basicamente uma série onde não há muito que “torcer”... Se for apresentado O Aprendiz 3 outra vez, uma reprise, não teríamos muita diferença das situações. Já tentar apresentar um BBB antigo... Não queria comparar uma coisa com a outra, pois quase não acho O Aprendiz um reality show.

O melhor do programa está justamente em ser sempre uma surpresa. Mas existe uma questão de mérito em cada prova. E o mais legal é o prêmio de quem ganha: as viagens, os hotéis, os jantares. Com certeza é muito melhor que ficar confinado numa casa... Nos últimos episódios fica até mais chato, pois o legal é um grupo todo se divertindo nos hotéis. Isso significa que os participantes têm mais prazer durante o programa do que os “confinados da casa”. Agora, quanto aos “filósofos da educação televisiva”, com certeza não é um programa educativo. E quem quer assistir a um educativo?

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...