novembro 19, 2013

Start from the Dark...

Toda vez que um caminho se abre eu penso em quantos caminhos trilhamos ao mesmo tempo e onde é que vamos chegar. Nos últimos dias vejo as pessoas falando sobre biografias, justamente falando sobre as biografias derretidas com o caso do “mensalão”. Se há alguma coisa da qual eu não quero nem ouvir falar é do PT – o partido dos trabalhadores. Tanta coisa boa e gostosa a ter de falar nesses “malas”...

Começando de novo, o importante é que a vida é muito mais ampla e no tempo em que estive muito ocupado demais para escrever aqui tive uma produção incrível. O problema é que muita coisa acaba passando e não fica registrado por aqui. E isso sempre foi umas das muitas intenções de se escrever neste blog. A marcação das coisas sem importância, dos momentos de diversão, como o lançamento de alguns filmes, de livros, eventos. Algo sempre se perde...

Minha última postagem falava justamente sobre política, sobre o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, ir embora. Nisso se passou um enorme processo eleitoral, bastante interessante de ser avaliado. Uma das coisas de que mais gosto é do processo político – muitas vezes as pessoas confundem isso como falar de política e de políticos, quando o que realmente me motiva é o processo. Na política internacional, Barak Obama se reelegeu – eu torci contra, mas os Republicanos não tinham candidato... Mas vai embora logo mais, em 2016. O que é muito bom. Bom para quem gostou e melhor ainda para quem não gostou. Uma das grandes vantagens das democracias é justamente a possibilidade de restauração do foi ruim e possibilidade de se manter o que foi bom. Já temos um pouco disso na prefeitura de São Paulo.

Por mais que a politicagem eleitoreira impeça o debate real de idéias e mais ainda a “fantasia” sobre os fatos, a verdade é que se inaugurou uma forma de gerir a cidade com a administração da atual ministra da cultura Marta Suplicy e houve continuidade nos governos Serra e Kassab. É lógico que houve fatos que merecem um demorado estudo, mas que ali se iniciou uma transparência que sempre motivou debate. As escolas de lata de Marta se chocam com a transparência dos salários divulgada por Kassab, assim como a continuidade dos CEU’s nos governos Serra e Kassab e a maior bomba de todas: a inauguração do tal fura-fila do Celso Pitta e Paulo Maluf – este último aliado de primeira hora no processo eleitoral do atual prefeito petista, o super-coxinha Fernando Haddad.

Alias, super coxinha ou super-coxinha, sei lá eu, foi uma invenção do jornalista Reinaldo Azevedo, que continuou nestes anos todos batendo de frente com a política petista, algo da qual eu não quero nem saber! Ainda bem que ele está lá... Já falei com ele que o preferia escrevendo outro Contra o Consenso, um dos meus livros queridos! Quando escrevo assim já falei com ele, fica parecendo que tenho enorme intimidade, mas não é nada disso. Falei com ele no lançamento de O País dos Petralhas II, neste ano de 2013 ou será que foi em 2012? Acho mais provável ser em 2012...

Eu tenho uma brincadeira entre os amigos mais próximos de falar que o Dave Mustaine me telefonou para falar do show, etc... E em setembro tive o prazer de assistir ao show de Mustaine e banda na abertura para o show do Iron Maiden. Mais do que isso, em 2012 havia comprado sua biografia em Londres e enviado um e-mail para a Editora Benvirá para que lançassem em português esta biografia. Não é que um colega de trabalho me falou que haviam lançado a biografia dele, tempos depois? Fiquei feliz e triste ao mesmo tempo. Triste por ficar sabendo assim, por um colega que leu num jornalzinho de metrô, sem nenhum cuidado por parte do editor – que, se eu que sou fã da biografia nem fiquei sabendo, imagina quem sequer sabe do que se trata?

O que é legal voltar a falar de biografias – tema que iniciou esta postagem. O nome desta postagem também é sugestivo. O disco de retorno da banda Europe, uma das grandes bandas suecas da década de 1980, em 2004, foi exatamente Start from the Dark. Não é um dos álbuns que mais me marcaram, mas o nome é interessantíssimo!

Falta falar de arquitetura. Talvez o maior fato destes últimos anos que não escrevi com freqüência tenha sido o de Oscar Niemeyer ter falecido. É claro que eu imaginei que a notícia fosse ser mais forte e presente no debate arquitetônico, mas não. Inúmeras homenagens e a arquitetura passou novamente a não ser mais assunto. Uma vez ou outra aparece uma notinha aqui, outra lá. Mas Paulo Mendes da Rocha ainda é um nome desconhecido do público – digo mais: não só do público geral, mas até dos círculos mais esclarecidos. Uma pena...

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...