setembro 20, 2009

O Preço...

Um carro: Chevrolet Kadett, ano 1996. Completamente original e em fase de restauro. Faltavam os estofamentos, alguns itens de parte elétrica e alguns detalhes de puxadores. A lataria brilhava do polimento. Estava em perfeito estado e mostrando os defeitos constatados por donos de Kadett, tais como problemas com a bomba de combustível, as travessas dos bancos entre outros. Um motor de 1.8 l e uma potência de motor de mais de 100 CV, a álcool, era um carro e tanto, ainda mais levando em conta que estava com a família desde sempre. Único dono.

Foram treze anos com o carro que desapareceu na porta do hospital Beneficência Portuguesa na noite de sábado. A sensação estranha de passar no local onde havia estacionado pelo menos mais umas cinco vezes e não entendendo o que havia acontecido. Afinal, tinha estacionado ali fazia pouco mais de uma hora. Parar na “via pública” é uma condição aparentemente normal em qualquer cidade do mundo. Parava na rua sempre, durante os anos de faculdade, ao redor do Mackenzie. Sempre parei na rua durante as aulas na pós-graduação, também em volta do Mackenzie, já que o curso de pós-graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo fica a cerca de 100 metros do Mackenzie. Também estacionava na “via pública” (assim que é identificado no boletim de ocorrência da Polícia Civil) nos meus trabalhos, tanto no Itaim Bibi, quanto na Vila Olímpia. Não tinha toca-cds, não tinha nada que fosse interessante para um ladrãozinho a não ser o próprio carro.

Não achava que o carro fosse um “objeto de desejo” dos ladrões de automóveis. Se o é, é por causa das peças de reposição e do comercio “espertalhão” das peças usadas. Mais uma mostra de subdesenvolvimento brasileiro. Subdesenvolvimento também cultural, não apenas econômico. Ter uma “caranga” velha para trabalhar e mesmo assim o carro sumir é o fim da picada. Certo que o carro estava bonito, mas era velho e estava com vários defeitinhos. Sei que isso acontece o tempo todo, o que é pior ainda. E esse meu desabafo é mais uma vez uma história que será somada a outras tantas e nada vai mudar.

Como dizia o Humberto em 1987, “nossos sonhos são os mesmos/ há muito tempo/ mas não há mais muito tempo pra sonhar” e não adianta nada falar sobre por que não parou no estacionamento. Por que não fui embora antes. Por que e mais porquês. E lembrar de um amigo que perdeu o carro, sem seguro, por conta de dez minutos entre sua descida do carro e volta ao lugar onde havia estacionado. Teriam os mesmo porquês? São cousas dadas pelo Fortuna, como diriam o gregos antigos (ou seriam os romanos?). Claro que sempre trabalhei nos limites, de sempre estacionar na rua. Talvez um pouco mais de investimento em cuidado, eu não tivesse que passar por este transtorno.

Por fim o que mais incomoda são os pneus Michelin de pouco mais de seis meses, o que me arrependo agora de não ter “ralado” mais, os fazendo cantar com graça (coisa que donos de Kadett sabem ser comum em saídas um pouco mais bruscas). Era uma parte da história da minha vida de motorista aquele carrinho, que agora deve estar sendo despedaçado em algum ferro-velho. Os sentimentos se vão; ficam as histórias. E como no final de “E o Vento Levou”, amanhã será um novo dia.

setembro 12, 2009

Olhos vermelhos










Quando os vejo
Na calada da noite
Tenho a certeza:
Que são belos e grandes

De uma grandeza sem limite,
De uma emoção renovada,
De uma beleza sem igual;

Quando os vejo
No meio da madrugada
São mais belos e vivos

E brilham como o sol
Na roseira da parreira
Seus belos olhos vermelhos

setembro 03, 2009

Santos 1, Corinthians 2...

Falar mais um pouco sobre futebol. Parece que meu time esta reagindo. Desde quando eu dei uma pausa nos meus escritos – por inúmeros motivos, falta de monitor, estudando, trabalhando – o time deu uma baixa ao mesmo tempo. Ronaldo se machucou; outros jogadores saíram; o time praticamente estava desmantelado. Fazer o que. Mas hoje teve uma reação inesperada. Na verdade não sei dizer se era inesperada. Comecei a assistir ao jogo aos 30 minutos do segundo tempo. Timão estava perdendo no Pacaembu de 1 a 0. De repente um gol. Minutos depois outro. E lá foi o timão para sua quarta vitória, em cinco jogos, sobre o Santos nesta temporada. Bom ver meu time reagindo. Agora é só melhorar um pouquinho mais e quem sabe começar a pensar no título e na tríplice coroa. Para quem vivia o inferno da segunda divisão em 2008...

Por que não acaba logo No Limite?

Não acompanhei nem sequer um episódio dessa temporada. Para ser mais exato, lá pelos idos de 2000, não havia acompanhado também. Muito menos as edições intermediárias. Em 2000 estava passando férias entre Miami, Los Angeles e Las Vegas. Quando voltei preferia relembrar aqueles momentos assistindo TV a cabo e escutando muita, mais muita mesmo, country music e , claro, rock ´n roll... No Limite era algo que todo mundo comentava e eu não tinha a menor idéia do que se tratava. Da mesma forma, quando estava a morar nos Estados Unidos, entre 2005 e 2006, me perguntavam sobre uma novela chamada América e uma personagem de Débora Secco, a tal Sol, que era uma ilegal “fazendo a América”. Lá vou eu criticar a novela... Pra variar tinha que ser uma novela da Gloria Perez... Bem, o que eu quero dizer é que prefiro Zeca Camargo de volta ao Fantástico. Assim como também preferia Brito Junior no seu programa matinal ao mais que chato Na Fazenda – ao qual somente assisti ao primeiro episódio. Por mim todos esses realitty shows podiam terminar...

setembro 02, 2009

99 anos... ontem


99 anos...

Parabéns! Nem todo mundo sabe o que é ser amado por 99 anos! E aqui reproduzo um trecho da coluna de Juca Kfouri de ontem:

“Nenhum outro clube brasileiro tem, em seu Estado, tantos torcedores como tem o Corinthians em São Paulo (...).”


É isso ai. Agora rumo ao centenário!

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...