dezembro 29, 2014

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – acabei por descobrir este livrinho contendo três textos de Rem Koolhas, chamado Três Textos sobre a Cidade. Estes textos poderiam estar contidos nas coletâneas de Kate Nasbitt, Uma Nova Agenda para a Arquitetura, e de A. Krista Sykes, O Campo Ampliado da Arquitetura. De certa forma fico extremamente feliz de ver estes textos em português. Quando era estudante, mal existiam textos teóricos além da década de 1970... Eram somente as poucas entrevistas de AU e livros editados em espanhol pela GG. O que, segundo os professores era muito mais do que na época deles como alunos, que nada existia além de Le Corbusier.

Aliás, erro meu – o texto Junkspace está na coletânea de Krista Sykes...

dezembro 04, 2014

Renzo Piano e a responsabilidade

Estou aguardando com ansiedade a encomenda que fiz do livro A Responsabilidade do Arquiteto, de Renzo Piano. Mais especificamente, Renzo Piano, conversas com Renzo Cassignoli. O lançamento foi em 2011, mas não tinha prestado atenção ao título e nem mesmo as sinopses sobre o livro. Vai ser de certa forma uma surpresa.

Lembro de uma revista/livro editada pela GG, que tratava da obra de Renzo Piano e de outros arquitetos. Tenho as duas: referente a obra do arquiteto Antoine Predock e sobre Dominique Perrault. Lembro-me bem de quando consegui cada uma delas. A de Dominique Perrault comprei na já clássica livraria do Toninho, hoje uma livraria gigante dentro do prédio do IAB. Foi logo após a visita de Perrault ao Mackenzie, em 1999. A de Predock uma amiga trouxe de uma viagem a Europa, em meados de 2000 ou 2001. Lembrei desta revista justamente porque o número com Renzo Piano eu nunca consegui encontrar a venda. E lembro que o texto tratava de sustentabilidade, já em 1998...

Sempre gostei muito da diversidade arquitetônica de Renzo Piano e seu Renzo Piano Building Workshop. Quando era estudante Renzo Piano estava fazendo a restauração de seu primeiro projeto de envergadura mundial, o Centre Georges Pompidou. Fico sempre pensando em como foi a concepção dessa obra em 1970. E quanto desdobramento teve desde então, positivos e negativos.


Eu vou aguardar e ler sem pressa mais este livro.

dezembro 03, 2014

Novos Horizontes

“(...) chuva de containers, entertaines no ar
eu presto atenção no circo que nos cerca
chuva de containers, entertainers no ar
começo a achar normal algum boçal detonar

se tudo passa, talvez você passe por aqui
e me faça esquecer tudo que eu vi
se tudo passa, talvez você passe por aqui
e me faça esquecer que...

… falta pão, o pão nosso de cada dia
sobra pão, o pão que o diabo amassou (…)'

Toda Forma de Poder
e música incidental: Chuva de Containers
Engenheiros do Hawaii - Novos Horizontes (2007)

Toda vez que escuto esta música, nesta versão acústica, do segundo (terceiro) álbum acústico dos Engenheiros do Hawaii eu consigo ver finalmente a reinvenção de Toda Forma de Poder. Sempre esperei por uma versão melhor que a gravada ao vivo em 1989, no álbum Alívio Imediato. E em Novos Horizontes foi possível. O estranho é esperar sete anos para escrever isso...

Lembro de ter escrito algo a respeito em 2007... Mas não tinha escrito o quanto me agradou esta versão. Eu já citei mais de uma vez alguma parte de Toda Forma de Poder, mas sempre algo na versão original me deixava com uma sensação de querer algo mais, uma versão diferente, não sei dizer se esta foi a materialização plena desse desejo, mas com certeza a mistura com Chuva de Containers, do álbum GLM (1992), foi tão interessante, tão densa. Lógico, só para quem é fã. Não sendo fã de Engenheiros nem sequer dará conta que houve a música incidental... Eu mesmo tenho consciência disso e nem me importo. Continuo gostando muito da versão.

De certa forma, acho que falar de Engenheiros e lembrar de pelo menos dois momentos marcantes na minha vida que os escutava muito e que parecia encontrar nas letras algo que me tocava profundamente. Não sei dizer porque eles estavam lá, mas estavam e esta é a história. Poderiam ser outras bandas, outras composições, outras histórias. Mas não, lá estava o Humberto e os músicos, fazendo um som...

Falar dos nossos momentos é sempre interessante. E essa postagem de hoje fala mais de mim mesmo. Um pouco autobiográfica, mesmo sem ser. Um pouco daquilo que é e que não sei dizer porquê. Um pouco de nada que diz tudo...

O disco é mais uma experiência interessante. Músicas novas gravadas ao vivo ao lado de versões acústicas de músicas consagradas. Novamente, deve ser interessante para um pouco além dos fãs, mas não muito. Minha opinião.

Foi praticamente o último disco antes de Humberto começar a se dedicar a literatura. Depois se dedicou ao projeto Pouca Vogal e ao atual Insular, seu primeiro disco solo. E foi por enquanto o último disco dos Engenheiros do Hawaii. Já era hora de abandonar este nome...

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...