agosto 30, 2007

Vou contar uma história...

Era uma vez... (Que bela maneira de começar uma história...)

Uma menina, que sentia que era diferente de seus pares. Resolveu buscar “caminhos alternativos” e outros pares, para evitar a solidão. Nesses caminhos foi encorajada a ser diferente mesmo, que sendo diferente se pode mudar o mundo. Esse mundo cruel onde o “capitalismo” é selvagem e o conhecimento é para privilegiados. Sendo assim, seguiu seus pares, chegando ao “ativismo” das idéias de igualdade. Não eram momentos bons na França, onde a igualdade, a fraternidade e a liberdade não andavam muito entrosadas. Uma praticamente convergia com a outra.
A liberdade dava aos pares a mesma chance de aprender, de trabalhar e também de dormir, de viver de vadiagem, se perdendo em aventuras no Moulin Rouge. E seu preço era dado em uma vida plena de entretenimento ou uma bela construção de um futuro sólido, moldado sob os alicerces do trabalho suado. E tanto um como outro poderiam ser vizinhos.

A igualdade dizia que ela tinha a mesma chance de ser bela como a primeira dama do Moulin Rouge. De usar as mesmas lingeries das damas da corte, mesmo elas sendo cinco vezes menores que as carnes gordas que a envolvem. Mas nem tudo é possível, principalmente que a igualdade não esclarece quem é o professor e quem é o aluno. São todos iguais. “Uns mais iguais que os outros”. Na igualdade não existiam “classes dominantes”. A não ser que você seja detentora dos “conhecimentos obscuros” que fazem ser a “líder espiritual” do caminho para o paraíso. Se só você sabe que tudo não passa de um estágio para chegar ao paraíso, que toda a sua “luta” não é uma simples ideologia, mas sim o Valhalla!

Foi ficando mais velha e caindo nas conversas de ex-igualitários que tentavam alcançar o poder para assim fazer a fraternidade com os que necessitavam dela. Fazer com que o Estado não seja igualitário para quem “não merece” e sim fazer justiça com os aparelhos do Estado. Fazer uma nova sociedade superior.

Não muito mais velha foi aprisionada por este Estado fraterno que ajudou a criar e foi parar num “centro educacional regenerador”, onde passou o fim dos seus dias rezando escondida, pois lá todos eram de outra religião...

Um comentário:

Anônimo disse...

O bonito de sua história é que ela sonhou, o triste é que o sonho dela foi grande demais, pois a mudança deve acontecer a partir de cada um, sonhar em mudar o mundo sempre pode ser trágico. Sonhar em incomodar, para transformar é melhor. Talvez ela também tenha se acomodado ao seu sonho, sem renová-lo, aceitando as idéias que tentaram manipula-la...pelo menos ela sonhou ! O importante é arquitetar os caminhos, bjs, Adri

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