agosto 02, 2007

Nunca Mais Poder...

Estive pensando naqueles momentos que não foram. Nos populares “se...”. Se tivessem acontecido, se tivessem não acontecido, se eu tivesse mudado, ou se eu fosse diferente... Mas existiu um “se...” que eu não esqueço. Não consigo entender se era medo, ou se era fácil demais para ser verdade. Igual ao pequeno texto que escrevi sobre “A Enigmática”, este “enigma” me persegue. Não entendo se ela era ou não era quem eu achei que fosse. Mas só sei que algo que era não é mais, e a lembrança é a única eternidade que me restou. Hoje somos muito distantes do que éramos naquele momento. Mas era mágico. Mágico ao ponto de nunca ter existido, o que é bom também. Não sei dizer se é melhor, porque ai o “se...” era obrigado a existir. Até hoje só consigo avaliar aquilo que aconteceu e não o que poderia ter acontecido. O “bom momento” subjetivo é sempre dúvida. Assim como aquilo que aconteceu e eu gostei de ter acontecido, mesmo não acabando bem. Mas essa é uma outra história, que nada tem a ver com essa, não vou deixar as coisas mais recentes encobrirem as mais antigas e mais, muito mais, interessantes. Ou melhor, a antiga. O detalhe desse momento mágico que ele tem em si um segredo, que nunca revelei. E não vai ser agora. Ou seja, escrever esse texto em forma de rocambole para no fundo não contar nada. Mas posso contar que outro dia fui questionado sobre o que sentia por outra menina. Um questionamento que se eu estiver certo, provavelmente foi sentido logo no meu primeiro sorriso. O mais legal é que ela teve umas historinhas a mais, muito engraçadas, regadas por palavras, talvez aquelas palavras que ficam nas mentes. Mas neste caso teve um ato que eu não fiz.

Ou seja, num pequeno texto como este, falei de três pessoas e só eu entendi o que eu escrevi. Na verdade quatro, se pensar na enigmática (que sempre espero encontrar novamente). Não sei se isso é bom, mas a lembrança de uma é mais forte que as outras. Praticamente todas as outras.

Nota de rodapé

Nunca Mais Poder – Gessinger/Licks
“(...) todo mundo é eterno
todo mundo é moderno
como um calendário do ano passado
como a coluna Prestes
as colunas do Niemeyer
como a Holanda de 1974
um símbolo sexual dos anos 60
todo mundo é moderno
todo mundo é eterno
o papa é moderno
o pop é eterno
então,? porque este medo de ficar prá trás
de não ser sempre mais
de nunca mais poder?(...)”

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