maio 23, 2009

Arquitetos da América 2

Este 2 poderia ser 4. Explico. Já falei aqui, tempos atrás, sobre o arquiteto Antoine Predock. Também americano. Metade francês, metade americano. Que seja. Não acho, como Zeca Camargo também não, que o local de nascimento é determinante de alguma coisa. Mas, para a arquitetura, o local de trabalho, a cidade americana, o deserto do Novo México, a Califórnia, a metrópole americana (norte americana) faz diferença. Falei também do arquiteto americano Richard Meier, de um projeto na Alemanha. Ou seja, se fosse o fato ser arquiteto americano, esta seria então a de número quatro. Mas estes números não querem dizer nada. É mais falta de criatividade para batizar a postagem.

Falar de uma arquitetura complexa como a de Eric Owen Moss, é algo até surpreendente. Pouca gente conhece esta arquitetura. E pensar nesta arquitetura como “arquitetura americana” então... Mas é um daqueles arquitetos quase desconhecidos no Brasil, que faz parecer que não há arquitetura americana além de Frank Lloyd Wright para os estudantes. Isso não é bom, primeiro por tentar buscar em arquiteturas européias a resolução de problemas americanos (agora entendido como o continente inteiro americano). Aqui vale lembrar uma questão que Wright enfrentou após sua visita ao Brasil, sobre a especificidade de sua arquitetura para os Estados Unidos, e não uma regra geral. Era uma breve crítica ao Internacional Style. Até hoje ainda espero por publicarem em português os textos de Wright. Existe uma autobiografia editada pela El Croquis em espanhol e mais vários textos já estavam disponíveis nos anos 1960 em edições argentinas. Diga-se de passagem, não vejo a hora de passear em Buenos Aires para buscar em suas livrarias obras como estas. O próprio livro de Sert também não foi editado para o português. E Sert é outro exemplo. Veio da Espanha para Nova York e nunca mais voltou.

Mas voltando a arquitetura, este projeto de Eric Moss, Aronoff Complex, um residencial em Santa Mônica, na Califórnia, é mais um que chama atenção com a temática iniciada nos anos 1970, tanto nos Estados Unidos como na Europa, como crítica ao movimento moderno. Talvez Moss não “acerte a mão” tão bem como seus contemporâneos Rem Koolhaas, Daniel Libeskind entre outros. Mas este projeto tem uma forma bastante expressiva. Não é nenhuma novidade, mas é uma arquitetura que vai pouco além da conhecida americana.

Arquitetos da América 1

Em 2002 descobri um livro que falava sobre o escritório de arquitetura americano Morphosis. Não poderia ser diferente, foi na livraria de arquitetura do diretório acadêmico da Faculdade de Arquitetura do Mackenzie, o DAFAM. Lá tem há bem mais de dez anos a lojinha de livros. Comprei tantos livros lá que poderia dizer ser ali a minha principal livraria. Este ano mesmo comprei alguns livros lá esgotados em todas as outras livrarias. Não sei como conseguem ter estes livros, mas quando quero alguma coisa sempre corro para lá. Ainda bem que há esta proximidade, assim consigo manter certas tradições... O melhor caso foi o livro do Eduardo de Almeida. Morava à época nos Estados Unidos e pedi por e-mail o livro. Um amigo passou por lá apanhou o livro que já estava separado e me trouxe. Por sinal um ano depois comprei de novo o mesmo livro, já que havia dado aquele exemplar de presente... Bem, histórias a parte, mas o livro ficou lá me esperando por mais de um ano e não o comprei. Não é até hoje um livro “acessível” financeiramente. E o detalhe que não encontrei este livro para vender nos Estados Unidos. Trouxe outros tantos, mas este, não. Também, talvez, naquele momento não estava tão focado, afinal muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. Este livro tem uma capa transparente de plástico duro com algumas imagens, uma edição incrível. As imagens dos projetos são quase inacreditáveis. E foi ali que conheci alguns projetos deste escritório dirigido por Thom Mayne, laureado com o prêmio Pritzker de 2004. Fui praticamente por um ano consultar o livro na lojinha...

O famoso livro...
Naquele livro conheci o projeto da Diamond Ranch High School, em Pomona, na Califórnia, cujas imagens ilustram esta postagem. É um projeto entre 1994 e 1999. Sua forma me remete a uma descontinuidade que parece formar na mente uma unidade. Os ângulos parecem sempre formar uma nova perspectiva, uma nova surpresa. Não vou me alongar, mas não é a toa que o escritório chama Morphosis... A idéia é a formação de vários edifícios que formem uma unidade. Mais especificamente vários módulos, que seguem um currículo educacional.
Naqueles anos pensei que o projeto não tinha sido construído, pois no livro só havia imagens do projeto. Assim como de outros tantos projetos. Então, os materiais era uma questão de imaginação. Sempre uma imagem dá interpretações múltiplas e vê-lo construído é muito mais interessante. As aberturas são sempre outras surpresas. Interessante é a quantidade de projetos não executados. Isso parece regra geral para quase todos os arquitetos. Muitas propostas, tanto de concursos como planos maiores, parecem ser a base para o desenvolvimento de uma sólida arquitetura. Talvez isso remete a um questionamento de onde nasce a arquitetura; se arquitetura é projeto ou somente obra construída. Eu resolvo isso de forma simples: tudo é arquitetura. Ou, plagiando Le Corbusier: “arquitetura em tudo, urbanismo em tudo.” As imagens, mesmo impressionantes nunca são superiores a arquitetura pronta – se são, é por que a arquitetura não convence.

maio 22, 2009

Um museu... de Richard Meier

Richard Meier é um arquiteto conhecido internacionalmente por fazer projetos de museus, que é uma tipologia com aspectos bastante peculiares. Ao se pensar numa sede para a Fundação Iberê Camargo, foram consultados três arquitetos, entre eles Richard Meier (os outros dois também tem larga experiência neste programa. São eles Álvaro Siza, autor do projeto construído, e Rafael Moneo). Este museu em Frankfurt tem alguns aspectos interessantes, e o mais de todos é manter, mesmo num programa diferenciado, a unidade arquitetônica característica de Richard Meier.

Estas fotos são as disponíveis no site de Richard Meier; não apresentam as questões de implantação e das articulações do programa de necessidades. Tomei contato com esta obra durante aula específica no programa de pós-graduação da Universidade de São Paulo em 2008. São tantos os pontos que até gostaria de falar um pouco mais, mas sem as imagens não conseguiria explicar melhor.

Tinha já conhecimento sobre a obra de Meier durante os anos de faculdade, inclusive, durante o segundo semestre de aulas, lá em 1996, tínhamos que escolher um arquiteto (entre os estudados durante o semestre) e projetar uma casa com suas linhas projetuais. Escolhi Richard Meier, entre os outros (eram Éolo Maia, Severiano Porto, Siegbert Zanettini, Luis Barragán e mais alguns que não consigo lembrar). Sua obra chamava atenção pela pureza de formas e o uso da cor branca. Depois desse período, Meier foi notícia quando da inauguração do Getty Center em Los Angeles, ainda durante os meus anos de graduação. Muito tempo depois surge novamente durante esta aula na pós-graduação. Nunca o estudei em profundidade, além de alguns projetos, como a Capela do Ano do Jubileu, que deveria ter ficado pronta em 2000, terminada em 2003. Venho tendo um novo olhar sobre sua obra, mas ainda assim – uma falha minha – não o tenho estudado.

Miriam Freeland

Uma garota vem me chamando atenção. Lembrava de seu rosto de algum lugar; não sabia ao certo de onde. Uma atriz experiente, mas de onde será que veio? Seria do teatro? Afinal, nada mais natural que uma atriz tenha experiência nas artes dramáticas no teatro e ser apresentada à TV. Seria até um caminho lógico, pois, até hoje, o teatro sempre vive uma das maiores contradições possíveis: ser popular sendo erudito. Me dá até calafrios quando tratam de falar da popularização do teatro. Mas voltando àquele rosto na novela. Não era uma novela da Rede Globo, ou seja, seria então mesmo uma nova atriz na televisão. O sucesso, não me importa muito. Sempre achei que para um bom ator central os coadjuvantes devem também ser de qualidade. Mas Miriam Freeland já havia passado pela Rede Globo. Desde seus quinze anos de idade já se apresentava nas telas da televisão. Sim, eu sabia. Ela vem da escola de teatro, Tablado (ou seria grupo?). Começou a estudar as artes dramáticas aos 11 anos de idade. Aos 15 anos já estava no elenco de uma novela da Rede Globo, A Viagem (1994) (aqui poderia discorrer horas sobre a qualidade das telenovelas desta emissora, mas sou obrigado a usar um critério: uma novela de Rede Globo tem uma audiência muito maior que as outras emissoras, no mínimo o dobro). Depois passou por algumas novelas na Rede Bandeirantes, até voltar à Rede Globo na novelinha Caça Talentos, de Angélica. Não tenho a menor idéia sobre estes trabalhos. Provavelmente não eram estes que a teriam me apresentado. Foi, claro, na Rede Globo. Seu papel de maior destaque foi na novela O Cravo e a Rosa (2000) que a apresentou, não só a mim, mas ao Brasil todo. Depois em Esperança (2002) e o papel que eu lembro bem e adoro: Pagu, na minissérie Um só coração (2004).
Desde 2005 trabalha na Rede Record em várias produções, da qual Bicho do Mato (2006) faz um grande papel fora de uma produção de época, marca que já a acompanhava há certo tempo. Então, uma vilã malvada, muito má. Acho que tenho queda por vilãs... Mas é na vilã que se apresenta muito da arte dramática. E é ali que aquele rosto conhecido me chamou atenção. Infelizmente não assisti mais do que alguns capítulos de Bicho do Mato, mas Miriam, que atualmente faz uma jornalista, na atual produção Poder Paralelo, que, segundo Cristiane Padiglione, não se parece com novelas da Record, vem a ser uma das atrizes contemporâneas mais interessantes fora do circuito Globo (contemporânea no sentido de idade. Miriam tem 30 anos atualmente).

Ao futuro: Miriam tende a ser uma atriz mais cotada para papéis principais. Uma carreira que se pode dizer “paralela”, mas que vem preparando uma atriz, que era até agora uma especialista em papéis de época. O que é muito bom. Talvez, nestas horas me arrisco a palpitar, as novelas de época sejam mais bem produzidas e mais interessantes às contemporâneas de nosso tempo. Existe uma geração toda de pessoas com menos de trinta anos nas produções de televisão, o que também é muito bom. Esta renovação já era esperada e aquele belo rosto merece mais destaque. Nada melhor que uma atriz preparada, que além de ter talento estudou. Não é fácil o caminho de uma atriz, mas sem estudar deve ser pior ainda. Talvez a Rede Globo deva rever sua “escola de atores” (Malhação) e empreenda num caminho mais interessante. Afinal, “de onde não tem nada, não poderia vir nada mesmo” (não lembro ao certo que disse esta frase, mas concordo totalmente...) e os “sucessos” originados em Malhação andam sendo muito pouco interessantes. Há exceções, como Priscila Fantin, mas ainda assim era de se esperar muito mais.


De onde vêm as coisas...

Para continuar com as postagens tenho que colocar aqui um pouco das minhas idéias a respeito de ter um blog. Não é simplesmente um acúmulo de informações desorganizadas, mas uma linha de pensamento, ou linhas e pensamentos, que está(ão) sempre em constante reflexão. É exatamente um caminho sendo perseguido. Mas não um caminho qualquer. No começo tinha como meta apontar conceitos dos quais concordo, o que continuo a fazer; porém, em certos temas deixo a questão em aberto, simplesmente por não ter vontade de debater, ou melhor, vontade até tenho, o que não tenho é paciência. Não me imagino sendo invadido por milhares de pessoas querendo saber o que escrevo, simplesmente porque continuo a escrever nas entrelinhas. E isso não é técnica, nem nada. É simplesmente um opção decorrente dos tempos atuais.

Venho conseguindo material sobre algumas pesquisas, que até agora quase nada publiquei por aqui. Pois, este não é o canal ideal para isso. Por aqui vamos montando algumas trajetórias, como o acompanhamento dos três últimos campeonatos brasileiros – muito por alto é verdade –, algumas variações musicais, algumas questões arquitetônicas, como a trajetória dos prêmios Pritzker, entre outras tantas. Mas a idéia de buscar daí algumas outras questões ainda estou longe. Neste ano acompanho com bastante interesse a temporada de O Aprendiz. Não à toa, é um programa que pode ter relações mais interessantes que o simples entretenimento. Acompanhá-lo é uma quase crítica. Isso porque ele tem suas opções iniciais, suas particularidades. Ver isso depende de muito mais tempo e muito mais letras que estou disposto; uma parte por reflexão outra por uma falta de motivação maior. Mas as opções colocadas sempre estão relacionadas à cultura; umas vezes alta cultura, outra vezes cultura popular – se é que realmente existe está diferença, pois, para quem lê, estuda, se interessa, tem curiosidade, dá para tirar leite de pedra. Sem contar que esta diferenciação às vezes pode estar longamente errada. E nos momentos atuais, onde comparação é vista como algo que não pode ser explorado... Fico com muitas das minhas comparações. Um exemplo que poderia dar é que não me importo muito com o que o escritor José Saramago acha de Albert Camus, mas tenho interesse em refletir o que Camus pensaria de Saramago, lembrando que os dois são ganhadores do Nobel de Literatura.

Ao falar sobre alguns filmes, nem sempre estou interessado na história, nos atores; mas na época, no momento, na reflexão sobre quando assisti ao filme e quando este se passa. Às vezes algo sem grande valor é interessante para pontuar momentos. E como já havia falado em alguma postagem, o momento tem um valor confuso: entre a emoção daquela hora e a qualidade do que foi experimentado. Estou com um texto iniciado sobre uma atriz, que devo publicar ainda hoje. O texto não trata de fazer uma biografia e nem mesmo de avaliar seus papéis, mas o de fazer um apontamento de uma carreira que pode vir a se desdobrar em muitas facetas. São nas pequenas questões que me interesso.

Poderia para colocar também que há uma total contradição nos textos aqui apresentados. Alguns são meio apressados, não muito trabalhados parágrafo a parágrafo. È está uma impaciência que venho tentando dominar. Isso às vezes desvaloriza algumas idéias. Sem contar que ao mesmo tempo, além de marcar momentos, marco também conceitos. É realmente uma façanha tentar interpretar o que penso só pelo que vai por aqui... Sem contar que é natural do ser humano a contradição. A completa coerência não é humana.

Uma época dizia que vivia uma vida dupla; hoje até poderia dizer tripla. Mas uma coisa é certa, nas entrelinhas tem muito do que é maior, da diretriz de tudo. Só voltando ao conceito deste blog, as questões que vem na apresentação deste continuam valendo. Afinal, caminhar é preciso. E saber quem é você, de onde você veio e para onde você vai continua a ser importante e um dia eu chego a algum lugar. Porque “É chato chegar / A um objetivo num instante”; só por essa frase eu já poderia escrever mais uma folha... Terminar um texto citando Raul Seixas? Ainda mais sabendo que não tenho lá essa fixação no Maluco Beleza... Mas ele tem razão... Será alta cultura? O que vai por trás da frase é; a música de Raul não. Simples assim. Mas nem sempre esta simplicidade é assim tão pouco polêmica.

Tudo acaba em pizza

Esta temporada de O Aprendiz tem me chamado a atenção, talvez mais que todas as outras. Na tarefa de ontem, por surpreender as concorrentes, na prova do asilo, por buscar um valor no individuo, na prova da sucata, por buscar uma criatividade. Provas que inovaram a fórmula do programa, que precisava ser renovada, pois, não havia gostado das duas ultimas temporadas. E anda sendo impressionante a criatividade da produção para as tarefas.

A tarefa de ontem, de fazer uma apresentação e produzir um comercial de televisão para as pizzas da perdigão foi uma das tarefas mais incríveis. Não pelo fato de ser uma apresentação ou um comercial, mas por ter que apresentar e explicar o comercial para oito consumidores das pizzas Perdigão. E estes oito, não eram quaisquer oito consumidores. Eram na faixa etária de dez anos de idade. Foi surpreendente a surpresa das quatro aprendizes ao se deparar com as criancinhas. Justus usou de uma “analogia” para conseguir tirar das candidatas algo que até o momento não havia aparecido. Trabalhou com a emoção delas por quase a tarefa toda.

A primeira dupla a apresentar foi a de Ana Paula e Karina. Karina travou. Por um instante achei que estava tudo terminado para ela. Durante a produção do comercial já havia tido problemas e a apresentação estava mal estruturada (o que não dá para avaliar pelo programa, mas pelos comentários de Justus e seus conselheiros). A apresentação de Stephanie e Marina também não foi muito superior, assim como a produção do comercial. Porém, Marina salvou tudo por sua espetacular mudança de tom para explicar às criancinhas. Exatamente o que Justus queria. Ali foi a hora, como espectador do programa, em que eu consegui ver Marina como uma grande concorrente. Até então achava justamente o contrário de Karina e Ana Paula, principalmente sobre Stephanie, que continuo a concordar com o que escrevi aqui. Acho que Stephanie vem surpreendendo nestas últimas três vitórias. Todas, inclusive Marina, acreditam que Stephanie está lá por pura sorte. Sorte ela teve, claro, o que também é verdade para Marina e Ana Paula.

A sala de reunião foi tensa. Karina partiu para uma postura agressiva. Ana Paula continuou zen. A demissão de Ana Paula foi por uma resposta um pouco ruim, que começo a achar que está sendo definidora do que Justus quer. No momento em que falou em empreender o prêmio de um milhão de Reais, Justus achou que sua maior preocupação era o prêmio e não o trabalho na agência de publicidade – o que é bem provável, já que ela faz Direito. Walter Longo continuou a achar que a prova do asilo foi muito ruim, o que concordo com ele. E também concordo com Claudio Forner quando optou por Karina, pela segunda vez. Karina se salvou por pouco. Se continuar assim ela poderá ser a próxima a ir para casa. Sua estratégia, se é que foi uma, de ser agressiva deu pouco resultado. Se não fosse por um quase suicídio de Ana Paula, não sei dizer qual das duas estaria hoje fora do programa. Justus também não gostou do estado geral de Karina – acabada. Isso a prejudicou muito.

Além da tarefa, que tratou de expor lados emocionais das meninas, a recompensa foi uma pizzada com alguns familiares das concorrentes vencedoras. Como sempre, tudo acaba em pizza. Stephanie precisava disso, mas foi Marina que mais se emocionou. Até seu pai chorou. O contato com a família, neste momento de muita pressão, é muito bom para os participantes. Esta reta final, dos dois próximos programas, será a mais emocionante de todos os aprendizes, já que até agora nenhuma delas tem vantagens competitivas muito maiores.

maio 20, 2009

Stephanie Paris - A Aprendiz!

A capixaba Stephanie Paris, estudante de administração de empresas, participante do programa O Aprendiz, vem conseguindo uma façanha: vitórias onde todos viam derrota certa. Pelo menos é assim que vejo as duas últimas participações de Stephanie no programa. Na primeira eram as três: Ana Paula, Mariana e Stephanie, se batendo para conseguir fazer da sucata algo vencedor; depois somente com Marina a conquista de uma vitória, onde não comeram, não dormiram, mas brigaram o tempo todo. Se ela vai vencer não faço a menor idéia, mas conseguiu se superar, pois, no início do programa, via uma candidata insegura e sem liderança. Hoje, em comparação, tornou-se uma das favoritas a vitória.

Estas brigas constantes fez lembrar-me de como Jânio Quadros montava sua equipe, segundo o jornalista e atual deputado estadual João Mellão Neto (aqui): “(...) Como pretenso biógrafo de Jânio Quadros eu deveria saber que o seu estilo era esse mesmo. Deixar que todos se matem e depois tratar de prestigiar os sobreviventes.” De uma forma, provavelmente inesperada, Justus está podendo avaliar outro lado de Stephanie.

Por que Stephanie? Poderiam me perguntar. Mas só ela tem este perfil. Marina está lá por uma boa margem de sorte, maior que a de Stephanie, mas não tem o perfil desafiador e aquele jeitinho de “garota problema”. A Ana Paula ainda é imatura demais, e não tem ritmo, a mesma pegada de Stephanie. Se parece mais com a Stephanie das primeiras tarefas, um tanto quanto parada, um pouco zen... Logo, Karina se torna automaticamente a sua principal adversária. E com vantagens. Porém, Karina anda sendo pouco criativa e num jogo, a pequena vantagem não quer dizer nada. Nada mesmo: qualquer uma das quatro pode ganhar o programa; não há como fazer uma estratégia.

Mas voltando à Stephanie, ela tem além de sorte, uma postura que está aparecendo melhor nestas últimas tarefas. Conseguiu se livrar de Rodrigo e de Maytê longe da sala de reunião. Por sorte também, foi desta forma que se livrou de Lucas, Álvaro e logo no começo quase não conseguiu sair de uma sala de reunião. Porém estou por vê-la na sala de reunião enfrentando de frente Karina, Marina e Ana Paula, onde sua postura será colocada à prova. Será diversão garantida!

PS: Não se enganem... Continuo a torcer por Karina, que acho a mais preparada, mesmo se saindo tão mal naquele quiz...

Dupla demissão

A tarefa do episódio de ontem, dia 19, do programa O Aprendiz, tratava de empreendedorismo. Separou-se por duplas os seis participantes restantes e uma das regras seria a demissão de dois participantes. Tinham um capital inicial de R$5.000,00 e liberdade para investir ou aplicar em qualquer coisa e quem tivesse melhor resultado financeiro ganharia a tarefa. Logo no sorteio se definiram as três duplas: Stephanie e Marina, Mariana e Ana Paula, Karina e Rodrigo.

Stephanie e Marina conseguiram ser vitoriosas e ganharam uma viagem a Londres. Realmente, se mataram. Além das brigas, foram para a rua e venderam coisas do São Paulo Futebol Clube, na noite do jogo da Libertadores. Venderam câmeras e notebooks, até rifa fizeram. Ana Paula e Mariana focaram em vender jóias, tomando peças por consignação. Como falou Ana Paula, trabalharam menos que Stephanie e Marina, com um lucro maior, porém não o suficiente para ganhar a tarefa. O pior desempenho foi da dupla Karina e Rodrigo, que resolveram prestar serviços de web site. Tiveram sua margem de lucro, mas como salientou Justus, não se arriscaram.

Por este caminho tomado para a internet, Rodrigo acabou se apresentando como um candidato de uma única temática. Por sua vez, Karina foi a escolhida pelos seus pares para permanecer no programa. Mariana já havia feito a gafe de dizer que é menos criativa que os outros pares. Como já havia dito aqui, achava que ela sob pressão não tenha bom desempenho. Não deu tempo para verificar: Rodrigo e Mariana saíram do programa ao mesmo tempo; uma dupla demissão; um de cada dupla. A frase mortal de Mariana foi dizer que gostaria de enfrentar a candidata mais preparada na final. Justus disse que isso é bonito de se falar, mas não é verdade. E tendo a concordar com ele. No fundo a disputa estava entre Ana Paula e Rodrigo na segunda parte da sala de reunião. Ana Paula se salvou da demissão, mesmo Karina tendo dado seu voto a Rodrigo (também não o fez de forma enfática, como Mariana). Ela (Ana Paula) chegou a acertar, mesmo sem saber, na hora que disse que faria a mesma coisa. Talvez tenha sido este seu grande acerto.

Walter Longo optou pelos dois demitidos. Claudio Forner teria demitido Karina e Rodrigo. No fundo, Karina não poderia sair, mesmo Forner tendo razão – de que ela foi a dupla suicida. Ela é a mais respeitada entre os concorrentes. Bem, a disputa agora ganha outra dimensão. Eu acho que Stephanie vem se apresentando melhor nas últimas tarefas, principalmente por ter que brigar com suas concorrentes o tempo todo. E o melhor, anda dando bom resultado. Ainda se podem ter surpresas dessas quatro concorrentes; o jogo ainda não terminou. Conforme Justus já havia falado, somente uma concorrente ganhará a disputa.

Um ano sem Artur da Távola...

“Música é vida interior, e quem tiver vida interior, jamais padecerá de solidão!”
No dia 9 de maio de 2008 faleceu Artur da Távola. Já tinha falado dele outras tantas vezes neste blog, mas ao receber o newsletter de sua equipe, me deu uma saudade das suas crônicas. Espero um dia que elas sejam reunidas num livro. Variavam desde costumes, política, música, ou até mesmo sobre as telenovelas. Gostava muito do que escrevia e do que falava. Era também um grande contador de histórias.

maio 19, 2009

Outra da época...

Sempre ao falar sobre Éolo Maia, algo também me remete ao arquiteto Mário Botta. Eu sempre fiquei imaginando a entrada desta casa, com este incrível corredor. É um projeto de 1971, construído entre 1971 e 1972, na região do Ticino, na Suíça. Já na faculdade Mário Botta não era discutido. Tinha um ar um pouco pós-moderno demais... Mas, o que mais intrigava certos professores eram as questões relacionadas à simetria. E realmente, a obra de Botta em vários momentos remete à simetria e à forma. Não conheço os projetos recentes dele, mas o que o tornou famoso foi exatamente este perfil.

Mais uma da época...

Por falar em Carlos Bratke, um de seus livros foi prefaciado por Éolo Maia, assim como Bratke escreveu o prefácio para um dos livros de Maia. Mais uma da época de faculdade. Já havia falado sobre Éolo Maia aqui, mas, outro dia, ao ler o capítulo sobre Robert Venturi no livro de Rafael Moneo, que já falei a respeito aqui, surgiu um casa de Venturi muito parecida com este projeto de Éolo. Não posso afirmar se houve influência ou não, mas é fato que as duas casas possuem alguns detalhes semelhantes. Éolo, morto em 2002, foi também um dos arquitetos que eram bastante comentados na sala de aula. Alguns professores detestavam, outros achavam interessante, outros nem sequer falavam a respeito. Mas não era uma obra que poderia passar desapercebida. Esta casa, projeto entre os anos de 1981 e 1982, tem algumas características que ao ler sobre a casa de Venturi remeti diretamente a este projeto de Éolo.

A casa do Bratke

No primeiro semestre da faculdade, nos meados dos anos 1990, o nome de Carlos Bratke estava entre os mais comentados entre nós, os alunos. Era um período que a Av. Luis Carlos Berrini apresentava um monte de novos edifícios, com materiais novos, como o ACM - composto de alumínio -, mas não havia debate sobre a urbanização da área. Logo que recebi a revista A & C deste mês, que comentei aqui, lembrei deste período breve da faculdade. E lembrei também da casa de Bratke no bairro do Morumbi. Um telhado de duas águas, com uma estrutura com tirantes de aço, com um colorido que mesmo sendo parte de um período datado tem uma aparência atemporal. Um projeto bastante interessante e que gosto muito. Uma solução difícil de ser aplicada para programas residenciais, o que Bratke conseguiu com muita precisão.

maio 18, 2009

Arquitetura & Construção – Editorial

De alguns anos para cá, a revista Arquitetura & Construção vem trazendo além de bons projetos, editoriais interessantes. A edição de maio de 2009 traz logo no editorial chamada para dois livros de Peter Zumthor: Atmosferas e Pensar a Arquitectura. Na revista, que sempre teve ótimas fotografias, apontam projetos de arquitetos famosos. Neste mês, uma reforma na casa de campo do arquiteto Carlos Bratke, por ele mesmo e um projeto de André Vainer e Guilherme Paoliello, com uso de abóbodas de tijolos. Claro, não é um texto crítico de arquitetura, mas é bem diferente da época em que assinei a revista, no meados dos anos 1990. Nestes mais de doze anos como assinante, posso dizer quais foram as modas, os materiais, os desenhos de telhados que se passaram. A revista é, digamos, conectada às práticas do mercado, às demandas. Algumas casas como um especial sobre a casa Gerassi, projeto de Paulo Mendes da Rocha, não chegam a ser exceções. Vale à pena assinar a revista...

Nota sobre as notas...

Daniel Piza escreveu outro dia algumas breves notas sobre a televisão aberta e a televisão a cabo, que eu concordo totalmente. E o mais interessante é que assisti também ao especial sobre a primeira dama francesa, Carla Bruni.

Sobre seus comentários, fiz um mea-culpa, pois realmente sou fã de filmes como Homem Aranha e outros oriundos dos quadrinhos. Talvez seja também por isso que gostei de O Santo, filme que escrevi algumas linhas dia desses, e nem sabia que era baseado nos quadrinhos. Não fosse meu pai a me falar... Agora, em 2009, são vinte anos de Batman... X-men retorna ao cinema...

Bem, a respeito das novelas, não consigo realmente assistir. E já acompanhei várias em tempos passados. E faz tempo mesmo... Tiveram algumas cujo foco, como a Odete Roitman, de Vale Tudo, era o assassinato da protagonista. Outra foi a personagem de 2007, de Camila Pitanga, que rendeu texto de Tutty Vasques no Livro do Ano Barsa de 2008, ou mesmo a atriz Alessandra Negrini, que havia escrito aqui certa vez. Ou seja, um tema já recorrente por aqui...

É estranho notar que o momento atual é recheado de séries e de uns poucos filmes já se tornando famosos antes mesmo de serem vistos. Um que até agora não assisti, e não creio que esteja perdendo lá muita coisa, é Tropa de Elite, famoso por ter sido visto por todo mundo antes de ser lançado... Outro é Anjos e Demônios, que fez muita gente ir a uma livraria comprar um exemplar do “outro” best seller de Dan Brown. Das séries tem muita coisa interessante. Isso parece até óbvio, e há certo tempo já é assim. Diria que estamos num momento de séries, episódios, temporadas e não mais aquele de esperar os filmes do cinema. Um momento, e nada mais. O futuro? Não apostaria que essa crise de filmes seja duradoura; é só um momento de ajuste.

maio 16, 2009

O Santo – Val Kilmer

Nem tudo conseguimos ver ou mesmo lembrar depois de certo tempo. Nem tudo nos marca ou nos deixa uma referência com o passar dos tempos. E isso já dá para notar em pouco mais de uma década. Assisti outro dia a um filme de 1997, O Santo (The Saint), com Val Kilmer e Elisabeth Shue. Não tenho a menor lembrança deste filme à época, nem sequer da crítica especializada. Era uma época que não freqüentava cinemas, mas tinha tempo para ficar conectado à TV a cabo (e tinha os canais de filmes...).
Já assisti duas vezes a este filme que sempre me prende à tela. Acho a história do filme interessantíssima e, mais que tudo, a fotografia. O filme trata de fazer um perfil de um ladrão internacional, mestre dos disfarces, interpretado por Val Kilmer, contratado por um mafioso russo para roubar uma fórmula de uma cientista inglesa, interpretada por Elisabeth Shue. Não sei dizer, o filme tem uma ambientação um pouco diferente, além de ser gelado, tem um pouco de nostalgia da época em que cientistas tinham idéias isoladas que poderiam mudar temáticas mundiais, algo como a fórmula das bombas atômicas, o que hoje depende de muito investimento em centros de pesquisas com equipes grandes, formada por vários tipos de pesquisadores. O interessante da história está no romance entre o ladrão e a cientista que muda tudo no decorrer do filme. E os disfarces de Kilmer merecem atenção. Kilmer parece ainda estar interpretando Jim Morrison neste filme (Kilmer intrepretou Morrison em The Doors, de 1991), trazendo mais ainda um aspecto nostálgico para o filme; uma interpretação sobre artistas, poetas, algo como um modo de vida “alternativo”. O nome do filme, O Santo, refere-se ao fato do ladrão utilizar sempre nomes de santos católicos em seus disfarces. O que é um tema incrível, até pouco explorado no próprio filme.
O interessante de se ver um filme já com quase 12 anos de atraso é que tudo aquilo que poderia fazer diferença não faz mais. Sei o que Val Kilmer é a estrela do filme, mas acredito que à época a crítica não deve ter sido muito boa, pois o filme não teve indicação alguma a nada (que eu saiba) e não me lembro de ter sido comentado entre os amigos e colegas. Lembro inclusive de ter ido ver Batman e Robin naquele ano no cinema, mas este filme nenhuma...

maio 15, 2009

Eletrocutando Roberto Justus

Ontem, na edição de O Aprendiz, uma das melhores partes foi a tentativa involuntária de eletrocutar Roberto Justus, que rendeu a melhor frase da sala de reunião: “Obrigado por ninguém me avisar!” Foi uma tarefa de criatividade, onde as equipes criaram com sucatas um novo produto. A sucata estava recolhida numa empresa de reciclagem, assim contendo dois conceitos: o ambiental, no sentido de reutilizar a sucata encontrada lá, e a criatividade, de fazer algo útil com aquilo. Eram chapas, pneus, rodas, peças metálicas enferrujadas.

Uma equipe definiu rápido o projeto, trabalhando na construção de uma mesa com um tampo rotativo, enquanto a outra passou um tempo enorme discutindo o projeto sem chegar a conclusão alguma. No final a que não tinha uma idéia pronta e parecia desarticulado, teve uma idéia de fazer um quiosque com energia solar, podendo este ligar um laptop ou carregar um celular. Já o grupo da mesa teve muitos problemas técnicos não resolvidos, inclusive com a confecção de uma luminária com possível não proteção de passagem de corrente elétrica. Eis a tentativa involuntária de eletrocutar Justus.
A equipe de Ana Paula, Marina e Stephanie ganharam a prova. Foram então conhecer cidades históricas mineiras e uma visita à linha de montagem da FIAT em Betim, como recompensa. A equipe de Rodrigo, Maytê, Mariana e Karina foi para a sala de reunião. Os dois projetos eram bastante criativos e a sala de reunião foi um pouco sem graça, levando a demissão de Maytê, a que tinha menor rendimento entre os três, que praticamente nunca foram para a sala de reunião. Maytê soube argumentar bem, Mariana não conseguiu se expressar bem, sendo questionada sobre sua falta de criatividade, porém, os dois conselheiros e Justus fizeram sua opção. Não sei dizer, mas Mariana talvez sob maior pressão se saia pior que Maytê, que possuía dentre os participantes talvez o maior conhecimento geral, mesmo sendo a mais jovem. Chegava ao fim a grande participação de Maytê. Karina, mais uma vez, não foi para a segunda parte da sala de reunião.

Deste episódio dois princípios aparecem: o primeiro ao se trabalhar uma idéia e esta ao se mostrar inviável, deveria se pensar num plano alternativo. Mas o grupo optou por tentar desenvolver mais a mesma idéia, deixando uma “intenção” de princípios. Muito válidos. Porém, a equipe que estava perdida, ao encontrar uma idéia viável a executou primorosamente, tomando cuidado a detalhes, fazendo também uma melhor apresentação. Em relação à criatividade, as duas foram muito bem. Em relação à execução e finalização a equipe vencedora teve maior mérito.

Partindo do principio do arquiteto Mies van der Rohe, a importância dos detalhes às vezes chega a ser definidora maior da idéia original. Com sua famosa frase “Deus está nos detalhes”, pontuava a importância dessa etapa. Hoje se tem muito mérito na idéia, também por existir melhores técnicas que à época de Mies, e ao mesmo tempo hoje vivemos uma decadência no âmbito das idéias, da criatividade. Tudo parece ter sido inventado já. Foi uma das melhores tarefas do programa até agora, acredito ser somente menor em relação à do asilo, por esta ter um aspecto sociológico muito mais forte. Se o programa continuar caminhando nesta direção posso esperar um pouco mais do que havia visto nas edições passadas.

maio 13, 2009

O tradicional quiz...

A tarefa desta terça-feira foi o famoso quiz, que desde a terceira temporada de O Aprendiz acontece num determinado momento. Não posso dizer se aconteceu nas duas primeiras por não ter acompanhado o programa. O interessante que este modelo foi o que levou Maytê ao programa, na edição especial de dezembro. E novamente Maytê deu um show nesta parte. Não à toa seu grupo foi vencedor. E ela determinante, principalmente na parte de perguntas rápidas. Na questão geográfica os dois grupos estão lamentáveis. Até Roberto Justus se espantou... Bem, depois disso, era nítida a derrota do grupo com Ana Paula, Stephanie, Rebeca e Marina. E então surge o segundo papelão desta temporada. Não tão grave quanto João Granja, Rebeca pediu para sair. E Justus então despejou um pouco de seu arrependimento quanto à demissão de Lucas – segundo ele, um “bom menino”.

Já se havia um tanto de comentários, inclusive no podcast de Rafael, sobre a demissão injusta – talvez esta palavra seja forte demais – de Lucas. Mas foi interessante deixar as outras três para a segunda parte da sala, onde nitidamente Marina estava salva. Boa estratégia de Justus. Logo, se estivesse no lugar de Rebeca, teria chamado à atenção sobre pequenos erros de Ana Paula. Seria uma bela briga entre as três - Stephanie, Ana Paula e Rebeca -, provavelmente mais digna que o pedido de dispensa que apresentou em momento totalmente errado. Porém, Ana Paula era a melhor amiga de Rebeca, e se ela tivesse comentado no hotel sobre sua “desistência” poderíamos ter outro resultado. Maytê passou por isso, mas voltou ao foco antes da sala de reunião. Nessa fase da vida é muito comum isso acontecer, até acho que deveria haver um acompanhamento psicológico aos jovens, no sentido de poderem desabafar – só para eles, que executivo tem que ser é pressionado até estourar.

A recompensa aos vitoriosos foi uma viagem à Los Angeles, e direito a maquiagem no Drac Studios, um dos maiores estúdios de maquiagem para cinema. A Maytê ficou uma gordinha espetacular!

Comentários a parte, Mariana ainda não foi parar na sala de reunião. Está se saindo muito bem, com muita sorte. Mais sorte até que Karina. Porém, esta pode ser uma frágil situação, assim como a da Marina. Stephanie vem conseguindo se posicionar bem nas suas argumentações. Logo diria que tem grandes chances ao lado de Rodrigo, Maytê, que parece ter bom senso na hora de fazer suas argumentações, e Karina, minha escolha até este momento para a vitória.

maio 09, 2009

Na época em que não havia internet...

Há cerca de dez anos, pouco mais pouco menos, diria que desde 1995 (não tenho certeza - parece ser o início da internet no Brasil), as revistas, os vídeos, os textos, nada disso circulava com a facilidade de hoje. Depois, com a internet muita coisa nova começou a surgir e por um pequeno período os pequenos portais se tornaram famosos. Até a inauguração dos portais dos veículos de comunicação já conhecidos foi o primeiro período em que “os pequenos” tiveram chance. Até então o que se produzia para internet era, por assim dizer, novo. As imagens começaram a circular com mais facilidade e a partir de um tempo se tornava necessário “digitalizar” o mundo anterior.

Fazendo uma analogia, ao se lançar o compact disc, o long play (o popular vinil) se torna “obsoleto” e então se inicia o lançamento dos mais importantes álbuns na nova mídia. Da mesma forma com o DVD, o VHS se tornou obsoleto, assim começou o lançamento de filmes na nova mídia. Porém aí há uma novidade: a velocidade em que o DVD substituiu o VHS. Primeiro por um valor muito mais acessível, depois porque o cd já havia aberto um caminho entre a informática e o conteúdo cultural (aqui definido como música, cinema, vídeo) já tinha uma demanda a ser atendida.

Mas, esse conteúdo cultural, ao passo que a nova mídia – a internet – era exigida, não dava respostas seguras, como até hoje ainda há lacunas. Isso se dá por causa da interatividade que esta proporciona. Os jornais, as revistas, a televisão, o cinema, a música, todas eram mídias em que a interatividade era muito pequena, que era feira através das “cartas à redação”, das vendas e da reação do público. E esta é uma diferença entre a internet e as outras mídias. Hoje o público pode também produzir conteúdo (o que é maravilhoso).

Mas e quanto ao conteúdo produzido antes da internet? Muita coisa passou para a mídia eletrônica e esta disponível hoje, digitalizado. O que ainda não foi, fica como os discos não transformados em cd: na expectativa de um dia serem laureados. A seleção passa muitos critérios. Mas pensar que uma enciclopédia, de papel, é hoje algo “do passado”, está na mesma situação de acreditar que tudo na internet está certo, correto, atendendo a realidade das coisas. Por incrível que pareça, até o universo científico já sabe disso. Ao abordar os critérios de identificação de fontes, de referencias, existe um critério de se colocar data de quando um determinado site foi consultado. Isso já demonstra a durabilidade dos dados virtuais. Um dia o site pode estar disponível, no outro some ou muda. Dado este entendimento é que se compreende porque livros ainda são escritos. E mais: livros de textos oriundos do espaço virtual.

Por estas e outras questões, as referencias oriundas da internet hoje são “questionadas”. Há textos de Arnaldo Jabor que ele nunca escreveu; até o Mário Quintana às vezes lança um “inédito”... Mas isso não quer dizer que a opinião emitida por muitos sites, ou seja, conteúdo novo, não seja de valor. O que se faz hoje vai ter valor histórico daqui a algum tempo. Não se sabe quando. Pode ser dez anos, pode ser menos ou mais. Tudo é uma questão de chute. Mas o importante é curtir os momentos. E também curtir os momentos anteriores à internet. Eis porque se torna importante hoje a construção de centros culturais, museus, e principalmente um coisa bastante simples: bibliotecas. Não me lembro de nenhuma campanha política falando de bibliotecas. Hoje elas são algo “do passado”. Agora a idéia é a internet. Sim, é muito mais barato equipar as escolas com máquinas, disponibilizar espaços seguros, disponibilizar novas infra-estruturas, treinar professores, do que usar os recursos que não existem, com professores que não lêem, e bibliotecas sem livros. Realmente é um “admirável mundo novo”.

O pior que este texto vai ser um daqueles em que os maus leitores vão questionar: “você é contra a internet?” Que, óbvio, deve partir de mentes que não leram sequer dez livros na vida... Principalmente por ser eu um dos mais ligados a internet. E a quero livre, sempre. Não quero ter que perder a minha liberdade por mau uso de outros. E este uso, por enquanto, ainda se aprende de forma tradicional: com os pais e com os professores, de preferência nos bons livros.

De onde tirei estes pequenos questionamentos? De um texto singular que não conhecia chamado Dos Capangas às Orquídeas, escrito por Miquel Adría. Não tenho mais o que dizer além de que uma sociedade só muda se houver qualidade. Para ser mais exato, de onde não tem nada, nada vai surgir mesmo. Não entendo por que com todas as mazelas existentes no Brasil, ainda continuamos a agir como se nada acontecesse, e uma imensidão de blogs retratam o situação como naquele comercial das Havaianas, onde quando questionados sobre a atuação situação, a crise, etc., alguém diz tristeza, e logo começam a tocar Tristeza... Nada mais brasileiro que aquilo. Diga-se: não é o primeiro comercial em que apresenta esta mesma temática... Não vou me indignar, como era na minha adolescência nos anos 1990, em que se reclamava de tudo e nada mudava. Mas as respostas existem. E elas não estão nas mídias e sim no conteúdo cultural.

Simone Carvalho

Falei a pouco sobre o filme O Gosto do Pecado. Num breve resumo, é um filme de Cláudio Cunha, onde conta a história de um advogado que acaba de se divorciar, não compreendendo muito bem este momento, se envolve em inúmeras tramas amorosas, num exagero de cenas, beirando a pornografia, ou (em linguagem de quem tenta salvar o filme) um gênero erótico. A secretária acaba por desenvolver uma paixão pelo advogado, assim criando um ciclo, onde de um lado havia a vida cotidiana, de uma jovem com seu noivo, ao gosto da mãe, que se envolve com um homem casado (divorciado), entrando num novo ambiente, ao qual não está acostumada. Mostra toda uma trama de eventos onde existe certo choque de classes sociais, choque de valores e muita hipocrisia, em função dos bons costumes tradicionais. Atentava a mostrar o final de um tempo e uma nova maneira da relação entre pais, filhos e ex-mulher, ex-marido.

E a secretária, interpretada pela atriz Simone Carvalho, desempenhava ali um novo começo, em que tudo era diferente, tudo parecia uma história de amor, para ela. Enquanto o advogado, interpretado pelo ator Jardel Mello, tinha maior interesse em retornar o casamento e mantinha, além da secretária, outras “emoções” eróticas.

Mas a beleza, um tanto sem aquele apelo hoje comum de mulher objeto, mas de uma simplicidade com certo acanhamento, e uma aparência meio menina meio moça, a personagem de Simone Carvalho, à época com vinte anos de idade, é uma contradição à tonalidade banal do filme. Era como uma princesa, um diamante a ser lapidado. Porém, o que ocorre na trama não são as flores que ela imaginava e nem a falta de coragem canalha do advogado. Um filme que peca pelo exagero de cenas eróticas desnecessárias, desenvolvendo pouco certas tramas e períodos, além de oscilar o foco entre o advogado e a secretária, não construindo nem para um e nem para outro uma atmosfera de angústia ou sonho. Isso fica meio implícito nos poucos detalhes em narrações esporádicas.

Um filme que poderia ir muito mais longe ficou pela metade. Certa vez, há muitos anos, assisti a um filme no Eurochannel que caminhava com narrativas semelhantes, onde havia sexo homossexual, drogas, assassinatos, e nada disso com a exposição desse filme de Cláudio Cunha. Incomoda esse exagero. Se fosse uma crônica dos apelos sexuais do advogado, o resultado deixou a desejar, e a bela Simone Carvalho roubou a cena.

Claudio Cunha, depois de breve pesquisa, soube ter sido marido de Simone Carvalho, e ela chegou a ser nos anos 1980 uma atriz de bastante projeção. Hoje ela faz um trabalho junto a uma igreja evangélica e esta longe dos holofotes da mídia. Não tenho lembranças de nenhum papel da televisão, mesmo sabendo que trabalhou na Rede Globo, na telenovela Tieta (1989), e depois na Rede Manchete, na telenovela Tocaia Grande (1995), e sua conversão evangélica foi em 1997.

Noutra breve pesquisa, descobri que Simone poderia ter sido vítima de preconceito por ter participado dos filmes cujo gênero ficou conhecido como “Boca do Lixo”- uma das derivações da chamada Pornochanchada, onde inclusive, Claudio Cunha era um dos diretores mais famosos desse período. Mas isso não me impede de achar que o filme poderia ser muito melhor e que Simone Carvalho é uma atriz incrível, que poderia ter ido mais longe.
Agora, por que fiquei tão impressionado com o filme, que me fez buscar sobre a atriz, a época e a produção cinematográfica do período? Não sei a resposta, mas estaria entre o que até hoje ainda causa desconforto mesmo passados quase trinta anos – as cenas exageradas de apelo sexual – e o bom roteiro que trazia uma história rica em termos sociológicos. É um marco histórico ali narrado: o início das famílias constituídas de pais separados e o recomeço da vida após o fim de um casamento desgastado. Um marco do que estava por trás. Algo que só pode ser analisado com o passar do tempo. Aquilo era muito novo para ser entendido e saber todos os desdobramentos daquela nova forma. Aí, acho eu, reside um pouco da minha resposta.

O Gosto do Pecado

Na madrugada, às vezes, combatendo a insônia, consigo exatamente o contrário: ficar vidrado, assistindo com mais interesse aos filmes da televisão. O detalhe que, como sempre, acabo com algo totalmente inusitado. Na ultima vez foi o incrível filme de Claudio Cunha, O Gosto do Pecado, de 1980, no Canal Brasil. Não conheço o trabalho de Claudio Cunha e nem nunca havia ouvido falar do filme. Mas o que me chamou a atenção logo de cara foi o ano em que o filme foi feito, a virada da década de 1970 para 1980; a fotografia, de uma São Paulo já com os contornos de metrópole atuais e de um Guarujá ainda “clássico”, até com a mesma balsa que ainda hoje faz a transição de Santos. Os apartamentos e o escritório, aqueles telefones de disco, o orelhão da antiga Telesp, uma época que vivi na infância e tenho ainda uma imagem mental.

Claro que essa imagem mental é o que mais me atrai nestes filmes, mas fico contente que o cinema brasileiro tenha conseguido um grau maior de profissionalismo. Neste caso específico, a história é muito boa, mesmo com a simplicidade das cenas, mas já assisti a muitos filmes, neste mesmo Canal Brasil, que não consigo dizer outra coisa além de perda de tempo. E digo mais: o cinema dos anos 1960 e 1970, não entrando na questão estética, eram de uma precariedade e de uma má produção que não dá nem para começar a falar. Era também assim em outros países. Nos fins dos anos 1970 e principalmente nos anos 1980 começam a melhorar muito e se inicia a era dos “efeitos especiais”. A produção fica muito mais profissional. Não que Hollywood não a tivesse, mas não com a qualidade que se apresentava a partir daí. E no Brasil o cinema começou de novo, pelo menos para mim, nos ano 1990, com um nível muito mais próximo do internacional. E isso é nítido já pelas referencias de Central do Brasil e Cidade de Deus.

Mas nada melhor que reviver os tempos passados; uma questão de saudosismo. E O Gosto do Pecado me fez sentir isto. Tirando a parte mais erótica do filme, que cenas tão apimentadas que beira a pornografia, a história do filme é impressionante. Seria como analisar as fraquezas humanas e aqueles tempos em que era complicado refazer a vida após um divórcio. Ele tenta tratar da sociedade e daqueles anos, e retrata muito bem isso, quase como num roteiro à moda de Nelson Rodrigues. Claro, a beleza da atriz Simone Carvalho também ajuda muito no imaginário da trama. Mas tem exageros típicos de uma época. E é por esses exageros que esse filme, com uma história muito boa, não passa de um “cult” sem maiores apreciadores. No fundo isso é uma atitude do diretor; uma escolha que leva do céu ao inferno uma produção.

maio 08, 2009

Canadá!

Canadá. Depois de Roma, Paris, Miami e Aruba – novamente, antes da gripe suína (depois falam que O Aprendiz não pode ser perigoso) – o destino agora era o Canadá. Bela recompensa e boa promoção da Record à transmissão das Olimpíadas de Inverno, a ser realizada em 2010 no Canadá. Um belo hotel e boa aula de esqui. Digo: nada melhor que passear e aprender coisas novas como mergulho e esqui. Só faltaria golfe e tênis para completar o quadro de esportes de executivos não sedentários... Claro, e uma viagem para Nova Zelândia para pular de Bungy Jump. Pois executivo que é executivo não come lula à dorê, mas é radical!

A tarefa deste episódio foi um plano de ação para provar a conexão da maior operadora de telefonia do Brasil – a Vivo. Não sabia que era a maior. Era uma tarefa aberta e com o contexto de conexão acredito que o resultado foi mediano. Mesmo o grupo vencedor, outra vez, devendo a vitória à participação de Rodrigo que soube analisar os dados da prova, não atingiu nos dois dias a meta esperada. Porém vitória é vitória, e viva o Canadá!

Já na sala de reunião Maytê volta a trabalhar seu marketing pessoal, convencendo Justus a mais uma nova chance. Marina não era alvo e muito menos Karina, esta já retornando ao hotel antes da segunda parte da sala. O diferencial de Maytê em relação a Álvaro foi sua vontade e gosto pelo Aprendiz. Finalmente Álvaro saiu da disputa. Foi vítima de uma acusação da qual não soube se defender, ao ser questionado por estar mais interessado no prêmio de um milhão ao emprego. Mostrou uma curta visão. Já achava que deveria estar fora há algumas tarefas.

Numa visão macro, Rodrigo, Maytê e Karina são os concorrentes mais preparados, mesmo depois do surto de Maytê nesta nona edição. Não acho Ana Paula e Stephanie tão boas concorrentes, mas tem chances. Já Marina e Rebeca, não duram mais que algumas edições. A incógnita é Mariana, que até agora não foi para a sala de reunião, pelo menos na segunda parte da sala. Pode estar aí uma estratégia boa de vitória.

maio 06, 2009

Mais um líder para fora...

Conforme havia vazado na internet, o demitido seria Rafael. Esse vazamento era previsível, já que o programa é gravado, mas foi uma tremenda furada da participante que “deu com a língua nos dentes”. O fato que as demissões são feitas na sala de reunião e não atendem “ao clamor do público” e deixa sempre curiosidade sobre o processo da condução dos participantes à sala.

Ontem a Karina foi parar na sala de reunião, após seis tarefas ganhas. A sala que há muito era dominada por Maytê, Rebeca e Álvaro, agora contou com sua breve participação. Depois Maytê conseguiu se safar, com uma ótima saída, entre muitas possíveis. Na verdade Rafael não estava tão preparado e não soube utilizar bem sua oratória e tentar se justificar. Não foi um caso de suicídio e Álvaro mais uma vez escapou da sala. Voltando a Maytê, se ela não ganhar o Aprendiz, terá uma vaga na empresa de Justus. Ela tem já um bom conhecimento da empresa e deixou boa impressão a Justus. Só se for muito ruim em alguma prova para conseguir se “queimar”.

Mas vamos falar um pouco mais das pessoas. Álvaro se coloca numa posição de “conselheiro” e na hora de fazer as coisas conseguiu errar igual a qualquer um dos participantes. No fundo parece mais um Rascolnicov, de Crime e Castigo. Já Rodrigo liderou muito bem. No fundo sua experiência e maturidade parecem já fazer diferença. Tem um perfil de ação e começa então já uma diferenciação entre as pessoas. O grupo vencedor venceu mais porque teve medo de perder. Essa questão de recear ter um erro bobo fez com que eles trabalhassem num melhor desempenho e com ações mais atrevidas, porém com resultado. No fundo soube trabalhar com os números para as tomadas de decisão.

A tarefa em si, que traz à TV um pouco do que é o e-commerce, além de trabalhar questões de outras edições, como logística, trouxe à tona a conexão com o mundo real. Foi falado em concorrência, em estratégia, em erros que poderiam causar danos à Fnac – empresa que patrocinou a tarefa. Isso tudo mostrou como são delicados estes novos meios e a velocidade e dinamismo da internet. Claro, tudo poderia ser mais explicado e cada vez mais o programa se afasta de um público leigo e simplesmente interessado numa disputa de pessoas. O que definiu bem este episódio foi a declaração de Rafael na saída, já no carro, onde falou viver o paraíso da vitória, nas viagens prêmio, e o inferno na sala de reunião. Tudo muito dinâmico.

Agora, quanto ao prêmio dos vencedores, a viagem para Paris, foi realmente incrível! Após Roma, Miami, Aruba – antes da gripe suína –, Paris é uma maravilha. Visitar uma das maiores lojas da Fnac na França, na Champs Elysees, visitar a torre Eiffel, o museu do Louvre... Nada melhor que a recompensa.

maio 03, 2009

Full Metal Village

Dirigido pelo chinês Sung Hyung Cho – que não faço a menor idéia de quem seja – Full Metal Village é um documentário que trata de falar da pequena vila de Wacken, na Alemanha, onde ocorre anualmente o festival Wacken Open Air. O Wacken é talvez um dos mais conhecidos festivais de Heavy Metal do planeta e o vilarejo não passa de uma pequena vila de agricultores, com muitas vacas (ou melhor, bezerras, hahahahha), onde uma vez por ano acontece um furacão, uma tempestade, uma “missa negra” de 40 mil pessoas (hahahahahah)... As personagens narradas no documentário, que assisti na Cinemateca Brasileira, um dos eventos que participei durante a Virada Cultural, são de uma especial construção, que não conseguiria detalhar. Principalmente por serem reais... O documentário retrata por um tempo maior do que esperava a vila e os personagens, narrando a vida pacata e calma lá vivida trivialmente. Mostra hábitos triviais e tradicionais, possivelmente relativos a toda Alemanha. Ao mesmo passo, mostrou muito pouco as bandas e o festival. Bem, por fim, o documentário tem muitas vacas e pouca música.

Timão Campeão

Bem, não assisti ao segundo tempo do jogo, mas, ao que parece nada mudou: 1 x 1, o que fez de meu TIMÃO campeão paulista mais uma vez. Não foi como queria, mas durante o campeonato foi um time invicto, com muitos empates bobos. Mas o pior aconteceu na última quarta-feira: perder. Na Copa do Brasil o Corinthians perdeu de 3 a 2 para o Atlético Paranaense, sendo estes dois gols nos cinco últimos minutos de jogo. Se não fosse por este detalhe, eu estaria até comemorando mais.

Fora isso, a minha megalomania não tem limites. Quero é ver meu Timão ganhar a Copa do Brasil este ano também. Ou se possível o Campeonato Brasileiro. Se um dos dois ocorrer é que me darei por feliz. O mínimo aceitável é se classificar para a Libertadores 2010.

A Virada Cultural...

A abertura da Virada Cultural de São Paulo foi com show de John Lord, ex-tecladista do Deep Purple. Uma lenda do rock. Ele tocou músicas de seu disco de 1969, Concerto para Grupo e Orquestra, além de clássicos do Deep Purple, como Pictures of Home (do álbum Machine Head), Soldier of Fortune (do álbum Stormbringer) e Child in Time (do álbum In Rock).

Quando cheguei à Av. São João, o show já havia começado e o grupo de músicos, composto por Steve Balsamo e Kasia Laska nos vocais, Chester Karmen na guitarra, Guy Pratt no baixo e Steve White na bateria, e a Orquestra Sinfônica Municipal já tocavam com perfeita harmonia. O som do órgão que Lord utiliza há décadas é inconfundível. E junto aos arranjos da orquestra, como era de se esperar, foi algo inusitado para desavisados...

Não sabia da participação de Lord no evento, o que achei muito interessante. O público, como era de se esperar, era formado por fãs de Deep Purple e rock em geral. Se algum desavisado pensou em ouvir música erudita deve ter se decepcionado, pois o show teve momentos muito líricos, principalmente com o vocal da polonesa Kasia Laska (ou Katarzyna Laska), assim como momentos bem próximos ao rock com a participação de Balsamo – que não foi tão bem ao cantar a música de Coverdale, se redimindo ao cantar Child in Time.

Certo que ao falar sobre este show estou pensando em algo muito maior, que é o fato de estra em São Paulo. Não sabia da participação de Lord, porém em menos de algumas horas estava vendo a participação histórica. Talvez o fato de não haver grandes divulgações, pois a virada sempre é mais próxima de músicos nacionais e normalmente há um palco específico para o rock. Naquele mesmo palco se apresentariam à seqüência de Lord Geraldo Azevedo – que não faço a menor idéia de quem seja -, Marcelo Camelo – integrante do grupo Los Hermanos, que além de Ana Júlia não tenho a menor idéia de outras músicas, mas que tem um público fiel e em crescimento -, Novos Baianos – banda clássica dos anos 1970, com Pepeu Gomes e Baby do Brasil (Baby Consuelo) entre outros que não lembraria agora. Porém após o término do show me dirigi à Estação da Luz, de lá indo para Cinemateca Nacional, onde assisti algo mais inusitado, que merece uma postagem exclusiva... Enfim, a Virada Cultural é um evento interessante.

maio 02, 2009

Heston Blumenthal

Sempre tive uma maior curiosidade sobre o hambúrguer. Além, claro, de saboreá-los. Eis que acabei assistindo no canal GNT o chef inglês Heston Blumenthal buscando a perfeição do hambúrguer...

Claro, foi aos Estados Unidos, em New York, para buscar onde se fazem os verdadeiros hambúrgueres (essa grafia de hamburger é meio estranha...). O programa trata de buscar os princípios do verdadeiro hambúrguer e seus ingredientes, tendo até o cuidado de pensar nas fórmulas dos pães, catch-up e até no queijo. Sem contar a melhor proporção dos tipos de carnes e da posição das fibras para que o hambúrguer se desmanche e tenha um sabor suculento.

O fato de hambúrgueres e pizzas entrarem hoje num mundo gastronômico é uma forma de reconhecer certas tendências populares. Certo que muita gente ainda tenta “separar” o hambúrguer de grife e a pizzaria da moda, sem levar em conta sabor. E sei disso por que existe uma pizzaria que acho muito ruim, e é caríssima, que ninguém tenta ousar a dizer como eu que é de péssima qualidade. Alguns ainda dizem ser a “melhor mozarela”...

Quando um “mito” é formado, dificilmente as pessoas sem muita direção, ou melhor, sem opinião, seguidores do guia Veja de gastronomia, conseguem conceber que aquilo não tem qualidade. Da mesma forma, restaurantes caros só servem, em muitos casos, para separar classes sociais e, com raras exceções, tem uma comida realmente diferenciada. Um exemplo são as churrascarias de grife. Qual a diferença das carnes? A maior parte da diferença está no atendimento do local. As carnes, se comparadas às churrascarias tradicionais que não são necessariamente caras, são muito semelhantes. Ou seja, ainda existe o embate de qualidade versus fama, que inicialmente estava ligado à qualidade, ou porque seria famosa uma pizzaria? O problema deste embate não é ter conseguido a excelência, mas manter este padrão ao longo dos anos. Existe aí, outra vez, uma questão de escala. O crescimento proporcionando a mesma qualidade ao longo do tempo. Não à toa hoje os pequenos restaurantes têm mantido a excelência por muito mais tempo. O fato de não crescer torna mais fácil o controle da qualidade.
Mas voltando ao hambúrguer, o programa mostrou uma das questões que sempre tenho em mente ao saborear um: o fato de não se desmanchar ao longo da refeição. Ele fez experiências em relação à altura do sanduíche e em relação à umidade do pão de baixo, além de questionar a espessura dos pães industrializados e sua forma. Chegou até a pensar se o pão retangular mudaria algo, o que concluiu que nada muda. Realmente o programa do chef Blumental vai à fundo em questões gastronômicas, como uma ciência. Já tinha visto outras vezes, mas esta foi a que mais me chamou a atenção por tratar de uma comida praticamente universal.

maio 01, 2009

Justus sabe cantar

Na edição desta quinta-feira de O Aprendiz 6, Roberto Justus mostrou um tanto do seu potencial de cantor. Eu fiquei pensando horas até rever a edição mostrada, iniciando com uma música em homenagem a sua sogra, na versão de Frank Sinatra, - Garota de Ipanema – e terminou a edição com Just a Gigolo (ou seria I Ain't Got Nobody?), no meio disso passando por Always On My Mind, entre outras. Claro, ele não é cantor. Mas eu esperava algo muito, mas muito pior. Ele realmente sabe cantar...

PS: Na hora que revi o vídeo desta quinta-feira pude notar o encontro dos aprendizes com Clodoaldo, vencedor do Aprendiz 5. Ele, como sempre, foi de uma simplicidade incrível.

Inovações e a marca Aprendiz

Na edição do dia 30 de abril do programa O Aprendiz 6, foi ao ar a tarefa de administrar uma loja de conveniência num posto de gasolina. Cada equipe montou um plano, onde uma delas foi muito mais eficiente, pois tratou de fazer brindes e cuidar de detalhes, porém, o resultado financeiro foi menor. Justus então deu a vitória às duas equipes. Não sei dizer, mas isso pareceu já um “efeito João Granja”, pois, dar a vitória para as duas, uma que cuidou dos detalhes e outra que teve mais lucro, leva a crer o mesmo dilema da tarefa da Palm, onde um grupo levou mais gente ao evento e cadastrou muito mais interessados no produto, mas, contudo, teve uma promoção do produto muito inferior – na opinião do cliente. Por sua vez, o cliente – Postos Shell e lojas Select - foi muito mais maleável e as contradições foram mínimas na avaliação. Sem contar que a premiação dos dois grupos, levando para a sala de reunião somente dois indicados de cada grupo e com a alteração dos líderes de cada equipe, mostrou uma maneira de fazer os dois grupos interagirem informalmente, já que os integrantes foram todos para o “Cruzeiro Aprendiz” – exceção aos indicados para a sala de reunião.

O Cruzeiro Aprendiz é a primeira vez que se usa a marca Aprendiz, que eu saiba. A idéia é um cruzeiro marítimo com cerca de 2000 estudantes, e dentre os eventos no navio estariam palestra com Walter Longo, show com Roberto Justos (incrível: Justus parece saber mesmo cantar. Mas, imitando João Granja, pode ter sido a edição...), piscina, jantares, etc. A idéia de fazer uso da marca Aprendiz parece ser uma boa idéia. E este cruzeiro uma ótima idéia. Acredito que a marca possa ter futuros usos em questões relacionadas à educação continuada e outros eventos.

Voltando a sala de reunião, os quatro escolhidos já começam a ser figuras conhecidas. Foi uma sala atípica, com efeito. Rebeca volta à sala, junto com Lucas, os dois que se safaram da última demissão, juntamente com Rafael e Maytê, que por seu bom desempenho na edição especial no ano passado, tinha por uma forte candidata. Maytê não teve uma boa argumentação, mas a sala teve como principal debate Rebeca e Lucas, este por sua vez também cometeu suicídio profissional. Acabou por inverter sua vantagem, fazendo de sua boa idéia um mau negócio. Os dois conselheiros, Walter Longo e Cláudo Forner, optarem por ele. Walter Longo foi, ainda, bastante duro com Maytê, na avaliação dela pelo líder Álvaro, assim como os dois consultores concordaram que Rafael estava poupado daquela sala. Também os líderes, que participaram da sala, como conselheiros, também foram indagados por Justus em seu desempenho.

Por fim, foi uma sala bastante inovadora, com três partes e muito interessante sobre a avaliação da natureza dos candidatos, principalmente na colocação óbvia de Maytê, que nenhum candidato entra na sala falando que seu desempenho foi péssimo e sai feliz com a demissão. Conforme Justus já esperava, ele tenta fazer o que nenhum universitário está acostumado: avaliar seu colega. É uma forma interessante, pois eles ainda não são maduros o suficiente para avaliar o desempenho do colega, mesmo tendo em conta que este é seu concorrente, e que isto não, de modo algum, pessoal. Aliás, esta é uma das questões universitárias mais irritantes. Faz lembrar aqueles péssimos trabalhos que tinham notas iguais aos bons (inclusive, fazendo uma auto-análise, isto também aconteceu comigo) no período da faculdade. Está começando a surgir diferenças em relação às edições com não universitários. E agora começa o meu interesse: as relações humanas trabalhadas sobre pressão. Nenhum dos candidatos tem apresentado um diferencial muito grande, talvez o próprio João Granja, que inicialmente achei um “moita”, era um diferencial, por sua formação e por sua garra ao encarar a situação de criticar o formato do programa e sua contribuição. Mas, por infelicidade, não soube ponderar isto de forma acertada. Poderia com sua crítica ir muito mais longe e “controlar” certos impulsos não pensados. Não soube usar do programa para criticar o próprio programa. Já Karina, ao se contar como vitória este último resultado atípico, vence seis de sete tarefas e conseguiu trabalhar nos dois grupos com uma dinâmica muito boa. Ela parece ser a pessoa com maior poder de articulação.

João Granja e o Aprendiz...

Falarei agora pouco sobre a atitude de João Granja, participante eliminado do programa O Aprendiz. Ele chegou a colocar a edição do programa (a escolha das cenas mostradas na televisão) como indutora de opiniões erradas a respeito do desempenho de seu grupo. Pois bem. A edição sempre tem um lado, sempre toma partido. O importante então é fazer a melhor parte da tarefa bem feita, evitando interpretações erradas. Não é o não falar ou o não deixar arestas para “serem pegos” na sala de reunião, e sim fazer argumentos para a defesa – ele como advogado deveria entender melhor sobre isto. As falhas estão ali colocadas, melhor seria discuti-las e tentar entender a opinião do grupo no geral, cada um frente a frente, do que tentar fazer um “caminho alternativo”. Foi um erro muito grave que abalou Justus e a produção. Tanto no podcast quando no programa Hoje em Dia, que Brito Junior, Ana Hickmann, Cris Flores e Edu Guedes chegaram a opinar, além da participação trivial de Justus ao telefone, - uma participação por quase 30 minutos, enquanto que outros candidatos nem sequer ficaram 10 – continuou a expor idéias diferentes das quais falou na sala de reunião e a colocar outras questões que até então não estavam em jogo, como dossiê que tinha informações divergentes. No fundo foi uma baita confusão que armou, e que não foi nada produtivo. O que mudará no programa? Sua participação foi tão ruim quanto a de Peter, de o Aprendiz 3, que demitiu Justus de sua vida... A idéia do programa é justamente dar oportunidade dentro das regras do programa. Se ele não “entendeu” onde errou, tinha é que fazer uma proposição neste sentido e não dar margem a especulação sensacionalista, como a pergunta de Brito Junior, “Você apertaria a mão de Roberto Justus?”, que tentou tirar disso uma notícia – no que ele foi muito bem. Em suma, algo que entra para a breve história do programa sem ter lá grande importância. Mais um papelão, só que desta vez houve certo abalo por não ter sido discutido por Justus a derrota do grupo mais claramente na sala de reunião.

EscuLtar

O erro de português de Rutênio foi um fator para sua demissão do programa O Aprendiz, da edição de terça-feira, 28 de abril. A tarefa foi de um valor bastante importante em termos de humanização, por tratar da revitalização de dois asilos, um para cada equipe. Um trabalho onde um grupo o vencedor compreendeu o valor humano da situação, enquanto outro ficou tocado com a qualidade ambiental e não conseguiu um resultado por não ter foco nas pessoas, nas atividades humanas. Outro aspecto dessa tarefa era colocar em questão a forma de planejamento no meio de um processo. Não era para fazer um novo asilo e sim uma ação de melhorias no existente, e tinha um patrocínio das tintas Lukscolor, onde a parte de obra civil teria um peso e era uma necessidade da tarefa. A equipe vencedora teve um melhor planejamento na execução da tarefa, além de trazer ao ambiente uma característica estética – o mural de mãos em várias cores no ambiente externo – e uma característica ligada à pelo menos um dos moradores – o caso da nova horta. Só por isso a vitória foi mais do que merecida. O prêmio pela tarefa não foi tão interessante - a viagem ao sítio, que é mais interessante à Justus que esteve junto e pode conhecer melhor estes participantes – e a mudança dentro do hotel. Mas prêmio é sempre prêmio...

Agora a respeito da sala de reunião, a falta mais grave de Rutênio não foi ter escrito um bilhete em que escutar estava escrito como “escuLtar”, mas o fato de ter na frente de todos, após a acusação de Rebeca de que ele é um tanto grosseiro, dizer que ela não gostava de pensar. Foi praticamente mais um suicídio profissional. O próprio participante Lucas não concordou e não se sentiu confortável com a atitude do concorrente.

O fato da ortografia errada foi motivo para uma bela piadinha de Justus: “você está mesmo na universidade?” Eu adorei a piada. A justificativa de Rutênio no dia seguinte, no programa Hoje em Dia foi muito bem colocada, o que não creio vá fazer dele um João, ou um Peter (Aprendiz 3). Falando em João ele merece algumas palavras; à próxima postagem, avante!

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...