maio 23, 2009

Arquitetos da América 2

Este 2 poderia ser 4. Explico. Já falei aqui, tempos atrás, sobre o arquiteto Antoine Predock. Também americano. Metade francês, metade americano. Que seja. Não acho, como Zeca Camargo também não, que o local de nascimento é determinante de alguma coisa. Mas, para a arquitetura, o local de trabalho, a cidade americana, o deserto do Novo México, a Califórnia, a metrópole americana (norte americana) faz diferença. Falei também do arquiteto americano Richard Meier, de um projeto na Alemanha. Ou seja, se fosse o fato ser arquiteto americano, esta seria então a de número quatro. Mas estes números não querem dizer nada. É mais falta de criatividade para batizar a postagem.

Falar de uma arquitetura complexa como a de Eric Owen Moss, é algo até surpreendente. Pouca gente conhece esta arquitetura. E pensar nesta arquitetura como “arquitetura americana” então... Mas é um daqueles arquitetos quase desconhecidos no Brasil, que faz parecer que não há arquitetura americana além de Frank Lloyd Wright para os estudantes. Isso não é bom, primeiro por tentar buscar em arquiteturas européias a resolução de problemas americanos (agora entendido como o continente inteiro americano). Aqui vale lembrar uma questão que Wright enfrentou após sua visita ao Brasil, sobre a especificidade de sua arquitetura para os Estados Unidos, e não uma regra geral. Era uma breve crítica ao Internacional Style. Até hoje ainda espero por publicarem em português os textos de Wright. Existe uma autobiografia editada pela El Croquis em espanhol e mais vários textos já estavam disponíveis nos anos 1960 em edições argentinas. Diga-se de passagem, não vejo a hora de passear em Buenos Aires para buscar em suas livrarias obras como estas. O próprio livro de Sert também não foi editado para o português. E Sert é outro exemplo. Veio da Espanha para Nova York e nunca mais voltou.

Mas voltando a arquitetura, este projeto de Eric Moss, Aronoff Complex, um residencial em Santa Mônica, na Califórnia, é mais um que chama atenção com a temática iniciada nos anos 1970, tanto nos Estados Unidos como na Europa, como crítica ao movimento moderno. Talvez Moss não “acerte a mão” tão bem como seus contemporâneos Rem Koolhaas, Daniel Libeskind entre outros. Mas este projeto tem uma forma bastante expressiva. Não é nenhuma novidade, mas é uma arquitetura que vai pouco além da conhecida americana.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ludo, muito legal o seu blog. Assuntos bastante variados e tudo muito bem escrito.

Parabéns. É difícil no universo dos blogueiros (apesar de detestar essa definição vou me usar dela) encontrar espaços tão bem "arquitetados" quanto o seu.

Um abraço,

Ana Karina

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