Toda vez que um caminho se abre
eu penso em quantos caminhos trilhamos ao mesmo tempo e onde é que vamos
chegar. Nos últimos dias vejo as pessoas falando sobre biografias, justamente
falando sobre as biografias derretidas com o caso do “mensalão”. Se há alguma
coisa da qual eu não quero nem ouvir falar é do PT – o partido dos
trabalhadores. Tanta coisa boa e gostosa a ter de falar nesses “malas”...
Começando de novo, o importante é
que a vida é muito mais ampla e no tempo em que estive muito ocupado demais para
escrever aqui tive uma produção incrível. O problema é que muita coisa acaba
passando e não fica registrado por aqui. E isso sempre foi umas das muitas
intenções de se escrever neste blog. A marcação das coisas sem importância, dos
momentos de diversão, como o lançamento de alguns filmes, de livros, eventos. Algo
sempre se perde...
Minha última postagem falava
justamente sobre política, sobre o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab,
ir embora. Nisso se passou um enorme processo eleitoral, bastante interessante
de ser avaliado. Uma das coisas de que mais gosto é do processo político –
muitas vezes as pessoas confundem isso como falar de política e de políticos,
quando o que realmente me motiva é o processo. Na política internacional, Barak
Obama se reelegeu – eu torci contra, mas os Republicanos não tinham
candidato... Mas vai embora logo mais, em 2016. O que é muito bom. Bom para
quem gostou e melhor ainda para quem não gostou. Uma das grandes vantagens das
democracias é justamente a possibilidade de restauração do foi ruim e possibilidade
de se manter o que foi bom. Já temos um pouco disso na prefeitura de São Paulo.
Por mais que a politicagem
eleitoreira impeça o debate real de idéias e mais ainda a “fantasia” sobre os
fatos, a verdade é que se inaugurou uma forma de gerir a cidade com a
administração da atual ministra da cultura Marta Suplicy e houve continuidade
nos governos Serra e Kassab. É lógico que houve fatos que merecem um demorado
estudo, mas que ali se iniciou uma transparência que sempre motivou debate. As
escolas de lata de Marta se chocam com a transparência dos salários divulgada
por Kassab, assim como a continuidade dos CEU’s nos governos Serra e Kassab e a
maior bomba de todas: a inauguração do tal fura-fila do Celso Pitta e Paulo Maluf
– este último aliado de primeira hora no processo eleitoral do atual prefeito
petista, o super-coxinha Fernando Haddad.
Alias, super coxinha ou
super-coxinha, sei lá eu, foi uma invenção do jornalista Reinaldo Azevedo, que
continuou nestes anos todos batendo de frente com a política petista, algo da
qual eu não quero nem saber! Ainda bem que ele está lá... Já falei com ele que o
preferia escrevendo outro Contra o
Consenso, um dos meus livros queridos! Quando escrevo assim já falei com ele, fica parecendo que
tenho enorme intimidade, mas não é nada disso. Falei com ele no lançamento de O País dos Petralhas II, neste ano de
2013 ou será que foi em 2012? Acho mais provável ser em 2012...
Eu tenho uma brincadeira entre os
amigos mais próximos de falar que o Dave Mustaine me telefonou para falar do
show, etc... E em setembro tive o prazer de assistir ao show de Mustaine e
banda na abertura para o show do Iron Maiden. Mais do que isso, em 2012 havia
comprado sua biografia em Londres e enviado um e-mail para a Editora Benvirá
para que lançassem em português esta biografia. Não é que um colega de trabalho
me falou que haviam lançado a biografia dele, tempos depois? Fiquei feliz e
triste ao mesmo tempo. Triste por ficar sabendo assim, por um colega que leu
num jornalzinho de metrô, sem nenhum cuidado por parte do editor – que, se eu
que sou fã da biografia nem fiquei sabendo, imagina quem sequer sabe do que se
trata?
O que é legal voltar a falar de
biografias – tema que iniciou esta postagem. O nome desta postagem também é
sugestivo. O disco de retorno da banda Europe, uma das grandes bandas suecas da
década de 1980, em 2004, foi exatamente Start
from the Dark. Não é um dos álbuns que mais me marcaram, mas o nome é interessantíssimo!
Falta falar de arquitetura.
Talvez o maior fato destes últimos anos que não escrevi com freqüência tenha
sido o de Oscar Niemeyer ter falecido. É claro que eu imaginei que a notícia
fosse ser mais forte e presente no debate arquitetônico, mas não. Inúmeras homenagens
e a arquitetura passou novamente a não ser mais assunto. Uma vez ou outra
aparece uma notinha aqui, outra lá. Mas Paulo Mendes da Rocha ainda é um nome
desconhecido do público – digo mais: não só do público geral, mas até dos círculos
mais esclarecidos. Uma pena...
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