E neste ano de 2008 o ganhador do maior prêmio da arquitetura mundial, o prêmio Pritzker, foi o arquiteto francês Jean Nouvel, de 62 anos de idade. Já falei outras vezes do Prizker aqui e fico muito feliz com a indicação de Jean Nouvel, um dos arquitetos que mais admiro. Suas obras e muito do pouco que li sobre seus escritos me influenciam bastante.
Quando conheci a obra de Jean Nouvel, estava numa época a recordar os antigos (nem tão antigos assim) arquitetos modernistas e estava um tanto quanto achando que nada novo estava sendo feito. Ficava um pouco indignado e ao folhear um livro chamado “Contemporany Europen Architects” vi imagens da obra de Jean Nouvel e busquei saber mais sobre ele. Não por acaso ao entrar na livraria Siciliano do Shopping Ibirapuera, em 1997, dou de cara com um livro sobre a obra de Jean Nouvel, a um preço muito acessível. Coisas daqueles anos de dolarização do Real. Naquele mesmo ano, Nouvel veio a São Paulo, e uma exposição sobre sua obra foi feita nos salões da FAAP. Já falei sobre esta exposição aqui.
Numa outra oportunidade, Nouvel fez estudos para uma franquia do Museu Guggenheim no Rio de Janeiro, projeto do qual não sou entusiasta. Um pouco mais sobre Nouvel aqui nesta reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, já que em alguns sites de arquitetura a notícia simplesmente nem foi de grande importância. A revista “Arquitetura & Construção”, uma revista que tende a ter conteúdo mais especifico para um publico leigo, fez questão de noticiar a indicação de Nouvel, em uma página com fotos de alguns de seus projetos, entre eles o Instituto do Mundo Árabe, de 1987, em Paris. A depender de mim, a arquitetura entraria e muito no debate cultural. Mas como posso ver em muitos lugares que simplesmente a cultura esbarra no não entendimento da arquitetura como obra de arte. Segundo Ortega y Gasset, “a arquitetura é uma arte étnica e não se presta a caprichos. Sua capacidade expressiva não é muito completa; só expressa, pois, os amplos e simples estados de espírito, os quais não são de caráter individual, mas de um povo ou de uma época. Além do mais, como obra material supera todas as individuais: o tempo e o custo que supõe fazem dela forçosamente uma manufatura coletiva, um trabalho comum, social.“ Ao manter a arquitetura fora das discussões culturais, é mais um pedaço de cultura a ser desprezado e mal entendido, o que gera as distorções de sempre, já velhas conhecidas. Dessas distorções podem se entender certos “espantos” que costumam permear o debate cultural. Fazer o que, quando cultura é entendida como commodites...
Quando conheci a obra de Jean Nouvel, estava numa época a recordar os antigos (nem tão antigos assim) arquitetos modernistas e estava um tanto quanto achando que nada novo estava sendo feito. Ficava um pouco indignado e ao folhear um livro chamado “Contemporany Europen Architects” vi imagens da obra de Jean Nouvel e busquei saber mais sobre ele. Não por acaso ao entrar na livraria Siciliano do Shopping Ibirapuera, em 1997, dou de cara com um livro sobre a obra de Jean Nouvel, a um preço muito acessível. Coisas daqueles anos de dolarização do Real. Naquele mesmo ano, Nouvel veio a São Paulo, e uma exposição sobre sua obra foi feita nos salões da FAAP. Já falei sobre esta exposição aqui.
Numa outra oportunidade, Nouvel fez estudos para uma franquia do Museu Guggenheim no Rio de Janeiro, projeto do qual não sou entusiasta. Um pouco mais sobre Nouvel aqui nesta reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, já que em alguns sites de arquitetura a notícia simplesmente nem foi de grande importância. A revista “Arquitetura & Construção”, uma revista que tende a ter conteúdo mais especifico para um publico leigo, fez questão de noticiar a indicação de Nouvel, em uma página com fotos de alguns de seus projetos, entre eles o Instituto do Mundo Árabe, de 1987, em Paris. A depender de mim, a arquitetura entraria e muito no debate cultural. Mas como posso ver em muitos lugares que simplesmente a cultura esbarra no não entendimento da arquitetura como obra de arte. Segundo Ortega y Gasset, “a arquitetura é uma arte étnica e não se presta a caprichos. Sua capacidade expressiva não é muito completa; só expressa, pois, os amplos e simples estados de espírito, os quais não são de caráter individual, mas de um povo ou de uma época. Além do mais, como obra material supera todas as individuais: o tempo e o custo que supõe fazem dela forçosamente uma manufatura coletiva, um trabalho comum, social.“ Ao manter a arquitetura fora das discussões culturais, é mais um pedaço de cultura a ser desprezado e mal entendido, o que gera as distorções de sempre, já velhas conhecidas. Dessas distorções podem se entender certos “espantos” que costumam permear o debate cultural. Fazer o que, quando cultura é entendida como commodites...
2 comentários:
Faaaaaaaala, Ludo! Faz tempo, heim?
Depois de uns bons meses, voltei à ativa com o Quimera Ufana...
Apareça lá pra tomar uma cervejinha. ok?
Abração!
Faaaaala, Ludo! Faz tempo, heim?
Depois de uns bons meses, voltei à ativa com o Quimera Ufana…
Apareça lá pra tomar uma cervejinha. ok?
Abração!
Postar um comentário