Espero que o Brasil ganhe mais medalhas que Cuba. De ouro, claro. Até o momento posso dizer que a participação brasileira esta indo muito bem. Hoje em específico, com duas medalhas de ouro na natação, batendo o recorde pan-americano. Sem maiores interpretações. Essa pequena disputa entre Cuba e Estados Unidos (perdida por Cuba a milhas de distância) é simplesmente ridícula. O melhor de tudo foi o desertor de Cuba, que resolveu que ficará no Brasil após os jogos. Espero que o governo, amigo de Fidel, não resolva manda-lo de volta.
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Um comentário:
Eu costumava olhar com pena esses atletas de países totalitários. Aí descobri que os da DDR, por exemplo, eram sistematicamente dopados pelo governo. Doping à parte, encontra-se aí uma contradição dos regimes ditatoriais. Esporte é mérito individual. Somente aquele que nasceu com boas pernas, bom sangue, bons pulmões e afins, e que dedicou sua vida treino, sempre buscando superar a si mesmo e aos outros, receberá os frutos de seu empenho em medalhas. Não é um grande êxito pessoal? Mas eles acabam sendo digeridos pela maquina de propaganda do regime, que despeja todos os panos quentes possíveis para criar uma atmosfera de completa normalidade, da qual todos aceitam participar, mesmo aqueles que percebem a farsa, apenas para não levar chumbo na cara, por assim dizer.
Agora como peças publicitárias dos regimes, os atletas acabam recebendo tratamento especial (novamente, o possível doping a parte). Até que ponto está certo aproveitar-se do sistema ditatorial para melhorar de vida, compactuando com um regime execrável? Tem mais é que desertar mesmo e denunciar a farsa. O problema é que se assim o fizerem, o chumbo cairá na família do sujeito. No caso dos dois cubanos que foram seqüestrados e enviados de volta a Cuba em velocidade relâmpago, enquanto milhares de Bolivianos ilegais continuam vivendo tranquilamente em São Paulo, nem eles se darão bem agora, nem a família deles. Tiveram o pior desfecho possível.
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