Onde já se viu! Pedir para toda delegação de seu país partir fundamentado na suspeita de uma deserção coletiva. Realmente só poderia vir de um governo autoritário uma medida dessas. Se os atletas representam seu país, com orgulho, se deveria explorar mais o porquê dessa hipótese de deserção. Isso implica numa lógica muito óbvia: Cuba não é boa nem para os cubanos. E uma hipótese de “roubar” atletas é algo tão subjetiva quanto às estatísticas oficiais de Cuba. Há anos venho pedindo liberdade para Cuba, que só existe ainda por ser uma ilha. Se estivesse no continente muito provavelmente a fuga de cubanos seria muito maior. Isso serve de alerta para os aficionados em Cuba, que acham que até a medicina deles é avançada... Engraçado, se é tão avançada por que não fazem “papers” internacionais? Ou melhor, por que chamaram um médico espanhol para cuidar de Fidel? Diga-se, nada contra os cubanos e eles mereciam ser mesmo aplaudidos, mas o regime de Fidel merece sim toda reprovação. Não adianta nada ser ouro nos jogos pan-americanos ou olímpicos e não fazer parte do mundo. Ser somente um instrumento de ação política nas mãos de um governo autoritário. Aos que acham que a ditadura no Brasil foi cruel, pensem que em Cuba ela dura desde 1959, fazendo muito mais mortos e prisioneiros políticos do que a soma do Brasil, Chile e Argentina. E mais: não tem como acabar numa democracia. Não sem correr muito sangue antes. E sangue inocente.
Aos que falam que Fidel consegue fazer times maravilhosos com uma economia capenga, vale lembrar que lá se tem mesmo um programa de esportes e aqui não. Não é uma questão de igualdade, pois nos Estados Unidos e no Canadá tem programas e os resultados dos atletas são indiscutivelmente melhores que o de Cuba. Vai me dizer que o Canadá teve menos medalhas neste Pan que o Brasil? Sim teve, e na história dos Pans? Até a Argentina teve mais medalhas que o Brasil (aqui). Agora vamos colocar em valores proporcionais. Eu bem gostaria de saber quanto é o investimento anual real do governo cubano em relação à população e quanto é o dos Estados Unidos ou mesmo do Brasil. Isso falando somente em termos estatais. Se forem somar os investimentos privados daria, talvez, acho eu, um número igual ou muito próximo. Cuba tenta encarar o gigante americano, obtendo sucesso em muitas modalidades, isso é inquestionável. Assim como é inquestionável a superioridade do Brasil em Copas do Mundo. Até aí, isso depende mais de sacrifício do atleta do que propriamente do investimento do país. Fazer guerra pelo esporte é uma verdadeira distorção da finalidade dos jogos. Mas, diga-se, isso foi inventado pelos Estados Unidos e pela extinta URSS. Não é a toa que os Estados Unidos não compareceram aos jogos olímpicos de Moscow em 1980, assim como a URSS não compareceu aos jogos em 1984 em Los Angeles. Em 1988, em Seul, na Coréia, os dois paises (ops... um país e uma reunião de paises forçados a competirem juntos) disputaram pela última vez essa besteira de guerra nos esportes. De 1990 até hoje, acredito que Cuba poderia ter parado com essa besteira, encaminhando seu governo a uma abertura maior, principalmente em termos de liberdades individuais. Sua economia, hoje baseada no turismo, poderia ser a real economia do esporte. É ruim ver nossos jogadores brilhando na Europa? Pior seria ver seus brilhos se apagarem.
Aos que falam que Fidel consegue fazer times maravilhosos com uma economia capenga, vale lembrar que lá se tem mesmo um programa de esportes e aqui não. Não é uma questão de igualdade, pois nos Estados Unidos e no Canadá tem programas e os resultados dos atletas são indiscutivelmente melhores que o de Cuba. Vai me dizer que o Canadá teve menos medalhas neste Pan que o Brasil? Sim teve, e na história dos Pans? Até a Argentina teve mais medalhas que o Brasil (aqui). Agora vamos colocar em valores proporcionais. Eu bem gostaria de saber quanto é o investimento anual real do governo cubano em relação à população e quanto é o dos Estados Unidos ou mesmo do Brasil. Isso falando somente em termos estatais. Se forem somar os investimentos privados daria, talvez, acho eu, um número igual ou muito próximo. Cuba tenta encarar o gigante americano, obtendo sucesso em muitas modalidades, isso é inquestionável. Assim como é inquestionável a superioridade do Brasil em Copas do Mundo. Até aí, isso depende mais de sacrifício do atleta do que propriamente do investimento do país. Fazer guerra pelo esporte é uma verdadeira distorção da finalidade dos jogos. Mas, diga-se, isso foi inventado pelos Estados Unidos e pela extinta URSS. Não é a toa que os Estados Unidos não compareceram aos jogos olímpicos de Moscow em 1980, assim como a URSS não compareceu aos jogos em 1984 em Los Angeles. Em 1988, em Seul, na Coréia, os dois paises (ops... um país e uma reunião de paises forçados a competirem juntos) disputaram pela última vez essa besteira de guerra nos esportes. De 1990 até hoje, acredito que Cuba poderia ter parado com essa besteira, encaminhando seu governo a uma abertura maior, principalmente em termos de liberdades individuais. Sua economia, hoje baseada no turismo, poderia ser a real economia do esporte. É ruim ver nossos jogadores brilhando na Europa? Pior seria ver seus brilhos se apagarem.