Já ouvi gente falando em coleção de cd´s. Uma coleção com sei lá, mil títulos. Talvez mil e quinhentos. Vamos pegar como exemplo uma coleção de mil títulos. A capacidade máxima de um cd é de 72 minutos. Vamos fazer uma média de 50 minutos por cd e teríamos a incrível quantidade de mais de oitocentas horas de música, sem parar e nem repetir. Isso daria mais de um mês ouvindo música 24 horas por dia. Seria possível humanamente ouvir tudo? Sim. Imagine-se comprando uma média de três cd´s ao mês. Em três anos já passaria da marca dos 100. Em trinta anos bateria os mil títulos. Com estes dados já podemos constatar um detalhe de um “colecionador” de cd´s: ele compra mais de 3 ao mês, pois a tecnologia de Compact Disc iniciou sua atividade a menos de 30 anos, em 1980.
No passado, antes da internet possibilitar o download de discografias completas em poucas horas (às vezes muitas horas), existia certo orgulho do “colecionador” declarar possuir todos os títulos de certo músico ou conjunto. Se ele já tinha escutado a todos os cd´s, pairava sempre a dúvida. Outra característica do “colecionador” era a financeira. Mesmo sem gastar até em comida para comprar cd´s, o “colecionador” empatava certo montante que seria difícil a uma pessoa normal. Aliás, qual seria a quantidade “normal” de uma coleção de cd´s? Primeiro, quero parar de chamar de coleção. Cd é uma das mídias pela qual podemos conhecer música. Não se pode chamar isso de coleção. Seria o mesmo de chamar uma biblioteca de coleção de livros. Segundo, será que existe alguém que não gosta de música no mundo? Mesmo se essa pessoa possa existir, existe aquele que nunca comprou um cd na vida. Logo o normal seria ter alguns títulos, comprados ao longo de um período. Talvez mais de cem em um intervalo de dez anos. Ou seja, seriam 10 por ano, menos de um por mês. Claro que o começo é sempre mais compulsivo. Acaba-se comprando tudo aquilo que sempre teve vontade. Aqueles que lhe marcaram a mídia anterior, o LP –Long Play.
A fúria em desvendar e conhecer toda a obra de um artista ou de um estilo é sempre uma motivação para iniciar o consumo descontrolado de cd´s. O mais interessante que se sabe que nunca poderemos ter todo o conhecimento do mundo. No máximo uma parcela restrita, ainda mais limitada por paradigmas de nosso tempo. Com a morte, o conhecimento do mundo continua a se ampliar, o que nos torna ainda perseguidores de uma missão impossível. Impossível porém extremamente prazerosa, o que faz perder a importância desse final sempre infeliz. Consumir música, de qualquer forma, nada tem a ver com colecionar cd´s ou arquivos mp3. É uma forma de prazer e entretenimento das mais interessantes e sempre haverá discórdia entre estilos e preferências pessoais.
No passado, antes da internet possibilitar o download de discografias completas em poucas horas (às vezes muitas horas), existia certo orgulho do “colecionador” declarar possuir todos os títulos de certo músico ou conjunto. Se ele já tinha escutado a todos os cd´s, pairava sempre a dúvida. Outra característica do “colecionador” era a financeira. Mesmo sem gastar até em comida para comprar cd´s, o “colecionador” empatava certo montante que seria difícil a uma pessoa normal. Aliás, qual seria a quantidade “normal” de uma coleção de cd´s? Primeiro, quero parar de chamar de coleção. Cd é uma das mídias pela qual podemos conhecer música. Não se pode chamar isso de coleção. Seria o mesmo de chamar uma biblioteca de coleção de livros. Segundo, será que existe alguém que não gosta de música no mundo? Mesmo se essa pessoa possa existir, existe aquele que nunca comprou um cd na vida. Logo o normal seria ter alguns títulos, comprados ao longo de um período. Talvez mais de cem em um intervalo de dez anos. Ou seja, seriam 10 por ano, menos de um por mês. Claro que o começo é sempre mais compulsivo. Acaba-se comprando tudo aquilo que sempre teve vontade. Aqueles que lhe marcaram a mídia anterior, o LP –Long Play.
A fúria em desvendar e conhecer toda a obra de um artista ou de um estilo é sempre uma motivação para iniciar o consumo descontrolado de cd´s. O mais interessante que se sabe que nunca poderemos ter todo o conhecimento do mundo. No máximo uma parcela restrita, ainda mais limitada por paradigmas de nosso tempo. Com a morte, o conhecimento do mundo continua a se ampliar, o que nos torna ainda perseguidores de uma missão impossível. Impossível porém extremamente prazerosa, o que faz perder a importância desse final sempre infeliz. Consumir música, de qualquer forma, nada tem a ver com colecionar cd´s ou arquivos mp3. É uma forma de prazer e entretenimento das mais interessantes e sempre haverá discórdia entre estilos e preferências pessoais.
Um comentário:
Eu adoraria ouvir mais música, mas a missão impossível literária toma todo o tempo de outras missões impossíveis.
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