abril 07, 2007

Agarra-me se puderes

A nostalgia dos anos 80 parece não terminar nunca. A seção da tarde da rede Globo nos anos 80 teve alguns clássicos como “Curtindo a Vida Adoidado”, onde Ferris Bulller curtia com a namorada e o amigo um dia matando aula. Outro filme inesquecível da seção da tarde era “Agarra-me se puderes” (Smokey and the Bandit, 1977). No elenco Burt Reynols e Sally Field – a inesquecível noviça voadora. Burt Reynolds era o “Bandido” (tradução grosseira de Bandit) e dirigia seu incrível Pontiac Trans Am preto. Sally Field era a noiva em fuga, perseguida pelo xerife Smokey (seu ex-futuro sogro) e pega uma carona com “Bandido” no meio do filme. O filme nada mais é do que uma aposta de trazer do Texas para Atlanta, 400 caixas de cerveja Coors em 28 horas (Nota: Nesse período era proibido vender Coors na Costa Leste). Seu amigo seguia dirigindo o caminhão e Bandido ia despistando o xerife e os patrulheiros com o Trans Am. Um filme típico de seção da tarde, mas extremamente interessante pela ação, pela trilha sonora country e pela maneira simples de mostrar o american style debochado. Fora que, no ano de 1977, foi a segunda maior bilheteria nos Estados Unidos, perdendo somente para “Guerra nas Estrelas”. Sally Field teve uma indicação para o Globo de Ouro como melhor atriz. A simplicidade do filme está numa história muito simples cheia de pequenos detalhes, como a cena do chapéu pendurado na árvore, a torcida para Bandit durante o caminho e a briga do motorista do caminhão com os motoqueiros no bar. Teve duas seqüências com os nomes em português os piores possíveis: “Desta Vez Te Agarro” (1980) e “Agora Você Não Escapa” (1983) Estes três filmes passavam tanto na seção da tarde! Sally Field para mim, assim como Marisa Tomei em “Tudo por um Sonho”, são de uma beleza e ao mesmo tempo uma competência artística excepcional. Fazer o simples como Sally Field faz em “Agarra-me...” não é fácil. Saudosismos a parte, o filme até hoje quando me encontro com ele nos “Corujões” ainda me segura acordado.

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