abril 14, 2007

Aviões V – Herbert Vianna

A primeira vez que andei de avião na vida, fora um rápido vôo de São Paulo à Curitiba. Foi num Fokker 100, em 1993. Os serviços da TAM, como sempre, excelentes. Anos depois voltava de Caldas Novas em Goiás, também num Fokker 100. Então já preocupado, pois já havia ocorrido o acidente da queda nas proximidades do aeroporto de Congonhas.

Julho de 2000. Voltaria de Los Angeles para Miami no dia seguinte. Lendo as notícias do dia eis que me deparo com a queda de um Concorde na Alemanha. Faria um vôo cheio de escalas: Los Angeles – Las Vegas, Las Vegas – Houston e Houston –Miami. Quando entrei naquele Boeing 757 (mesmo modelo dos que atingiriam as torres gêmeas praticamente um ano depois) só pensava no Concorde. Se o avião mais moderno do mundo cai, imagina esse ai...

O medo faz para mim uma viagem de avião parecer sempre um transtorno, por melhor que seja. Em 2005, quando viajei de Atlanta para Munique, a brincadeira era com a possível crise da Delta Airlines. Já imaginou em seu vôo, no meio do Atlântico, o comandante informar a falência da empresa? Felizmente nada ocorreu, nem a falência da empresa. A pizza servida na tarde do vôo de volta (Munique – Atlanta) era uma das melhores pizzas que já comi, fora da cidade de São Paulo. O problema foi ficar sobrevoando sabe-se lá por que o Canadá inteiro. Um rapaz no vôo comentou que isso seria uma situação de emergência, se tivesse que pousar seria mais tranqüilo do que fazer a rota sobre o oceano. Talvez tivéssemos que pousar em Toronto. Acho que era tudo invenção, porém para minha mente aquilo fazia todo sentido. O pior de tudo era depois de chegar à Atlanta, ainda teria mais duas horas de vôo até Miami, na ocasião devastada pelo furacão Wilma.
Por fim, minha volta de Miami para São Paulo não poderia ser mais emocionante. Voltei no mesmo vôo de Herbert Vianna, Paralamas do Sucesso. Claro, depois de um atraso de pouco mais de quatro horas. Uma gaivota entrou na turbina do avião que seria o da minha volta. Era uma gaivota baiana, pois isso ocorreu em Salvador. Então a Tam enviou outro avião. Até saber que não seria o mesmo avião da gaivota acho que fiquei um tanto quanto preocupado. Hoje a única coisa a dizer do episódio é que odeio gaivotas.
No aeroporto de Miami com Herbert Vianna (30/04/2006).

Um comentário:

João Batista disse...

“Já imaginou em seu vôo, no meio do Atlântico, o comandante informar a falência da empresa?”

Rsrs...

Eu também não gosto de viajar de avião, mas porque não estou nos controles, ou ao menos lá na frente com os pilotos. Sempre gostei de viajar na cabine. Fico tranqüilo, sabendo de tudo que se passa. Comunicação com o controle, altitude, velocidade, motores, tudo Ok. Desde 11 de Setembro venho sendo barrado por motivos de segurança. A única coisa que tenho a dizer do episódio é que odeio terroristas. Os malditos retiraram de mim a única coisa que vazia voar ser prazeroso para mim. Afinal, tenho um jovem piloto frustrado de 14 anos que não pode retirar suas azas do chão dentro de mim.

Os três textos

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