outubro 03, 2007

Um pouco de paciência

Ainda sobre o Rock Nacional, não é a primeira vez que me falam de bandas novas, mas como sempre eu não conheço. Não sei dizer se é minha paciência ou se realmente eu acabei me fechando e não consigo escutar nada em português sem fazer algum bloqueio.

No passado já não tinha muita paciência para bandas como Jota Quest, Detonaltas e nem muito menos para Charlie Brown Jr., nem O Rappa ou qualquer uma destas bandas. Uma das poucas que teve algum detalhe a mais foi Los Hermanos, que, na verdade, foi quase profissional, sabendo que eles tinham um repertório e uma legião de fãs que falava praticamente outra língua, dentro desse universo. Mesmo assim não os escutei com paciência. Teve certa moda com Mamonas Assassinas que até já falei algumas outras vezes aqui, principalmente quando falei de Cidade Negra. Não consigo visualizar ainda bandas novas. O que destaco são as vozes femininas que fazem uma música interessante. Cito a cantora Céu, Vanessa da Mata, Fernanda Porto e até a Luiza Possi. Mas onde foi parar o rock´n roll?

Para quem conhece um pouco de Engenheiros do Hawaii (um pouco, estou sendo irônico) sabe da existência de uma música chamada “Causa Mortis”. Na verdade esta música foi de um, digamos, projeto de Humberto Gessinger, chamado Humberto Gessinger Trio, de 1996. E é aquilo que me trás de volta a falar de Engenheiros. Da mesma forma, no disco “Sexo” (1987) do Ultraje a Rigor, tem uma música não cantada por Roger Moreira – “Prisioneiro” – e que tem um peso característico do hard rock daqueles anos. Estas surpresas são as melhores, sempre. E essa paciência que tive para eles no passado não tenho agora para as bandas novas. Não sei dizer, mas prefiro escutar o novo disco do Megadeth, ou mesmo o Radiohead (que para mim é uma dúvida a mais) do que tentar entender essas bandas novas.
E outra, que outro canal existe para escutá-las? Eu lembro que nos anos 1980 era só ligar o rádio. Agora me dizem que não tocam na televisão, não tocam no rádio, não tocam em lugar nenhum. Lembrando que não freqüento locais para ver bandas nascendo, me interessam aquelas que conseguiram passar esta barreira. Bandas talvez mais maduras. Aí fico sabendo que tenho eu que baixar seus arquivos de música na internet. Mas como vou saber que eles existem? O engraçado que bandas nórdicas, do mencionado por mim “metal melódico”, me chegam e são normalmente distribuídas por selos como a Nuclear Blast. Do que trata o selo do titã Charles Gavin? Ou seja, sem canais tenho que depender da minha paciência e da indicação de amigos para pensar em conhecer algo novo... Depois me dizem que a Vanessa Camargo é um sucesso montado pela mídia, lembrando do guitarrista que tocou com ela era nada mais, nada menos que Faísca, cujo disco “Nevoeiro”, perdido por emprestar para um amigo, nunca foi lançado ou editado novamente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lí lá embaixo que vc escreveu poemas ??? pois agora uero ver suas poesias ! bjos, Adri

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