Foi lançada a autobiografia de Eric Clapton. O que eu espero dela? Encontrar lá diversão. Saber como foram os primeiros anos de guitarrista e a busca pelo blues na música negra americana. Mais eu duvido que vá achar uma longa aula de questões musicais, mas sim um livro de questões politicamente corretas ou um livro de primórdios do rock´n roll. Contestador, quem sabe? Sobre a guitarra, o que irá dizer? Como se referir a Jimi Hendrix? Ele fez uma bela frase certa vez, que espero encontrar no livro. Dizia algo como ser impossível tocar blues de barriga cheia. Mas voltando um pouco, a cerca de meses atrás assisti um belo DVD de Clapton, onde ele apresentou da melhor forma possível suas influencias, praticamente um caminho do blues. Aquele DVD é genial. Se sua biografia seguir aquele DVD será uma pérola.
É bom destacar que Clapton é um ótimo músico. Não é aquele que vendeu muitos discos, mas é aquele que tem músicas de enorme sucesso e ainda são consideradas como “clássicos” da guitarra. Detesto essas coisas de ficar glorificando o cara, ele tocou bem, fez coisas interessantes, mas nada de “mito da música”. Ele é uma grande influencia de muitos guitarristas, sem dúvida, e seu trabalho junto ao Cream foi um espetáculo à parte, mas como tudo, com tempo de vida (de produção) limitado.
Existem alguns outros guitarristas que também fizeram essa história da guitarra, mas Clapton conseguiu cativar públicos diferentes, de idades diferentes e o que acho melhor de tudo, é que soube envelhecer com dignidade, sem perder a música como centro de gravidade. Isso sim é difícil, um guitarrista, que fez muito rock´n roll e teve suas passagens pelo mundo das drogas, soube primeiro sobreviver e segundo não ser mais um “jovem-velho”, como alguns contemporâneos seus. Não que isso seja uma virtude maior, pois alguns permaneceram fazendo a mesma coisa a vida toda e nem por isso são ruins, mas, são poucos estes também.
Mas, ainda lembrando, sua maior influencia é o blues. Isso dá aqui um belo parêntese e mostra a importância desse tópico: Os Estados Unidos produziram cultura, a do blues e do rock´n roll, e Clapton, inglês, fez parte como um de seus maiores divulgadores. É bom sempre dizer de que se trata de cultura pop. Quando eu tinha, sei lá, 15, 16 anos, pensava que tinha achado um mundo todo nesse ambiente da música. Acho que ver Clapton naquele seu disco acústico, bem nessa época, foi ótimo para ver que as coisas se renovam. Que aquilo tudo que ele e outros representavam (no sentido de representação, atuação, e não de representatividade) eram talvez passageiras. Aquilo seria só um caminho. E o mito em si, nada diz. Não existe mito em Clapton, mas sim um enorme prazer de tocar guitarra, como sentido de vida e mais nenhuma outra apologia. Daquela forma de tocar com os amigos e não da forma que muitas bandas sobem ao palco, cumprindo contratos, como um trabalho qualquer. Sua composição também não é linear, o que prova a arte de fazer e não a arte de vender discos. Isso serve para vários mitos, inclusive da música brasileira. E isso não desqualifica também ninguém, só mostra que nem tudo é tão distante assim.
Eu também detesto essas coisas de dizer que “ele também é humano”. Odeio e odeio. Esse tipo de coisa como falar sobre a morte de Elvis pelo uso de drogas ou de Jim Morrison ser sempre jovem por sua morte prematura, entre outras besteiras do gênero. Aquelas dramatizações que glorificam o mito. Espero que essa biografia fuja de muitos chatões, ops, chavões (não sei se fugirá, mas se não fugir, deverá pelo menos mostrar a natureza de Clapton, pelo menos. Suas dúvidas, suas opções, seus caminhos, já que se trata de uma autobiografia...).
É bom destacar que Clapton é um ótimo músico. Não é aquele que vendeu muitos discos, mas é aquele que tem músicas de enorme sucesso e ainda são consideradas como “clássicos” da guitarra. Detesto essas coisas de ficar glorificando o cara, ele tocou bem, fez coisas interessantes, mas nada de “mito da música”. Ele é uma grande influencia de muitos guitarristas, sem dúvida, e seu trabalho junto ao Cream foi um espetáculo à parte, mas como tudo, com tempo de vida (de produção) limitado.
Existem alguns outros guitarristas que também fizeram essa história da guitarra, mas Clapton conseguiu cativar públicos diferentes, de idades diferentes e o que acho melhor de tudo, é que soube envelhecer com dignidade, sem perder a música como centro de gravidade. Isso sim é difícil, um guitarrista, que fez muito rock´n roll e teve suas passagens pelo mundo das drogas, soube primeiro sobreviver e segundo não ser mais um “jovem-velho”, como alguns contemporâneos seus. Não que isso seja uma virtude maior, pois alguns permaneceram fazendo a mesma coisa a vida toda e nem por isso são ruins, mas, são poucos estes também.
Mas, ainda lembrando, sua maior influencia é o blues. Isso dá aqui um belo parêntese e mostra a importância desse tópico: Os Estados Unidos produziram cultura, a do blues e do rock´n roll, e Clapton, inglês, fez parte como um de seus maiores divulgadores. É bom sempre dizer de que se trata de cultura pop. Quando eu tinha, sei lá, 15, 16 anos, pensava que tinha achado um mundo todo nesse ambiente da música. Acho que ver Clapton naquele seu disco acústico, bem nessa época, foi ótimo para ver que as coisas se renovam. Que aquilo tudo que ele e outros representavam (no sentido de representação, atuação, e não de representatividade) eram talvez passageiras. Aquilo seria só um caminho. E o mito em si, nada diz. Não existe mito em Clapton, mas sim um enorme prazer de tocar guitarra, como sentido de vida e mais nenhuma outra apologia. Daquela forma de tocar com os amigos e não da forma que muitas bandas sobem ao palco, cumprindo contratos, como um trabalho qualquer. Sua composição também não é linear, o que prova a arte de fazer e não a arte de vender discos. Isso serve para vários mitos, inclusive da música brasileira. E isso não desqualifica também ninguém, só mostra que nem tudo é tão distante assim.
Eu também detesto essas coisas de dizer que “ele também é humano”. Odeio e odeio. Esse tipo de coisa como falar sobre a morte de Elvis pelo uso de drogas ou de Jim Morrison ser sempre jovem por sua morte prematura, entre outras besteiras do gênero. Aquelas dramatizações que glorificam o mito. Espero que essa biografia fuja de muitos chatões, ops, chavões (não sei se fugirá, mas se não fugir, deverá pelo menos mostrar a natureza de Clapton, pelo menos. Suas dúvidas, suas opções, seus caminhos, já que se trata de uma autobiografia...).
Um comentário:
Fernando Ludovico, tudo bem?
fico contente que vocé gostou da ideia de colocar imagens nos posts.
realmente fica mais legal.
abraço
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