outubro 12, 2007

O Avarento

No começo deste ano, ao participar da elaboração para proposta de estudo preliminar de arquitetura para o Teatro Municipal de Londrina, resolvemos ir a uma peça de teatro, de preferência um que fosse grande e com boa arquitetura. Mas entre as opções, resolvemos assistir ao Paula Autran em “O Avarento”, de Molière. Muitos foram os motivos, mas sou obrigado a dizer que o nome de Paulo Autran foi o argumento mais forte.

A peça foi maravilhosa, mas queria eu estar menos cansado aquele diz. O teatro cheio. Foi até quando eu comentei, mas como tão cheio? Se os atores reclamam tanto de falta de público? Até me dar conta de que estava numa peça com Paulo Autran, onde tudo é diferente. O texto não seguiu a risca a obra de Molière, mas isso pouco importa, pois a graça da peça estava mesmo em torno de Autran. Foi sua última peça.

Hoje ao saber de sua morte – de manhã soube que havia ido para o hospital e estava em estado grave, ao voltar do parque do Ibirapuera soube de sua morte – fiquei bastante triste pela perda de um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos. Lembro do papel maravilho de Autran na novela Guerra dos Sexos, onde era irmão de Fernanda Montenegro. Era eu criança e lembro da cena mais inacreditável, reprisada há alguns anos num programa do Jô, acho que durante a entrevista de Jorge Fernando (que era diretor de Guerra dos Sexos), onde Autran e Montenegro faziam uma guerra de comida durante o café da manhã. Foi a cena da minha infância!

Nota de rodapé

Esse Youtube é uma maravilha! Olha aqui a cena! Eu nem esperava encontrar, é demais!

Nenhum comentário:

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...