Se há uma palavra que não me diz nada é “imperialismo”. Seria a influência cultural americana? Seria assistir filmes americanos? Seria domínio político? Domínio econômico? Nada disso faz realmente sentido. O Brasil é um país livre. Os habitantes são livres para imigrar para qualquer lugar. São livres para andar em qualquer lugar do País. São livres para escrever o que querem e mais livres ainda para ler o que querem, mesmo sabendo que muita coisa não é traduzida para o português, mas o que é escrito em português pode ser lido.
Se existe algo a ser pensado deve ser se o que é escrito é de interesse. Se for de interesse, qual o motivo que não o faz ser mais difundido? Claro, isso se explica em muito pela própria situação. Mais uma vez eu citando Engenheiros do Hawaii:
“Todo mundo tá relendo
O que nunca foi lido
Todo mundo tá comprando
Os mais vendidos (...)”
O Papa é Pop – (1990)
Voltando, certos mitos são criados de forma a atender interesses. Basta saber quais interesses estão em jogo. O que mais impressiona são exatamente os interesses nem sempre são aqueles acusados pelo interlocutor. Chamar de “imperialismo” é o mesmo de falar em “monopólio” da Rede Globo, por exemplo. Estes são aqueles critérios utilizados como temas para realmente tratar de imbecil algo que tem uma profundidade muito maior. Acusar é idiota. É nítido constatar que existe algo de massa. Só pensar que todos os jornais somados não atingem a metade da população brasileira, sobra para a televisão informar. Mas educar não é função da televisão. Até poderia ser, mas não atingiria nunca o desejável por um simples detalhe: o de não ter retorno daquilo que é transmitido. É basicamente um curso sem avaliação. É como um livro fechado. Se não for lido, suas informações não servem de nada. É algo de consumo quase descartável. E dificilmente seria diferente. E se o fosse atingiria os mesmos índices de um curso, pequenas parcelas, pequenas audiências. Não se inverte aquilo que é utópico. Nunca a física de Albert Einstein será algo de consumo popular. Não é algo para não iniciados, mesmo que muita gente tenha o “sonho” de um dia isso acontecer.
Outro dia achei uma publicação que dividia em décadas os discos mais vendidos. Li com atenção o que se referia aos anos 1980. Acredito que da década de 1970 aos anos 1990 o critério de maior vendagem de discos é um bom critério para saber que artista era mais popular. Mas não creio que este critério hoje em dia faça sentido, lembrando da pirataria em diversas escalas, desde o mp3 até o cd pirata no camelô. Como avaliar quem é mais popular sem um critério de aferição baseado em algo material? Um momento de mudanças de mídia, do cd ao mp3, tem sua diferença histórica. Assim como não creio que o sucesso possa ser medido pelo número de discos vendidos nas décadas de 1950 e 1960. Toda época acha seus critérios de avaliação, muito provavelmente depois da passagem do período histórico.
Agora chamar de “imperialismo” sobre os moldes de um “novo tipo de império”, recordando os impérios passados, principalmente o Romano, é algo um pouco rasteiro, um tanto superficial. A idéia de domínio mundial, a idéia de uma superpotência. Se os Estados Unidos fosse tudo isso que eles são acusados, garanto que a primeira questão a ser comentada seria o porquê uma nação assim deixaria as acusações sem censura. Queria entender como a censura feita em muitos países, governados por ditadores, impede a acusação destes. Claro que com a atual guerra no Iraque o anti-americanismo tende a crescer, mas é algo que em condições normais deveria ser sim desmistificado. Um pouco do que representa os Estados Unidos poderia ser definido como vítima de si mesmo. Deixando liberdade de expressão para todos, deixa liberdade também para aqueles que por essa liberdade, tentam acabar com a liberdade.
Pontuando um pouco sobre a academia, professores universitários produzem pensamentos às vezes bastante distantes da realidade histórica. E o pior, além de não estarem a par das ambições de uma sociedade, imaginam uma nova sociedade. Como um professor, que corre o caminho contrário dessa tendência, falou certa feita, “o importante não é por o mundo na cabeça, mas a cabeça no mundo”. Um exemplo bastante presente é o aumento dos fieis em igrejas protestantes. Vejo somente acadêmicos criticarem a religião como causadora de inúmeros males sociais, mas ao se analisar a sociedade a religiosidade, ou o que chamam por ai de “espiritualidade”, só cresce. E cresce de maneira desordenada abrindo espaço para especuladores e outras ordens de pessoas de má fé. Agora o nítido é que se a academia investigasse os critérios que levam a uma sociedade buscar por isso seria muito mais útil do que a acusação vazia, outra vez, do fenômeno. Algo como Max Weber fez no passado.
Além disso, certas organizações atuantes em nível mundial ter por objetivo diminuir as desigualdades e os conflitos entre nações. Mas o trabalho é muito complexo ou pautado por interesses. Um exemplo de complexidade seria o protocolo de Kyoto, cujas nações mais poluidoras do mundo não o assinaram. O interessante das acusações sobre o imperialismo americano é justamente esquecer do que representa a China no atual quadro mundial. Continuo achando que a troca de um imperialismo de livre expressão por um que no fundo não se tem idéia do que seja, é uma troca um tanto quanto pior e mais suicida. Mas, citando Engenheiros, de novo:
“(...) Você sabe, o que eu quero dizer
Não tá escrito nos outdoors
Por mais que agente grite
O silêncio é sempre maior (...)” Além dos Outdoors – (1987)
Se existe algo a ser pensado deve ser se o que é escrito é de interesse. Se for de interesse, qual o motivo que não o faz ser mais difundido? Claro, isso se explica em muito pela própria situação. Mais uma vez eu citando Engenheiros do Hawaii:
“Todo mundo tá relendo
O que nunca foi lido
Todo mundo tá comprando
Os mais vendidos (...)”
O Papa é Pop – (1990)
Voltando, certos mitos são criados de forma a atender interesses. Basta saber quais interesses estão em jogo. O que mais impressiona são exatamente os interesses nem sempre são aqueles acusados pelo interlocutor. Chamar de “imperialismo” é o mesmo de falar em “monopólio” da Rede Globo, por exemplo. Estes são aqueles critérios utilizados como temas para realmente tratar de imbecil algo que tem uma profundidade muito maior. Acusar é idiota. É nítido constatar que existe algo de massa. Só pensar que todos os jornais somados não atingem a metade da população brasileira, sobra para a televisão informar. Mas educar não é função da televisão. Até poderia ser, mas não atingiria nunca o desejável por um simples detalhe: o de não ter retorno daquilo que é transmitido. É basicamente um curso sem avaliação. É como um livro fechado. Se não for lido, suas informações não servem de nada. É algo de consumo quase descartável. E dificilmente seria diferente. E se o fosse atingiria os mesmos índices de um curso, pequenas parcelas, pequenas audiências. Não se inverte aquilo que é utópico. Nunca a física de Albert Einstein será algo de consumo popular. Não é algo para não iniciados, mesmo que muita gente tenha o “sonho” de um dia isso acontecer.
Outro dia achei uma publicação que dividia em décadas os discos mais vendidos. Li com atenção o que se referia aos anos 1980. Acredito que da década de 1970 aos anos 1990 o critério de maior vendagem de discos é um bom critério para saber que artista era mais popular. Mas não creio que este critério hoje em dia faça sentido, lembrando da pirataria em diversas escalas, desde o mp3 até o cd pirata no camelô. Como avaliar quem é mais popular sem um critério de aferição baseado em algo material? Um momento de mudanças de mídia, do cd ao mp3, tem sua diferença histórica. Assim como não creio que o sucesso possa ser medido pelo número de discos vendidos nas décadas de 1950 e 1960. Toda época acha seus critérios de avaliação, muito provavelmente depois da passagem do período histórico.
Agora chamar de “imperialismo” sobre os moldes de um “novo tipo de império”, recordando os impérios passados, principalmente o Romano, é algo um pouco rasteiro, um tanto superficial. A idéia de domínio mundial, a idéia de uma superpotência. Se os Estados Unidos fosse tudo isso que eles são acusados, garanto que a primeira questão a ser comentada seria o porquê uma nação assim deixaria as acusações sem censura. Queria entender como a censura feita em muitos países, governados por ditadores, impede a acusação destes. Claro que com a atual guerra no Iraque o anti-americanismo tende a crescer, mas é algo que em condições normais deveria ser sim desmistificado. Um pouco do que representa os Estados Unidos poderia ser definido como vítima de si mesmo. Deixando liberdade de expressão para todos, deixa liberdade também para aqueles que por essa liberdade, tentam acabar com a liberdade.
Pontuando um pouco sobre a academia, professores universitários produzem pensamentos às vezes bastante distantes da realidade histórica. E o pior, além de não estarem a par das ambições de uma sociedade, imaginam uma nova sociedade. Como um professor, que corre o caminho contrário dessa tendência, falou certa feita, “o importante não é por o mundo na cabeça, mas a cabeça no mundo”. Um exemplo bastante presente é o aumento dos fieis em igrejas protestantes. Vejo somente acadêmicos criticarem a religião como causadora de inúmeros males sociais, mas ao se analisar a sociedade a religiosidade, ou o que chamam por ai de “espiritualidade”, só cresce. E cresce de maneira desordenada abrindo espaço para especuladores e outras ordens de pessoas de má fé. Agora o nítido é que se a academia investigasse os critérios que levam a uma sociedade buscar por isso seria muito mais útil do que a acusação vazia, outra vez, do fenômeno. Algo como Max Weber fez no passado.
Além disso, certas organizações atuantes em nível mundial ter por objetivo diminuir as desigualdades e os conflitos entre nações. Mas o trabalho é muito complexo ou pautado por interesses. Um exemplo de complexidade seria o protocolo de Kyoto, cujas nações mais poluidoras do mundo não o assinaram. O interessante das acusações sobre o imperialismo americano é justamente esquecer do que representa a China no atual quadro mundial. Continuo achando que a troca de um imperialismo de livre expressão por um que no fundo não se tem idéia do que seja, é uma troca um tanto quanto pior e mais suicida. Mas, citando Engenheiros, de novo:
“(...) Você sabe, o que eu quero dizer
Não tá escrito nos outdoors
Por mais que agente grite
O silêncio é sempre maior (...)” Além dos Outdoors – (1987)
Um comentário:
Você já viu os EUA de perto. Não sei se saiu o suficiente do ônibus, rsrs, mas sabe que a mera existência do país põe em cheque qualquer utopia totalitária. Ninguém que conheça os EUA aceita viver no Brasil, por exemplo. Rsrs. Ou ao menos sabe que um mundo melhor é possível sim, rsrs, aos moldes americanos. É necessário destruir aquele país para que os últimos se tornem os primeiros. É uma pena assistir a decadência americana. Espero que o vigor religioso mantenha algo de pé, ou que a tendência demográfica de esterilidade dos estados democratas e procriação nos conservadores continue, reduzindo os “liberals” a insignificância. Rsrs.
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