Ontem à noite, pouco antes de me “recolher aos meus aposentos”, estava assistindo o programa “Altas Horas”. Os convidados eram Martinho da Vila e banda, Guilherme Arantes e banda, o ator Lúcio Mauro Filho e uma outra atriz e imitadora, de cujo nome não lembro.
O programa está cada vez mais difícil de sair do padrão. As idéias de colocar uma sexóloga para responder perguntas da platéia, uma tribuna para a platéia poder reclamar ou expor alguma coisa, a entrevista com alguém da platéia, estão sempre tentando o inesperado. Deixa uma margem de descontrole e mostra a total incapacidade de ser uma verdadeira tribuna como foi em outras épocas o “Perdidos na Noite”, programa que marcou época sob o comando de Fausto Silva. No “Perdidos...” a platéia mostrava aqueles cartazes e mandavam recados e o apresentador fazia as bandas, que na verdade eram iniciantes, mostrarem mais de si. Por que comparar os dois programas? Pois os dois eram na noite de sábado (se não me engano) em horário onde se poderia falar qualquer coisa (traduzindo: poderia cair na baixaria).
O “Altas Horas” se mostra uma programa inteligente, com pelo menos duas apresentações musicais, especiais, entrevistas, participação da platéia adolescente fazendo perguntas aos convidados, um debate aberto com pessoas inusitadas, ou seja, realmente tudo se faz sem um roteiro, tudo pode acontecer. Mas não acontece. Ainda não sei o que não faz acontecer e me deixa sempre uma dúvida: Será Luciano Huck melhor que Serginho Groisman? Já acontecerem coisas mais interessantes no programa de sábado a tarde do Luciano que no “Altas Horas”. O tal “Caldeirão do Huck” é mesmo um monte de coisas misturadas, numa “panelada” daquelas. É reforma de casa, reforma de carro, é fazer o dono do carro dançar ballet, fazer casamento surpresa e até mostrar o clip trash do Latino quando este é atração de seu programa. Um programa que sempre segue o roteiro, tudo certinho, mas que o inusitado aparece dando o toque de graça nas coisas, como Luciano entrevistando o pintor numa das reformas de casas, comendo hot dog na rua com o Jr., da ex-dupla Sandy & Jr., mostrando toda a desenvoltura e simplicidade do apresentador. No fundo, o programa de Luciano segue uma lógica de um programa que é apresentado uma vez por semana, com uma produção, digamos assim, muito mais cara da de “Altas Horas”. Serginho parece ainda o apresentador diário de um programa para adolescentes. Não sei dizer, mas parece esperar o Jô Soares se aposentar para tomar seu espaço.
Não é mais a dúvida de que “não cabe na grade” da emissora. Mas o que fica talvez seja a idéia sem formato que gera um formato que não atende às expectativas. Com todos os “globais” não é mais problema trazer gente interessante para um programa apresentado em média quatro vezes ao mês. O problema é falta de direção do programa. Nada se aprofunda, nada vai mais além do que aquilo mesmo. Até no Faustão tem um quadro (que não lembro o nome) que mostra a biografia de certo artista, uma homenagem, um pouco “O Céu é o Limite”, mas que em “Altas Horas” nem a isso chega. Não se discute temas, mas sim continua sendo um programa de entretenimento com cara de conteúdo inteligente, que continua sendo mais aparência do que verdade. Nos tempos de “Programa Livre” a quantidade de programas gerou qualidade, entrevistando Collor de Melo, Lygia Fagundes Telles, e músicos famosos como Joe Satriani. No “Altas Horas” isso deveria ser a regra, e não “a sorte” de se fazer acontecer. Lembro de certo programa, no começo do “Caldeirão do Huck”, que juntou Rio Negro & Solimões com Mauricio Manieri e os fez cantar junto. Aquilo sim foi histórico. E olha que no começo Luciano parecia apresentar o “Cidade contra Cidade” do Silvio Santos...
O programa está cada vez mais difícil de sair do padrão. As idéias de colocar uma sexóloga para responder perguntas da platéia, uma tribuna para a platéia poder reclamar ou expor alguma coisa, a entrevista com alguém da platéia, estão sempre tentando o inesperado. Deixa uma margem de descontrole e mostra a total incapacidade de ser uma verdadeira tribuna como foi em outras épocas o “Perdidos na Noite”, programa que marcou época sob o comando de Fausto Silva. No “Perdidos...” a platéia mostrava aqueles cartazes e mandavam recados e o apresentador fazia as bandas, que na verdade eram iniciantes, mostrarem mais de si. Por que comparar os dois programas? Pois os dois eram na noite de sábado (se não me engano) em horário onde se poderia falar qualquer coisa (traduzindo: poderia cair na baixaria).
O “Altas Horas” se mostra uma programa inteligente, com pelo menos duas apresentações musicais, especiais, entrevistas, participação da platéia adolescente fazendo perguntas aos convidados, um debate aberto com pessoas inusitadas, ou seja, realmente tudo se faz sem um roteiro, tudo pode acontecer. Mas não acontece. Ainda não sei o que não faz acontecer e me deixa sempre uma dúvida: Será Luciano Huck melhor que Serginho Groisman? Já acontecerem coisas mais interessantes no programa de sábado a tarde do Luciano que no “Altas Horas”. O tal “Caldeirão do Huck” é mesmo um monte de coisas misturadas, numa “panelada” daquelas. É reforma de casa, reforma de carro, é fazer o dono do carro dançar ballet, fazer casamento surpresa e até mostrar o clip trash do Latino quando este é atração de seu programa. Um programa que sempre segue o roteiro, tudo certinho, mas que o inusitado aparece dando o toque de graça nas coisas, como Luciano entrevistando o pintor numa das reformas de casas, comendo hot dog na rua com o Jr., da ex-dupla Sandy & Jr., mostrando toda a desenvoltura e simplicidade do apresentador. No fundo, o programa de Luciano segue uma lógica de um programa que é apresentado uma vez por semana, com uma produção, digamos assim, muito mais cara da de “Altas Horas”. Serginho parece ainda o apresentador diário de um programa para adolescentes. Não sei dizer, mas parece esperar o Jô Soares se aposentar para tomar seu espaço.
Não é mais a dúvida de que “não cabe na grade” da emissora. Mas o que fica talvez seja a idéia sem formato que gera um formato que não atende às expectativas. Com todos os “globais” não é mais problema trazer gente interessante para um programa apresentado em média quatro vezes ao mês. O problema é falta de direção do programa. Nada se aprofunda, nada vai mais além do que aquilo mesmo. Até no Faustão tem um quadro (que não lembro o nome) que mostra a biografia de certo artista, uma homenagem, um pouco “O Céu é o Limite”, mas que em “Altas Horas” nem a isso chega. Não se discute temas, mas sim continua sendo um programa de entretenimento com cara de conteúdo inteligente, que continua sendo mais aparência do que verdade. Nos tempos de “Programa Livre” a quantidade de programas gerou qualidade, entrevistando Collor de Melo, Lygia Fagundes Telles, e músicos famosos como Joe Satriani. No “Altas Horas” isso deveria ser a regra, e não “a sorte” de se fazer acontecer. Lembro de certo programa, no começo do “Caldeirão do Huck”, que juntou Rio Negro & Solimões com Mauricio Manieri e os fez cantar junto. Aquilo sim foi histórico. E olha que no começo Luciano parecia apresentar o “Cidade contra Cidade” do Silvio Santos...
Uma coisa é certa: a Rede Globo continua fazendo bons programas, mesmo eu os criticando muito aqui, ainda são melhores que os produzidos no SBT, Bandeirantes e Record. Só para exemplificar isso, lembramo-nos de Eliana no “Tudo é Possível”, “O Melhor do Brasil” de Marcos Garcia, na Record, ou mesmo o fiasco dos programas de Marcos Mion, na Band, Adriane Galisteu em sei lá o que (acho que é “Charme”...) ou o do remake do “Viva a Noite”, ambos no SBT. Em tempo: Ruim com a Globo, pior sem ela.
Um comentário:
Credo! Conheço quem assista ao Altas Horas por insônia. Rsrs... Desses outros programas, vi uma vez o do SBT. Convidados tentavam remover uma carta de baralho colocada entre duas garrafas de vidro a tapas. Senti vontade de tentar o mesmo com a minha testa. Que é isso? Para o telespectador fazer o mesmo no bar? Ou o contrário... Você não pegou o Gugu ou o Celso Portioli (?) no Passa ou Repassa? Para mim entretenimento é ver artistas se matando como pirralhos desesperados. Por que as Olimpíadas do Faustão, durante algum tempo divertidíssimas, só se davam com anônimos? Quero ver Kelly Key levando bolada na cara. Quero ver Latino caindo de 30 metros de altura num poço de lama. Quero cordas bambas sobre crocodilos esfomeados. Programa inteligente o escambau. Quero meu Coliseu e meus gladiadores! Dou-lhe em retorno o Direito Romano. Combinado?
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