Algum tempo atrás, para ser mais preciso dia 01 de agosto, fui ao lançamento dos livros “O Futuro do Pensamento Brasileiro” e “A Dialética Simbólica – Estudo Reunidos”, ambos de autoria do filósofo Olavo de Carvalho. No evento, muito bem montado pela editora É Realizações, teve pequena palestra do autor, por vídeo conferencia, onde expôs uma breve teoria das 4 etapas de aprendizado, sendo elas copista, compilador, expositor e autor.
Sua explicação foi muito interessante e foi ali que entendi um pouco do processo de aprendizagem, ao qual tento aplicar a respeito dos temas que trato aqui. Muitas vezes faço uma citação a alguma pessoa (por exemplo: Rodrigo Constantino ou as músicas dos Engenheiros do Hawaii), mas veja que uso as palavras para meus propósitos e normalmente retiradas do contexto original. Não se trata de copiar, mas só de mostrar a tal fonte. Elas são até dispensáveis, mais por uma questão de transparência estão lá. No fundo ainda estou na primeira etapa do processo. Existem alguns temas dos quais acho delicados demais para tratar aqui, mas quem sabe, aos poucos vou escrevendo. Mas veja que as fontes são sempre muito mais profundas que o apresentado. Seria como no trecho abaixo, de Graciliano Ramos:
“(...) Afirmava não ser difícil percorrermos um texto, aprendendo a essência e largando o pormenor. Isso me desagradava. São as minúcias que me prendem, fixo-me nelas, utilizo insignificâncias na demorada construção das minhas histórias. Aquele entendimento rápido, afeito a saltos vertiginosos e complicadas viagens, contrastava com as minhas pequenas habilidades que pezunhavam longas horas na redação de um período. Julguei Sérgio ausente de emoção, e isso me aterrou. Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício, acho medonho alguém viver sem paixões (...)” (Memórias do Cárcere).
Ou no texto de Arthur Schopenhauer:
“(...) Há uma profusão de pensamentos que têm valor para aquele que os pensam, mas apenas alguns poucos entre eles possuem a força para atuar por meio da repercussão ou da reflexão, ou seja, para conquistar o interesse do leitor depois de escritos. (...)
De qualquer forma, na verdade, só tem valor o que uma pessoa pensou, a principio, apenas para si mesma. Aliás, é possível dividir os pensadores entre aqueles que pensam a principio para si mesmos e aqueles que pensam de imediato para ou outros. (...)” (A Arte de Escrever – Pensar por si mesmo).
Por isso venho escrevendo muita coisa de memória, para após isso tentar colocar em uma ordem para analisar os resultados. Que sorte a minha de não ser tão lido (mas quero manter os leitores que tenho!!!). E por não ser cobrado. Têm horas que fico até com receio, principalmente de errar. Mas é parte do processo.
Notas de Rodapé
Na segunda-feira, dia 01 de outubro, tratei de falar mais uma vez para o Daniel Piza sobre a idéia do Estado Mínimo, e desta feita foi engraçado. Um dia conto mais.
Mas sobre a briga antiga do antigo colaborador do site Mídia Sem Máscara, Rodrigo Constantino, com Olavo de Carvalho, achei inútil. Não levou a nada. Inclusive acho que os poucos que liam seu blog continuam os mesmos poucos. Nunca foram muitos. Mas foi no Mídia que conheci seus textos, assim como os de Norma Braga.
Sua explicação foi muito interessante e foi ali que entendi um pouco do processo de aprendizagem, ao qual tento aplicar a respeito dos temas que trato aqui. Muitas vezes faço uma citação a alguma pessoa (por exemplo: Rodrigo Constantino ou as músicas dos Engenheiros do Hawaii), mas veja que uso as palavras para meus propósitos e normalmente retiradas do contexto original. Não se trata de copiar, mas só de mostrar a tal fonte. Elas são até dispensáveis, mais por uma questão de transparência estão lá. No fundo ainda estou na primeira etapa do processo. Existem alguns temas dos quais acho delicados demais para tratar aqui, mas quem sabe, aos poucos vou escrevendo. Mas veja que as fontes são sempre muito mais profundas que o apresentado. Seria como no trecho abaixo, de Graciliano Ramos:
“(...) Afirmava não ser difícil percorrermos um texto, aprendendo a essência e largando o pormenor. Isso me desagradava. São as minúcias que me prendem, fixo-me nelas, utilizo insignificâncias na demorada construção das minhas histórias. Aquele entendimento rápido, afeito a saltos vertiginosos e complicadas viagens, contrastava com as minhas pequenas habilidades que pezunhavam longas horas na redação de um período. Julguei Sérgio ausente de emoção, e isso me aterrou. Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício, acho medonho alguém viver sem paixões (...)” (Memórias do Cárcere).
Ou no texto de Arthur Schopenhauer:
“(...) Há uma profusão de pensamentos que têm valor para aquele que os pensam, mas apenas alguns poucos entre eles possuem a força para atuar por meio da repercussão ou da reflexão, ou seja, para conquistar o interesse do leitor depois de escritos. (...)
De qualquer forma, na verdade, só tem valor o que uma pessoa pensou, a principio, apenas para si mesma. Aliás, é possível dividir os pensadores entre aqueles que pensam a principio para si mesmos e aqueles que pensam de imediato para ou outros. (...)” (A Arte de Escrever – Pensar por si mesmo).
Por isso venho escrevendo muita coisa de memória, para após isso tentar colocar em uma ordem para analisar os resultados. Que sorte a minha de não ser tão lido (mas quero manter os leitores que tenho!!!). E por não ser cobrado. Têm horas que fico até com receio, principalmente de errar. Mas é parte do processo.
Notas de Rodapé
Na segunda-feira, dia 01 de outubro, tratei de falar mais uma vez para o Daniel Piza sobre a idéia do Estado Mínimo, e desta feita foi engraçado. Um dia conto mais.
Mas sobre a briga antiga do antigo colaborador do site Mídia Sem Máscara, Rodrigo Constantino, com Olavo de Carvalho, achei inútil. Não levou a nada. Inclusive acho que os poucos que liam seu blog continuam os mesmos poucos. Nunca foram muitos. Mas foi no Mídia que conheci seus textos, assim como os de Norma Braga.
Um comentário:
Também conheci Rodrigo no Mídia Sem Máscara. Pessoalmente o episódio me foi proveitoso: desconhecia essa facção política dos herdeiros da revolução francesa pura e originária, uma espécie de Testemunhas de Jeová políticos, rsrs.
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