Nada mais estranho nas minhas postagens até agora que o saudosismo encontrado nelas. Nas postagens referentes à música, nada mais interessante que lembrar de todos os momentos ligados aos shows das bandas, aos discos e, mais que tudo, da infância. Na infância que tudo começa. Cresci praticamente ouvindo orquestras, bossa nova e Elvis Presley. Um pouco de músicas folclóricas como “Olhos Negros” (do folclore russo, diga-se) e regionalismos, como certo disco de um coral alemão que cantava (em alemão) “Mulher Rendeira”. O mais engraçado que a música em alemão chamava “Cangaceiro”. Lembrar que o primeiro show que vi na vida foi de uma banda bem tranqüila (ícone dos anos 80), que nada tem a ver com o “processo” que veio a seguir.
A distancia que tomei da música brasileira na adolescência se deve a dois fatores: a MPB estava mais para “MPB do B” a se interessar em fazer boa música e uma enxurrada de bandas de rock´n roll e hard rock na mídia, principalmente nos primeiros anos de MTV. Existia também um fator anterior: eu já detestava (ainda detesto) a música dançante (na época o ritmo era house e tecnopop), cujo “apelido” popularesco, em virtude do “incrível” hit “Pump Up The Jam”, era “Poperô”. Ainda bem que o apelido e o hit sumiram logo! Então era fácil entender: algo que já não gostava me afastava do “grupinho engajado” e me levava a buscar alguma alternativa, logicamente de peso. Não entendo até hoje lá muito coisa de música erudita, mas sempre me cativou muito. Mas naqueles anos finais dos 1980 comecei a gostar e admirar, o que acredito ter levado a gostar também de guitarristas como Malmsteen, Vinnie Moore, e bandas como Iron Maiden, Metallica, Manowar, Deep Purple e Van Halen. Em suma, se não fosse aqueles discos (sim, LP´s) de “Clássicos de todo o mundo” ou as coleções que tinha em casa, não poderia ter curtido tanto estes “fusion musics”.
Detestar algo não é exatamente gostar do seu oposto. Nem mesmo generalizar. Existia uma banda nos anos 80, de tecnopop, que até hoje ainda dou aquele escutada. Em seu livro, o jornalista Zeca Camargo não poderia ter escolhido outro título melhor. Nele as duas melhores personagens daqueles anos: “De A-ha à U2”. Assim como acredito que Madonna fez muitas fãs uma geração antes da minha, A-ha e U2 faziam os seus durante a minha. Mas realmente eu só me impressionei, a ponto de buscar saber muito mais sobre de onde vinha e quem era, quando escutei Malmsteen, o guitarrista sueco. Dois anos depois eu encontrei um disco seu numa loja. O melhor disso tudo foi falar para o próprio Malmsteen, em 1998, que aquele “vinil” que ele estava autografando foi o primeiro disco que comprei dele. Era “Trial By Fire – Live In Leningrad”, achado e comprado em 1991. E ele me falando a respeito, citou que no dia seguinte à esta noite de autógrafos, gravaria o segundo disco ao vivo (oficial) de sua carreira, gravado no Brasil.
Pode parecer meio estranho isso de encontrar numa loja, mas naqueles anos, encontrar um Malmsteen numa loja comum era algo muito raro. Hoje com a facilidade de ter Mega Stores nada disso parece ter sentido. E lembrar que isso era por volta de 15 anos atrás somente. Ou seja, falar de música nesse meu blog esta se tornando cada vez mais saudosista. Não por não ter algo novo que me agrade (tem, e tinha que ser nórdico, para variar), mas porque os momentos correlacionados são muito interessantes e toda hora sempre aparecem nos assuntos atuais.Mas voltando à MPB, naquele começo de anos 90, com a MTV, se formou alguns “engajados politicamente corretos pré-fabricados”. Algo um tanto quanto citar Raul Seixas se dizendo uma pessoa de opinião fechada (nada mais medonho que ser alguém de opinião citando um artista cujo um dos principais sucessos é “Metamorfose Ambulante”, onde nos versos se definia: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante / Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo / Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes”). Formava um pessoal que tentava protestar sobre um mundo que se sabia qual caminho tomaria, mesmo assim, o mais importante era ter “atitude rebelde” e ir contra os postulados apresentados. Nisso, hoje, consigo enxergar a lógica suicida. Na época não enxergava, só me ausentava, com uma má vontade para perder tempo neles. Até para desconstruí-los aqui não perderia tempo. Era uma lógica da inversão. Era como se o bem e o mal não mais existissem (ou nunca existiram) e na existência deles estaria a falsidade, tanto denunciada. Era uma enxurrada de proselitismo sem objetivo (ou tinha objetivo oculto). Diga-se de passagem era uma armadilha que não caí sabe-se lá por quê.
A distancia que tomei da música brasileira na adolescência se deve a dois fatores: a MPB estava mais para “MPB do B” a se interessar em fazer boa música e uma enxurrada de bandas de rock´n roll e hard rock na mídia, principalmente nos primeiros anos de MTV. Existia também um fator anterior: eu já detestava (ainda detesto) a música dançante (na época o ritmo era house e tecnopop), cujo “apelido” popularesco, em virtude do “incrível” hit “Pump Up The Jam”, era “Poperô”. Ainda bem que o apelido e o hit sumiram logo! Então era fácil entender: algo que já não gostava me afastava do “grupinho engajado” e me levava a buscar alguma alternativa, logicamente de peso. Não entendo até hoje lá muito coisa de música erudita, mas sempre me cativou muito. Mas naqueles anos finais dos 1980 comecei a gostar e admirar, o que acredito ter levado a gostar também de guitarristas como Malmsteen, Vinnie Moore, e bandas como Iron Maiden, Metallica, Manowar, Deep Purple e Van Halen. Em suma, se não fosse aqueles discos (sim, LP´s) de “Clássicos de todo o mundo” ou as coleções que tinha em casa, não poderia ter curtido tanto estes “fusion musics”.
Detestar algo não é exatamente gostar do seu oposto. Nem mesmo generalizar. Existia uma banda nos anos 80, de tecnopop, que até hoje ainda dou aquele escutada. Em seu livro, o jornalista Zeca Camargo não poderia ter escolhido outro título melhor. Nele as duas melhores personagens daqueles anos: “De A-ha à U2”. Assim como acredito que Madonna fez muitas fãs uma geração antes da minha, A-ha e U2 faziam os seus durante a minha. Mas realmente eu só me impressionei, a ponto de buscar saber muito mais sobre de onde vinha e quem era, quando escutei Malmsteen, o guitarrista sueco. Dois anos depois eu encontrei um disco seu numa loja. O melhor disso tudo foi falar para o próprio Malmsteen, em 1998, que aquele “vinil” que ele estava autografando foi o primeiro disco que comprei dele. Era “Trial By Fire – Live In Leningrad”, achado e comprado em 1991. E ele me falando a respeito, citou que no dia seguinte à esta noite de autógrafos, gravaria o segundo disco ao vivo (oficial) de sua carreira, gravado no Brasil.
Pode parecer meio estranho isso de encontrar numa loja, mas naqueles anos, encontrar um Malmsteen numa loja comum era algo muito raro. Hoje com a facilidade de ter Mega Stores nada disso parece ter sentido. E lembrar que isso era por volta de 15 anos atrás somente. Ou seja, falar de música nesse meu blog esta se tornando cada vez mais saudosista. Não por não ter algo novo que me agrade (tem, e tinha que ser nórdico, para variar), mas porque os momentos correlacionados são muito interessantes e toda hora sempre aparecem nos assuntos atuais.Mas voltando à MPB, naquele começo de anos 90, com a MTV, se formou alguns “engajados politicamente corretos pré-fabricados”. Algo um tanto quanto citar Raul Seixas se dizendo uma pessoa de opinião fechada (nada mais medonho que ser alguém de opinião citando um artista cujo um dos principais sucessos é “Metamorfose Ambulante”, onde nos versos se definia: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante / Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo / Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes”). Formava um pessoal que tentava protestar sobre um mundo que se sabia qual caminho tomaria, mesmo assim, o mais importante era ter “atitude rebelde” e ir contra os postulados apresentados. Nisso, hoje, consigo enxergar a lógica suicida. Na época não enxergava, só me ausentava, com uma má vontade para perder tempo neles. Até para desconstruí-los aqui não perderia tempo. Era uma lógica da inversão. Era como se o bem e o mal não mais existissem (ou nunca existiram) e na existência deles estaria a falsidade, tanto denunciada. Era uma enxurrada de proselitismo sem objetivo (ou tinha objetivo oculto). Diga-se de passagem era uma armadilha que não caí sabe-se lá por quê.
2 comentários:
hehe/
eu também encontrei com o malmsteen '' por acaso'
estava passeando por chinatown em Nova York, para chegar a um restaurante da 'litte Italy'' e vi o Malmsteen comprando um rolex falso em uma loja da área. achei o fato muito engraçado.
ele me apresentou a banda inteira e no mesmo dia , se apresentou com os caras no bar do b.b.king. eu fui no show e quando ele me viu, veio direto dar uma palheta. rs
o resto da banda tb me tratou com carinho e no final do show, conversou com a galera. rs
eu tb acho. sinto falta do dama xoc, aeroanta, black antigo
mas gosto do blackmore.
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