janeiro 20, 2008

Mil desculpas...

Na verdade não queria ofender a ninguém com minha postagem anterior. O termo “gente burra” é estado de espírito, não ofensa. Pode ser “enganado”, pode ser “confuso”. Nunca acredito que a ignorância seja crônica. Sem contar que não foi dirigido a ninguém em específico, tanto o é que normalmente dou nome e RG para o que ou quem eu acho que deve, não costumo me omitir.

O interessante é que fui publicado no blogue da revista Atlântico (aqui). Fico feliz. Pena que não foi outro texto, mais elaborado e sem margem de discussão para o lado ofensivo. Bem, agora entendi o porquê do meu blog, que tende a zero leitores, subiu para dois ou três...

2 comentários:

Miguel Madeira disse...

Em nome dos comentadores que, no post original, questionaram a tese de RA sobre Saramago e o capitalismo, está desculpado.

João Batista disse...

Ofender, hoje em dia, é quase inevitável. É muito comum quando qualquer um pretende criticar qualquer coisa, cercar-se de desculpas e conciliação, mesmo ao se tratar de embate entre a verdade e a mentira, como se fosse possível conciliar as duas coisas. Neste mundinho onde cada sujeito é um “intelequitual” (por Reinaldo), na verdade pseudo-intelectual, e pois onde todos possuem a sabedoria universal e estão sempre corretos já ‘a priori’, qualquer resposta que não a total concordância é um insulto mortal. “Ousas negar minha genialidade?” Para essa gente que não acredita em verdade ou mentira, existe apenas o elogio e o insulto. Se não está elogiando, está insultando. Obviamente, os elogios não têm fundamento, servem apenas de instrumento de conforto emocional mútuo, como para os cachorros.

Os piores resolveram finalmente revoltar-se e destronar os melhores. Não os tomam mais como modelo a ser seguido. Ao se depararem com um seu superior, não sentem amor pelo bom e um desejo irresistível de subir até aquele nível, um chamado da consciência. Não mais. Agora se diminuí o maior para que se iguale ao menor, e partindo de pontos iguais, o inferior corrupto vence na trapaça, na criação de máfias de autodefesa, de esgotos culturais substitutos da vida espiritual, é a elevação do auto-engano e do solipsismo ao plano da verdade, ou o rebaixamento da verdade àquele plano, que seja.

Mas digo quase inevitável, porque denunciar a falsidade não é a única postura disponível. Pode-se também conviver com o erro e a monstruosidade com o intuito de tentar levar um pouco de bom senso ao mundo da insanidade. É a diferença entre O.de C. e R.A, por exemplo. Diria que enquanto se é mais jovem, em geral se adota a postura do segundo. E com o passar dos anos e o acumulo de fracassos, constatando que 7 em 10 homens são imunes à verdade, então muda-se para a postura do foda-se e sigam-me-os-bons.

Após ter tido de tratar o mal como questão de gosto ou preferência, já desisti e pulei para o segundo grupo, precocemente. É impossível a discussão racional com macacos irracionais, ainda mais quando estes se imaginam ser o supra-sumo da inteligência. Este mundo não se resgata mais, apenas observa-se sua autodestruição. A única ação de sucesso possível é no didatismo cara a cara.

O seu caminho pode ser espinhoso, mas ao menos não termina num precipício.

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...