novembro 26, 2008

Uma menina e a capivara...

“3 black crows were sitting on a fence
Watching the world pass them by
Laughing at humanity and its pretense
Wondering where next to fly...(...)”


3 Black Crows – Blackmore´s Night (2003)

Certa vez conheci uma bela menina. Acredito ter sido em Florianópolis, muitos anos atrás. Dentro de uma montanha de assuntos comuns, ainda naquele momento não tinha as definições políticas quanto as atuais e ainda tinha certo vício de ações coletivistas baseadas naqueles assuntos de ordem momentânea, mas foram bons longos assuntos. Um deles até hoje me intriga muito: o ódio dessa menina a capivaras.

Nunca vejo com bons olhos roedores, mas a capivara em sítio natural não parece ser nenhum tipo de ofensa. Que pode uma capivara fazer ao ser humano? Mais medo ele deve ter de um do que uma criança por ela. Porém eu resolvi investigar um pouco o tal ódio pelo roedor. No local onde morava, uma cidade do interior de Santa Catarina, esses roedores aparecem por todo lado. Não à toa ela deveria é ter medo do bicho. Mas era algo interessante falar com ela sobre este assunto. Nunca me diverti tanto.

Certa vez me disse que estava na rua e um roedor apareceu e foi em sua direção. Não a atacou, mas ficou com aquele ruído típico de ratazana para cima dela. Pobrezinha. Não sei nem o que dizer mais a respeito. Imagino as capivaras a atacarem sem dó. A chegada ao hospital e o os enfermeiros a perguntar se era uma “chupa-cabra”, um leão? Não, uma capivara... Bem, felizmente nada aconteceu. O bicho foi embora.

Quando morava na Florida, num belíssimo condomínio em Pembroke Pines, próximo a um rio, tive o desprazer de me ver de frente com um quati, ou outro roedor de porte médio que saindo do rio veio em minha direção. Pra variar, estava eu ao telefone e o bicho ia se aproximando. Lembrei-me na hora das capivaras da menina... Imagine só! Eu sendo atacado por um quati na Florida! Bem, o animal tomou outra direção quando um carro adentrou ao condomínio. Sorte minha não ser atacado por roedores malditos!

Agora entendo o que a menina queria dizer com o ódio às capivaras. Ok, capivaras e quatis em ambiente natural tudo bem, no meu quintal não! Eis uma das coisas que agradeço por morar em cidades é exatamente não ter que me envolver com quatis e capivaras. Este contato com a natureza deixo para os biólogos, veterinários, agrônomos e zootecnistas.

Tenho também uma birra com cavalos. Não que os deteste, mas quero-os bem longe de mim. E isso já faz um bom tempo. Uma das coisas que mais detesto quando há aquelas pessoas que ADORAM andar a cavalo. Tenho até dores no fígado... Como pode alguém gostar de andar naqueles animais? Tanta coisa mais interessante a fazer em Águas de Lindóia, Campos do Jordão, etc. do que andar a cavalo... Outro dia perguntei a uma amiga, que viajou pelo Marrocos e Egito, como era andar a camelo. Foi ótima sua resposta: cheiram pior que cavalos. Notadamente ela e eu não somos fãs dos eqüinos e agora também não dos dromedários e camelos.

Antes de perguntarem o que acho de outros animais, vou falar um pouco das minhas manhãs. Quase todos os dias sou acordado por pássaros cantando. Há um casal (ou uma dupla, sei lá eu) de papagaios que cantarolam muitas manhãs durante a semana. Nada disso me incomoda. Se um fosse um mísero pássaro enjaulado acho que reclamaria por horas ao dono, mas os livres pássaros me encantam. Tenho um gato, que come e dorme o dia todo. E meu irmão tem cachorros. São belos Labradores e Golden Retiever. Nada contra os animais, pelo menos alguns deles...

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