Os dias de Titãs
“(...) Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava, eu não sabia
Que o homem criava e também destruía (...)”
Homem Primata – Cabeça Dinossauro – Titãs (1986)
Não à toa eram os anos pré-históricos. Talvez se me perguntassem qual é a primeira vez que escutei rock, eu com certeza iria dizer que era Kiss me Quick, de Elvis Presley, o maior! Certas lembranças da infância são as melhores de toda uma vida. Depois um álbum dos Beatles, Help! Mas na verdade, acho que ouvir e gostar, já entendendo um pouco do que seria rock foi o Cabeça Dinossauro dos Titãs.
Sobre o disco não tenho muito a dizer. Seria talvez o álbum mais famoso do grupo. As músicas mais conhecidas como Polícia, Família, Bichos Escrotos e Homem Primata são até hoje tocadas nos shows e suas letras atemporais, que fez deste disco um “clássico” do rock nacional. Escutar este disco naqueles anos, no começo da minha adolescência foi marcante. Naqueles anos escutava também o Rádio Pirata ao Vivo do RPM. Bons momentos.
O disco seguinte dos Titãs foi Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987), eu já tinha mudado de escola, de colegas, e mantinha até certa “distância” desses “novos” colegas. Mas as músicas Comida, Lugar Nenhum e Desordem tocavam nas rádios, fazendo com que este e Cabeça Dinossauro fossem os meus dois discos prediletos naqueles anos. E, detalhe, até hoje só escuto estes dois dos Titãs. Outras músicas foram acrescentadas ao repertório deles, mas, como eu já havia escrito, meus interesses acabaram me levando a conhecer outras bandas nos anos seguintes e deles só esses dois álbuns restauram na minha memória.
O lado interessante de se ter um disco nas mãos é manusear a capa, ler os créditos e acompanhar as letras das músicas pelo encarte. Hoje quando escuto em MP3 algum álbum novo sinto falta de algo. Aquela arte da capas, que no caso destes dois álbuns é algo incompreensível para mim. Aqueles fósseis e as colunas gregas devem fazer algum sentido. Algo não faz sentido com as músicas.
Nos anos seguintes nada mais me caiu nas mãos e nunca mais procurei saber sobre os Titãs. Hoje em dia acabo lendo alguma coisa que o Tony Belloto posta em sua seção no site da revista Veja. Não li seus livros. Escuto os sons de Nando Reis e até tive um momento, na faculdade, que falavam bastante do álbum de estréia do Arnaldo Antunes. Lembro do ultimo disco sendo vendido em bancas de jornal, daquela forma que o Lobão resolveu distribuir seus discos. Fora isso, na minha vida os Titãs marcaram este momento, os anos “pré” alguma coisa... Nunca ficaram claras as influencias musicais dos Titãs, não como são as dos Engenheiros do Hawaii, que passa a ser algo até chato, de tão evidente.
“(...) Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava, eu não sabia
Que o homem criava e também destruía (...)”
Homem Primata – Cabeça Dinossauro – Titãs (1986)
Não à toa eram os anos pré-históricos. Talvez se me perguntassem qual é a primeira vez que escutei rock, eu com certeza iria dizer que era Kiss me Quick, de Elvis Presley, o maior! Certas lembranças da infância são as melhores de toda uma vida. Depois um álbum dos Beatles, Help! Mas na verdade, acho que ouvir e gostar, já entendendo um pouco do que seria rock foi o Cabeça Dinossauro dos Titãs.
Sobre o disco não tenho muito a dizer. Seria talvez o álbum mais famoso do grupo. As músicas mais conhecidas como Polícia, Família, Bichos Escrotos e Homem Primata são até hoje tocadas nos shows e suas letras atemporais, que fez deste disco um “clássico” do rock nacional. Escutar este disco naqueles anos, no começo da minha adolescência foi marcante. Naqueles anos escutava também o Rádio Pirata ao Vivo do RPM. Bons momentos.
O disco seguinte dos Titãs foi Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas (1987), eu já tinha mudado de escola, de colegas, e mantinha até certa “distância” desses “novos” colegas. Mas as músicas Comida, Lugar Nenhum e Desordem tocavam nas rádios, fazendo com que este e Cabeça Dinossauro fossem os meus dois discos prediletos naqueles anos. E, detalhe, até hoje só escuto estes dois dos Titãs. Outras músicas foram acrescentadas ao repertório deles, mas, como eu já havia escrito, meus interesses acabaram me levando a conhecer outras bandas nos anos seguintes e deles só esses dois álbuns restauram na minha memória.
O lado interessante de se ter um disco nas mãos é manusear a capa, ler os créditos e acompanhar as letras das músicas pelo encarte. Hoje quando escuto em MP3 algum álbum novo sinto falta de algo. Aquela arte da capas, que no caso destes dois álbuns é algo incompreensível para mim. Aqueles fósseis e as colunas gregas devem fazer algum sentido. Algo não faz sentido com as músicas.
Nos anos seguintes nada mais me caiu nas mãos e nunca mais procurei saber sobre os Titãs. Hoje em dia acabo lendo alguma coisa que o Tony Belloto posta em sua seção no site da revista Veja. Não li seus livros. Escuto os sons de Nando Reis e até tive um momento, na faculdade, que falavam bastante do álbum de estréia do Arnaldo Antunes. Lembro do ultimo disco sendo vendido em bancas de jornal, daquela forma que o Lobão resolveu distribuir seus discos. Fora isso, na minha vida os Titãs marcaram este momento, os anos “pré” alguma coisa... Nunca ficaram claras as influencias musicais dos Titãs, não como são as dos Engenheiros do Hawaii, que passa a ser algo até chato, de tão evidente.
“(...) Quem quer manter a ordem?
Quem quer criar desordem?
É seu dever manter a ordem,
É seu dever de cidadão,
Mas o que é criar desordem,
Quem é que diz o que é ou não? (...)”
Desordem – Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas – Titãs (1987)
Um comentário:
Show de bola, meu amigo!
Gostei muito do texto!
ABRAÇÃO!
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