abril 26, 2008

Eu e os jornalistas...

Mariana Ferrão

Nesta tarde, no SPTV, assisti a repórter Mariana Ferrão. Nem sabia que havia saído da Rede Bandeirantes. Como sempre digo, uma boa repórter vai para uma boa televisão... Nada contra a Rede Bandeirantes, mas o jornalismo de lá não anda muito atrativo... Ou melhor, anda atrativo para certo “grupinho”... Que não me interessa...

Mas voltando a Mariana, era com certeza uma das melhores apresentadoras do jornalismo da Rede Bandeirantes. Além de muito bonita, claro, é muito inteligente. Já a vi cobrindo desde jogos até eleições, trabalhando muito bem ao vivo.

Letícia Levi

Além de Mariana Ferrão, a agora ex-apresentadora do Band News, Letícia Levi está trabalhando agora na Rede Record. Desta forma não vai ficar ninguém para dar tchau ao Fernando Mitre... Tempos atrás foi Maria Cristina Poli, que apresentava uma programa maravilhoso dentro daquele micro-ônibus no Canal 21, que fazia parte do Grupo Bandeirantes. Hoje está na Rede Globo, no Fantástico. Letícia também já apresentou o programa de esportes na Bandeirantes.

José Hamilton Ribeiro

Um mestre. Não tenho como conter elogios a José Hamilton Ribeiro. Sempre gostei muito dele em sua simplicidade e depois ao saber de toda sua carreira isso me impressionou mais ainda. Estava assistindo, também neste sábado, na TV Senado um programa em que ele era o convidado. Neste programa se falou de tudo, desde seu início de carreira passando pela perda de sua perna no Vietnã em 1968. Com um papo muito bom, chegou a falar algumas verdades inquestionáveis, mostrando toda sua independência jornalística e muito de sua vivência. A questão que mais me empolgou foi sua resposta, extremamente esclarecedora, sobre qual a diferença entre a guerra do Iraque e a do Vietnã. Só por isso já teria valido a pela a entrevista...

Maria Cândida

Não sei por que implico tanto com ela. Não gosto dela. Não gosto de seu trabalho. Mas como sou uma pessoa com dúvidas, peço ajuda aos “universitários”. Estava ela neste sábado no programa do Amauri Jr. como convidada, ou eram melhores momentos. Bem, o que vi foi uma pessoa que fala bem inglês, por isso se deu bem. Mas, além disso, ela é uma apresentadora pop. Uma futura Hebe, talvez. Eu diria que está muito longe de ser um Zeca Camargo, que é tudo que ela gostaria de ser. Agora, o que mais me chamou a atenção, e é só por isso que eu a coloquei nesta postagem, trata da questão que ela levantou: que existe um espaço para uma comunicadora que estaria entre a Hebe e uma jornalista formal. O que eu acho pior nela é que ela se acha mais bonita do que é. Eu a acho muito feia... Sem contar que eu acho a voz dela irritante...

Para finalizar: Marcelo Rezende

Assistindo ao Observatório da Imprensa (e dessa vez, assim como no caso de Letícia Levi não foi neste sábado de sol maravilhoso), sobre o caso da menina Isabela Nardoni, o jornalista Marcelo Rezende deu aula aos “patrulheiros” da imprensa. Já sabia de seu grande profissionalismo, mas ali deu para perceber que ele vai mais além do parece. Muito além. Eu diria que engoliu os outros participantes (que, na verdade além de Alberto Dines, não eram ninguém que eu me lembre) com argumentos e fatos devastadores.

Poderia falar de mais alguns jornalistas, como Alexandre Garcia e outros que tenho link indicado ao lado. Esse tópico surgiu quando comecei a escrever sobre a Mariana Ferrão e há tempo queria falar dos outros jornalistas. Eu tenho um pouco de restrição a certo tipo de jornalista, principalmente daquele que gosta de ser o centro das atenções. Muito mais jornalistas me desagradam e são poucos os que eu gosto de ler. Detesto jornalista que tem críticas de momento e pouca memória. E detesto ainda mais aqueles que mudam de opinião quando lhe é conveniente. Eu acho que falta um pouco de engenharia na formação de alguns jornalistas. Aliás, isso eu falo para muita gente de inúmeras profissões da área de humanidades. Sem contar aqueles jornalistas de botequim, que mal sabem interpretar um número dentro de uma tabela... E para finalizar, jornalista não precisa ter “diplominha” de jornalista para ser bom. Tem é que escrever bem.

abril 21, 2008

Jean Nouvel, Pritzker 2008

E neste ano de 2008 o ganhador do maior prêmio da arquitetura mundial, o prêmio Pritzker, foi o arquiteto francês Jean Nouvel, de 62 anos de idade. Já falei outras vezes do Prizker aqui e fico muito feliz com a indicação de Jean Nouvel, um dos arquitetos que mais admiro. Suas obras e muito do pouco que li sobre seus escritos me influenciam bastante.

Quando conheci a obra de Jean Nouvel, estava numa época a recordar os antigos (nem tão antigos assim) arquitetos modernistas e estava um tanto quanto achando que nada novo estava sendo feito. Ficava um pouco indignado e ao folhear um livro chamado “Contemporany Europen Architects” vi imagens da obra de Jean Nouvel e busquei saber mais sobre ele. Não por acaso ao entrar na livraria Siciliano do Shopping Ibirapuera, em 1997, dou de cara com um livro sobre a obra de Jean Nouvel, a um preço muito acessível. Coisas daqueles anos de dolarização do Real. Naquele mesmo ano, Nouvel veio a São Paulo, e uma exposição sobre sua obra foi feita nos salões da FAAP. Já falei sobre esta exposição aqui.

Numa outra oportunidade, Nouvel fez estudos para uma franquia do Museu Guggenheim no Rio de Janeiro, projeto do qual não sou entusiasta. Um pouco mais sobre Nouvel aqui nesta reportagem do jornal “O Estado de São Paulo”, já que em alguns sites de arquitetura a notícia simplesmente nem foi de grande importância. A revista “Arquitetura & Construção”, uma revista que tende a ter conteúdo mais especifico para um publico leigo, fez questão de noticiar a indicação de Nouvel, em uma página com fotos de alguns de seus projetos, entre eles o Instituto do Mundo Árabe, de 1987, em Paris.
A depender de mim, a arquitetura entraria e muito no debate cultural. Mas como posso ver em muitos lugares que simplesmente a cultura esbarra no não entendimento da arquitetura como obra de arte. Segundo Ortega y Gasset, “a arquitetura é uma arte étnica e não se presta a caprichos. Sua capacidade expressiva não é muito completa; só expressa, pois, os amplos e simples estados de espírito, os quais não são de caráter individual, mas de um povo ou de uma época. Além do mais, como obra material supera todas as individuais: o tempo e o custo que supõe fazem dela forçosamente uma manufatura coletiva, um trabalho comum, social.“ Ao manter a arquitetura fora das discussões culturais, é mais um pedaço de cultura a ser desprezado e mal entendido, o que gera as distorções de sempre, já velhas conhecidas. Dessas distorções podem se entender certos “espantos” que costumam permear o debate cultural. Fazer o que, quando cultura é entendida como commodites...

abril 20, 2008

Campeonato Paulista 2008

Não dá para confiar no São Paulo mesmo... Agora só me resta a Ponte Preta...

Como de praxe, não assisti ao jogo. Muitas vezes nem sequer assisto aos jogos do Corinthians, quanto mais assistir a um jogo que não tenho nenhum interesse. Preferiria o São Paulo a perder da Ponte Preta na final, mas como o Palmeiras conseguiu reverter o resultado do primeiro jogo, fico até achando que talvez o Vanderlei Luxemburgo ganhe mais um título paulista... E ele coleciona estes títulos. São eles:

1990 – Bragantino
1993 – Palmeiras
1994 – Palmeiras
1996 – Palmeiras
2001 – Corinthians
2006 – Santos
2007 – Santos

abril 13, 2008

Decepção...

Ontem à noite resolvi assistir ao programa de Serginho Groisman. O motivo: Engenheiros do Hawaii. Sim; fazia um bom tempo que não sabia o que o Humberto falava. Para ser mais exato acho que desde os tempos que eu fui ao “Programa Livre”, com meus 16, 17 anos, eu não escutava uma entrevista do Humberto. Ler alguma coisa até li nesse período, mas nem conseguiria fazer um perfil dele a mais de doze anos. E não é que para minha total decepção ele não disse praticamente nada...

Não sei o que acontece com Serginho, mas ele não deixou ninguém falar dos quatro convidados - Engenheiros do Hawaii, Fernanda Young, Caio Blat e Olodum. O que mais falou foi Caio Blat, que é o que menos tem a falar sobre qualquer assunto... Ou seja, acho que perdi meu tempo assistindo ao programa; um programa que tinha tudo para ser bom.

Uma curiosidade: em algum momento, um jovem da platéia, angolano, fez uma pergunta ao Olodum extremamente pertinente. De tão pertinente o rapaz do Olodum não entendeu... Ou se entendeu desconversou. Perfeita a pergunta! Quem sabe com esses convidados o Groisman podia fazer muito mais e fez muito menos. Em suma, ele está um jornalista perfeito, segundo alguém que não lembro o nome, que diz que o jornalismo separa o joio do trigo e fica com o joio...

abril 11, 2008

Não esquecer do Guga

Bem, naqueles tempos pós-morte de Ayrton Senna, apareceu o jogador de tênis Gustavo Kuerten, o Guga. O tênis era um esporte que praticamente nunca se comentou no Brasil antes de Guga. Ele parece ser um cara simples e teve vitórias incríveis naqueles anos. Diria que ele foi o maior divulgador do tênis no Brasil durante os anos 1990. E talvez um dos maiores destaques do esporte nacional. Hoje vejo que o tênis não se renovou, ou melhor, não foi adiante apresentando novos nomes.

Caso bastante semelhante ao do vôlei medalha de ouro em Barcelona (1992). Em 2004, com uma seleção renovada conseguiu outra vez o ouro em Atenas. Já existia o grande time de 1984, medalha de prata em Los Angeles, mas o vôlei nunca conseguiu ter um campeonato brasileiro ou times estruturados com torcida representativa.

Falando em medalha de prata em 1984, a seleção brasileira de futebol naquela olimpíada teve sua melhor colocação. Era um time cuja base era oriunda do Internacional de Porto Alegre. Depois disso somente Zagallo conseguiu em Atlanta (1996) o bronze. E 2004 nem foram classificados...

Nos esportes, os anos 1990 foram muito mais interessantes que os 1980 e até mesmo os 1970. Parecia que o Brasil descobriu uma nova “indústria”. A tal geração coca-cola cedia lugar para uma geração “saúde”. Como já tentei apresentar aqui, muita gente fingia que fazia esportes, que era saudável. Até hoje muito disso ainda acontece, mas o tempo se encarregou de separar quem realmente foi sério a respeito do esporte e os que o utilizavam como propaganda “politicamente correta”. Os anos 1990 poderiam também ser avaliados como os anos da preparação da “revolução gramsciana”, onde o “politicamente correto” o “ilícito libertador” andavam lado a lado, como numa grande passeata pela paz. Só esqueciam de pedir paz na “Praça da Paz Celestial” (1989)...

E o futebol... Nada, Fórmula 1!

Não sou lá um fã enorme de futebol. Acho que muito tem a ver com jogar mal. Mas eu acho que jogo mal por não ter o “gostar” (uma moda agora é adjetivar verbos; dá ar de “intelectual”... Aja miolo mole para tanto). Eu acho que o desinteresse vem desde criança. Nunca fui muito interessado. Mas com uns 8, 9 anos de idade comecei a acompanhar alguns campeonatos e, claro, torcendo sempre pelo Corinthians (isso desde antes até... O Sócrates que o diga). Nas copas do mundo não havia muita empolgação enquanto era criança. Na de 1982, que tinha uma das melhores seleções, eu era criança demais para entender todo o campeonato. Até chegar aos meus dezoito anos nada tinha me impressionado no futebol da tão falada (na época) seleção tricampeã do mundo. Foi ver o último jogo da copa de 1994, no qual Viola jogou e finalmente o Brasil jogava naquela copa com três atacantes. Viola era do Corinthians. Tinha feito um gol na final do Brasileiro de 1990 sobre o Guarani. Viola era “o cara”, naquele tempo. Romário? Bebeto? Nem aí... O lance era cantar:

Chora porco imundo
Quem tem Viola
Não precisa de Edmundo!


E continuo a cantar para os porcos imundos. O Palmeiras um dia já foi parte do Corinthians. História que nenhum dos dois times gosta de falar. Do São Paulo não se pode falar muito, pois é hoje a única equipe brasileira com uma infra-estrutura de treinamento e de formação de base, além de ter uma boa campanha nos últimos anos. Isso é fato. É meu palpite para o campeonato paulista deste ano. Mas a emoção de ser corintiano é sempre maior. Nunca um time que sempre teve coração aberto, apoiando outros times, caso do “Azulão” São Caetano alguns anos atrás, ficou tão sozinho. É um time popular, o que mostra muito bem a diversidade de sua torcida. O Internacional de Porto Alegre, assim como o Cruzeiro de Belo Horizonte, também já tiveram estruturas maiores e não sei por que não conseguiram seguir o modelo sãopaulino. Muito diferente do Palmeiras, o Inter ganhou o campeonato mundial quando teve a chance. Já o Cruzeiro conseguiu uma proeza em 1998: perder a copa sul-americana par o Palmeiras na final, assim como o campeonato brasileiro para o Corinthians. O Inter, “campeão do mundo”, quando foi jogar contra o 16º colocado no campeonato brasileiro de 2007 conseguiu perder, propositadamente só para prejudicar o Corinthians. Nunca vi um time se dignar a esse papel. O Santos este ano de 2008 ganhou, numa partida que ajudou o Corinthians. O São Paulo já tem até um histórico de ter ajudado algumas vezes o Corinthians. Certo que tanto no Brasileiro de 2005, quanto no rebaixamento do time em 2007, o Corinthians é claramente o maior culpado. Era só ter vencido um jogo a mais. Nada mais. Pura incompetência nos dois casos, um que foi ganho nos tribunais e outro que culminou no rebaixamento.

Mas o que venho dizer com essa enorme introdução, cheia de pequenas memórias, é que este ano estou muito mais interessado no campeonato de Fórmula 1. Ter um Felipe Massa para torcer é muito melhor que assistir o Corinthians sofrendo com times da segundona. Ainda mais com um campeonato aparentemente mais concorrido. Massa tem carisma. Correu o seu primeiro ano com o “alemão” Michael Schumacher, maior desafeto de Barrichello (eu acho, né?). Ganhou em Interlagos (algo importante para um piloto brasileiro, não para um funcionário do mês da Ferrari...). De certa forma, para quem viveu naqueles anos de assistir às corridas com Senna, Piquet e outros como Maurício Gugelmin e Roberto Pupo Moreno, após 1994, com a morte de Senna, ficou extremamente sem graça a F1. Quando Barrichello chegou a Ferrari se esperava ver um novo Senna. O problema de Rubens é estar sempre no lugar errado e na hora errada. Um momento que a morte de Senna e sua imagem ainda forte, aliado à uma Ferrari com Michael Schumacher, não é a combinação perfeita, entre momento e parceiro. Ele não era Alan Proust; e os outros competidores eram muito ruins. Mas ser segundo colocado era o mínimo que se esperava. Nem isso ele conseguiu. O pior que Rubens Barrichello foi campeão de tudo antes de chegar à F1. Era considerado o piloto de kart (com 14 anos) que a cada três corridas ganhava duas. Ninguém imaginava ser ele um fiasco na F1. Ok, ok, eu também me decepcionei com o colombiano Juan Pablo Montoya. Ele também era “o campeão” de tudo antes da F1... Gostava muito mais dele que de Rubens Barrichello. Pois é... Eu sou meio emotivo, não?
Só para não esquecer: Vai, Massa, vai ser campeão!

abril 06, 2008

Finalmente... F1

Nesta temporada de 2008, que ainda não consegui assistir a nenhuma corrida - nenhuma das três: Austrália, Malásia e o de hoje em Bahrain. Mas hoje fiquei bastante contente com a vitória de Felipe Massa. Vamos, Massa, vá ser campeão!

Nem tive tempo de falar mal de Rubens Barrichello, que saiu com a bomba de gasolina na outra corrida e, segundo Galvão Bueno, tinha feito uma corrida espetacular... Só quero ver como será o tal livro de Barrichello, que diz ele lançar depois de se aposentar. Vai ter o título: “Fui campeão em tudo - menos contra o alemão e ninguém lembra”... Ou “A alegria de ser o segundo”... Ou talvez “Rubens, quase lá - O mistério por trás do alemão”.

Agora falando bastante seriamente, acho que este campeonato é o primeiro a ser realmente mais selvagem, onde o piloto volta a ser “piloto”. Quem sabe essa emoção esteja na contramão da história, já que a F1 seria o máximo em tecnologia, mas para dar novo rumo à competição parece surtir efeito. Vamos ver... Acompanhando... E torcendo pelo Massa (mesmo ele não sendo da McLaren, minha escuderia predileta).

Hey You

“Hey you, you say you wanna change the world
It's alright, with me there's no regret
It's my turn, the circle game has brought me here
And I won't let down 'till every song is set

You realize now
You should have tried now, oooh
The music's gone now
You lost it somehow
Hey you, sha lalala
Hey you, sha lalala
Wooo, sha la la
Wooo, sha la la (...)”


Hey You – Bachman-Turner Overdrive (1975)

Ontem, pela primeira vez, ouvi esta música sendo executada ao vivo. Escutei esta música pela primeira vez numa fita K7, como já contei aqui. Tinha 13 anos de idade e já tinha enorme tendência a gostar de rock’n roll, mas passados mais de 15 anos, nunca havia visto nenhuma banda tocar “Hey You”. E não poderia ser ainda mais incrível, ser no mesmo bar que eu fiz meu primeiro show como músico amador. Este mesmo bar que funcionou por cerca de 14 anos ao lado da minha casa e hoje está a poucas quadras; mudança ocorrida no ano de 1999. Nada mal para comemora o aniversário de um grande amigo e por tabela, o aniversário do blog.

1 ano...

Minha primeira postagem aqui, no dia 6 de abril de 2007:

“Do ponto de partida ao ponto final se traça um caminho. Este pode ser curto, longo, sofrido ou mesmo tranqüilo. Nunca saberemos qual caminho realmente tomamos à não ser no ponto de chegada. Assim inicio esse blog, timidamente e sem saber aonde vou chegar. Aqui vou falar de tudo um pouco: da arquitetura, do urbanismo, da literatura, da arte, da vida, da cultura, da música, do cinema e até do futebol. “Tudo ao mesmo tempo”, ou quase tudo, em tempos diferentes. Mas o importante é o caminho, sempre. Caminhar é preciso.”

E caminhando agora para o segundo ano de blog!!!!

abril 05, 2008

Minhas manhãs com...

Acordo cedo. Não acho isso uma das melhores coisas da vida, mas a cidade e o trabalho exigem isso de mim, ou fico preso no transito e chego atrasado. Mas ainda pela manhã, antes do sol nascer, acordo com o belo rosto da repórter e apresentadora do “Bom Dia São Paulo”, Monalisa Perrone. Isso dá até mais animo para agüentar o dia. Hoje tive a oportunidade de vê-la no SPTV segunda edição. Sempre bela. Outro dia até a vi fazendo jornalismo, fazendo o secretário da Prefeitura de São Paulo repensar o que dizia sobre a “cracolandia”. Ou seja, bonita e ainda faz bom jornalismo. Só poderia ser na Globo...

Uma fila de livros...

Que tal dizer quais livros estão na fila das minhas próximas leituras?

Acontece sempre que ao terminar um livro, de ensaio, aparecem ao menos mais uma dezena de outros autores correlacionados. É uma seqüência sem fim...

Bem, mas atualmente estou me divertindo com um livro. “Exército de um homem só”, de Moacyr Scliar, é, como diz na orelha, “(...) uma das peças de ficção mais importantes produzidas na década de 70”. Conforme soube pelo próprio Moacyr, todos seus livros incorporam o humor na literatura. Já deveria ter terminado o livro, mas com minha atual atividade, ando lendo nem 10 páginas dele por dia. Mas o interessante é a capacidade do autor de colocar tantos detalhes em tão poucas páginas. Estou gostando muito e rindo também de várias das passagens.

Bem, na fila está uma coletânea de ensaios de George Orwell, “Por Dentro da Baleia”, que parei para ler um livro de Viktor Frankl, que acabei não lendo também por completo. Na fila tenho o livro do jornalista William Waack, “Camaradas – Nos arquivos de Moscou”, e o livro de Geneton Moraes Neto, “Dossiê Moscou”. Os dois têm uma raiz comum, mas as temáticas são de abordagens completamente diferentes.

Ainda na fila, tenho que terminar de fazer as notas de “Ideais Traídos”, de Sylvio Frota, além de tentar comprar em algum lugar o “Dossiê Geisel”, que anda esgotado nas livrarias. Mas se não consigo terminar os que estão ao meu alcance imagina falar dos livros que ainda não comprei. Para estes tenho já uma outra fila, ou melhor, planejamento para comprá-los. Entre eles estariam “Sobre o Islã”, de Ali Kamel, “A Lanterna na Popa”, de Roberto Campos, “Camus e Sartre – O fim de uma amizade no pós-guerra”, de Ronald Aronson, entre outros. Como sempre, temas variados.

Sobre a arquitetura, tenho tentado manter as leituras direcionadas ao meu tema de trabalho. Muitas coisas eu adoraria ter mais tempo para ler, como um livro de textos sobre o modernismo brasileiro que tenho aqui comigo, dos quais já li alguns. Tenho grande vontade de saber mais sobre os tratados de arquitetura de Vitruvius, além de um livro do arquiteto suíço Peter Zumthor.

O mais interessante que costumo encontrar muitas referencias a outros livros que não são de arquitetura nos livros de arquitetura. Isso é muito compreensível. A mais interessante de todas as referencia anda sendo Ortega y Gasset, que escreveu muitos ensaios sobre estética.

Ler costuma ser passa-tempo para alguns. Informação para outros e tudo isso e mais um pouco para uns poucos. E há ainda aqueles que se preocupam em não escutar música e não assistir TV para dizer que são “leitores”. Outro dia alguém me perguntou sobre o Big Brother. Não sabia o que dizer, já que não acompanhei em nada esta oitava edição do programa. Para ser mais exato, nunca acompanhei o programa. Vi muitos “paredões” e edições dos primeiros junto com amigos, mas nunca me interessei pelo programa. E não recrimino quem se interessou. Pode-se fazer uma boa análise dos participantes. Uma análise sociológica, psicológica e até sobre o marketing e a edição da TV Globo. Lembro de uma entrevista da apresentadora de televisão Márcia Goldschmidt, na qual dizia ser simplesmente uma janela, pois a paisagem que exibia em seu programa era existente. De certa forma o Big Brother tem muito disso. Se a tal edição valoriza ou desqualifica os personagens ali sendo apresentados aos poucos são outros aspectos a serem discutidos, mas em termos técnicos a edição do programa é bem feita.

Mas voltando aos livros, entendo muito bem que sem eles não há como realmente entender certos mecanismos do mundo atual. Mas a questão mais correta é quem realmente quer entender os mecanismos do mundo atual. Existe certo perfil, que li em texto de George Orwell, mas que não entendia até começar a questionar o tipo de leitura que as pessoas fazem de maneira geral. Este perfil é formado por pessoas que consomem os livros lançados no momento. Não se importam muito com o que lêem. Seja algum passa-tempo, o livro de fácil leitura; seria o “easy reading”, parafraseando o método musical (ou seria estilo?) do “easy listening”. Estão nesse meio muitos autores considerados de média qualidade, aqueles “vendedores de livros”. A dúvida é sempre se um leitor desses livros um dia chegará a ler os “clássicos”. E a resposta continua sendo não. Não existe uma “escada” a subir pela leitura. Ou seja, o incentivo a leitura tem também um lado mais específico. E existem horas e horas para ler certas coisas. Não adianta tentar ler um complexo e longo livro no metrô ou no ônibus, como “Ulisses”, de James Joyce, ou “Os Irmãos Karamazov”, de Dostoievski. Assim como num momento mais propicio nada melhor que tentar encarar um dos clássicos, quando, por exemplo, em férias ou num final de semana de descanso.

São nessas horas que vejo que uma cultura não caminha. No Brasil do século XIX tenho a desconfiança que se liam muito mais os clássicos que atualmente. Isso levando em conta o número total de alfabetizados em relação à hoje. Mesmo nas escolas se tem a impressão que estudos dos clássicos são sempre chatos. Parece que o esforço está sendo substituído pela propaganda. Ou seja, agora que existem megastores, o acesso aos livros se torna cada vez mais fácil, se lê mais, mas a qualidade do que é lido é duvidosa.

Da mesma forma que a música passou a ser muito mais acessível, com o advento dos aparelhos de mp3 portáteis, a qualidade da música produzida também não mudou e ocorreu um novo problema: a forma anterior de se distribuir música parece fadada a desaparecer, enquanto o livro impresso parece ter uma longa sobrevida.

No período da faculdade lembro de colegas de outros cursos (pois os alunos do curso de arquitetura sempre tiveram muito gosto pela compra dos livros, que muitas vezes são extremamente caros, por serem importados e as publicações constarem de muitas fotos coloridas) da dúvida de comprar o livro ou tirar uma fotocópia. O livro é relativamente caro no Brasil, mas existe um perfil de estudante (nas faculdades) que prefere gastar noutro tipo de atividade ao invés de comprar os livros. E também existe um perfil de professor que pede o livro para uso de um único capítulo, o que demandaria talvez a confecção de uma apostila ou outra forma mais propícia didaticamente. Os dois erram. Mas fazer o que? Em muitas disciplinas das faculdades professores enganam que ensinam e alunos enganam que aprendem...

Garanto a você que pouca gente sente falta de uma biblioteca pública. Uma biblioteca onde se emprestam os livros. Isso parece hoje uma coisa do passado. Muito me agradava ficar na biblioteca da faculdade (na de arquitetura). No geral eu via pouca gente emprestando constantemente algum livro ou revista. As pessoas eram bem direcionadas. Pegavam exatamente o que era para um trabalho e mais nada. E depois reclamam que tinham poucos exemplares dos livros... Daqueles três que resolveram pegar na biblioteca durante todo o curso. O que mais eu gostava na biblioteca eram os livros importados. Isso sem dúvida nenhuma é uma das melhores coisas de uma biblioteca pública. E a pior coisa são os ácaros, já que poucas bibliotecas têm um bom projeto arquitetônico. Quando estava cursando o segundo grau passei muitas tardes no Centro Cultural de São Paulo, mas nenhuma vez fui à biblioteca Mário de Andrade. Existia algo de cult naqueles passeios, mas garanto que foram melhores que muitas outras formas de se “perder tempo”. Pode-se perder muito tempo lendo também. George Orwell dizia até que muitos livros não deveriam ter sido escritos e que outros poderiam ser bem menores. Para se concordar com isso basta ver quantos livros foram “ruins” de ler, mas eram “bons” de crítica...
Voltando a fila dos livros, eu costumo mesmo ler dois ou três títulos ao mesmo tempo. Para ser mais exato é começar um sem terminar o outro. Ultimamente venho constatando o fato de se lançarem muitas coletâneas de textos, o que não acho ruim, já que com o tempo tudo fica meio dispenso e essa reunião ajuda muito a trabalhar os textos de ensaio. Em suma, se estou lendo um romance que necessita de muita atenção, este fica para as noites ou para os finais de semana, enquanto no ônibus ou no metrô prefiro estas coletâneas de textos. Um que estou lendo no momento é “Lula é minha anta”, escrito por Diogo Mainardi, que não passa da reunião de textos de sua coluna semanal na revista Veja. Mas estes em especial tratam do momento político entre os anos de 2005 a 2007. Sua importância com o tempo será ainda maior. Fico no aguardo do lançamento de “O País dos Petralhas”, próximo livro de Reinaldo Azevedo. Pelo que adiantou em seu blog, trata-se de uma coletânea de textos também, assim como é “Contra o Consenso”, seu primeiro livro, por sinal muito bom. O que se pode avaliar pelas minhas atuais leituras é que tenho variado entre textos antigos e textos novos. Um equilíbrio bom sob este aspecto, mas tenho lido pouca ficção e muitos mais ensaios, o que não sei se é tão bom. Mais uma dúvida para meu longo caminho...

abril 04, 2008

Caminhos de Sarkozy

Nicolas Sarkozy, presidente da França, não anda agradando. Não agradar aos franceses é um problema, mas não agradar também os brasileiros já é demais! Ele esteve na mídia por seu casamento e lua-de-mel recentes, o que não vejo lá grande importância. O que vejo de importante e não está acontecendo, é que ele, em teoria, foi eleito para fazer uma reforma bastante complexa que há tempos a França necessita, mas que os franceses não sabem ainda se estão preparados. Em eleições passadas candidatos com esta plataforma política não venceram. Sarkozy é o primeiro, mas não o vejo trabalhando nesse sentido. Sua popularidade vai cair muito quando começar a fazer a tal reforma. Ele sabe disso. O que ele não sabe é se os franceses vão entender.

Mas deixando de lado os franceses e indo para a política externa francesa, parece que agora Sarkozy está empenhado em resgatar Yngrid Betancourt das mãos das FARC. Vamos ver até quando ele terá paciência com os terroristas. O caso exige realmente atenção. O importante é ficar bastante alerta às declarações do governo francês. Elas serão as possíveis guias da Comunidade Européia. Estamos em movimento, basta agora saber para qual lado os pêndulos estarão.

Outro dia...


Jonh Locke (1632-1704)
Não é que às vezes vejo que exclamo uma frase e ela é completamente estranha a meu interlocutor? Mais ou menos assim: o interlocutor me fala de algo que não passa de uma das muitas formas de atuação da Nova Era e eu nem sequer dou atenção. Não sei o que tanto deixa pessoas impressionadas em “Uma verdade inconveniente”, “O Código Da Vince” ou qualquer coisa do Michel Moore. Nem é necessário ver o filme ou ler o livro para entender que se pode estar perto de uma das maneiras de atuação de uma onda de pensamento que EU chamo de Nova Era. Eu chamo assim para designar rapidamente esse movimento que prega todo tempo as contradições da vida terrena como se fosse um erro, ou alguma coisa fora do eixo.
Estar em contradição é sinônimo de uma vida plena. Ninguém é todo coerente se é normal. Se assim o fosse não haveria como um intelectual assistir TV, jogar futebol, ou a pior de todas as coisas, torcer por um time de futebol. Claro que se busca coerência na vida, mas um dos principais sentimentos não possui nada de coerente: o amor. Quem um dia amou sabe que não há regras de como se apaixonar ou de como ser coerente por critérios, digamos, técnicos. Basta esse único exemplo? Então que se pense na música. Aquele que lhe soa bem nos ouvidos é a melhor música já produzida pelo homem sempre? Ou só se busca o melhor quando este tem viés político? (Pareço o George Orwell vendo política em tudo...).

É lógico que existe mais talento nas obras de Dan Brown do que em Michel Moore. O pior que as pessoas esperam mesmo que o autor, condescendente com a metodologia do movimento, ou até mesmo inocente útil para tal, afirme que faz parte do tal movimento. É muita inocência. Mas como já dizia um dos grandes: “Uma mentira pode dar a volta ao mundo enquanto a verdade ainda calça seus sapatos” (Mark Twain).

Mas voltando, o interlocutor muitas vezes crê que eu faça parte de alguma seita, notadamente pelo entusiasmo pelas obras recentemente assistidas ou lidas. A fuga de casos assim é complexa, pois como falar de W. Shakespeare para alguém que acredita que Al Gore é fantástico? Aliás, é por não ler Shakespeare que alguém pode achar fantástico um discurso sem maior intenção que o de Al Gore. Afinal, se perguntem: Por que ele faz isso? Ele nunca deixou de ser um político. Ele nunca deixou de apontar que aquilo que ele hoje defende nem sequer passou por sua campanha política? Imagine só ele como presidente... Será que ele é partidário de Obama?

Falando em Obama, muita gente se entusiasmou com seus discursos, mas pouca gente sabe se ele fala coisa com coisa. Por enquanto só encantamento. É duro fazer política em meio a uma crise. Principalmente sem ter que falar sobre ela... Imagino que em breve sua popularidade caia (no Brasil, pois na América vem caindo constantemente). Mas, sendo bem irônico, já imaginou o Hugo Chaves falando do Obama? Como é torto esse discursinho do Chaves e desses outros possíveis bandoleiros latino-americanos...

Naquela operação de “resgate” na Colômbia, onde se reuniu meio Foro de São Paulo (sem contarem para Sarkozy, como escrevi à época), quem mais poderia estar lá para filmar? Sim, ele mesmo: Michel Moore... Porque ele não vai ver o sistema hospitalar cubano? Ahh, já sei. Porque ele não é tão estúpido assim... As pessoas iriam desconfiar, já que existem nos Estados Unidos mais de dois milhões de cubanos que viveram aquilo. Muita gente para ele contestar, não? Nunca vi um cubano falando que vivia bem na Ilha Cárcere... Será que é porque tem medo dos americanos mandarem eles de volta a Cuba depois que Fidel se for? Mas porque teriam medo de voltar se era tão bom? Ohh vida... Que monte de dúvidas... Será que o Moore está me influenciando? Estaria eu parando de pensar?

E com estas questões que não consigo acreditar que a Nova Era seja algo bom. Tudo bem para quem não lê, pegar uma obra complexa em termos de detalhes e de realismos, como “O Código Da Vince” e se encantar pelo romance. Não é ruim sob o aspecto literário, mas achar que o Opus Dei é sabe-se lá o que, que a Igreja esconde as coisas, é um pouco de falta de vontade de ver que aquilo é um ataque gratuito. Vamos por partes. Desde quando a Igreja no Brasil foi “nefasta”? E no mundo? Tudo que falam da Igreja é sempre que “na inquisição”, que não aceita a “camisinha”, que o papa falou “sei lá o que”, etc. e não se fala nos mortos que outros sistemas causaram há muito menos tempo que nada tinham a ver com a Igreja (caso do socialista e do nazista).

Sei lá eu qual o “grande avanço” com o projeto de destruição da Igreja. Se eu fosse um daqueles católicos mais interados tentaria ver alguma conspiração de agnósticos, ateus ou islâmicos. Mas o que vejo é o crescimento da Igreja Protestante o que não vejo como negativo, afinal não vejo diferença entre um protestante e um católico; são todos cristãos. O que talvez possa ocorrer é o aparecimento de algum fanatismo. Mas talvez nem seja algo relevante. Como também já afirmei aqui no blog, eu acho que a universidade (academia) deveria estudar este fenômeno em vez de fazer militância política. Isso é um tema que eu me interessaria e que pode ser estudado sociologicamente. Mas não, se perdem em justificar o uso das drogas. Sob este tema, continuo convicto da minha opção de não ter visto ainda “Tropa de Elite”. Quero ver o quanto o filme ainda renderá de debate.

Bem, é isso. Um desabafo sobre a Nova Era e nada demais. Um dia alguém me perguntou como eu me definiria politicamente. Eu disse que estava à direita, com fortes influencias do liberalismo (aquele de Jonh Locke) e algumas concordâncias com o conservadorismo. Em suma, o interlocutor voltou a não entender nenhuma palavra da minha frase, a não ser que eu talvez fosse um direitista; o que não quer dizer nada, afinal o que é ser da direita? Quais são os “dogmas” da direita? Qual a “agenda” da direita? Qual o país representa as idéias da direita? Ou seja, como sobre a saúde de Cuba, falar da direita é a mesma coisa de tentar achar chifre na cabeça de cavalo... Não há consenso de nada, não há agenda, não há “dogmas”. E a liberdade é o que há de mais direitista que existe. Afinal, não há Marx para ditar regras. Não há a criação da “nova sociedade”, pois a que está ai é o que há e “tá valendo”...

OBS: Jonh Locke (1632-1704) não tem p%#* nenhuma a ver com o seriado Lost...

abril 03, 2008

Tinha a dúvida... Agora a certeza.

Tinha dúvida do texto de Jorge Amado, amado por todas as pessoas ma-ra-vi-lho-sas, se era fraco. Tinha uma dúvida, pois vendia muito e havia seriedade no trabalho. Mas pouco tempo depois de sua morte simplesmente sumiu de qualquer debate ou citação. Enquanto se falava (ou fala) de Paulo Coelho, Amado simplesmente sumiu. Mas não é que minha dúvida ficou um pouco menor, desde domingo.

Daniel Piza, que tenho em grande estima por ser um grande leitor e crítico literário muito bom, escreveu o que queria ler a tempos. Em seu texto dava breve nota do tal lançamento de toda a obra de Amado e até destacava um trecho que considerava uma das melhores coisas por ele escritas (aqui).

Eis porque leio Piza: porque é uma pessoa que tem cultura para ver coisas boas além da cortina de fumaça que às vezes me cega. Só para dar uma pequena mostra de sua cultura literária, em um texto do livro “Contemporâneo de Mim”, cita um momento que esteve numa casa de campo descansando, lendo um dos volumes reunidos dos textos de Otto Maria Carpeaux. Isso já diz muito...

A proximidade...

Em alguns dias completo o primeiro ano de um blogueiro. Estou ausente, coisa normal. Esta proximidade me lembra sobre uma questão que me persegue desde o primeiro dia de blog: quem é que lerá o que escrevo? E não é que me surpreendo todos os dias. O mais engraçado que estou sendo mais lido sem escrever do que escrevendo...

Sei lá o que acontece, será o adsense? Não faço idéia... Será algo que ninguém gostou, então lêem e passam para os amigos para dizer que não gostaram? Ou será que me descobriram? Está é a pior hipótese; pois depois de um ano ainda não sei se meu blog anda sozinho, se é que me entendem...

Escrevi outro dia, muito moderadamente, mas tenho um monte de coisas a falar. Não estou me conformando em cada dia a situação geral estar pior e ainda ver gente escrevendo que está tudo indo muito bem... Tenho vontade de falar mal de muita gente. Começando do presidente e passando por vários ministros até chegar a deputados que simplesmente são membros de alguma seita que faz lavagem cerebral ao contrário; tiram limpeza e espalham sujeira. Mas como já disse antes “eu não consigo odiar ninguém”. Mas não é ódio, é simplesmente desprezo. Essa coisa de ficar odiando e babando de raiva é coisa de gente que não tem o que fazer; ou seja, esquerdistas. Só um esquerdista teria tempo de ficar me espalhando pela internet como “mal a combater”...

Hoje tive um “momento” sobre o porquê da má qualidade da educação no Brasil. E com certeza existe uma possibilidade de alinhamento político a causa disso. De certa forma é por causa dessa possibilidade que insisto em escrever, nem que seja para os cachorros loucos...

Mas e o tempo para escrever? Este está sendo meu maior inimigo. O mais interessante que estou ao mesmo passo escrevendo uma outra condição. Esta muito mais profunda que o blog, mas tem certas horas que só as fichas dos livros já tomam a parte maior de todo o tempo. É... Dura a vida de alguém que se dedica a uma vida intelectual. Não consegui ainda comprar o livro de Sertillanges, “La vida intelectual”, mas com certeza lá terei mais um caminho... Essa indicação vale muito. Muito mais que parece.

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...