Esse vai ser um texto rasteiro, meio rápido. Mas serve como guia de um pensamento relacionando muito bem as posições às vezes ditas conflitantes dentro da personalidade do “povo” brasileiro. Está baseado em segunda mão com o livro de 1933 de Gilberto Freyre. Por que digo segunda mão? Pois além de estar no meio das leituras esse “fechamento” é interpretativo. Ela também está em alguns textos de Daniel Piza, que foi de onde partiu o primeiro detalhe, juntamente do comentário de um texto de Freyre comentando alguns pensamentos de Aldous Huxley. A fonte está dada, vamos ao texto.
Primeiramente, o que se deve levar em conta se um dia já passou por isso. São dois estados simultâneos no mesmo individuo, mas não acontecem ao mesmo tempo, obviamente. Foi brilhante ter lido este texto agora pouco. Estou entusiasmado pela idéia. Já se pegou falando mal do Brasil, sobre alguns aspectos, como política, economia, segurança? Já se pegaram em outro momento falando das belezas naturais do Brasil, de certos brasileiros, como Senna, Pelé, Oswaldo Cruz, Oswaldo Aranha, D. Pedro II, José Bonifácio de Andrade e Silva, Joaquim Nabuco, Manuel Bandeira, Olavo Bilac, Machado de Assis, etc.? Mas o maior exemplo, e também o mais bobo, é o da seleção brasileira de futebol. Quando ganha são o “orgulho nacional” e quando perdem são simplesmente um “bando de pernas de pau, milionários, jogando de salto alto”. Esse complexo de superioridade e o de inferioridade se manifesta não ao mesmo tempo, mas em muitos casos com pequena diferença de tempo, sobre o mesmo tema. Ou como falam para isso é bom e para aquilo é ruim, etc... Às vezes há unanimidade, mas como Nelson Rodrigues sempre dizia, “toda unanimidade é burra”. E isso que se fala do “povo” brasileiro, que é alegre, que é inventivo, que é em uma palavra só: singular! Hahahaha!
Não é genial entender isso? Entendendo que esta manifestação nada mais é que uma pequena fuga da realidade, tentando por algum meio uma esperança na melhoria das coisas e na decepção, nos momentos de altos e baixos que manifestam o total despreparo para compreender questões universais. Seria algo como “no Brasil é diferente”. Algo que faz as pessoas buscarem algo diferente da realidade, dizendo buscar a realidade, algo que para isso dizem fazer uma descoberta, ou levar um tema somente pela superficialidade, repetindo como um mantra. O principal disso se encontra em matérias espirituais, das quais não sou lá muito adepto, onde o “sentir” é mais importante que o “entender”. Sempre, segundo Reinaldo Azevedo, se deve desconfiar de verbos substantivados... Mas, brincadeiras a parte, o objetivo aqui é aprofundar um pouco, depois dessa exposição da problemática. Estou com certo sono, além de estar muito cansado, mas é bom deixar o texto assim, para analise das idéias apuradas e, claro, são muito bem vindos comentários. Acho que nunca havia deixado textos crus como este. Eu gosto mesmo, como já falei aqui, de um texto mais exposto, já que além da problemática de escolher bem as palavras, sempre algo fica subentendido, subliminar, que muitas vezes não é intencional. Normalmente quando a intenção é essa eu pouco disfarço. Nada temo de mostrar as fontes. O que é meu, é meu, oras. Assim como uma idéia de Aldous Huxley, de George Orwell, Gilberto Freyre, Ortega y Gasset, Robert Musil, Albert Camus, René Guénon e até da vovozinha torta são deles mesmos.
Bem, ao passo que este fenômeno acontece, o uso de momentos de “orgulho nacional” para manipular a opinião pública sob fatos é a parte ruim dessa história. Imagine o caso de quanto se distorce a realidade para dizer que algo não é aquilo que você acha que é porque o discurso é bom. Seria aquele aspecto de olhar o copo com água até a metade e dizer que está meio vazio ou meio cheio. Aquele caso de não entender certas realidades. Esta do copo mesmo, é um copo com água pela metade, como disse. Se se está com muita sede é péssimo, mas se este se vira e derrama a água em seu terno Armani (aquele que você veste sob a camiseta do Megadeth...) é ótimo que esteja pela metade... Ou pior, aquele discurso do “veja bem, existe um lado bom nisso”. Sempre tem lados, sempre tem versões. Não sei como isso se originou, mas os que tentaram explicar sempre barram nesses dois estados da imaturidade. Dizer que o Brasil é bom de bola por que tivemos Pelé, Garrincha, Romário não é dizer nada. Se ninguém mais jogar futebol? Nenhuma criança. Todas resolveram ir jogar tênis por causa do Guga, por exemplo. Então como seria este o país do futebol, seria o país do tênis do futuro? Os aspectos culturais estão mais ligados a outras condições. Por ter tido um Pelé é que se tem hoje futebol mais profissional e uma referencia. Se nunca nenhum piloto brasileiro tivesse participado com vitória da F1, ela seria importante? Agora somos os maiores pilotos do mundo por ter tido Piquet, Fittipaldi e Senna? Rubens Barrichello já nos apresenta que não... Então o que representa a cultura de uma nação? São atividades em torno de como se resolvem problemas, de como se organizam para tal, de que “lutas” são partidários, etc. São inúmeros outros aspectos, entre eles a língua falada. Porque o português de Portugal é diferente do brasileiro? Por todas essas influencias de que fomos apresentados e que Portugal não foi. Parece óbvio agora, não? Porém, ninguém se desdobra em saber quais são os problemas brasileiros reais e que solução está sendo dada. Como Diogo Mainardi já disse alguma vez em seu podcast, não é com aulas de tambor e nem com o aborto que se resolvem problemas da violência no Rio de Janeiro. Agora, como atualmente somos compelidos a ver a política se transformar em um ato de popularidade e não de idéias reais ou de debate da solução dos problemas (quero demais, também...). É fácil entender por que às vezes é melhor viver numa outra realidade, uma moldada.
O sono me impede de continuar hoje... Mas vou caminhando, sem objetivo nenhum de esgotar o tema.
Primeiramente, o que se deve levar em conta se um dia já passou por isso. São dois estados simultâneos no mesmo individuo, mas não acontecem ao mesmo tempo, obviamente. Foi brilhante ter lido este texto agora pouco. Estou entusiasmado pela idéia. Já se pegou falando mal do Brasil, sobre alguns aspectos, como política, economia, segurança? Já se pegaram em outro momento falando das belezas naturais do Brasil, de certos brasileiros, como Senna, Pelé, Oswaldo Cruz, Oswaldo Aranha, D. Pedro II, José Bonifácio de Andrade e Silva, Joaquim Nabuco, Manuel Bandeira, Olavo Bilac, Machado de Assis, etc.? Mas o maior exemplo, e também o mais bobo, é o da seleção brasileira de futebol. Quando ganha são o “orgulho nacional” e quando perdem são simplesmente um “bando de pernas de pau, milionários, jogando de salto alto”. Esse complexo de superioridade e o de inferioridade se manifesta não ao mesmo tempo, mas em muitos casos com pequena diferença de tempo, sobre o mesmo tema. Ou como falam para isso é bom e para aquilo é ruim, etc... Às vezes há unanimidade, mas como Nelson Rodrigues sempre dizia, “toda unanimidade é burra”. E isso que se fala do “povo” brasileiro, que é alegre, que é inventivo, que é em uma palavra só: singular! Hahahaha!
Não é genial entender isso? Entendendo que esta manifestação nada mais é que uma pequena fuga da realidade, tentando por algum meio uma esperança na melhoria das coisas e na decepção, nos momentos de altos e baixos que manifestam o total despreparo para compreender questões universais. Seria algo como “no Brasil é diferente”. Algo que faz as pessoas buscarem algo diferente da realidade, dizendo buscar a realidade, algo que para isso dizem fazer uma descoberta, ou levar um tema somente pela superficialidade, repetindo como um mantra. O principal disso se encontra em matérias espirituais, das quais não sou lá muito adepto, onde o “sentir” é mais importante que o “entender”. Sempre, segundo Reinaldo Azevedo, se deve desconfiar de verbos substantivados... Mas, brincadeiras a parte, o objetivo aqui é aprofundar um pouco, depois dessa exposição da problemática. Estou com certo sono, além de estar muito cansado, mas é bom deixar o texto assim, para analise das idéias apuradas e, claro, são muito bem vindos comentários. Acho que nunca havia deixado textos crus como este. Eu gosto mesmo, como já falei aqui, de um texto mais exposto, já que além da problemática de escolher bem as palavras, sempre algo fica subentendido, subliminar, que muitas vezes não é intencional. Normalmente quando a intenção é essa eu pouco disfarço. Nada temo de mostrar as fontes. O que é meu, é meu, oras. Assim como uma idéia de Aldous Huxley, de George Orwell, Gilberto Freyre, Ortega y Gasset, Robert Musil, Albert Camus, René Guénon e até da vovozinha torta são deles mesmos.
Bem, ao passo que este fenômeno acontece, o uso de momentos de “orgulho nacional” para manipular a opinião pública sob fatos é a parte ruim dessa história. Imagine o caso de quanto se distorce a realidade para dizer que algo não é aquilo que você acha que é porque o discurso é bom. Seria aquele aspecto de olhar o copo com água até a metade e dizer que está meio vazio ou meio cheio. Aquele caso de não entender certas realidades. Esta do copo mesmo, é um copo com água pela metade, como disse. Se se está com muita sede é péssimo, mas se este se vira e derrama a água em seu terno Armani (aquele que você veste sob a camiseta do Megadeth...) é ótimo que esteja pela metade... Ou pior, aquele discurso do “veja bem, existe um lado bom nisso”. Sempre tem lados, sempre tem versões. Não sei como isso se originou, mas os que tentaram explicar sempre barram nesses dois estados da imaturidade. Dizer que o Brasil é bom de bola por que tivemos Pelé, Garrincha, Romário não é dizer nada. Se ninguém mais jogar futebol? Nenhuma criança. Todas resolveram ir jogar tênis por causa do Guga, por exemplo. Então como seria este o país do futebol, seria o país do tênis do futuro? Os aspectos culturais estão mais ligados a outras condições. Por ter tido um Pelé é que se tem hoje futebol mais profissional e uma referencia. Se nunca nenhum piloto brasileiro tivesse participado com vitória da F1, ela seria importante? Agora somos os maiores pilotos do mundo por ter tido Piquet, Fittipaldi e Senna? Rubens Barrichello já nos apresenta que não... Então o que representa a cultura de uma nação? São atividades em torno de como se resolvem problemas, de como se organizam para tal, de que “lutas” são partidários, etc. São inúmeros outros aspectos, entre eles a língua falada. Porque o português de Portugal é diferente do brasileiro? Por todas essas influencias de que fomos apresentados e que Portugal não foi. Parece óbvio agora, não? Porém, ninguém se desdobra em saber quais são os problemas brasileiros reais e que solução está sendo dada. Como Diogo Mainardi já disse alguma vez em seu podcast, não é com aulas de tambor e nem com o aborto que se resolvem problemas da violência no Rio de Janeiro. Agora, como atualmente somos compelidos a ver a política se transformar em um ato de popularidade e não de idéias reais ou de debate da solução dos problemas (quero demais, também...). É fácil entender por que às vezes é melhor viver numa outra realidade, uma moldada.
O sono me impede de continuar hoje... Mas vou caminhando, sem objetivo nenhum de esgotar o tema.
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