- Qual é seu e-mail?
Logo que iniciei minhas “navegações” na internet, essa é uma pergunta com certa constância comum. Naquele ano de 1997 não eram muitos que tinham e-mail e poucos que entravam nas salas de bate-papo do UOL. Eu, na época, tinha um provedor chamado STI e uma placa de fax-moden que era até veloz para a época, não vou lembrar das medidas. Era um Pentium 200MMX, com 32 de memória. Uma máquina “explosiva” para a época... E tinha um e-mail Hotmail, que é o mesmo até hoje, aquele que uso no MSN Messenger, quando uso... E mais nada (felizmente um amigo meu disse que para usar o Messenger não é mais necessário o Hotmail... Ótimo. Aqui.)
Mas nos meus currículos detestava colocar um e-mail Hotmail. Sei lá se é preconceito. Eu achava que é para alguém que nunca acessa o e-mail ter uma conta Hotmail. Mais tarde fiz uma conta num provedor conhecido e desaparecido chamado SOL (SBT on Line). Esse sim, era bom. Não sei por que, mas também nunca gostei do UOL. Deve ser birra da época. Bem, depois que o SOL resolveu passar todos os seus clientes para o UOL, num mesmo momento que apareceu o iG, migrei para a tão fantástica “internet grátis” do iG. Não passou nem um ano e eu já detestava tudo daquele portal. Fora o Morango, nada lá me agradava... Nem o Nizan Guanaes, à época a frente do iG. Bem, outros portais começaram a distribuir “internet grátis”. Fui assim até 2002 quando entrei finalmente no Ajato. Já era assinante da TVA, foi fácil a instalação e, por coincidência, foi na mesma época que começou a funcionar a AllTV, uma TV pela internet, que era extremamente interativa. Comecei a gostar das vantagens da banda larga. Hoje sou assinante Net Virtua, tenho até Net Fone... hahahahah
Mas voltando ao caso do Hotmail, mantenho aquela conta sei lá por que há mais de onze anos. Poucas pessoas ainda enviam mensagens para aquela conta. Nunca avisei a eles de que aquele não era meu principal e-mail. Afinal de contas, eu o acesso sempre, recebo o boletim da Borders, do Office Depot e mais uma monte de outras propagandas que quero receber, mas que vejo com menos freqüência,mas sempre leio todos os e-mails. Não sei dizer, mas parece que Hotmail, assim como Yahoo, são aquelas coisas que aconteceram antes do Google. Não interessam mais após a gama de serviços que o Google oferece. O Gmail é muito mais interessante que o Hotmail, e a busca no Google parece ser algo que nasceu com a internet, faz nos esquecer de outros sites de busca tenham existido, como o Yahoo (um dos poucos sobreviventes), Altavista, Surf, e sei lá mais qual.
O interessante desse pequeno texto é que esbarrei em pelo menos três questões meio espinhosas para os profissionais da área de informática: 1- Hotmail e a Microsoft; 2- Google, Gmail, serviços e softwares; e 3- Menos relevante: Internet grátis, iG.
Lembrando que sou arquiteto, não tenho maiores ligações com empresas de internet ou de softwares e sou contra idéias como o “software livre”. Em miúdos: uso Windows, AutoCAD, Photoshop e outros softwares de gigantes como Autodesk, Adobe e Microsoft. Detesto, com todas as minhas forças, os “genéricos” Intelicad, BR Office e outras barbaridades. Mas, por outro lado, adorei o SketchUp, software gratuito produzido e oferecido pelo Google. Não me interessa se a Microsoft tem monopólio ou não, mas que produza algo que preste, onde possa rodar meu AutoCAD, meu Photoshop. E isso vinha acontecendo como tendência, desde o Windows XP (recente, eu sei), o que não consigo avaliar se é porque existem outros sistemas operacionais (o Linux) para rodar em PC (pois Mac sempre foi uma ótima alternativa, porém não tão completa, ou é completa demais, ou é um “sistema fechado”) ou se a tecnologia finalmente conseguiu chegar a resultados razoáveis.
Trabalhando sobre este perfil, de realidade de usuário, o que retira “ideologias” de que tudo vai se modificar no “futuro” e que já há softwares semelhantes, etc., o primeiro tópico é sempre aquele que fala dos fãs da Microsoft e dos contrários a ela. Coisa chata, que detesto e esta fora de questão. O segundo tópico é sobre o Google, que é moderno, mas que tem tendências a ser dominante na internet. Onde há especulações sobre monitoramento de conteúdo e que por isso muita gente prefere usar o Yahoo. Outras muitas teorias. O terceiro tópico até hoje rende “projetos” mirabolantes até de ex-prefeitas em fases desesperadas. Nessa hora tenho que lembrar de Milton Friedman dizendo que não existe almoço grátis. A idéia de se fazer um provedor gratuito estava atrelada à telefonia, que naquele momento da história do Brasil estava em processo de privatização. Tanto que é só lembrar quanto custava um telefone em 1993, 1994, por exemplo, e quanto custa hoje uma linha telefônica. Uma breve pesquisa no Google responde este questionamento com uma enorme quantidade de fatos, não de versões. Um projeto que popularizou mesmo a internet naquele momento, mas que comparado aos dias atuais, é uma “historinha” de tentativa.
Ao esbarrar também na AllTV, da qual fui entusiasta, que foi um projeto extremamente caro e sem lá muita repercussão. Hoje, vários portais têm suas “televisões”, com vídeos que tendem a ser menos interativos no conteúdo, mas com uma facilidade enorme de acesso. E para a interação, tudo hoje parece um grande blog, onde abaixo das reportagens existe espaço para a “opinião do leitor”. Mediadas sei lá por qual critério e por quem. Uma televisão, uma nova rede de televisão, sempre é um sonho. Sempre há entusiastas como eu, que apóiam a idéia de um novo formato, de interação, de algo novo. Mas porque será que nenhuma decola ou produz novos formatos, programas etc.?
Eis o que fico a pensar “navegando” pela internet, se nada de novo encontro. Poderia fazer um breve histórico de como começou a “interação” das pessoas com os portais e a tais “novas formas” de relacionamento, os tais “relacionamentos virtuais”. Mas isso é trabalho para sociólogos, e, de novo, eles continuam a estudar qualquer coisa na universidade menos o que há demanda. Acredito que os sociólogos devem ter repulsa ao povo, pois sempre estudam temas onde eles não têm interesse nenhum. Por exemplo: o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil. Os universitários estudam se Deus existe ou não, não se importando com o fenômeno presente à vida das pessoas, do tal “povo”. O tal relacionamento virtual é motivo para enormes especulações, mas sempre distante da realidade das coisas, pois, quantos são estes casais hoje no Brasil? É relevante? Ou são notícias do “bizarro” (aquelas que os veículos circulam por ser “diferentes”, mas que são de nenhuma relevância)?
Um comentário:
Essa dica é nota dez não?
Acho que o serviço de IM deveria ser unificado e padronizado pelo w3c logo de uma vez. Não importa se é icq, msn, yahoo messenger, google talk.
Quanto a você gostar da micro$oft só posso lamentar. No seu caso é melhor ficar no windows mesmo.
Eu já fui um grande defensor da M$, mas eu vi a luz no fim do túnel e o Bill já não está mais no caminho e breve o Steve também não estará.
http://www.youtube.com/watch?v=c3XdOl5YtLg
Postar um comentário