dezembro 18, 2008

Os sapatos para Bush

Semana passada, um jornalista iraquiano arremessou os sapatos em direção ao presidente George W. Bush, durante sua visita surpresa ao Iraque. Um protesto que tomou conta dos noticiários no mundo inteiro.

É hora de pensar que Bush vai embora, em pouco mais de um mês, e em seu lugar entrará Barack Obama. Seria difícil pensar que não aconteceria algo semelhante com Obama, que tem pela frente a tarefa de mediar três outros conflitos, se não quatro, ao mesmo tempo: Irã (Iraque), Índia e Paquistão (Afeganistão – Al-Qaeda) e Coréia do Norte, além de um possível problema com a Rússia. Isso sem contar a posição na América Latina na Colômbia e na Venezuela.

Bush vai embora, com numa democracia deve ser. Conseguiu avanços no Iraque e Afeganistão, o maior deles é nenhum outro ataque em terras americanas. O que não é pouco, se não porque se estaria mantendo para o governo Obama o mesmo secretário de defesa, Robert Gates?

Eu me sinto solitário falando que o governo Obama deverá ser mal sucedido e que os fatores serão vários, pesando a falta de habilidade de Obama, algo tão frágil como esta coalizão que tenta fazer. A escolha de Hilary foi péssima escolha. No fundo a tal coalizão, a mesma que Bush fez após o 11 de setembro, é a mesma. E como se viu, a coisa não andou da melhor forma. Óbvio que Obama é muito mais inteligente que Bush e fala muito melhor. Seu discurso esta conectado com atuais tendências de pensamento, que em si são ambíguas e conflitantes. Em teoria é fácil falar de uma “paz mundial”, mas na prática a idéia fixa de certos grupos (minorias) é conflitante com o diálogo e pelo menos um deles tem como meta a diluição do Estado Israelense, o que por si só já demonstra a dificuldade de articulação. Mais especificamente, Ney Matogrosso nos dá a resposta: “Se correr o bicho pega / se ficar o bicho come”.

Popularizar o tema é bastante simples. Já vi várias pessoas falando em ônibus e metrô que acham que Obama não assumira a presidência. Uns acham que será uma conspiração, outros acham que há situações mal resolvidas por trás da candidatura. Existem vários fatores desfavoráveis aos grupos que apóiam Obama, e ele, por sua vez, não esclarece as dúvidas. Uma breve pesquisa (o pior que já pude ouvir é uma pessoa pouco esclarecida e com fontes primárias me dizer que pesquisou a respeito de Obama e nada encontrou de suspeito...) apresenta alguns itens suspeitos, como seu nascimento, onde passou a infância, colégios, religião, alistamento militar, etc. Os especialistas falam sobre os itens com maior precisão, pois, eu não tenho interesse nesse assunto e nessa pesquisa. Veja bem, se eu, sem interesse algum no assunto encontrei algumas questões que não entendi a respeito do candidato eleito, imagino um repórter investigativo, o que não acharia estranho? Porém, como disse no início do parágrafo anterior, sinto certa solidão no assunto. E o pior seria dizer o que acho de McCain. Seria igual ou pior. Não havia muita saída no caso. É uma conspiração “Ney Matogrosso”.

Os discursos contrários a Obama se iniciarão em breve, ou melhor, já começaram no Irã (ou era Afeganistão?) e logo estarão nas bocas dos governantes latino-americanos como Hugo Chaves, que como se vê, é uma “sumidade” em termos de democracia, quase comparado a Fidel Castro... É vergonhoso ser latino-americano nestas horas. Basta comparar aos Estados Unidos, elegeram um presidente democrata, em eleições livres e diretas. O candidato vencedor tem um discurso geral e não um discurso das minorias. Estudou e nas melhores escolas. Era apoiado pelo mundo inteiro. Logo os discursos vão começar sempre em referencia de que não era bem assim... Triste ver que isso vai acontecer. Espero eu estar errado.

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