Jonh Locke (1632-1704)
Não é que às vezes vejo que exclamo uma frase e ela é completamente estranha a meu interlocutor? Mais ou menos assim: o interlocutor me fala de algo que não passa de uma das muitas formas de atuação da Nova Era e eu nem sequer dou atenção. Não sei o que tanto deixa pessoas impressionadas em “Uma verdade inconveniente”, “O Código Da Vince” ou qualquer coisa do Michel Moore. Nem é necessário ver o filme ou ler o livro para entender que se pode estar perto de uma das maneiras de atuação de uma onda de pensamento que EU chamo de Nova Era. Eu chamo assim para designar rapidamente esse movimento que prega todo tempo as contradições da vida terrena como se fosse um erro, ou alguma coisa fora do eixo. Estar em contradição é sinônimo de uma vida plena. Ninguém é todo coerente se é normal. Se assim o fosse não haveria como um intelectual assistir TV, jogar futebol, ou a pior de todas as coisas, torcer por um time de futebol. Claro que se busca coerência na vida, mas um dos principais sentimentos não possui nada de coerente: o amor. Quem um dia amou sabe que não há regras de como se apaixonar ou de como ser coerente por critérios, digamos, técnicos. Basta esse único exemplo? Então que se pense na música. Aquele que lhe soa bem nos ouvidos é a melhor música já produzida pelo homem sempre? Ou só se busca o melhor quando este tem viés político? (Pareço o George Orwell vendo política em tudo...).
É lógico que existe mais talento nas obras de Dan Brown do que em Michel Moore. O pior que as pessoas esperam mesmo que o autor, condescendente com a metodologia do movimento, ou até mesmo inocente útil para tal, afirme que faz parte do tal movimento. É muita inocência. Mas como já dizia um dos grandes: “Uma mentira pode dar a volta ao mundo enquanto a verdade ainda calça seus sapatos” (Mark Twain).
Mas voltando, o interlocutor muitas vezes crê que eu faça parte de alguma seita, notadamente pelo entusiasmo pelas obras recentemente assistidas ou lidas. A fuga de casos assim é complexa, pois como falar de W. Shakespeare para alguém que acredita que Al Gore é fantástico? Aliás, é por não ler Shakespeare que alguém pode achar fantástico um discurso sem maior intenção que o de Al Gore. Afinal, se perguntem: Por que ele faz isso? Ele nunca deixou de ser um político. Ele nunca deixou de apontar que aquilo que ele hoje defende nem sequer passou por sua campanha política? Imagine só ele como presidente... Será que ele é partidário de Obama?
Falando em Obama, muita gente se entusiasmou com seus discursos, mas pouca gente sabe se ele fala coisa com coisa. Por enquanto só encantamento. É duro fazer política em meio a uma crise. Principalmente sem ter que falar sobre ela... Imagino que em breve sua popularidade caia (no Brasil, pois na América vem caindo constantemente). Mas, sendo bem irônico, já imaginou o Hugo Chaves falando do Obama? Como é torto esse discursinho do Chaves e desses outros possíveis bandoleiros latino-americanos...
Naquela operação de “resgate” na Colômbia, onde se reuniu meio Foro de São Paulo (sem contarem para Sarkozy, como escrevi à época), quem mais poderia estar lá para filmar? Sim, ele mesmo: Michel Moore... Porque ele não vai ver o sistema hospitalar cubano? Ahh, já sei. Porque ele não é tão estúpido assim... As pessoas iriam desconfiar, já que existem nos Estados Unidos mais de dois milhões de cubanos que viveram aquilo. Muita gente para ele contestar, não? Nunca vi um cubano falando que vivia bem na Ilha Cárcere... Será que é porque tem medo dos americanos mandarem eles de volta a Cuba depois que Fidel se for? Mas porque teriam medo de voltar se era tão bom? Ohh vida... Que monte de dúvidas... Será que o Moore está me influenciando? Estaria eu parando de pensar?
E com estas questões que não consigo acreditar que a Nova Era seja algo bom. Tudo bem para quem não lê, pegar uma obra complexa em termos de detalhes e de realismos, como “O Código Da Vince” e se encantar pelo romance. Não é ruim sob o aspecto literário, mas achar que o Opus Dei é sabe-se lá o que, que a Igreja esconde as coisas, é um pouco de falta de vontade de ver que aquilo é um ataque gratuito. Vamos por partes. Desde quando a Igreja no Brasil foi “nefasta”? E no mundo? Tudo que falam da Igreja é sempre que “na inquisição”, que não aceita a “camisinha”, que o papa falou “sei lá o que”, etc. e não se fala nos mortos que outros sistemas causaram há muito menos tempo que nada tinham a ver com a Igreja (caso do socialista e do nazista).
Sei lá eu qual o “grande avanço” com o projeto de destruição da Igreja. Se eu fosse um daqueles católicos mais interados tentaria ver alguma conspiração de agnósticos, ateus ou islâmicos. Mas o que vejo é o crescimento da Igreja Protestante o que não vejo como negativo, afinal não vejo diferença entre um protestante e um católico; são todos cristãos. O que talvez possa ocorrer é o aparecimento de algum fanatismo. Mas talvez nem seja algo relevante. Como também já afirmei aqui no blog, eu acho que a universidade (academia) deveria estudar este fenômeno em vez de fazer militância política. Isso é um tema que eu me interessaria e que pode ser estudado sociologicamente. Mas não, se perdem em justificar o uso das drogas. Sob este tema, continuo convicto da minha opção de não ter visto ainda “Tropa de Elite”. Quero ver o quanto o filme ainda renderá de debate.
Bem, é isso. Um desabafo sobre a Nova Era e nada demais. Um dia alguém me perguntou como eu me definiria politicamente. Eu disse que estava à direita, com fortes influencias do liberalismo (aquele de Jonh Locke) e algumas concordâncias com o conservadorismo. Em suma, o interlocutor voltou a não entender nenhuma palavra da minha frase, a não ser que eu talvez fosse um direitista; o que não quer dizer nada, afinal o que é ser da direita? Quais são os “dogmas” da direita? Qual a “agenda” da direita? Qual o país representa as idéias da direita? Ou seja, como sobre a saúde de Cuba, falar da direita é a mesma coisa de tentar achar chifre na cabeça de cavalo... Não há consenso de nada, não há agenda, não há “dogmas”. E a liberdade é o que há de mais direitista que existe. Afinal, não há Marx para ditar regras. Não há a criação da “nova sociedade”, pois a que está ai é o que há e “tá valendo”...
OBS: Jonh Locke (1632-1704) não tem p%#* nenhuma a ver com o seriado Lost...
Não é que às vezes vejo que exclamo uma frase e ela é completamente estranha a meu interlocutor? Mais ou menos assim: o interlocutor me fala de algo que não passa de uma das muitas formas de atuação da Nova Era e eu nem sequer dou atenção. Não sei o que tanto deixa pessoas impressionadas em “Uma verdade inconveniente”, “O Código Da Vince” ou qualquer coisa do Michel Moore. Nem é necessário ver o filme ou ler o livro para entender que se pode estar perto de uma das maneiras de atuação de uma onda de pensamento que EU chamo de Nova Era. Eu chamo assim para designar rapidamente esse movimento que prega todo tempo as contradições da vida terrena como se fosse um erro, ou alguma coisa fora do eixo. Estar em contradição é sinônimo de uma vida plena. Ninguém é todo coerente se é normal. Se assim o fosse não haveria como um intelectual assistir TV, jogar futebol, ou a pior de todas as coisas, torcer por um time de futebol. Claro que se busca coerência na vida, mas um dos principais sentimentos não possui nada de coerente: o amor. Quem um dia amou sabe que não há regras de como se apaixonar ou de como ser coerente por critérios, digamos, técnicos. Basta esse único exemplo? Então que se pense na música. Aquele que lhe soa bem nos ouvidos é a melhor música já produzida pelo homem sempre? Ou só se busca o melhor quando este tem viés político? (Pareço o George Orwell vendo política em tudo...).
É lógico que existe mais talento nas obras de Dan Brown do que em Michel Moore. O pior que as pessoas esperam mesmo que o autor, condescendente com a metodologia do movimento, ou até mesmo inocente útil para tal, afirme que faz parte do tal movimento. É muita inocência. Mas como já dizia um dos grandes: “Uma mentira pode dar a volta ao mundo enquanto a verdade ainda calça seus sapatos” (Mark Twain).
Mas voltando, o interlocutor muitas vezes crê que eu faça parte de alguma seita, notadamente pelo entusiasmo pelas obras recentemente assistidas ou lidas. A fuga de casos assim é complexa, pois como falar de W. Shakespeare para alguém que acredita que Al Gore é fantástico? Aliás, é por não ler Shakespeare que alguém pode achar fantástico um discurso sem maior intenção que o de Al Gore. Afinal, se perguntem: Por que ele faz isso? Ele nunca deixou de ser um político. Ele nunca deixou de apontar que aquilo que ele hoje defende nem sequer passou por sua campanha política? Imagine só ele como presidente... Será que ele é partidário de Obama?
Falando em Obama, muita gente se entusiasmou com seus discursos, mas pouca gente sabe se ele fala coisa com coisa. Por enquanto só encantamento. É duro fazer política em meio a uma crise. Principalmente sem ter que falar sobre ela... Imagino que em breve sua popularidade caia (no Brasil, pois na América vem caindo constantemente). Mas, sendo bem irônico, já imaginou o Hugo Chaves falando do Obama? Como é torto esse discursinho do Chaves e desses outros possíveis bandoleiros latino-americanos...
Naquela operação de “resgate” na Colômbia, onde se reuniu meio Foro de São Paulo (sem contarem para Sarkozy, como escrevi à época), quem mais poderia estar lá para filmar? Sim, ele mesmo: Michel Moore... Porque ele não vai ver o sistema hospitalar cubano? Ahh, já sei. Porque ele não é tão estúpido assim... As pessoas iriam desconfiar, já que existem nos Estados Unidos mais de dois milhões de cubanos que viveram aquilo. Muita gente para ele contestar, não? Nunca vi um cubano falando que vivia bem na Ilha Cárcere... Será que é porque tem medo dos americanos mandarem eles de volta a Cuba depois que Fidel se for? Mas porque teriam medo de voltar se era tão bom? Ohh vida... Que monte de dúvidas... Será que o Moore está me influenciando? Estaria eu parando de pensar?
E com estas questões que não consigo acreditar que a Nova Era seja algo bom. Tudo bem para quem não lê, pegar uma obra complexa em termos de detalhes e de realismos, como “O Código Da Vince” e se encantar pelo romance. Não é ruim sob o aspecto literário, mas achar que o Opus Dei é sabe-se lá o que, que a Igreja esconde as coisas, é um pouco de falta de vontade de ver que aquilo é um ataque gratuito. Vamos por partes. Desde quando a Igreja no Brasil foi “nefasta”? E no mundo? Tudo que falam da Igreja é sempre que “na inquisição”, que não aceita a “camisinha”, que o papa falou “sei lá o que”, etc. e não se fala nos mortos que outros sistemas causaram há muito menos tempo que nada tinham a ver com a Igreja (caso do socialista e do nazista).
Sei lá eu qual o “grande avanço” com o projeto de destruição da Igreja. Se eu fosse um daqueles católicos mais interados tentaria ver alguma conspiração de agnósticos, ateus ou islâmicos. Mas o que vejo é o crescimento da Igreja Protestante o que não vejo como negativo, afinal não vejo diferença entre um protestante e um católico; são todos cristãos. O que talvez possa ocorrer é o aparecimento de algum fanatismo. Mas talvez nem seja algo relevante. Como também já afirmei aqui no blog, eu acho que a universidade (academia) deveria estudar este fenômeno em vez de fazer militância política. Isso é um tema que eu me interessaria e que pode ser estudado sociologicamente. Mas não, se perdem em justificar o uso das drogas. Sob este tema, continuo convicto da minha opção de não ter visto ainda “Tropa de Elite”. Quero ver o quanto o filme ainda renderá de debate.
Bem, é isso. Um desabafo sobre a Nova Era e nada demais. Um dia alguém me perguntou como eu me definiria politicamente. Eu disse que estava à direita, com fortes influencias do liberalismo (aquele de Jonh Locke) e algumas concordâncias com o conservadorismo. Em suma, o interlocutor voltou a não entender nenhuma palavra da minha frase, a não ser que eu talvez fosse um direitista; o que não quer dizer nada, afinal o que é ser da direita? Quais são os “dogmas” da direita? Qual a “agenda” da direita? Qual o país representa as idéias da direita? Ou seja, como sobre a saúde de Cuba, falar da direita é a mesma coisa de tentar achar chifre na cabeça de cavalo... Não há consenso de nada, não há agenda, não há “dogmas”. E a liberdade é o que há de mais direitista que existe. Afinal, não há Marx para ditar regras. Não há a criação da “nova sociedade”, pois a que está ai é o que há e “tá valendo”...
OBS: Jonh Locke (1632-1704) não tem p%#* nenhuma a ver com o seriado Lost...
3 comentários:
puta merda ! o pior eh que tem a ver com o de lost sim ! da onde diabos vc acha que saiu o nome ???? hshshhshshshsh.
meu, para de colocar tantos nomes e referências num post so! fica confuso, catzo!
vc comparou michael moore a Dan brown ? na verdade, acho os dois parecidos.
enao tenho opinião sobre obama,mas não sou fa de al gore. como de ninguem extremamente paga pau do greenpeace.. que ,na minha opinião, eh tao ortodoxo qto a porra do mst!
Passando só pra te deixar um beijo!
então, o do Locke do Lost tem a ver com este... mas este nada tem a ver com aquele... hahahahahahah assim como a Rosseau, tem a ver com o Jean Jacques Rosseau... Mas este nada tem a ver com ela... no fundo tanto faz, mas eu detesto ter que ouvir "ahhh! o do Lost!" quando falo do pensador...
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