Vital e sua moto (1983)
Vital andava a pé e achava que assim estava mal
Vital andava a pé e achava que assim estava mal
De um ônibus pro outro aquilo para ele era o fim
Conselho de seu pai: "Motocicleta é perigoso, Vital.
É duro de negar, filho, mas isto dói bem mais em mim."
Mas vital comprou a moto e passou a se sentir total
Vital e sua moto, mas que união feliz
Corria e viajava era sensacional
A vida em duas rodas era tudo que ele sempre quis
Vital passou a se sentir total
No seu sonho (de metal)
Vital passou a se sentir total
No seu sonho de (metal)
Os Paralamas do Sucesso iam tentar tocar na capital
E a caravana do amor então pra lá também se encaminhou
Ele foi com sua moto, ir de carro era baixo astral
Minha prima já está lá e é por isso que eu também vou
Podia começar essa postagem falando daquela teoria de Jô Soares sobre as motos que diz, mais ou menos, que a moto tem duas rodas e por isso foi feita para cair. Quando não cai, você ganhou, quando cai, a moto ganhou. A emoção de estar sentido todo o clima no seu rosto, o vento, o barulho e os mosquitos, é para muita gente ainda um estilo de viver a liberdade no limite do perigo. Para mais gente é simplesmente uma curtição tranqüila e para um número muito mais expressivo é o único meio de transporte acessível a sua condição econômica e instrumento de trabalho. O tema nunca termina. A cada ano novas idéias são lançadas a respeito de como trabalhar o meio de transporte nas cidades, de como melhorar a segurança para quem anda e diminuir os abusos.
Hoje a motocicleta é algo quase universal, desde o entregador de pizza até o bandido já se utilizam do meio de transporte. Essa letra dos Paralamas do Sucesso era de uma época ainda em que as motos tinham toda uma atmosfera, um clima de emoção e aquele “estilo” de vida que mencionei no começo. Mas nem por isso ele deixou de colocar, sem crítica, a opinião de um pai que nega a moto ao filho. Como se vê, desde 1983, ou antes, o tema nunca se esgotou. Gostaria de ter uma situação como a italiana, onde as motos estão em todas as partes, pois é difícil se locomover de automóvel pelas pequenas ruas, e dão até um charme com as lambretas espalhadas por toda parte. Para isso é necessária uma segurança pública boa, uma legislação de transito eficiente e uma boa fiscalização. Enquanto isso é melhor andar de moto... Na Itália...
Podia começar essa postagem falando daquela teoria de Jô Soares sobre as motos que diz, mais ou menos, que a moto tem duas rodas e por isso foi feita para cair. Quando não cai, você ganhou, quando cai, a moto ganhou. A emoção de estar sentido todo o clima no seu rosto, o vento, o barulho e os mosquitos, é para muita gente ainda um estilo de viver a liberdade no limite do perigo. Para mais gente é simplesmente uma curtição tranqüila e para um número muito mais expressivo é o único meio de transporte acessível a sua condição econômica e instrumento de trabalho. O tema nunca termina. A cada ano novas idéias são lançadas a respeito de como trabalhar o meio de transporte nas cidades, de como melhorar a segurança para quem anda e diminuir os abusos.
Hoje a motocicleta é algo quase universal, desde o entregador de pizza até o bandido já se utilizam do meio de transporte. Essa letra dos Paralamas do Sucesso era de uma época ainda em que as motos tinham toda uma atmosfera, um clima de emoção e aquele “estilo” de vida que mencionei no começo. Mas nem por isso ele deixou de colocar, sem crítica, a opinião de um pai que nega a moto ao filho. Como se vê, desde 1983, ou antes, o tema nunca se esgotou. Gostaria de ter uma situação como a italiana, onde as motos estão em todas as partes, pois é difícil se locomover de automóvel pelas pequenas ruas, e dão até um charme com as lambretas espalhadas por toda parte. Para isso é necessária uma segurança pública boa, uma legislação de transito eficiente e uma boa fiscalização. Enquanto isso é melhor andar de moto... Na Itália...
Um comentário:
Conhecendo os motoristas de São Paulo de hoje, moto é sinônimo de suicido. Nunca, em minha longa breve vida, jamais um motorista me deu passagem em São Paulo, em minhas caminhadas à pé. Nem uma única vez sequer. Trata-se sempre de esperar não mais ter carros em vista para atravessar a rua, porque aquele carro que você está vendo definitivamente não vai nem desacelerar para você passar, nem muito menos parar.
Então nas três vezes que fui para cidades menores nos EUA, sempre me surpreendi e agi como um palhaço quando todos os carros, sem exceção, paravam para me dar passagem, porque demorava alguns segundos para entender o que estava acontecendo. O que é isso? Parou por quê? A hipótese de que tivesse parado por mim era impensável devido ao hábito. Opa, ele está acenando. Mandando-me atravessar? Inacreditável. Suponho que São Paulo seja como toda grande cidade, suponho que atravessar a rua em Nova York ou Londres ou Roma seja tão caótico e detestável quanto aqui. Mas nestas cidades menores, onde habita uma gente dessa espécie estranha, acho que se chamam seres humanos ou coisa parecida, ai sim, dá para ter moto, lambreta, andar à pé ou o que for.
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