dezembro 29, 2007

Ainda sobre as motos...

Easy Rider (1969)
Lembro de certa vez ver um daqueles motoqueiros arrogantes definirem quem é motoqueiro e quem é moto-boy. Outro falava da falta de prazer de uma moto de velocidade em relação a uma moto de cruzeiro. Tudo tão vazio como tratar de cavalos... Não à toa, chamam as motocicletas de “iron horse”. Ou seja, para alguém como eu que detesta cavalos, nada mais coerente de não gostar de motos. No fundo até gosto de motos de cruzeiro, uma coisa meio “Easy Rider”... Algo meio gostar, sem muita importância. Nunca teria uma.

Numa época, em 2000, tive vontade de ter uma. Era por não conseguir comprar um carro, certeza. Mas com a popularização das motos, a tendência de ainda existir gente falando delas como se fosse uma forma de viver está ficando cada vez mais datada e sem significado. Igual a se falar de cavalos. Não digo que as competições de cavaleiros e amazonas não são até bonitas de se ver, assim como ir ao Jóquei Clube. Mas exaltar a beleza do cavalo, que foi sem dúvida o animal que fez o mundo se locomover por séculos, hoje é um tanto quanto sem justificativa. De que adianta no mundo atual ter um cavalo maravilhoso ou saber a arte da esgrima? São coisas que até o século XIX eram muito interessantes e úteis.

A moto é até mais antiga que o automóvel, sendo muito utilizada inclusive nos períodos de guerras. Como também é importante o trabalho de entregas feito pelos moto-boys atualmente. Sua função sempre estará presente. O que não está mais presente é a figura do life style que cada vez mais entra em conflito com a função atual desempenhada, muito menos nobre, segundo os nostálgicos admiradores do veículo.

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