dezembro 16, 2007

Voltei de novo...

Bem, eu voltei de viagem na semana passada, mas o tempo continuou escasso, ou seja, continuei sem escrever aqui. Tanta coisa a falar, nem sei por onde começar. O pior que não começarei ainda hoje, mas como tem bastante material para ser lido aqui, não fico tão preocupado com material novo.

Vamos começar a falar da CPMF... Certo que a minha alegria de não ter mais o tributo não quer dizer nada, pois não creio que o tributo realmente não seja alterado ou até mesmo reeditado ano que vem. Ou seja, nada muda e não sei por que o debate é tão calculado para ser tão dramática a atitude de partidários do governo. Se a saúde pública ainda não melhorou não será com o dinheirinho dos próximos anos que irá melhorar. O problema está na falta de vontade de melhorar e na completa incompetência das pessoas responsáveis por ela.

O governo tinha a maioria dos votos, que se perdeu sabe-se lá como... Ou melhor, por quanto. A negociação não foi produtiva e o dinheiro da máquina não conseguiu convencer seus pares. Bons tempos (nem eram, na verdade) em que as oposições que botavam a boca no mundo por causa de compra de votos... São mesmo uns babacas.

Acho que a CPMF é um problema de falta de consciência. Muita gente incluindo-se aí Arnaldo Jabor e outros não davam atenção à importância do valor cobrado pelo tributo. De como a arrecadação desse tributo prejudicava muito mais os mais pobres e de como o preço indireto disso acarretava uma piora no poder de compra. Mas fazer o que... A idéia era melhorar a saúde pública... Pelo visto acho que não deu certo...

Aliás, as coisas que dão certo no Brasil normalmente nada têm a ver com o governo. Agora vamos por partes: educação e saúde pública estão uma boa porcaria. E a habitação de interesse social? Nem debate existe... Ninguém sabe de quantas casas o Brasil precisa. Ninguém faz idéia de qual seja o déficit habitacional brasileiro. Mas sabem que a construção civil está em crescimento... As exportações? Será que o Brasil têm por acaso a estrutura necessária para exportar mais? E o setor elétrico? Em suma, desde 2004 falo constantemente que a infra-estrutura brasileira é a mesma desde os tão falados “anos de chumbo”. Ninguém investe nela.

Na hora que se tenta fazer alguma obra, se escolhe logo a mais duvidosa de todas: a transposição do Rio São Francisco. E o tal padre, cujo nome não lembro, está fazendo greve de fome para paralisar a obra. Nesta hora, digo que se torna extremamente necessária a leitura de um breve texto de Rodrigo Constantino. È uma primeira leitura de como o mundo não é assim tão belo. Para ser mais exato, deve haver outras leituras muito mais profundas, mas esta é rápida e vai quase ao ponto. Não vai ao ponto exato porque este texto foi escrito em março passado, noutro contexto. Leia aqui.

Um comentário:

João Batista disse...

O mundo constantemente te convida a participar de sua festa macabra, a praticar também o mal. Não dá vontade de encher esse “padre” de porrada (frei, etc. o que for)? Ao cair, ainda tenta os outros.

O mundo é um lugar ótimo, mas tem uma gentinha desgraçada que trabalha dia e noite para torná-lo pior. Dentre as perversidades dessa gente, você vai perder tempo com a transposição do rio? Que te transponham da Igreja!

Ora, é sempre seguro tomar tudo que o PT fizer ou propor como suspeito. Mas neste caso, não há motivo para alarde. Meu caro “Fernandinho”, o PT é mestre em transposição. Transpôs o prefeito de Santo André, transpôs os números do recolhimento de lixo em Ribeirão Preto, transpõe toneladas de dinheiro em malas e aviões Brasil afora, ajuda seus colegas a transpor drogas pela fronteira. Uma coisa é certa: de transposição o PT entende. Fiquem tranqüilos, a transposição do rio em melhores mãos não poderia estar.

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...