dezembro 01, 2007

Guerrilha brasileira...

É com enorme desprezo que faço esta postagem. Não entendo em que momento se tornou motivo de honra alguém se dizer guerrilheiro. Eu vejo alguém saído de uma guerra, qualquer guerra, alguém sempre muito triste, traumatizado com o que teve de passar. Matar alguém é algo que não tem justificativa. Talvez, sendo um traficante ou assassino, não tenho lá muito certeza se me importaria se fossem mortos. Os monumentos espalhados pelo mundo homenageando os soldados sem nome e as muitas lápides nos cemitérios com datas muito próximas são para mim o máximo que uma guerra construiu.

Se uma guerra normalmente tem motivações econômicas eu creio que a ideologia hippie do “se eles derem uma guerra e ninguém fosse” seria até respeitosa se isso tivesse contrapartida dos dois lados da guerra. Num Vietnã sabemos bem que o desfecho após a saída americana foi péssimo e apoiar isso no Iraque é a mesma coisa que dar sentença de morte para muita gente inocente. Mas no Brasil nunca houve guerra nos moldes como vemos no Iraque e Vietnã. Chamar de guerrilha os movimentos armados constituídos a partir de 1963 (ou seja, antes da Revolução de 64) é uma enorme besteira. No máximo eram grupos terroristas. E bem por isso que eu os desprezo. Fazer terrorismo por “uma causa nobre” é em primeiro lugar ridículo. Primeiro que não existe ato mais covarde que o terrorismo. Ações terroristas só atingem pessoas inocentes. E que “causa nobre” poderia ser esta? A constituição de uma ditadura popular no moldes de Cuba ou China? Não há como não ter desprezo por estes que se auto-intitulam guerrilheiros e invertem o valor de uma luta... Sabe-se que a abertura militar, assim como o seu endurecimento, foi sem lutas, sem guerra e sem o derramar de sangue comum nestas ocasiões. Só para dar uma idéia da desgraça do que defendem esses imorais é conhecer o Holodomor, o holocausto ucraniano, ocorrido entre 1929 e 1932 (veja imagens e informações aqui). Essa é a grande “causa nobre” defendida por esses imorais...

Um comentário:

João Batista disse...

É a vaidade máxima, aliada à mentira histórica.

Os três textos

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