Sempre que vejo um comercial na TV da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil me pergunto sempre qual é a idéia destas instituições de fazer propaganda? Não vejo nenhuma necessidade, visto que não creio que estejam lá muito interessados em concorrência. Aliás, vejo algumas agências com acabamentos bastante interessantes, o que continuo a me perguntar para quê? Quem um dia já teve conta nestes bancos sabe que o atendimento é ruim, desde o operacional, com auto-atendimentos que não funcionam em fins de semana, até com a própria agência com filas e desorganização.
Bem, o que seria do time de vôlei da seleção brasileira sem o BB? Ou o que seria do atletismo, ginástica olímpica sem a CEF? Mas o que eu acho é que o crescimento destes bancos é ruim para o Brasil. Estes bancos tinham que ser estruturas mínimas com focos específicos, bastante transparentes para evitar corrupção e uso indevido. Mas não... São certo tipo de “orgulho” para o “povo” brasileiro... E tem gente ainda que se diga contraria a entrada de bancos estrangeiros como o Santander ou o HSBC. Não que eu morra de amores por qualquer um deles, mas com mais bancos de qualidade (ou seja, ai que está o problema) a concorrência e os serviços tenderiam a melhorar.
O problema é também de ordem moral. O “povo” não se importa com serviços ruins na maioria das vezes. Basta ver que a telefonia celular oferece serviços muito parecidos em termos de preços e opções, não se importando lá muito com os clientes. Os preços são ruins e o que mais vejo são os Mersalts(*) se “divertindo” com seus celulares com toques engraçadinhos. Pior é quando começam a falar da Telefônica. Insistem em dizer que a empresa é uma porcaria... Só esquecem como era antes a TELESP e outras. Quando custava um telefone? Tinha que ir até para o imposto de renda... As contas estão caras? Sim, estão. É hora de fazer uso reduzido e deixar rolar a concorrência. O que vejo de gente mudando para o Net Fone é um começo. Mas como tudo no Brasil, a reação é retardada, lenta, bem típica de país subdesenvolvido que espera que o Estado lhe dê tudo. Não muito diferente que paises famintos da África. Claro, não falo de uma South África, que espero que ultrapasse o Brasil em mais índices...
Em suma, eu vejo que a telefonia fixa evoluiu muito mais que a celular e mesmo assim a crítica geral é em relação a fixa. Mais uma das enormes inversões dos valores desse “povo” tão estimado por populistas. Uma vez me disseram que é porque não havia telefonia celular feita pelo Estado, por isso não se consegue comparar. Mas muito pelo contrario: não havia porque o Estado não tinha capacidade para fazer uma, de tão ruim que era.
Mas voltando aos bancos que eram na verdade o foco deste texto, vejo que suas campanhas não têm objetividade e nem muito menos mostram “diferenciais” de serviços (claro, seria então um caso de polícia). E os bancos privados são piores ainda. Um diz que “nem parece banco”; outro diz ser o “banco do planeta”. Se alguém leva isso em conta na hora de pedir um empréstimo é que eu não sei. Tem uma campanha de banco que teve momentos muito interessantes, com uma faixa na calçada do banco escrito que o banco queria você como cliente. Bem, se não me engano é da Agência DPZ. É um banco que por sinal faz seu trabalho bem feito; e cobra por ele muito bem também.
(*) Mersalt – Personagem principal do livro “O Estrangeiro”, de Albert Camus.
Bem, o que seria do time de vôlei da seleção brasileira sem o BB? Ou o que seria do atletismo, ginástica olímpica sem a CEF? Mas o que eu acho é que o crescimento destes bancos é ruim para o Brasil. Estes bancos tinham que ser estruturas mínimas com focos específicos, bastante transparentes para evitar corrupção e uso indevido. Mas não... São certo tipo de “orgulho” para o “povo” brasileiro... E tem gente ainda que se diga contraria a entrada de bancos estrangeiros como o Santander ou o HSBC. Não que eu morra de amores por qualquer um deles, mas com mais bancos de qualidade (ou seja, ai que está o problema) a concorrência e os serviços tenderiam a melhorar.
O problema é também de ordem moral. O “povo” não se importa com serviços ruins na maioria das vezes. Basta ver que a telefonia celular oferece serviços muito parecidos em termos de preços e opções, não se importando lá muito com os clientes. Os preços são ruins e o que mais vejo são os Mersalts(*) se “divertindo” com seus celulares com toques engraçadinhos. Pior é quando começam a falar da Telefônica. Insistem em dizer que a empresa é uma porcaria... Só esquecem como era antes a TELESP e outras. Quando custava um telefone? Tinha que ir até para o imposto de renda... As contas estão caras? Sim, estão. É hora de fazer uso reduzido e deixar rolar a concorrência. O que vejo de gente mudando para o Net Fone é um começo. Mas como tudo no Brasil, a reação é retardada, lenta, bem típica de país subdesenvolvido que espera que o Estado lhe dê tudo. Não muito diferente que paises famintos da África. Claro, não falo de uma South África, que espero que ultrapasse o Brasil em mais índices...
Em suma, eu vejo que a telefonia fixa evoluiu muito mais que a celular e mesmo assim a crítica geral é em relação a fixa. Mais uma das enormes inversões dos valores desse “povo” tão estimado por populistas. Uma vez me disseram que é porque não havia telefonia celular feita pelo Estado, por isso não se consegue comparar. Mas muito pelo contrario: não havia porque o Estado não tinha capacidade para fazer uma, de tão ruim que era.
Mas voltando aos bancos que eram na verdade o foco deste texto, vejo que suas campanhas não têm objetividade e nem muito menos mostram “diferenciais” de serviços (claro, seria então um caso de polícia). E os bancos privados são piores ainda. Um diz que “nem parece banco”; outro diz ser o “banco do planeta”. Se alguém leva isso em conta na hora de pedir um empréstimo é que eu não sei. Tem uma campanha de banco que teve momentos muito interessantes, com uma faixa na calçada do banco escrito que o banco queria você como cliente. Bem, se não me engano é da Agência DPZ. É um banco que por sinal faz seu trabalho bem feito; e cobra por ele muito bem também.
(*) Mersalt – Personagem principal do livro “O Estrangeiro”, de Albert Camus.
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