Escrito com a colaboração de noventa jornalistas e editado por Robert Dimery, o livro “1001 discos para ouvir antes de morrer” é uma coletânea de comentários sobre os discos mais vendidos e que de certa forma foram mais marcantes desde a década de 1950 aos anos 2000.
As passagens pelos anos 1950 mostram os princípios do rock´n roll e R&B, além de inúmeros álbuns de jazz e blues. O livro até as décadas de 1980 é bastante interessante. Nas décadas de 1990 e anos 2000 o livro perde o fôlego e começa a, digamos, se perder em besteiras absurdas! Uma delas foi colocar uns discos de 1996 brasileiros, se não me engano um de Caetano, que não tem nada a ver. Discos que se pode morrer sem ouvir que não faria diferença alguma. E também nem sequer menciona bandas de heavy metal com vocais femininos, como Nightwish e Evanescence.
Nos anos 1970 (ou será 1960?) faz uma ótima e muito esperada citação do disco dos Mutantes. Mesmo eu não gostando de nada dos Mutantes sou obrigado a dizer que o disco é realmente inovador e merece sim constar desta lista. Cita nos anos 1960 discos de Francis Albert Sinatra com Antonio Carlos Jobim, como também disco de João Gilberto com Stan Getz. Faz menção a um disco de Elis Regina também. Em suma, o livro tem uma qualidade incrível para o que já foi consagrado pelo tempo, mas a aposta do que ficará para o futuro me parece muito, mais muito ruim.
Isso também pode parecer um fenômeno maior, da perda dos rumos na música pop atual. O que foi padrão desde os anos 1970 até meados dos 1990 hoje não vale mais como critério. O livro, nas entradas de cada década, mostra aparelhos representativos de cada década. Nos anos 1980, aquele rádio toca-fitas com os botões em acrílico transparente; na década de 1990 um toca-cd´s e nos anos 2000 já mostra um iPod. Muito, muito bem produzido o livro. E dou destaque para a melhor fotografia do livro: na década de 1970 um foto de Elton John praticamente mergulhando no piano. Vale a pena conferir, principalmente por seu visual, com cabelos anos 1970, óculos e botas, naquela pose fantástica. Outras duas fotos fantásticas são a de Jimi Hendrix com duas loiras fazendo top less e Iggy Pop (The Stooges) numa cena também fantástica, sendo segurado pelo público.
O livro faz uma ótima passada pelos discos dos Beatles, nos anos 1960, fazendo uma bela retrospectiva histórica dos discos da banda, não se importando muito com “os mais vendidos”, mas com os mais citados como influencia. Uma das coisas mais significativas foi avaliar que George Harrison fez o melhor disco de um ex-beatle.
Nos anos 1960 e 1970 faz muito boa passagem pelos movimentos punk e para o final dos anos 1970 também marca a entrada da New Wave, ou melhor, cita Sting e the Police. E uma das críticas mais interessantes foi a respeito de Michael Jackson com os três álbuns: "Off the Wall" (1979), "Thriller" (1983) e "Bad" (1987). Aquilo se pode chamar de crítica, o resto é profissional de resenha...
Não é o livro que eu compraria, mas é, sem dúvida, um bom livro para quem gosta de música. Às vezes acho que para tentar fazer um compêndio de tudo, acaba sendo superficial demais. E, de fato, acho que a idéia de Nelson Motta no livro “Vale Tudo”, biografia de Tim Maia, de fazer um site com as músicas citadas no livro é interessantíssima. No caso, deveria ter algum jeito de se escutar algumas músicas que constam como destaque no livro.
As passagens pelos anos 1950 mostram os princípios do rock´n roll e R&B, além de inúmeros álbuns de jazz e blues. O livro até as décadas de 1980 é bastante interessante. Nas décadas de 1990 e anos 2000 o livro perde o fôlego e começa a, digamos, se perder em besteiras absurdas! Uma delas foi colocar uns discos de 1996 brasileiros, se não me engano um de Caetano, que não tem nada a ver. Discos que se pode morrer sem ouvir que não faria diferença alguma. E também nem sequer menciona bandas de heavy metal com vocais femininos, como Nightwish e Evanescence.
Nos anos 1970 (ou será 1960?) faz uma ótima e muito esperada citação do disco dos Mutantes. Mesmo eu não gostando de nada dos Mutantes sou obrigado a dizer que o disco é realmente inovador e merece sim constar desta lista. Cita nos anos 1960 discos de Francis Albert Sinatra com Antonio Carlos Jobim, como também disco de João Gilberto com Stan Getz. Faz menção a um disco de Elis Regina também. Em suma, o livro tem uma qualidade incrível para o que já foi consagrado pelo tempo, mas a aposta do que ficará para o futuro me parece muito, mais muito ruim.
Isso também pode parecer um fenômeno maior, da perda dos rumos na música pop atual. O que foi padrão desde os anos 1970 até meados dos 1990 hoje não vale mais como critério. O livro, nas entradas de cada década, mostra aparelhos representativos de cada década. Nos anos 1980, aquele rádio toca-fitas com os botões em acrílico transparente; na década de 1990 um toca-cd´s e nos anos 2000 já mostra um iPod. Muito, muito bem produzido o livro. E dou destaque para a melhor fotografia do livro: na década de 1970 um foto de Elton John praticamente mergulhando no piano. Vale a pena conferir, principalmente por seu visual, com cabelos anos 1970, óculos e botas, naquela pose fantástica. Outras duas fotos fantásticas são a de Jimi Hendrix com duas loiras fazendo top less e Iggy Pop (The Stooges) numa cena também fantástica, sendo segurado pelo público.
O livro faz uma ótima passada pelos discos dos Beatles, nos anos 1960, fazendo uma bela retrospectiva histórica dos discos da banda, não se importando muito com “os mais vendidos”, mas com os mais citados como influencia. Uma das coisas mais significativas foi avaliar que George Harrison fez o melhor disco de um ex-beatle.
Nos anos 1960 e 1970 faz muito boa passagem pelos movimentos punk e para o final dos anos 1970 também marca a entrada da New Wave, ou melhor, cita Sting e the Police. E uma das críticas mais interessantes foi a respeito de Michael Jackson com os três álbuns: "Off the Wall" (1979), "Thriller" (1983) e "Bad" (1987). Aquilo se pode chamar de crítica, o resto é profissional de resenha...
Não é o livro que eu compraria, mas é, sem dúvida, um bom livro para quem gosta de música. Às vezes acho que para tentar fazer um compêndio de tudo, acaba sendo superficial demais. E, de fato, acho que a idéia de Nelson Motta no livro “Vale Tudo”, biografia de Tim Maia, de fazer um site com as músicas citadas no livro é interessantíssima. No caso, deveria ter algum jeito de se escutar algumas músicas que constam como destaque no livro.
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