E o Todo Poderoso Timão venceu mais uma hoje: 2 x 1 em cima do Vitória. Estamos agora no G4. Bem, mais para que o G4? Já estamos classificados para a Copa Libertadores... Mesmo com atuação apagada de Ronaldo, que pelo menos não teve cartão amarelo, podendo jogar contra o Palmeiras domingo, tivemos um belo jogo. Agora é esperar para ver o Muricy Ramalho em ação... Não quero dizer nada, mas acho que Presidente Prudente vai estremecer...
Caminhar é preciso. Três perguntas se tornam importantes: Quem é você? De onde você veio? Para onde você vai? Por todas elas existe um caminho. Nem sempre chegar é o mais importante.
julho 23, 2009
Piadas arquitetônicas...
Dizem que arquitetos têm humor distorcido. E com certeza, quando tem humor, é distorcido mesmo. Ou melhor, alternativo. Mas esta piada que tem no mínimo mais de dez anos é uma das mais imbatíveis:
Um menino encontra Peter Eisenman observando “volumes sob sol” e fala:
- Peter Eisenman, Peter Eisenman, me dá 20 autógrafos?
E ele responde, ainda observando os “volumes sob sol”:
- Sim Claro.
E pouco depois de refletir sob o assunto, pergunta, já com a caneta empunhada:
- Mas para que quer tantos autógrafos?
O menino então responde:
- Para trocar por um do Frank Gehry.
PS: Esta piada não é minha. É muito, muito velha...
Um menino encontra Peter Eisenman observando “volumes sob sol” e fala:
- Peter Eisenman, Peter Eisenman, me dá 20 autógrafos?
E ele responde, ainda observando os “volumes sob sol”:
- Sim Claro.
E pouco depois de refletir sob o assunto, pergunta, já com a caneta empunhada:
- Mas para que quer tantos autógrafos?
O menino então responde:
- Para trocar por um do Frank Gehry.
PS: Esta piada não é minha. É muito, muito velha...
The Runaways
Hoje, numa breve passada em um jornal de alguns dias atrás vejo que em 2010 estreará um filme sobre a banda The Runaways. Não que Runaways tenha feito parte da minha infância ou adolescência, mas bandas inspiradas nela e ex-integrantes fizeram. Lita Ford, Joan Jett e L7. A primeira fez parte de vários momentos e talvez seja uma das Runaways que teve maior fama após o final da banda. Joan Jett tem em seu repertorio uma das músicas mais marcantes dos anos 1980: I Love Rock´n Roll. Um símbolo do rock. E L7, banda de enorme sucesso no início dos anos 1990, foi onde fiquei sabendo um dia que Runaways existiu. L7 merece mais palavras do que escrevo hoje. Tem um dos discos mais incríveis dos anos 1990: Bricks Are Heavy. Mas voltando às meninas do Runaways, talvez tenha sido uma das primeiras bandas de rock com mulheres. Mais que isso, tinha uma dupla influencia: heavy metal e punk rock. O que é bem nítido para alguém que já escutou o som. Além disso, Lita Ford é incrível!
Se tivesse que fazer uma postagem sobre as mulheres que tocam rock com certeza a minha banda número um seria The Runaways. No Brasil é uma banda praticamente desconhecida. Se quando comecei a escutar rock, na minha adolescência, L7, outra bandas também formada por mulheres, chamou a atenção do público por ser uma banda feminina, imagino como foi nos anos 1970 com The Runaways. Claro, como já escrevi por aqui, gosto, e muito, das irmãs Anne e Nancy Wilson do Heart, que também tocavam alto nos anos 1970. E foi uma honra vê-las tocar ao vivo em 2006! Não é nenhuma novidade. Mas o som das Runaways é cru e ao mesmo tempo coeso, que faz até hoje vibrar. Com certeza será um filme interessante, afinal, conhecer fatos inéditos sobre a banda e tal. Nunca soube nada além das músicas. Mas, claro, as chamadas dos jornais tratam de falar sobre um caso amoroso entre Cherie Currie e Joan Jett. Coisa que não faço a menor idéia. E a outra notícia é que Joan Jett será representada pela atriz de Crepúsculo e Lua Nova, Kristen Stewart. Bem, falar de uma banda que teve a importância de Runaways e que tem um som pulsante, não é notícia. Estou realmente curioso pelo filme.
Runaways também tem outro lado pessoal. Tenho um pouco de nostalgia, às vezes (muitas vezes) e esta banda veio num momento destes. Foi logo em 2002 que escutei pela primeira vez a banda. E até hoje fico ainda impressionado com os riffs, com o andamento das músicas, e a atitude das integrantes. As letras, realmente, refletem uma época e hoje tem um olhar um tanto quanto infantil, até. Infantil não, adolescente. Mas ainda assim bastante datadas. Mas o visual, a atitude, lembrou e muito da minha infância - época que não tinha a menor idéia do acontecia no mundo. Assim também foi com outros discos e até hoje fico a pensar em como foram aqueles anos. Tanto é assim, que em muitos momentos deixo isso aparecer. Outro dia ao falar de um episódio de Cold Case, isso foi nítido... Bem, se o filme sobre as Runaways existe, significa que talvez não esteja sozinho nessa nostalgia...
Se tivesse que fazer uma postagem sobre as mulheres que tocam rock com certeza a minha banda número um seria The Runaways. No Brasil é uma banda praticamente desconhecida. Se quando comecei a escutar rock, na minha adolescência, L7, outra bandas também formada por mulheres, chamou a atenção do público por ser uma banda feminina, imagino como foi nos anos 1970 com The Runaways. Claro, como já escrevi por aqui, gosto, e muito, das irmãs Anne e Nancy Wilson do Heart, que também tocavam alto nos anos 1970. E foi uma honra vê-las tocar ao vivo em 2006! Não é nenhuma novidade. Mas o som das Runaways é cru e ao mesmo tempo coeso, que faz até hoje vibrar. Com certeza será um filme interessante, afinal, conhecer fatos inéditos sobre a banda e tal. Nunca soube nada além das músicas. Mas, claro, as chamadas dos jornais tratam de falar sobre um caso amoroso entre Cherie Currie e Joan Jett. Coisa que não faço a menor idéia. E a outra notícia é que Joan Jett será representada pela atriz de Crepúsculo e Lua Nova, Kristen Stewart. Bem, falar de uma banda que teve a importância de Runaways e que tem um som pulsante, não é notícia. Estou realmente curioso pelo filme.
Runaways também tem outro lado pessoal. Tenho um pouco de nostalgia, às vezes (muitas vezes) e esta banda veio num momento destes. Foi logo em 2002 que escutei pela primeira vez a banda. E até hoje fico ainda impressionado com os riffs, com o andamento das músicas, e a atitude das integrantes. As letras, realmente, refletem uma época e hoje tem um olhar um tanto quanto infantil, até. Infantil não, adolescente. Mas ainda assim bastante datadas. Mas o visual, a atitude, lembrou e muito da minha infância - época que não tinha a menor idéia do acontecia no mundo. Assim também foi com outros discos e até hoje fico a pensar em como foram aqueles anos. Tanto é assim, que em muitos momentos deixo isso aparecer. Outro dia ao falar de um episódio de Cold Case, isso foi nítido... Bem, se o filme sobre as Runaways existe, significa que talvez não esteja sozinho nessa nostalgia...
julho 14, 2009
Esgotados...
Esgotados na editora estão os livros de Bruna Lombardi e de Dalton Trevisan. Pode parecer estranho juntar pessoas tão diferentes numa mesma postagem, mas o fato é que pelo menos Trevisan deverá ter em breve a reedição de seu livro mais famoso. O Vampiro de Curitiba, cujo início do livro o jornalista Daniel Piza colocou em seu blog, causando-me enorme curiosidade. Já havia escutado algo a respeito da literatura de Trevisan e na edição especial da revista Bravo! tratando de 100 títulos mais importantes da literatura brasileira, Trevisan reaparece com seu Vampiro... E este se encontra “esgotado na editora”. Talvez seja na livraria on line, mas acredito que em breve esteja disponível.
Agora a Bruna Lombardi escritora é algo praticamente underground. Acabo de ler um texto de Reinaldo Azevedo e ela aparece novamente. Agora como um fato histórico marcante. Conforme escreve: “Em 1991, fiz uma resenha de Estorvo, o primeiro romance de Thico. Quase ao mesmo tempo, Bruna Lombardi lançara Filmes Proibidos. Pediram-me uma resenha de ambos. Lembro que fiz uma piada mais ou menos assim: se é pelos belos olhos, o livro de Bruna é - e é mesmo! - muito melhor. Mas ela foi recebida com o ceticismo que se pode imaginar; ele, com o embevecimento costumeiro e a reverência injustificada da crítica. Estorvo é um livro chato e pretensioso. (...)” E olha que o texto tratava de Chico Buarque, recentemente astro da FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty. Mas lembrar de Bruna Lombardi é sempre bom. Em dezembro escrevi aqui sobre meu breve encontro com a atriz. Que vontade de perguntar quando vou poder ler um de seus romances; aqueles que num universo paralelo são raridades e muito bem comentados...
Agora a Bruna Lombardi escritora é algo praticamente underground. Acabo de ler um texto de Reinaldo Azevedo e ela aparece novamente. Agora como um fato histórico marcante. Conforme escreve: “Em 1991, fiz uma resenha de Estorvo, o primeiro romance de Thico. Quase ao mesmo tempo, Bruna Lombardi lançara Filmes Proibidos. Pediram-me uma resenha de ambos. Lembro que fiz uma piada mais ou menos assim: se é pelos belos olhos, o livro de Bruna é - e é mesmo! - muito melhor. Mas ela foi recebida com o ceticismo que se pode imaginar; ele, com o embevecimento costumeiro e a reverência injustificada da crítica. Estorvo é um livro chato e pretensioso. (...)” E olha que o texto tratava de Chico Buarque, recentemente astro da FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty. Mas lembrar de Bruna Lombardi é sempre bom. Em dezembro escrevi aqui sobre meu breve encontro com a atriz. Que vontade de perguntar quando vou poder ler um de seus romances; aqueles que num universo paralelo são raridades e muito bem comentados...
Tutty Vasques é o mestre!
Estava lendo o blog do jornalista Tutty Vasques, que também já assinou belíssimo texto sobre a personagem de Camila Pitanga, Bebel, da novela Paraíso Tropical, em 2007, no livro do ano Barsa de 2008. Ele escreve com muito bom humor, ou como diz seu blog: má notícia é a maior diversão. Mas dessa vez ele conseguiu o feito: A indústria da pirataria lançou nas calçadas do Rio, além do esperado DVD gravado ao vivo, pequenos frascos com “água da chuva do show de Roberto Carlos no Maracanã”, anunciam os camelôs do centro da cidade.
julho 09, 2009
O uniforme
Andava pelo saguão do aeroporto puxando aquela pequena mala. Rabo de cavalo, uniforme vermelho e branco, lenço no pescoço. Sapatos pontudos e sombra sobre os olhos. Perfeita. Passa a passo vinha na minha direção. Ainda não havia me encontrado com seus belos olhos. Mas lá estava eu, observando. Tinha esperado semana a semana, dia a dia, hora a hora, por aquele momento. Vê-la era tudo que queria naquela semana. Não que tivesse sido uma semana ruim ou outra coisa qualquer, afinal aos 21 anos de idade nenhum trabalho e nenhuma faculdade poderiam ser tão estressantes assim. Tudo parecia muito mais fácil depois daquele dia. Aquele talvez fosse o momento em que esperei por toda a vida.
Não era uma vida muito longa até ali. Havíamos nos conhecido a cerca de algumas semanas e nos falado depois por telefone outras poucas vezes. Era nosso segundo encontro. Minhas noites que eram regadas a diversões múltiplas pareciam o preparo para aquele momento. Parecia o ritual de passagem para uma nova fase da minha vida; minha primeira paixão.
Não tinha feito outra coisa além de observá-la no dia em que a vi sentada. Cada movimento seu era notado por mim. Estava naquele dia de jeans e uma blusinha branca, com os cabelos soltos, sorriso no rosto. Eu estava mesas atrás, com o copo de coca-cola na mão, olhos nela e um silêncio ensurdecedor para meus caros companheiros de balada. Seria somente mais um dia de observador, numa vida, até então, de observador, num futuro de observação, se ela também não tivesse dado o primeiro passo, aquela noite.
No saguão finalmente me viu. Sorriso no rosto apressou o passo. Aquele som dos passinhos era impressionante. Enfim o beijo. Meu rosto ruborizou. O silêncio só era quebrado por sua voz a contar sobre as cidades que havia conhecido. Tudo nela era interessante. Mas como alguém poderia mudar tanto de um dia para outro? E meu silêncio era metade inquietante e metade deslumbrado, pois nunca imaginei aquele uniforme a me abraçar. E ela continua a contar as novidades, quase lhe faltava o ar de tantas palavras.
Naquele primeiro dia o que mais gostei de observar eram seus jogos de cabelos da esquerda para a direita, da direita para esquerda, atrás da orelha, para trás dos ombros, entre outros. No saguão ele mal se mexia. Tinha a curiosidade de tocá-los para saber se estavam duros por algum produto. Uma curiosidade quase tão inquietante a de entender por que aquele pequeno uniforme possuía o poder de transformar algo que era já maravilhoso em simplesmente divino. A minha sorte é que ela sairia para o jantar daquela forma e ainda havia se preocupado se eu me importaria. Se ela soubesse o que sei agora nunca mais vestiria um jeans na vida...
No restaurante a observava a falar. E como falava. Não se importava com meu silêncio observador. As pausas eram pequenas, entre uma garfada e outra daquele risoto. A cor da páprica destoava de seu uniforme. O uniforme. O uniforme que eu não parava de olhar. Olhava para seus movimentos, para suas pernas que trocavam de posição. Estava lado a lado, pois detesto ficar longe da então minha amada comissária e, mais que tudo, ali também podia observá-la por inteiro. Uma única frase no momento em que a deixei em casa:
- Adorei nossa noite. Você é um amor de pessoa e me escuta como ninguém neste mundo. Até semana que vem.
E no caminho de casa pensava nas minhas próximas noites, com o copo de coca-cola na mão a observar o mundo, sonhando com aquele uniforme. E dentro do carro rádio continuava a romper o silêncio:
“Every breath you take
Every move you make
Every bond you break
Every step you take
Ill be watching you
Every single Day
Every word you say
Every game you play
Every night you stay
Ill be watching you (...)”
Every breath you take – The Police - 1983
Não era uma vida muito longa até ali. Havíamos nos conhecido a cerca de algumas semanas e nos falado depois por telefone outras poucas vezes. Era nosso segundo encontro. Minhas noites que eram regadas a diversões múltiplas pareciam o preparo para aquele momento. Parecia o ritual de passagem para uma nova fase da minha vida; minha primeira paixão.
Não tinha feito outra coisa além de observá-la no dia em que a vi sentada. Cada movimento seu era notado por mim. Estava naquele dia de jeans e uma blusinha branca, com os cabelos soltos, sorriso no rosto. Eu estava mesas atrás, com o copo de coca-cola na mão, olhos nela e um silêncio ensurdecedor para meus caros companheiros de balada. Seria somente mais um dia de observador, numa vida, até então, de observador, num futuro de observação, se ela também não tivesse dado o primeiro passo, aquela noite.
No saguão finalmente me viu. Sorriso no rosto apressou o passo. Aquele som dos passinhos era impressionante. Enfim o beijo. Meu rosto ruborizou. O silêncio só era quebrado por sua voz a contar sobre as cidades que havia conhecido. Tudo nela era interessante. Mas como alguém poderia mudar tanto de um dia para outro? E meu silêncio era metade inquietante e metade deslumbrado, pois nunca imaginei aquele uniforme a me abraçar. E ela continua a contar as novidades, quase lhe faltava o ar de tantas palavras.
Naquele primeiro dia o que mais gostei de observar eram seus jogos de cabelos da esquerda para a direita, da direita para esquerda, atrás da orelha, para trás dos ombros, entre outros. No saguão ele mal se mexia. Tinha a curiosidade de tocá-los para saber se estavam duros por algum produto. Uma curiosidade quase tão inquietante a de entender por que aquele pequeno uniforme possuía o poder de transformar algo que era já maravilhoso em simplesmente divino. A minha sorte é que ela sairia para o jantar daquela forma e ainda havia se preocupado se eu me importaria. Se ela soubesse o que sei agora nunca mais vestiria um jeans na vida...
No restaurante a observava a falar. E como falava. Não se importava com meu silêncio observador. As pausas eram pequenas, entre uma garfada e outra daquele risoto. A cor da páprica destoava de seu uniforme. O uniforme. O uniforme que eu não parava de olhar. Olhava para seus movimentos, para suas pernas que trocavam de posição. Estava lado a lado, pois detesto ficar longe da então minha amada comissária e, mais que tudo, ali também podia observá-la por inteiro. Uma única frase no momento em que a deixei em casa:
- Adorei nossa noite. Você é um amor de pessoa e me escuta como ninguém neste mundo. Até semana que vem.
E no caminho de casa pensava nas minhas próximas noites, com o copo de coca-cola na mão a observar o mundo, sonhando com aquele uniforme. E dentro do carro rádio continuava a romper o silêncio:
“Every breath you take
Every move you make
Every bond you break
Every step you take
Ill be watching you
Every single Day
Every word you say
Every game you play
Every night you stay
Ill be watching you (...)”
Every breath you take – The Police - 1983
Corinthians 4, Fluminense 2
Ronaldo. Mais uma vez: Dentinho. Como é que é? Mais uma vez: Ronaldo. Mais uma vez? Sim, mais uma vez: Ronaldo! É Ronaldo três vezes em quatro gols no jogo da nona rodada do Campeonato Brasileiro contra o Fluminense, e ainda teve participação na jogada do segundo gol, de Dentinho. O Pacaembu aplaudiu de pé! O fluminense ainda assustou, tanto no início do jogo, quanto no segundo tempo tendo feito dois gols. Mas Ronaldo brilhou novamente e pode até pedir música nos gols do Fantástico. Aguardemos até domingo, com Tadeu Schimidt.
Blog de corintiano é sempre assim: na hora de comentar o jogo do seu time a emoção sempre fala mais alto. Mas uma coisa é certa: ganhou já dois campeonatos este ano, vindo da série B. Uma recuperação incrível. O time, assim como Ronaldo, tem momento de altos e baixos. Mas a fusão de jogadores experientes com novos jogadores e a permanência do técnico anda gerando uma situação que somente fora vista nos últimos anos com o time comandado por Muricy Ramalho, que acabou com uma demissão sem maiores justificativas. Futebol no Brasil é ainda algo amador, sem lá muita estratégia. É jogar e esperar das estrelas – cadentes ou não – brilharem, sempre individualmente. Na hora do brilho o aplauso da torcida. Na hora do apagão a demissão do técnico; afinal sempre há um culpado...
Blog de corintiano é sempre assim: na hora de comentar o jogo do seu time a emoção sempre fala mais alto. Mas uma coisa é certa: ganhou já dois campeonatos este ano, vindo da série B. Uma recuperação incrível. O time, assim como Ronaldo, tem momento de altos e baixos. Mas a fusão de jogadores experientes com novos jogadores e a permanência do técnico anda gerando uma situação que somente fora vista nos últimos anos com o time comandado por Muricy Ramalho, que acabou com uma demissão sem maiores justificativas. Futebol no Brasil é ainda algo amador, sem lá muita estratégia. É jogar e esperar das estrelas – cadentes ou não – brilharem, sempre individualmente. Na hora do brilho o aplauso da torcida. Na hora do apagão a demissão do técnico; afinal sempre há um culpado...
julho 05, 2009
French Kiss (1977)
Estava assistindo Cold Case (Arquivo Morto, série da Warner) num episódio em que se reabria um caso ocorrido nos anos 1970, de uma garota morta aos 15 anos de idade, depois de uma noite com uma amiga numa discoteca – meio pista de patinação – ao som incrível de The Locomotion. Inacreditável que algo que adoro neste seriado é justamente o final, onde sempre há uma música relacionando o tema do crime desvendado. Deste episódio foi Sentimental Lady, de Bob Welch. Logo que iniciou a música pulei de emoção. É a abertura de um disco que me marcou um momento até recente, entre 2001 e 2002, que até já cheguei a escrever por aqui sobre uma faixa específica deste CD – Fench Kiss – que é por inteiro algo que se deve conhecer! Não sei dizer o que me emociona tanto neste disco. São tantas sonoridades ao mesmo tempo. Sempre digo que certas horas a música não tem uma explicação lógica.
O Humor
Certa vez assisti a uma palestra de Moacyr Scliar, onde ele falava que para ele livro que não tem humor dentro é livro chato. Não lembro exatamente das palavras que usou ao se referir que na literatura que lhe interessa sempre há o humor. Logo me lembrei do Scliar ao ler uma breve reportagem da FLIP – Feira Literária Internacional de Paraty - sobre o escritor Bernardo Carvalho, que admitiu não ter humor. Ou seja, utilizando do conceito de Scliar, Bernardo Carvalho deve ser chato. O que impressiona na FLIP é a quantidade de gente que vai parar lá sem muita intimidade com a leitura. Ano passado uma das maiores atrações era o autor das histórias em quadrinhos Sandman, Neil Gaiman. Este ano foi Chico Buarque, que dividiu mesa com Milton Hatoun. E pelo que contam, parece que tudo foi muito chato e sem graça. O humor normalmente é negligenciado na literatura. As pessoas têm que ser sérias demais... Tristeza, temas polêmicos, teorias conspiratórias. O humor não tem vez entre os temas dos “descolados”. Quem dera ler um Mário Prata, de O Morto que Morreu de Rir... Dizem que Philip Roth tem humor nos seus livros e isso começou em Complexo de Portnoy. Eis um escritor que anda rondando e muito a minha curiosidade. Desde a morte de John Updike escuto muito falar de Philip Roth. Diziam à época que os dois não são literatura... Depois houve o lançamento de Entre Nós, onde conversa com inúmeros outros autores, entre eles Primo Levi. Não sei dizer se é influencia dos críticos de literatura que leio, mas, cada vez mais, tenho vontade de ler Roth.
julho 03, 2009
Mary-Louise Parker
Assisti dia desses um filme da minha adolescência, do qual lembrava de partes. Acho que o assisti em 1992, se não me engano e nunca mais assisti nem sequer trechos. Foi marcante, mas mal lembrava das atrizes. Para ser exato, aqueles filmes do começo dos anos 1990 tinham atrizes estranhas demais, que acabaram por desaparecer. É o caso de Mary-Louise Parker, que não consigo de maneira alguma lembrar de outro filme além de Tomates Verdes Fritos, mesmo ela tendo uma enorme filmografia. São detalhes que passaram por mim. Pra variar Tomates... tem um momento dramático que faz qualquer um com sentimentos ficar abalado. Mas as cenas do julgamento são as melhores. De um humor incrível, totalmente previsível, porém, não de forma óbvia. Nada mais incrível que um pastor jurar sobre Moby Dick em vez da bíblia... Mas é um filme triste, mesmo tendo como principal mensagem a força, a esperança, entre outras. Tudo estava ali, na tela. Um cinema estranho. Às vezes fico a pensar se a história era boa mesmo. Mas foi marcante. E mais marcante é Mary-Louise Parker, que não lembro de mais nada. Sei que está numa série que não acompanho - Weeds. Mas fico a pensar na sua idade em relação aos papeis que ainda faz na televisão hoje. Parece que ninguém mais envelhece.
Coisa mais sem graça...
Acabo de ler que Geraldo Alckmin é o preferido do eleitorado para o governo do estado de São Paulo nas eleições de 2010. Claro, se Serra não for o candidato. Até Gilberto Kassab teria a vitória se não houvesse nenhum tucano na disputa...
O PT não tem nenhum candidato, e até Ciro Gomes é considerado candidato... para governador de... São Paulo! Tem cada uma... Agora o que surpreende é a falta de oposição. Nunca houve eleições sem oposição como as desses últimos tempos. E a culpa disso é da própria oposição, que não faz oposição. Nem quando o PT era oposição (no governo federal, pois no estado de São Paulo ainda é...) era uma oposição burra, sem fundamento a não ser o de desestabilizar o governo. E eram tempos em que as pessoas não tinham dólares na cueca, esquemas tipo “mensalão”, questões golpistas tais como “terceiro mandato”, havia na imprensa pudor em falar coisas sem fundamentos, entre outras condições que faziam parecer que havia uma disputa mais politizada e menos polarizada. Porém, parece que o Senado era o mesmo de sempre; se não eram atos secretos eram painéis eletrônicos...
O fato é que num país pautado pela política é assim que as coisas andam: paradas. Desde quando a política é a matriz do Estado? Enquanto as pessoas acreditarem mais em políticos do que em si mesmas as coisas vão continuar assim. A ação do governo federal em apoiar os prefeitos é um indicio de que o governo sabe que a célula de um governo é a proximidade com o “povo”, esta entidade que não é nada confiável. Se o povo soubesse o que é bom para eles não seria necessário governo algum.
Bem, eu sou um defensor do Estado Mínimo, mas falar nisso num país em que se trabalha 5 meses por ano para o governo fica meio difícil de ver qualquer caminho nesse sentido. Por mais reclamações que se tenha sobre o sistema de saúde pública brasileiro, este ainda é melhor e mais amplo que em muitos países, tanto do primeiro mundo e inclusive do “segundo” mundo, principalmente. E até que ponto não se está certo ter um sistema de saúde pública e um sistema de educação governamental? Por isso digo sempre que uma proposta mais próxima do ideal é sempre carregada de reflexão. Mas uma coisa é certa: a política nada tem a ver com isso. A sorte dos paulistas é ter como candidato Geral Alckmin. Uma boa pessoa que soube governar muito bem o estado e teria sido um presidente da república muito melhor que o atual. Não ganhou a eleição, mas não foi por falta de torcida, mas por falta de “fazer política”. Até hoje me lembro da carta de Fernando Henrique Cardoso e do “silêncio” do PSDB. Lembro também da ameaça idiota de Lula, ao falar das privatizações, da Caixa, Petrobrás, Banco do Brasil e sei lá mais o que. Eu bem que gostaria que as privatizações estivessem na pauta. Acho inútil o Banco do Brasil; a Caixa faz um trabalho que era desempenhado muito bem pelo BNH (e aqui mais uma vez o marido traído jogou fora o sofá em vez de largar a mulher traidora) e a previdência deveria ser separada (isso daria uma postagem gigantesca) e a Petrobrás... Ora, ora, só pelos últimos escândalos já mostra a total falta de competência e da tomada do poder pela politicagem. Se fosse privatizada já seria uma das maiores do mundo, como a Vale... Estado não tem que fazer gasolina ou álcool. Tem que organizar as coisas, fazer estrada, dar segurança, fomentar a educação e a cultura. Só a Petrobrás daria outra postagem inteira. O que “o povo” acha ruim é a melhor coisa para ele mesmo, bem por isso que é uma entidade que não se pode confiar... Se fosse falar da segurança pública, teria que fazer uma enorme postagem... Pois neste caso o problema é federal, e não dos estados e municípios. É justamente o contrário do que faz o governo, que joga a culpa nos estados. Tudo isso é totalmente sem graça e não me dá a mínima vontade de escrever. Falar das misérias brasileiras é coisa para demagogo e coisa sem graça. O que me lembra do incrível texto Os Demagogos.
O PT não tem nenhum candidato, e até Ciro Gomes é considerado candidato... para governador de... São Paulo! Tem cada uma... Agora o que surpreende é a falta de oposição. Nunca houve eleições sem oposição como as desses últimos tempos. E a culpa disso é da própria oposição, que não faz oposição. Nem quando o PT era oposição (no governo federal, pois no estado de São Paulo ainda é...) era uma oposição burra, sem fundamento a não ser o de desestabilizar o governo. E eram tempos em que as pessoas não tinham dólares na cueca, esquemas tipo “mensalão”, questões golpistas tais como “terceiro mandato”, havia na imprensa pudor em falar coisas sem fundamentos, entre outras condições que faziam parecer que havia uma disputa mais politizada e menos polarizada. Porém, parece que o Senado era o mesmo de sempre; se não eram atos secretos eram painéis eletrônicos...
O fato é que num país pautado pela política é assim que as coisas andam: paradas. Desde quando a política é a matriz do Estado? Enquanto as pessoas acreditarem mais em políticos do que em si mesmas as coisas vão continuar assim. A ação do governo federal em apoiar os prefeitos é um indicio de que o governo sabe que a célula de um governo é a proximidade com o “povo”, esta entidade que não é nada confiável. Se o povo soubesse o que é bom para eles não seria necessário governo algum.
Bem, eu sou um defensor do Estado Mínimo, mas falar nisso num país em que se trabalha 5 meses por ano para o governo fica meio difícil de ver qualquer caminho nesse sentido. Por mais reclamações que se tenha sobre o sistema de saúde pública brasileiro, este ainda é melhor e mais amplo que em muitos países, tanto do primeiro mundo e inclusive do “segundo” mundo, principalmente. E até que ponto não se está certo ter um sistema de saúde pública e um sistema de educação governamental? Por isso digo sempre que uma proposta mais próxima do ideal é sempre carregada de reflexão. Mas uma coisa é certa: a política nada tem a ver com isso. A sorte dos paulistas é ter como candidato Geral Alckmin. Uma boa pessoa que soube governar muito bem o estado e teria sido um presidente da república muito melhor que o atual. Não ganhou a eleição, mas não foi por falta de torcida, mas por falta de “fazer política”. Até hoje me lembro da carta de Fernando Henrique Cardoso e do “silêncio” do PSDB. Lembro também da ameaça idiota de Lula, ao falar das privatizações, da Caixa, Petrobrás, Banco do Brasil e sei lá mais o que. Eu bem que gostaria que as privatizações estivessem na pauta. Acho inútil o Banco do Brasil; a Caixa faz um trabalho que era desempenhado muito bem pelo BNH (e aqui mais uma vez o marido traído jogou fora o sofá em vez de largar a mulher traidora) e a previdência deveria ser separada (isso daria uma postagem gigantesca) e a Petrobrás... Ora, ora, só pelos últimos escândalos já mostra a total falta de competência e da tomada do poder pela politicagem. Se fosse privatizada já seria uma das maiores do mundo, como a Vale... Estado não tem que fazer gasolina ou álcool. Tem que organizar as coisas, fazer estrada, dar segurança, fomentar a educação e a cultura. Só a Petrobrás daria outra postagem inteira. O que “o povo” acha ruim é a melhor coisa para ele mesmo, bem por isso que é uma entidade que não se pode confiar... Se fosse falar da segurança pública, teria que fazer uma enorme postagem... Pois neste caso o problema é federal, e não dos estados e municípios. É justamente o contrário do que faz o governo, que joga a culpa nos estados. Tudo isso é totalmente sem graça e não me dá a mínima vontade de escrever. Falar das misérias brasileiras é coisa para demagogo e coisa sem graça. O que me lembra do incrível texto Os Demagogos.
julho 02, 2009
Timão Campeão... Tricampeão
Depois do campeonato paulista, o Sport Club Corinthians Paulista comemora o título de campeão da Copa do Brasil. O tricampeonato: 1995, 2002 e 2009! Agora rumo a Libertadores, no ano do centenário (1910 – 2010)!
Mas, falando do jogo, este não valeu à pena. Momentos interessantes no primeiro tempo, com um Corinthians superior ao irregular Internacional. No segundo tempo o desespero do Inter foi tal que começaram algumas confusões, terminando na expulsão de D´Alessandro. No restante do jogo, o maior destaque foi a dança em homenagem a Michael Jackson, logo no primeiro gol, por Jorge Henrique. Não foi uma incrível vitória, mas a festa estava dada.
Mas, falando do jogo, este não valeu à pena. Momentos interessantes no primeiro tempo, com um Corinthians superior ao irregular Internacional. No segundo tempo o desespero do Inter foi tal que começaram algumas confusões, terminando na expulsão de D´Alessandro. No restante do jogo, o maior destaque foi a dança em homenagem a Michael Jackson, logo no primeiro gol, por Jorge Henrique. Não foi uma incrível vitória, mas a festa estava dada.
Interferência americana
Sempre me pergunto sobre a possibilidade real de se ter no mundo outro país como os Estados Unidos. Só lá há a verdadeira liberdade de ser antiamericano sendo americano. A liberdade de poder ser contra a liberdade. A liberdade de poder ser a favor do fim da liberdade. Bem, é muito estranho mesmo um país ter uma economia aberta, bastante competitiva, às vezes até selvagem, mas nunca centralizada ou de comando único. Não compreendo a total vulgarização da expressão “os americanos”. Seria como falar que “os brasileiros”. Como se existisse algum comando central aqui no Brasil. Aqui as coisas não acontecem por ser o país do “direito adquirido” e dos cartórios. Não o país da livre competição, do mérito. Uma vez, numa bela explanação, um economista falou de sete problemas principais do Brasil: 1 - O culto da inveja; 2 - O culto do direito adquirido; 3 – O culto do mundo do “menos”; 4- O desprezo do civismo; 5 – O culto da geografia; 6 – Baixa cristianização; e 7 – A miséria da cultura do Brasil. Claro, sobre estes pontos poderia escrever por horas, sem parar... Mas o que queria colocar é sobre a falta de capacidade de pensar fora de um esquema de conspiração imaginária.
Quando se fala de uma Rússia, de uma China, vemos claramente que as coisas são centralizadas, onde há uma verdadeira condição para que o Estado avance, principalmente sobre as liberdades individuais e sobre as idéias. Nos Estados Unidos somente nas áreas em que o Estado é requisitado ele está presente. Nos últimos tempos há uma clara revisão nestes termos e isso não é entendido quando se observa a sociedade de fora do país (caso da saúde pública, por exemplo). Mesmo quando no país, algumas pessoas pensam de forma equivocada. Eu mesmo não entendia certas atitudes, quando lá morei. E fui entendendo aos poucos ouvindo e vendo aqueles conceitos que na Europa chamam de universais. Por lá já passaram desta fase e os Estados europeus em muitos casos ainda não sabem lidar com as demandas da sociedade. Há por sinal questões econômicas de ordens distintas, e de ordem social muito semelhante. Mas estas todas buscam fugir de uma forma autoritária, às vezes mais branda, às vezes mais dura, do politicamente correto.
Quando se fala de uma Rússia, de uma China, vemos claramente que as coisas são centralizadas, onde há uma verdadeira condição para que o Estado avance, principalmente sobre as liberdades individuais e sobre as idéias. Nos Estados Unidos somente nas áreas em que o Estado é requisitado ele está presente. Nos últimos tempos há uma clara revisão nestes termos e isso não é entendido quando se observa a sociedade de fora do país (caso da saúde pública, por exemplo). Mesmo quando no país, algumas pessoas pensam de forma equivocada. Eu mesmo não entendia certas atitudes, quando lá morei. E fui entendendo aos poucos ouvindo e vendo aqueles conceitos que na Europa chamam de universais. Por lá já passaram desta fase e os Estados europeus em muitos casos ainda não sabem lidar com as demandas da sociedade. Há por sinal questões econômicas de ordens distintas, e de ordem social muito semelhante. Mas estas todas buscam fugir de uma forma autoritária, às vezes mais branda, às vezes mais dura, do politicamente correto.
Mandaram-me e-mails sobre o que escrevi a respeito dos problemas a serem enfrentados por Obama. A grande maioria sem a menor condição de debate. Coisas como “você não acredita nele”... Se um dia tivesse acreditado não teria “torcido” para o McCain... Obama não é um candidato do “politicamente correto”, conforme muitas análises “profundas” tendem a me contradizer. Ele é um democrata típico, sem maiores diferenças. Quando confrontado no dia-a-dia político tende a dar respostas típicas dos democratas. Mas uma questão é inacreditável, e com Obama no comando fica óbvia: não há influencia conspiratória dos americanos no mundo! A interferência americana ocorre de várias formas, mas nunca por meio da CIA, como querem sempre afirmar aqueles “grandes homens” que esquecem que existe outro lado na Guerra Fria. O mais incrível é deixar de falar sobre fatos para falar sobre hipóteses.
Um fato óbvio esta na reportagem do El País, no dia primeiro de julho, com o historiador Paul Kennedy. (O engraçado aqui, é que tem gente que nem lê o Estadão, quanto mais falar sobre a The Economist ou do El País; ou do meu predileto Le Figaro... e olha que meu francês é desastroso... e ainda se dizem “informados”. O pior de tudo que essa mania de ir aos jornais estrangeiros começou na Copa de 2002, com um jornalista da AllTV; vivia por lá enchendo a paciência de vários deles e acabei aprendendo alguma coisa com eles.) Paul coloca o Irã como uma das questões em que os Estados Unidos nada pode fazer de concreto no momento. Porém, olhem só o que diz o “outro lado”, por Marcos Guterman: “Mohammad Hassan Ghadiri, embaixador do Irã no México, acusou a CIA de estar por trás do assassinato de Neda Agha-Soltan, a mártir da oposição iraniana. (...)” (aqui).
São por estas e outras declarações que eu destaco que existem jornalistas sérios, como Guterman, que pelo título dá o tom da notícia – Os indecentes adoram uma teoria da conspiração – e outros que resolvem discutir hipóteses. Mas não pára por aí. Isso qualquer um com um pouco mais de inteligência sabe que não é verdade. Mas sempre há “os americanos”... Essa “entidade” que “domina” o mundo... Os tais “imperialistas”...
Sempre que me perguntam algo sobre política internacional normalmente meu interlocutor já tem a opinião formada. É uma constante: pergunta só para ter certeza de que está certo e eu, quando digo o contrário, inicio um debate, em que eu terei que ser “convencido” do contrário... Então para que o questionamento? Parecem aqueles chatos que me perguntam sobre Darwin. Não sei nada de “evolucionismo”. E nem quero saber. Finalmente já se foram seus 200 anos e espero não ter que ouvir mais nada sobre ele. Ou na época da eleição de Sarcozy, onde tinha gente que gostava de Segolene Royal só por ser mulher; nem sequer sabiam qual a plataforma política dela. Vejam só, muitas criticas a Sarcozy, mas nem sequer lembram o nome dela nos debates... Para ver que “relevância” ela tinha. O debate no Brasil é pobre porque sempre pautado por um único ponto de vista. E mais que tudo, porque não há cultura de verdade circulando. Quem leu mais de dez livros (depois da escola) sabe do que estou falando. Política é sempre pragmática. McCain não era muito melhor que Obama; um “queridinho” da imprensa democrata, que virou bicho papão quando real oponente com possibilidade de ganhar a eleição. Sempre é bom lembrar que a votação de Obama foi por volta dos 53% do eleitorado. “O cara” é outro; não é Obama que tem aprovação de 84% (próximo do que Sarney obteve como presidente da república, na época do plano Cruzado). Lá, “os americanos”, possuem oposição... E por incrível que pareça ela representa a sociedade. Aqui acham que a política é a origem das demandas da sociedade. Espera-se da política algo que não é de sua natureza. E só por aqui que conseguem acreditar na CIA... Agora, falar da KGB, aí sim, você é um “teórico da conspiração”. Para eles cito sempre o livro de William Waack, Camaradas nos Arquivos de Moscou.
julho 01, 2009
Mr. Bush...
E agora Obama? Vamos chamar Bush para chefiar a segurança nacional?
Obviamente, nunca acreditei em Barack Obama. Não por nada, mas o mundo não é um lugar bom. Ou melhor, as pessoas que habitam o planeta Terra nem sempre são boas (principalmente aquelas que querem fazer um mundo melhor). Antes tínhamos Cuba, a maior ditadura de todos os tempos; agora temos a caminho Honduras, Venezuela; os problemas não resolvidos do Haiti, Colômbia, Coréia do Norte, e em criação, Bolívia, Equador e Somália; este último talvez uma das maiores pedras no sapato de quem acha que diplomacia e conversa resolve tudo... Sem esqueceras as duas guerras – Afeganistão e Iraque - que não acabaram. Sem também esquecer o problema sem classificação chamado Irã. Não são poucos os problemas ainda mais com uma crise econômica mundial e duas autocracias – China e Rússia - que nunca parecem dizer a que vieram de verdade. Uma Europa dividida e cada vez mais próxima de uma convulsão social – vide exemplos da Itália e da França, onde os estrangeiros e imigrantes andam encontrando todo tipo de problema. E quem achou que a culpa de tudo isso era do Mr. Bush se enganou mais uma vez... No seu governo parece que existia um receio a certos exageros cometidos por alguns representantes destes países problemas. Só espero nunca ter que ler em jornais americanos as saudades de Bush... E ter que dizer, mais uma vez (como aquelas motinhos do desenho da minha infância): “eu te disse... mas, eu te disse... eu te disse”; e ter que ouvir mais uma vez: “ora... cale esta buzina...”
No fundo, no fundo, sempre me calo quando escuto as maiores besteiras sobre Barack Obama. A pior delas vem, logicamente, de quem não leu e é desinformado. E nem digo de comentaristas locais ou, como gostam de inventar moda, dos “neoconservadores nacionais”... Eu pergunto sobre coisas banais, tais como o novo livro de Robert Kagan, O retorno da História, que li em janeiro (parece uma eternidade). Engraçado, que quando digo que sou libertário, parece que não entendem que já era assim em 1999, quando criticava a falta de liberalismo do governo FHC...
Outra questão engraçada é sobre Abraham Lincoln. Este nunca foi um “liberal” pleno e sim, se estudado com cuidado, vai notar uma distorção entre a figura real e o mito de adoração americana. Claro, se isso também não fosse daquelas informações que nos Estados Unidos é difícil de conhecer. Sempre digo que tenho simpatia por Andrew Jackson. Uma vez escrevi aqui sobre uma de suas biografias. Mas em termos de história americana sou uma completa negação; um estudante em início de conversa. A minha sorte é que existe uma enorme bibliografia a percorrer. Só queria saber por o grande diário de Ronald Reagan não é publicado em português...
Obviamente, nunca acreditei em Barack Obama. Não por nada, mas o mundo não é um lugar bom. Ou melhor, as pessoas que habitam o planeta Terra nem sempre são boas (principalmente aquelas que querem fazer um mundo melhor). Antes tínhamos Cuba, a maior ditadura de todos os tempos; agora temos a caminho Honduras, Venezuela; os problemas não resolvidos do Haiti, Colômbia, Coréia do Norte, e em criação, Bolívia, Equador e Somália; este último talvez uma das maiores pedras no sapato de quem acha que diplomacia e conversa resolve tudo... Sem esqueceras as duas guerras – Afeganistão e Iraque - que não acabaram. Sem também esquecer o problema sem classificação chamado Irã. Não são poucos os problemas ainda mais com uma crise econômica mundial e duas autocracias – China e Rússia - que nunca parecem dizer a que vieram de verdade. Uma Europa dividida e cada vez mais próxima de uma convulsão social – vide exemplos da Itália e da França, onde os estrangeiros e imigrantes andam encontrando todo tipo de problema. E quem achou que a culpa de tudo isso era do Mr. Bush se enganou mais uma vez... No seu governo parece que existia um receio a certos exageros cometidos por alguns representantes destes países problemas. Só espero nunca ter que ler em jornais americanos as saudades de Bush... E ter que dizer, mais uma vez (como aquelas motinhos do desenho da minha infância): “eu te disse... mas, eu te disse... eu te disse”; e ter que ouvir mais uma vez: “ora... cale esta buzina...”
No fundo, no fundo, sempre me calo quando escuto as maiores besteiras sobre Barack Obama. A pior delas vem, logicamente, de quem não leu e é desinformado. E nem digo de comentaristas locais ou, como gostam de inventar moda, dos “neoconservadores nacionais”... Eu pergunto sobre coisas banais, tais como o novo livro de Robert Kagan, O retorno da História, que li em janeiro (parece uma eternidade). Engraçado, que quando digo que sou libertário, parece que não entendem que já era assim em 1999, quando criticava a falta de liberalismo do governo FHC...
Outra questão engraçada é sobre Abraham Lincoln. Este nunca foi um “liberal” pleno e sim, se estudado com cuidado, vai notar uma distorção entre a figura real e o mito de adoração americana. Claro, se isso também não fosse daquelas informações que nos Estados Unidos é difícil de conhecer. Sempre digo que tenho simpatia por Andrew Jackson. Uma vez escrevi aqui sobre uma de suas biografias. Mas em termos de história americana sou uma completa negação; um estudante em início de conversa. A minha sorte é que existe uma enorme bibliografia a percorrer. Só queria saber por o grande diário de Ronald Reagan não é publicado em português...
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