fevereiro 05, 2009

A Ditadura da Moda

Adorei. Como sempre a criatividade supera as idéias pré-concebidas. Eu acho fantástico ouvir falar de uma história com nuances da realidade, tentando confrontar aqueles fragmentos humanos da vida da melhor forma. Eu sempre achei que somos formados por inúmeros fragmentos. Uns maiores uns menores. E todo o dia se luta com as arestas desses pedaços. Porém existe uma ditadura que pede coerência para tudo. Uma regra. Uma cousa um tanto quanto conservadora, mesmo para o mais rebelde de todos os revolucionários. Ao ser rebelde não pode ter tido na infância um Mickey Mouse ou um pica-pau (talvez este sim...). Ou a falta deles é a causa de sua rebeldia. Tudo tem que parecer coerente. Mas não. A vida não é assim. E para confrontar isso, nada melhor que uma boa história.

E de boas histórias felizmente pode-se agradecer a vida. A jornalista Nina Lemos, que não conheço e nem leio suas colunas, acabou de lançar um livro: A Ditadura da Moda. Segundo a sinopse que li no site da Livraria Cultura adorei a história já mesmo sem ler o livro, que pode até ser chato, sei lá eu. Mas a idéia de se ter um livro que dê um passo além, que aja confronto destes pequenos mundos, estes pequenos universos paralelos, é algo que me interessa muito. O contexto da história é uma personagem, filha de comunistas, que perde o pai durante a revolução e hoje tem uma coluna de moda. E vão acontecendo muitas coisas inclusive o passado batendo em sua porta durante a SPFW.

São de histórias assim que se inicia um novo ciclo de reflexão. Como Daniel Piza escreveu outro dia em seu blog, os rompimentos com o pensamento dos anos 1960 começam a surgir. Com mais de 20 anos de abertura democrática, nada mais justo de por à prática um reflexão de como aqueles ideais de mais de 150 anos podem ser revisados, ao mesmo passo que faz uma crítica do mundo sem ideais, do mundo da moda, onde existe uma forma de... Aí eu deixo para a autora que conhece aquele universo.

Não posso dizer que indico, pois ainda não li, mas ativou minha curiosidade para o pequeno livro, já que são somente 120 páginas. Mas tenho a dizer que este livro e sua autora talvez tenham muito a dizer e um futuro interessante a ser escrito.

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