Entrei no orkut em 2004. devo sair em 2008... O orkut não é mais o mesmo. Se não fosse por poucas pessoas sérias que ainda estão lá já teria saído, assim como desisti de usar o MSN Messenger. Quando quero falar com os amigos eles nunca estão lá, ou estão “ocupados” ou estão sei lá o que fazendo que nunca respondem. É melhor deixar um e-mail ou recado no orkut. Anda dando certo.
Do orkut tendo a dizer coisas boas. Comunidades de pessoas que normalmente discutem assuntos interessantes, mesmo com muito ruído e muito erro de português, o que me irrita muito. Normalmente vejo nos leigos dos assuntos que as comunidades se relacionam não mais que um ruído, pois se realmente eles quisessem entender melhor o assunto não seria o orkut um dos melhores lugares. Muita opinião em forma de “expressão da verdade”. Um exército de discípulos da “Al Qaeda Eletrônica” (by Reinaldo Azevedo) e muitos a cultuar a própria inteligência. No meio disso tudo ainda encontro muitos bons textos de pessoas desconhecidas que são interessantíssimos. Ás vezes pego algum gancho num assunto que me leva aos meios de comunicação já consagrados. Mas lembro bem do início do orkut. Muito estrangeiro, o inglês como primeira língua e comunidades de sucesso com pouco mais de cem integrantes. Lógico que gosto mais da situação de hoje onde posso escrever para meus parentes que estão longe, aos amigos que não via há tempos e ser encontrado por pessoas que fizeram parte do meu passado. Este é até uma face romântica do orkut.
Terminado este tempo começou a arte de se esconder dentro do orkut contra os especuladores. Desde perfis falsos até gente chata que ficava perseguindo, tentando fazer algum tipo de constrangimento. Teve a fase onde se pesquisava o perfil do orkut em entrevistas de trabalho. Teve a batalha eleitoral de 2006, entre Lula e Alckmin (ou melhor, lulistas e alckmistas). Este ano deverá ter novamente algo assim, já que a informação tem dificuldade de circular nos meios “oficiais”. Mesmo assim o que quero contar é mais uma história de orkut.
Logo que fui convidado, preenchi o tal “perfil”. Até ser convidado pela segunda vez nem havia sequer me interessado pelas funções do novo site de relacionamentos. Ao aceitar o segundo convite, um amigo apareceu e então já havia três pessoas na minha lista de amigos. Neste momento comecei a passear entre as comunidades e encontrar aquelas que faziam sentido para minha vida. Eis que me deparo com Leo Jaime. Cantor dos anos 1980, eu não tinha noticias dele desde aqueles tempos. Adicionei. Meu quarto amigo! Até ali, tinha dúvidas ao se tratar da mesma pessoa, mas continuei. Até que ele avisou de um show que faria e agitei dentro de uma comunidade a ida de todos os “amigos virtuais” dele ao tal show. E não é que era ele mesmo? Fez até menção desse show em entrevista no Programa do Jô. Foi um dos melhores momentos de orkut para mim. Depois notei que muitos perfis falsos começaram a surgir e toda a boa intenção do orkut acabou. Nem sei se ele ainda está na minha lista. Mas esta história ficou registrada para mim. E isso que importa.
De resto, acho que o “grande mal” do orkut de fazer a auto-exposição da pessoa e a possibilidade de ser “rastreado” trouxe uma outra condição analisada nos inúmeros textos que foram escritos sobre o orkut. Quem sabe ainda não farão uma biografia do orkut no Brasil, já que é o país com maior número de usuários. Mas o pior do que isso é a tal analise dos tempos de internet onde se falam de blogs, de interação e etc. sem dar conta que isso é uma das possibilidades da internet. É a forma que pessoas comuns podem declarar ao mundo que pensam alguma coisa. Acho que se eu não tivesse um blog não escreveria. E isso porque eu gosto de escrever. Acho que o blog é uma forma para mim bastante interessante. Não me interessa o conteúdo do que dizem os analistas do momento atual; eu acho que eles não sabem nada e estão chutando tanto para entender que no futuro serão lidos como aqueles que só falavam besteiras, como uma listinha que recebi de frases estúpidas de gente famosa.
Mas uma coisa é notável nessa história: hoje o mesmo Leo Jaime não conseguiria ser tão legal como foi naquele tempo, pois a popularização do orkut por gente estúpida impediria a ingenuidade daquele começo. Existe sim uma diferença de escala. Nota-se que uma comunidade bem monitorada por seus moderadores não passa dos mais que cem pessoas atuantes. Mesmo tendo mais de duas mil pessoas lá inscritas. E mesmo nessas cem pessoas, existe a repetição do mesmo comentário muitas vezes, só trazendo mais ruído e menos disposição para ler e conseqüente menor participação. E assim o fim do orkut está próximo.
Do orkut tendo a dizer coisas boas. Comunidades de pessoas que normalmente discutem assuntos interessantes, mesmo com muito ruído e muito erro de português, o que me irrita muito. Normalmente vejo nos leigos dos assuntos que as comunidades se relacionam não mais que um ruído, pois se realmente eles quisessem entender melhor o assunto não seria o orkut um dos melhores lugares. Muita opinião em forma de “expressão da verdade”. Um exército de discípulos da “Al Qaeda Eletrônica” (by Reinaldo Azevedo) e muitos a cultuar a própria inteligência. No meio disso tudo ainda encontro muitos bons textos de pessoas desconhecidas que são interessantíssimos. Ás vezes pego algum gancho num assunto que me leva aos meios de comunicação já consagrados. Mas lembro bem do início do orkut. Muito estrangeiro, o inglês como primeira língua e comunidades de sucesso com pouco mais de cem integrantes. Lógico que gosto mais da situação de hoje onde posso escrever para meus parentes que estão longe, aos amigos que não via há tempos e ser encontrado por pessoas que fizeram parte do meu passado. Este é até uma face romântica do orkut.
Terminado este tempo começou a arte de se esconder dentro do orkut contra os especuladores. Desde perfis falsos até gente chata que ficava perseguindo, tentando fazer algum tipo de constrangimento. Teve a fase onde se pesquisava o perfil do orkut em entrevistas de trabalho. Teve a batalha eleitoral de 2006, entre Lula e Alckmin (ou melhor, lulistas e alckmistas). Este ano deverá ter novamente algo assim, já que a informação tem dificuldade de circular nos meios “oficiais”. Mesmo assim o que quero contar é mais uma história de orkut.
Logo que fui convidado, preenchi o tal “perfil”. Até ser convidado pela segunda vez nem havia sequer me interessado pelas funções do novo site de relacionamentos. Ao aceitar o segundo convite, um amigo apareceu e então já havia três pessoas na minha lista de amigos. Neste momento comecei a passear entre as comunidades e encontrar aquelas que faziam sentido para minha vida. Eis que me deparo com Leo Jaime. Cantor dos anos 1980, eu não tinha noticias dele desde aqueles tempos. Adicionei. Meu quarto amigo! Até ali, tinha dúvidas ao se tratar da mesma pessoa, mas continuei. Até que ele avisou de um show que faria e agitei dentro de uma comunidade a ida de todos os “amigos virtuais” dele ao tal show. E não é que era ele mesmo? Fez até menção desse show em entrevista no Programa do Jô. Foi um dos melhores momentos de orkut para mim. Depois notei que muitos perfis falsos começaram a surgir e toda a boa intenção do orkut acabou. Nem sei se ele ainda está na minha lista. Mas esta história ficou registrada para mim. E isso que importa.
De resto, acho que o “grande mal” do orkut de fazer a auto-exposição da pessoa e a possibilidade de ser “rastreado” trouxe uma outra condição analisada nos inúmeros textos que foram escritos sobre o orkut. Quem sabe ainda não farão uma biografia do orkut no Brasil, já que é o país com maior número de usuários. Mas o pior do que isso é a tal analise dos tempos de internet onde se falam de blogs, de interação e etc. sem dar conta que isso é uma das possibilidades da internet. É a forma que pessoas comuns podem declarar ao mundo que pensam alguma coisa. Acho que se eu não tivesse um blog não escreveria. E isso porque eu gosto de escrever. Acho que o blog é uma forma para mim bastante interessante. Não me interessa o conteúdo do que dizem os analistas do momento atual; eu acho que eles não sabem nada e estão chutando tanto para entender que no futuro serão lidos como aqueles que só falavam besteiras, como uma listinha que recebi de frases estúpidas de gente famosa.
Mas uma coisa é notável nessa história: hoje o mesmo Leo Jaime não conseguiria ser tão legal como foi naquele tempo, pois a popularização do orkut por gente estúpida impediria a ingenuidade daquele começo. Existe sim uma diferença de escala. Nota-se que uma comunidade bem monitorada por seus moderadores não passa dos mais que cem pessoas atuantes. Mesmo tendo mais de duas mil pessoas lá inscritas. E mesmo nessas cem pessoas, existe a repetição do mesmo comentário muitas vezes, só trazendo mais ruído e menos disposição para ler e conseqüente menor participação. E assim o fim do orkut está próximo.
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