Sexta-feira à noite o bar próximo de casa quase vazio. Nunca havia visto aquele lugar com tão pouca gente. Uma garrafa de tequila entre amigos e algumas cervejas foi o saldo da noite. Muita preocupação com a nova “lei seca”. Como disse um amigo, com a lei seca parei... De dirigir. Na verdade não me preocupei com a lei em termos pessoais, afinal praticamente não bebo e como descrevi acima, moro num bairro bastante boêmio, não tendo a necessidade de circular com automóvel. O que me incomoda nesta lei é a falta de senso crítico do poder público, como se a lei fosse um problema e não a falta de fiscalização.
Para comprovar minha teoria, basta perguntar para algum amigo se este já fez o teste do bafômetro ou se conhece alguém que o tenha feito (obviamente antes da lei seca). É mais uma daquelas lendas urbanas, onde o amigo do amigo do primo talvez tivesse sido abordado com a tal fiscalização. Com essa fiscalização precária queriam que fosse qual o resultado? O pior é que agora a lei está mais rígida, dando a entender que aquele velho conhecido esquema de criar dificuldades para vender facilidades pode prosperar outra vez.
Bem, agora ao menos aos olhos da imprensa, apareceu alguma fiscalização. Vamos ver quanto tempo vai durar até aparecerem os primeiros casos de corrupção. E obviamente os números vão cair abruptamente, principalmente os do faturamento dos bares e restaurantes. Haverá uma breve pausa até retornar aos números que temos hoje, pois duvido muito que a fiscalização continue por muito tempo da forma como está.
O mais interessante é que o transporte público não atende as necessidades das pessoas que querem continuar a beber seus drinks. Há um tempo atrás os bares que não tinham estacionamento deveriam encerrar suas atividades às 11 da noite. Inventaram o tal “vallet park” e outra vez a lei não fez mais efeito. Como conter uma madrugada consagrada já internacionalmente como uma das melhores? E para que conter? Vamos é dar apoio técnico e fiscalização para que haja sim fomento das atividades. Muito melhor seria melhorar o transporte público e dar segurança a tentar acabar com a noite com este ato de origem fascista.
Mas é isso que dá viver por estas terras. Ao viver num país onde se combate o álcool e o tabaco e se dá tolerância ao uso e tráfico de drogas o que mais se poderia esperar? E não me venham com conversinhas sobre o “combate ao tráfico” se este não se vê nas ruas. Deve ser tão existente quanto os bafômetros, antes da lei seca...
Estamos em tempos onde é politicamente incorreto falar para um usuário de drogas que ele é um imbecil convicto. Igual ao consumidor de tabaco e álcool? Não. Moralmente um consumidor de tabaco não leva nas costas as mortes dos crimes do tráfico de drogas, que somam mais de cinqüenta mil ao ano (sabem quantas mortes ocorreram no Iraque no período inteiro da guerra? Ao comparar com as do tráfico de drogas no Brasil, o Iraque se torna mais seguro...). Só para ficar claro, já que estamos também num país onde quase se tem que desenhar as coisas para que o óbvio seja entendido, a fiscalização quanto ao motorista de veículo automotor alcoolizado tem que ser realmente dura e eficaz, mas não era necessária a mudança da lei para isso. A anterior já punia se tivesse sido aplicada com a devida fiscalização.
Para comprovar minha teoria, basta perguntar para algum amigo se este já fez o teste do bafômetro ou se conhece alguém que o tenha feito (obviamente antes da lei seca). É mais uma daquelas lendas urbanas, onde o amigo do amigo do primo talvez tivesse sido abordado com a tal fiscalização. Com essa fiscalização precária queriam que fosse qual o resultado? O pior é que agora a lei está mais rígida, dando a entender que aquele velho conhecido esquema de criar dificuldades para vender facilidades pode prosperar outra vez.
Bem, agora ao menos aos olhos da imprensa, apareceu alguma fiscalização. Vamos ver quanto tempo vai durar até aparecerem os primeiros casos de corrupção. E obviamente os números vão cair abruptamente, principalmente os do faturamento dos bares e restaurantes. Haverá uma breve pausa até retornar aos números que temos hoje, pois duvido muito que a fiscalização continue por muito tempo da forma como está.
O mais interessante é que o transporte público não atende as necessidades das pessoas que querem continuar a beber seus drinks. Há um tempo atrás os bares que não tinham estacionamento deveriam encerrar suas atividades às 11 da noite. Inventaram o tal “vallet park” e outra vez a lei não fez mais efeito. Como conter uma madrugada consagrada já internacionalmente como uma das melhores? E para que conter? Vamos é dar apoio técnico e fiscalização para que haja sim fomento das atividades. Muito melhor seria melhorar o transporte público e dar segurança a tentar acabar com a noite com este ato de origem fascista.
Mas é isso que dá viver por estas terras. Ao viver num país onde se combate o álcool e o tabaco e se dá tolerância ao uso e tráfico de drogas o que mais se poderia esperar? E não me venham com conversinhas sobre o “combate ao tráfico” se este não se vê nas ruas. Deve ser tão existente quanto os bafômetros, antes da lei seca...
Estamos em tempos onde é politicamente incorreto falar para um usuário de drogas que ele é um imbecil convicto. Igual ao consumidor de tabaco e álcool? Não. Moralmente um consumidor de tabaco não leva nas costas as mortes dos crimes do tráfico de drogas, que somam mais de cinqüenta mil ao ano (sabem quantas mortes ocorreram no Iraque no período inteiro da guerra? Ao comparar com as do tráfico de drogas no Brasil, o Iraque se torna mais seguro...). Só para ficar claro, já que estamos também num país onde quase se tem que desenhar as coisas para que o óbvio seja entendido, a fiscalização quanto ao motorista de veículo automotor alcoolizado tem que ser realmente dura e eficaz, mas não era necessária a mudança da lei para isso. A anterior já punia se tivesse sido aplicada com a devida fiscalização.
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