agosto 30, 2008

Despedida de Agosto

Quase não ando escrevendo no blog. Falta de tempo e não de ter o que escrever. Já tive momentos mais empolgados com o blog e era empolgação de escrever tudo aquilo que estava a anos na mente e não tinha como expressar antes. Agora venho ponderando outros critérios e ando meio preocupado de escrever sobre política. Não sei que leis são estas que não se podem ter comícios e comunidades do orkut. Onde discutir política então? E por que os candidatos a vereador podem falar as maiores besteiras no horário político? Que lei é esta que não deixa uma comunidade fechada, como o orkut, funcionar e deixa um candidato falar que transporte público não precisa dar lucro? Estupidez a parte, esta eleição está sendo mais engraçada que a anterior, basta acompanhar o Fantástico após a eleição para ver os maiores micos e as campanhas mais engraçadas que ocorreram por todo o Brasil.

Bem, agosto é um mês bastante chato. Sempre achei. Um início de segundo semestre que nunca promete nada. Muito diferente de um Janeiro que dá a esperança de um novo ano todo pela frente. O que espero é que este ano acabe logo e que mudem as coisas de uma vez... Setembro promete!

Rumos da lei seca...

Sexta-feira à noite o bar próximo de casa quase vazio. Nunca havia visto aquele lugar com tão pouca gente. Uma garrafa de tequila entre amigos e algumas cervejas foi o saldo da noite. Muita preocupação com a nova “lei seca”. Como disse um amigo, com a lei seca parei... De dirigir. Na verdade não me preocupei com a lei em termos pessoais, afinal praticamente não bebo e como descrevi acima, moro num bairro bastante boêmio, não tendo a necessidade de circular com automóvel. O que me incomoda nesta lei é a falta de senso crítico do poder público, como se a lei fosse um problema e não a falta de fiscalização.

Para comprovar minha teoria, basta perguntar para algum amigo se este já fez o teste do bafômetro ou se conhece alguém que o tenha feito (obviamente antes da lei seca). É mais uma daquelas lendas urbanas, onde o amigo do amigo do primo talvez tivesse sido abordado com a tal fiscalização. Com essa fiscalização precária queriam que fosse qual o resultado? O pior é que agora a lei está mais rígida, dando a entender que aquele velho conhecido esquema de criar dificuldades para vender facilidades pode prosperar outra vez.

Bem, agora ao menos aos olhos da imprensa, apareceu alguma fiscalização. Vamos ver quanto tempo vai durar até aparecerem os primeiros casos de corrupção. E obviamente os números vão cair abruptamente, principalmente os do faturamento dos bares e restaurantes. Haverá uma breve pausa até retornar aos números que temos hoje, pois duvido muito que a fiscalização continue por muito tempo da forma como está.

O mais interessante é que o transporte público não atende as necessidades das pessoas que querem continuar a beber seus drinks. Há um tempo atrás os bares que não tinham estacionamento deveriam encerrar suas atividades às 11 da noite. Inventaram o tal “vallet park” e outra vez a lei não fez mais efeito. Como conter uma madrugada consagrada já internacionalmente como uma das melhores? E para que conter? Vamos é dar apoio técnico e fiscalização para que haja sim fomento das atividades. Muito melhor seria melhorar o transporte público e dar segurança a tentar acabar com a noite com este ato de origem fascista.

Mas é isso que dá viver por estas terras. Ao viver num país onde se combate o álcool e o tabaco e se dá tolerância ao uso e tráfico de drogas o que mais se poderia esperar? E não me venham com conversinhas sobre o “combate ao tráfico” se este não se vê nas ruas. Deve ser tão existente quanto os bafômetros, antes da lei seca...

Estamos em tempos onde é politicamente incorreto falar para um usuário de drogas que ele é um imbecil convicto. Igual ao consumidor de tabaco e álcool? Não. Moralmente um consumidor de tabaco não leva nas costas as mortes dos crimes do tráfico de drogas, que somam mais de cinqüenta mil ao ano (sabem quantas mortes ocorreram no Iraque no período inteiro da guerra? Ao comparar com as do tráfico de drogas no Brasil, o Iraque se torna mais seguro...). Só para ficar claro, já que estamos também num país onde quase se tem que desenhar as coisas para que o óbvio seja entendido, a fiscalização quanto ao motorista de veículo automotor alcoolizado tem que ser realmente dura e eficaz, mas não era necessária a mudança da lei para isso. A anterior já punia se tivesse sido aplicada com a devida fiscalização.

agosto 17, 2008

Eu a televisão... e a Olimpíada

Este poderia ser a o texto da falta da televisão na minha vida, mas é só um pequeno desabafo em forma de texto. Não vejo mais nada na televisão. Não vejo por pura falta de tempo. E o pior da falta de tempo é que no tempo livre não organizo as tarefas para conseguir assistir algo ou acompanhar alguma programação, ter alguma diversão (até mesmo escrever neste blog, meu único blog, diga-se). Não vejo nenhum programa nos últimos tempos. Para não dizer que estou exagerando, após a retirada dos canais extras da TV a cabo, consigo de vez em quando assistir aos seriados de “Dr. House” e “CSI”, na Rede Record. Mesmo assim perdendo muitas vezes.
Da Olimpíada então, até agora vi as medalhas nos milhares de reprises. Não sei os horários dos jogos e nada. Bem, eu já tinha a impressão que está seria como a minha segunda Olimpíada (Seul, 1988) que não vi praticamente nada, a não ser a medalha de Aurélio Miguel. Mas o que acho estranho que em Sydney (2000) assisti a muitos jogos e ficava nas madrugadas a assistir outros mais. Bem, Pequim não me interessa nem um pouco, principalmente em comparação à Austrália.
Com certeza essa olimpíada é a de Michael Phelps e torço muito para que ele ganhe as oito medalhas de ouro. Assim tem de ser. A individualidade esportiva e não medalhas por país. Assim é a diferença com Cuba e China. Estados Unidos tem Michael Phelps; Cuba tem quem mesmo? Não lembro de um atleta cubano, nem mesmo aquele boxeador que tentou desertar no Pan-americano, ano passado. Já imaginou um Pan-americano na Florida? Deserção total da equipe cubana... Não sobraria um atleta...
Bem, na China ninguém tentaria desertar. Por pior que seja em Cuba, acho que existe uma China pior ainda... O que achei maravilhoso foram os pronunciamentos de George W, Bush a respeito da China. Nenhum jornalista sério ou alguém com alguma inteligência seria capaz de dizer que desta vez Bush não acertou e na mosca.
Claro que seria ridículo um boicote de atletas para Pequim, afinal, a competição é muito mais importante que a tal valorização e exposição do país sede. Mas eu tenho lá muitas dúvidas sobre o porquê da escolha da China como sede. Bem, acho que a Fifa tem melhores critérios de escolha. Eu acho que Dubai seria uma escolha muito mais acertada. Fazer o que, não sou eu que descido... Bem, mas o importante é que o Banco Real dá dez dias no cheque especial e ponto final.

Pantanal...

O SBT acertou. Eu não apostava nada na reapresentação da novela Pantanal, produzida pela rede Manchete em 1990. São quase 20 anos que separam a apresentação original e parece ser a reapresentação outra vez um sucesso para o público alvo do SBT.
Assisti a alguns capítulos, sem lembrar de quase nada, a não ser o tal “velho do rio”, a Juma (Cristiana Oliveira em seu papel de maior repercussão até hoje) e as histórias engraçadas que praticamente parece caricatura hoje em dia. O que mais me impressionou foram os efeitos de fotografia, abusando do efeito de silhueta, e a trilha sonora de Almir Sater e Sérgio Reis. Alias Almir Sater é o personagem mais engraçado de tudo que pude rever. Não a acompanho, como atualmente não acompanho absolutamente nada (mas isso fica para outro texto...), mas para o público estar comentando significa que alguém ainda assiste ao SBT!
Não lembro direito qual a ultima vez que assisti à televisão de Silvio Santos, mas com certeza fazia muito tempo antes de dar esta espiada em “Pantanal”. E tenho uma advertência: pessoas xaropes andam assistindo e uma pessoa até me disse que é uma novela de cunho erótico! É. Isso mesmo: “cunho erótico”. Sabe-se lá o que essa pessoa xarope quis dizer... Mas com certeza aparecem algumas pessoas tomando banho de rio e, oh!!!, transando!!!
Mesmo depois de quase vinte anos ainda tem gente que critica as telenovelas como algo que estimula a libido e etc... Não sei se elas têm razão ou não, mas ao assistir a esta telenovela à primeira vez, tinha eu entre treze e quatorze anos de idade e não acho que na época tenho feito “estragos” a minha “mente”. Tanto o é que nem lembrava das personagens e da trama tinha pouquíssimas recordações. Diria que “Que Rei Sou Eu?”, trama o horário das sete horas, da Rede Globo, de 1989, traz muito mais recordações.
Eu acho até bastante interessante comparar a trama de “Pantanal” com novelas recentes, principalmente da rede Record, com seu “hiper-realismo”. Não defendo a novela, até por não saber qual conteúdo trará pela frente, mas dizer que é de “cunho erótico” é um exagero sem tamanho. Gostaria de acompanhar e ver coisas como garrafas de coca-cola de vidro, a falta de computadores, celulares e outras parafernálias eletrônicas. Sem contar os carros, que eram, segundo Collor de Mello, “carroças” naqueles tempos. Parece a fotografia ser de grande qualidade e se não me engano foi a única novela que não era da Globo a ficar na memória das pessoas. Não sei ainda avaliar como “Pantanal” entraria para um estudo sério de fenômeno televisivo, mas com certeza a menção e a reapresentação são fatos que já entraram para a história recente da televisão, a ser ainda analisada.

Previsão para o mito da fome mundial...

(Texto escrito em 02/08/2008)
Se eu fosse adepto da religião do apocalipse ecológico diria que o mundo vai morrer de fome. A população do terceiro mundo cresceria de forma alarmante e dominaria todas as áreas de florestas e não haveria mais supersafras, pois os latifúndios estariam todos destruídos pelas políticas econômicas populistas dos países de terceiro mundo. Mas como vemos em recentes reportagens a população mundial começa a estabilizar o crescimento e até o Brasil sente a redução no número de bebês por casais e o envelhecimento da população. O aumento da produção agrícola brasileira não para de crescer, mesmo sendo um dos pontos menos focados por todos os governos, pelo menos nas duas ultimas décadas.
Um anúncio de uma pesquisa bem sucedida como o álcool combustível brasileiro, produzido a partir da cana-de-açúcar, e suas críticas como sendo um os problemas da atual crise da alta dos preços de alimentos no mundo, são os indícios claros que existe uma total incapacidade de organismos como a ONU de interpretarem dados ou de tentar manipulá-los para servir interesses escusos e obscuros. Ao mesmo passo que se encontram novas reservas de petróleo no mundo, sendo estas muitas vezes maiores que as existentes e imaginadas nas décadas de 1970, fica parecendo que os “visionários” do apocalipse ecológico tiveram de mudar de discurso. O pior de tudo é que realmente vivemos num mundo muito mais poluído e as medidas que deveriam ser tomadas, nunca implantadas por completo, talvez não sejam mais eficazes.
Mas duas certezas se fazem completar, mesmo à contra gosto dos seguidores de seitas: o crescimento da população mundial está equilibrado e tende a se manter, nunca mais sendo duplicado, como ocorreu nas décadas de 1970 a 1990, e a produção de alimentos tende a ser cada vez maior. Nesse panorama as economias tendem a serem todas bem sucedidas. Uma África que deve terminar seus conflitos internos e integrar essa onda de economia global é algo que se verá no máximo até a próxima década. Assim como nos anos 1980 a América do Sul terminou muitos dos seus conflitos e estabilizou economias como a do Brasil e do Chile, isso deverá ocorrer com maior velocidade na África. Claro, a África que assinalar estar em consonância com economias de mercado e não com protecionismos e “doenças” econômicas. Na América do Sul poderia dizer que a Venezuela sofre um caso da “doença holandesa” e nesse aspecto é uma exceção à região. Se não fossem por presidentes populistas a região já estaria muito mais desenvolvida, economicamente falando. A mentalidade de não compreender a economia de mercado e facilitar os processos de desenvolvimento, mistificando efeitos com causas, faz, principalmente do Brasil, o eterno “gigante adormecido”.
É óbvio que isso é uma das inúmeras visões que se pode ter do Brasil, mas com certeza sua economia tende a se manter boa e cada vez mais forte, ao contrário de sua cultura, cada vez menos interessante aos próprios brasileiros. Este pequeno e breve texto trata de aspectos econômicos por um não economista, mas alguém com leitura de economia. Alguém que conhece um pouco da escola austríaca de economia e tem uma visão de que as coisas andam bem na economia mesmo todo o resto atrapalhando.
Sob todo este quadro, ainda bastante trucado, ainda tenho enorme dúvida se os planos previdenciários vão agüentar o envelhecimento dessa população se não forem aferidos os mecanismos de contribuição, inclusive a fiscal. O problema é que não vejo nenhuma previsão de mudanças no curto e médio prazo. O “gigante adormecido” vai continuar assim, se é que não some em meio aos pequenos anões acordados.
Pode parecer estranho falar sobre um mito da fome mundial enquanto temos tanta fome visível nos semáforos das ruas e avenidas e nos documentários alarmistas das ONGs internacionais. Mas o futuro é acabar com a fome mundial e de forma bem diferente da apregoada pelos governos populistas. O pior disso tudo é que hoje temos um mundo dividido em três, e nem podemos pensar que ainda são aquelas antigas definições de Primeiro ao Terceiro mundo... São três grupos, sendo um deles comprovadamente auto-destrutivo e outro que tenho dúvidas se não segue princípio semelhante. O grupo hostilizado pelos dois outros é por principio o contrário de tudo aquilo que lhe atribuem. A atribuição é obviamente proposital, pois ao se chamar um governante de “tirano”, sendo este eleito e reeleito, e ao terminar seu mandato deve passar o cargo a outro, também eleito, sem substituir constituições, sem destruir as instituições formais e democráticas já tradicionais, é a mais pura obra de desinformação em andamento nunca antes vista.
Nesse aspecto falar de um futuro sem fome parece até ato de suicídio intelectual, pois, afinal, quem se interessa em ter informações legítimas sobre um assunto tão perturbado pela mídia? Digo perturbado em todos os aspectos, pois a mesma mídia que critica as ações consideradas “politicamente incorretas”, elogia os resultados obtidos com as mesmas ações. Basta um pouco de inteligência para ver a total falta de lógica nos panfletos existentes, onde o que realmente interessa são as verbas e interesses outros, nunca a real informação.

Os três textos

Já que continuo aguardando o Renzo Piano da postagem anterior – comprar a Black Friday é isso: o melhor preço, porém, não chega nunca – aca...