março 02, 2009

Novo livro de Buarque de Holanda

Um furo de reportagem, isto é, alguém descobriu algo que não se sabia e publicou antes de acontecer – o dom da premonição é a ferramenta do jornalista. Então se descobriu o nome do quarto livro de Chico Buarque de Holanda: Leite Derramado. O livro chegará às livrarias dia 28 de março.

Buarque de Holanda já escreveu outros três livros, Estorvo (1991), Benjamin (1995) e Budapeste (2003), muito bem recebidos, dos quais somente li pedaços de Budapeste. Gostei do que li, só não li o livro inteiro porque não comprei. Não comprei porque é caro. Livro no Brasil é caro demais... É caro demais porque não vende; não vende por que é caro? Será um problema de rendimento do brasileiro? Será falta de vontade de ler do brasileiro?

Bem, fora este pequeno devaneio, o que importa é que o músico Chico Buarque de Holanda, um quase também arquiteto, também escreve bem. Pelo que me falam Estorvo não é bom, porém Benjamim já melhora muito e Budapeste é muito bom. Esta onda de livros escritos por pessoas de outras áreas – como se isso fosse algum problema – é algo interessante de ver por dois motivos: o primeiro é que a lenda do final dos livros é uma... lenda; e o segundo é que é importante ver que a literatura se faz pela literatura – eles, Chico e Jô Soares, são ótimos leitores. Isso mostra mais uma vez a importância da literatura para todas as outras artes.

Ter um Chico escritor faz muita gente pensar que só porque é Chico que escreve e as pessoas falam. Algo semelhante já aconteceu com Jô Soares. O pior que nem posso falar dos livros de Jô Soares, O Xangô de Becker Street (1995), O Homem que matou Getulio Vargas (1998) e Assassinato na Academia Brasileira de Letras (2005), pois nunca li nenhum deles. Pelo menos Budapeste eu li um bom pedaço e gostei.

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