Estava outro dia fazendo uma visita a um escritório de arquitetura. O local mais parecia uma caverna. Uma escadinha e estava numa das antigas sobrelojas, onde é o tal escritório. Sem contato visual com o exterior e num ambiente definitivamente desligado do contexto tropical brasileiro, estava na tal sala de espera escura daquele escritório. Não sei dizer, mas a luz hoje me anima mais que as trevas de outrora. E havia um som ambiente. Nas caixas rolava a tal Mitsubishi FM. A minha sorte foi estar na sala de espera e estar a tocar nas caixas um bom e velho Ramones. Falei tempos atrás sobre Ramones
aqui. E continuo a dizer que eles fazem parte da minha vida. Ao lado de outras bandas como o Kiss, Ramones também teve sua fase na minha vida. E vejam só, ainda hoje quando escuto lembro daqueles momentos.
O mais engraçado é que em nenhum momento tento dar “valor erudito” aos Ramones. O importante é curtir e falar que gosto mesmo e era bem punk rock mesmo. Nada de “valores intrínsecos”, “expressão artística” e outras delinqüências intelectuais. Não. Ramones é Ramones. E curtir na sala de espera foi uma alegria ímpar.
Imagino eu, se um dia fosse entrevistador de RH, questionando um candidato: “Ei, qual sua opinião sobre Ramones? Sabe, nos temos uma filosofia empresarial bastante arrojada... “
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