Diálogo:
- Sabe, desde que montei o blog tive muitos elogios... Muitos mesmo, e aqueles também inofensivos. Iguais aos que posto em blogs sobre algum assunto exclusivo.
- Sim, mas e as críticas?
- Sim, tive algumas críticas. A pior de todas numa postagem minúscula sobre a revista Atlântico. E nem tinha notado o trocadilho torto que tinha feito. Só mesmo depois das críticas.
- Que coisa. Mas, qual assunto foi mais comentado?
- O assunto que menos falei: religião. Era um assunto que estaria fora das minhas postagens na idéia de fazer o blog.
- Por que estaria fora? Se escreve sobre filosofia, política, e outros tantos, por que deixar de fora a religião?
- É um assunto que não domino. É o que tenho mais dificuldade em escrever mesmo. Aliás, não escrevo sobre filosofia. Seria comportamento e cultura. Muitas vezes soa como filosofia, mas não é. Ou seria por estar no meio de tudo?
- É, mas é classificado como um blog de arquitetura.
- No começo era o assunto mais recorrente, obviamente. Mas depois que comecei a falar sobre televisão, comecei a pegar gosto por escrever sobre temas mais cotidianos. Mais narrativos.
- Mas se fosse mais especializado não teria mais leitores?
- Sim, teria. Mas para quê? Quando vejo blogs de arquitetura são repetitivos, seria mais um e com certeza um daqueles vitimados pela “Al Qaeda Eletrônica”.
-Por que diz isso?
- Já imaginou ler num blog especializado em arquitetura uma opinião de que Lina Bo Bardi é a grande introdutora do pós-modernismo em terras tupiniquins?
- Como assim?
- Sim. Existe um livro de Josep Maria Montaner em que expõe a idéia de que a arquitetura de vanguarda de arquitetos como Lina Bo, no Brasil, Jorn Utzon, com seu projeto para a ópera de Sydney, eram já a reflexão que o modernismo pedia. Mas fazer o que, ninguém lê nem o Artigas, imagina esperar lerem Montaner ou Sola-Morales.
- Pois é. É duro falar de cultura nesse país. Bem que faz de escrever sem foco. Assim recebe os elogios que interessam e uma quantidade pequena de críticas dos tais “fundamentalistas”.
- É. Na verdade sigo o conselho de um mestre.
- Ahhh sabia... Como sempre há muito mais informações e continua sempre a surpreender seus amigos! - Não faço de propósito. Mas também há um método. Por isso as postagens são tão oscilantes.
- Quem me dera um dia chegar lá...
- Bem, tenho que ir agora. - Até mais.
Caminhar é preciso. Três perguntas se tornam importantes: Quem é você? De onde você veio? Para onde você vai? Por todas elas existe um caminho. Nem sempre chegar é o mais importante.
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